Política

CODINOMES AIRTON E RAFAEL E O PACIENTE 05 – (FOTOS): Veja os exames negativos de Bolsonaro para Covid-19

Foto: Reprodução

O STF divulgou os exames negativos de Jair Bolsonaro para a Covid-19.

Nos laudos, como antecipou a Crusoé em março, foram usados codinomes para identificar o presidente: Airton Guedes e Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz. No exame do Lacen (laboratório central do SUS em Brasília), ele aparece como “Paciente 05”.

VEJA MAIS: Exames de Bolsonaro entregues ao STF deram negativo para coronavírus, atestam laudos

É possível verificar que os testes foram feitos em Bolsonaro pelo CPF, de número 453.178.287-91.

Confira:

Fotos: Reprodução

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. O mito está causando instabilidade politica é por isso e por outras idiotices que o Dollar, já chegou a seis reais!

  2. Enquanto o Presidente fica brincando se mostra ou não mostra os seus exames, o Brasil está derretendo com o Dollar a 6 reais, que homem despreparado é esse! Volta TEMER com o Dollar a 3,70.

  3. Kkkkk o mito é MITO mesmo deixou todo mundo pressionado quwrendo saber e pronto
    Mais uma vez os idiotas quebraram a cara
    Eu apostaria que ele esta dando corda paraa hora que ele puxar nao vai escapar um

  4. ESCONDEU PARA ENGANAR OS PTRALHAS E O STF KKKKKKK O MITO É ESPERTO KKKKKK QUEBRARAM A CARA E STF DESMORALIZADO NOVAMENTE.

    1. É so tiro pela culatra, dessa cambada! O mito está "matando na unha" igual se mata piolho.

  5. Çei, TB acredito em Saci Pererê, mula sem cabeça e a mulher de branco lá do igapó …hahaha

  6. Se todos os exames deram negativo porque Bolsonaro falou de impeachment em decorrência de mostrar os exames?
    Se deu tudo negativo pq demorou 2 meses pra mostrar?

    1. É a pergunta que fica! Só pra instalar dúvida? Só pq o ego dele q nao queria mostrar? Ou por foi falsificado? Existe uma resposta e nós nunca vamos saber, mas o motivo existe, e ele é um.motivo cheio de maldade e mentira.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Veja os quais erros você pode estar cometendo na quarentena

FOTO: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

Ficar em casa, usar máscaras ao sair na rua e lavar bem as mãos. As regras parecem simples, mas ainda levantam dúvidas. Diante das mudanças radicais no dia a dia ocasionadas pela pandemia do novo coronavírus, o brasileiro em isolamento até tenta, mas tropeça na hora de seguir à risca as recomendações da OMS.

Ainda que permanecer em casa e evitar aglomerações seja a recomendação máxima para brecar a contaminação pelo vírus, vale prestar atenção em outros cuidados. Veja a seguir os erros frequentes de quem está em isolamento social.

Fazer/ receber uma visita

Quando a saudade aperta dentro de casa, tem quem não consiga enxergar mal em visitar ou receber visitas dos parentes. No entanto, a infectologista Raquel Muarrek, da Rede D’or explica que, mesmo permanecendo em casa, o risco de se contaminar nesta situação ainda deve ser levado em conta.

” A visita que chega na sua casa não vai trocar de roupa. Então, toda questão da higienização precisa partir dos dois lados e, acima de tudo, temos que lembrar que faz parte o distanciamento social e, muitas vezes, as pessoas esquecem e não levam em consideração, na própria residência.”

Usar a máscara de forma errada

Sair de máscara pode não adiantar muito se a manipulação do acessório não foi feita corretamente. Colocar as mãos no tecido, reaproveitar máscaras descartáveis ou ultrapassar duas a quatro horas de uso, dependendo da máscara, estão entre os principais erros cometidos por que utiliza esta proteção individual.

Esquecer de higienizar os animais de estimação

Sair para passear com os pets na rua está entre as atividades difíceis de se evitar. Embora o bichinho de estimação não contraia a doença, a infectologista explica que ele pode “carregar o vírus para dentro de casa, através do pelo, patas ou focinho.” Segundo Muarrek, o mais recomendável é lavar as patas do bicho com água e sabão ao chegar em casa.

Caminhar/ correr muito próximo em exercícios ao ar livre

Embora a prática de exercícios ao ar livre não esteja proibida, ela ainda divide a classe médica, uma vez que a propagação de gotículas pode aumentar conforme o esforço físico e as condições climáticas.

“Novos trabalhos demonstram que o vírus pode circular em um ambiente aberto, por até 20 metros”, explica Muarrek. “Essa propagação do vírus pode variar entre as pessoas que estão correndo e até mesmo pelo vento.”

Não trocar de roupa ao chegar em casa

Não é só lavar as mãos após voltar do trabalho, supermercado ou farmácia. A infectologista Raquel Muarrek, também, aponta que, da mesma maneira que acontece com os pets, o vírus também pode permanecer nas roupas. Daí, a importância de se trocar e tirar os sapatos ao chegar em casa.

R7

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Pesquisa exclusiva: maioria apoia políticas conservadoras de Bolsonaro, destaca Veja

Foto: Alan Santo/PR

Reconhecido como um dos maiores gênios políticos da história, Winston Churchill mantinha o bom humor mesmo sob pressão e, entre outras tiradas antológicas, costumava dizer que nunca se deve deixar uma boa crise ser desperdiçada. Sua sentença ensina que, nos momentos de enorme turbulência, se abrem oportunidades preciosas para tentar a resolução de problemas graves. No caso do Brasil, infelizmente, Jair Bolsonaro tem feito uso literal da frase de Churchill. O presidente parece agir acreditando que uma crise é sempre uma boa chance para produzir uma crise ainda maior. Assim ocorreu nos últimos dias, quando uma tempestade perfeita começou a se formar na direção do país, com a fraca recuperação econômica correndo o risco de ser atropelada pelas crises do petróleo e do coronavírus (veja as reportagens nas págs. 56 e 58). Bolsonaro preferiu, mais uma vez, apagar o fogo com gasolina.

Exemplo maior disso foi seu comportamento errático em relação à convocação das manifestações de 15 março contra o Congresso. Entre o embarque e os compromissos de uma viagem a Miami, onde se reuniu com Donald Trump (de quem, aliás, o capitão imita o estilo disparatado e o radicalismo de direita), o presidente, depois de já haver recuado sobre o endosso aos protestos pelas críticas que recebeu ao compartilhar um vídeo agressivo contra o Parlamento, voltou a apoiar o movimento organizado por grupos que gravitam ao redor do núcleo duro do bolsonarismo. Para não haver dúvidas sobre o endosso oficial aos atos que estavam programados em mais de 100 cidades, a Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto reforçou a convocação na última terça, 10, via Twitter. O ministro da Justiça, Sergio Moro, também aplaudiu a ideia, chamando-a de “festa da democracia”.

Tal festa, no entanto, dividiria o país justo no momento em que o Brasil precisa de união para enfrentar um ano que promete ser dos mais difíceis (grupos de esquerda revidaram, chamando uma série de pas­sea­tas de protestos contra o governo). O apoio do presidente a uma grande manifestação também se chocava com o comportamento de governantes de vários outros países, que têm proibido aglomerações como medida de combate ao novo vírus. Na última quarta, 11, por pressões políticas, Bolsonaro fez um novo movimento de recuo com relação ao seu apoio aos atos. Na noite do dia seguinte, finalmente chancelou oficialmente a atitude mais sensata, pedindo em uma live e em cadeia nacional a seus seguidores que adiem as manifestações.

Em meio a essas idas e vindas em relação aos protestos, o presidente foi surpreendido pela suspeita de que havia contraído o coronavírus. Foi uma grande ironia. Antes disso, ele havia declarado que a pandemia “não é isso tudo” e, mais uma vez, aproveitou a ocasião para criticar a imprensa, que, na sua opinião, estava exagerando na cobertura do problema. Na última quinta, conforme revelou o site de VEJA, o presidente aguardava o resultado do teste para a doença, feito depois que o secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, foi contaminado. Bolsonaro esteve com ele na viagem recente aos Estados Unidos.

O Congresso e seus líderes estavam entre os principais alvos dos manifestantes do 15 de março (pixulecos de personalidades como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, eram preparados para “estrelar” os eventos). Segundo uma recente pesquisa exclusiva encomendada por VEJA ao instituto FSB, o prestígio dos parlamentares encontra-se na lona. O levantamento mostra que apenas 11% dos brasileiros classificam como “ótimo” ou “bom” o trabalho de deputados e senadores. A maioria, 44%, diz que o desempenho está entre péssimo e ruim. Esse mesmo estudo VEJA/FSB revela que, além das críticas ao Congresso, o presidente está em sintonia com boa parte dos eleitores nas chamadas “pautas conservadoras”. Detalhe importante: isso não se restringe apenas a quem votou no capitão nas eleições de 2018. O levantamento foi feito no mês passado, por telefone, com 2 000 eleitores de mais de 16 anos, nas 27 unidades da federação. Os resultados apontam alta rejeição de questões comportamentais como a união civil entre gays e a possibilidade de a mulher decidir sobre um aborto. Por outro lado, encontram aceitação na sociedade políticas pensadas pelo governo Bolsonaro que parecem datadas do século passado, como a militarização das escolas, o poder de veto do governo a determinados temas em projetos culturais financiados com dinheiro público e a campanha de abstinência sexual entre adolescentes como forma de evitar a gravidez precoce. “Essas questões estavam fora da pauta das manifestações do 15 de março, mas recebem nosso apoio integral”, afirma Edson Salomão, um dos líderes do Movimento Conservador, grupo que engordará o evento pró-governo.

Entre todos os temas abordados na pesquisa, o conservadorismo aflora mais na questão da descriminalização das drogas. Nada menos que 62% dos brasileiros rejeitam liberar o consumo, embora a maioria concorde com a autorização para o uso medicinal da maconha. “Nosso presente está cheio de passado”, afirma a historiadora Lilia Schwarcz, da Universidade de São Paulo. “É preciso considerar que nós sempre fomos conservadores, são dados estruturais. Não tem a ver apenas com pessoas que elegeram Bolsonaro, mas com o perfil da população. O conservadorismo é um traço do brasileiro.” Nos anos 60, por exemplo, Jânio Quadros foi eleito com votação expressiva graças a um discurso moralizador em que usou uma vassoura como símbolo de que varreria a corrupção. Uma vez empossado, ficou mais conhecido pela série de medidas esdrúxulas que adotou, como a proibição de rinhas de galo, de corridas de cavalo e do uso de biquíni em praias.

A “cara” da onda conservadora atual tem algumas diferenças e peculiaridades. “O fenômeno aflorou no período mais recente, mas isso não significa que não estivesse no submundo da sociedade nem que não estivesse se organizando há muito tempo. Basta ter como referência que as marchas para Jesus reúnem milhares de pessoas todos os anos”, afirma Eduardo Grin, professor da FGV. Bolsonaro conseguiu vocalizar esse sentimento e foi eleito em um cenário de profundo descrédito das instituições democráticas e da elite política. Criou-se em torno do então candidato a imagem de que ele era um “mito”, uma alternativa a “tudo que está aí”. Fato é que, decorrido mais de um ano desde a sua posse, os índices de rejeição ao establishment não se alteraram. Na visão de Heloisa Starling, professora da Universidade Federal de Minas Gerais, quanto mais esgarçados são os pontos que fazem a sociedade confiar no campo público, mais fortes se tornam os bolsões privados, como a família e a religião. “Não há referência no mundo público, então a referência é a família. Se eu perco a família, qual é a minha referência num país de coisas tão instáveis?” Não por acaso, “família” é uma das palavras mais citadas por Bolsonaro em seus discursos.

O aumento da população evangélica também se explica dentro desse cenário de desamparo. O último levantamento feito pelo Datafolha mostra que os evangélicos superarão os católicos em 2032. “Eles crescem porque prometem a resolução de problemas o tempo todo”, diz Maria das Dores Campos Machado, especialista em sociologia da religião. Outro componente novo no conservadorismo brasileiro é a questão da segurança. “Bolsonaro surfa nesse tema porque as esquerdas se negam a entrar na discussão com ideias claras”, diz Lilia Schwarcz.

Se encontram eco na sociedade, as propostas de cunho conservador fazem espuma no Congresso. Esperava-se que, com a ascensão de Bolsonaro, a pauta do Legislativo fosse inundada de propostas voltadas para o campo moral, mas projetos como a implementação da Escola sem Partido travaram em comissões da Câmara por falta de apoio parlamentar. Formar uma base no Congresso, aliás, algo que é uma das tarefas básicas de um presidente, tem sido um dos muitos pontos negligentes criados pelo atual governo. Em vez disso, Bolsonaro prefere a política do confronto com deputados e senadores, como se viu na forma de seu apoio aos atos do dia 15 e nos ataques a outras instituições, como o STF e, mais recentemente, o TSE — o mesmo tribunal que avalizou sua vitória em 2018 foi posto por ele em dúvida nos últimos dias, com a declaração estapafúrdia e sem provas de que teria havido fraude nas eleições.

Grande parte da agenda do capitão é concentrada em ações diversionistas e populistas, sempre com o objetivo de manter os apoiadores unidos pela causa bolsonarista, em uma campanha eleitoral prematura e permanente para 2022, com enorme energia gasta em confusões de todos os tipos e prejuízos claros aos temas urgentes. Não bastassem as altas taxas de desemprego persistentes e o crescimento econômico pífio, há agora pela frente desafios como o de uma grande encrenca mundial de saúde pública batendo às portas do país. Bolsonaro personificou com sucesso o antipetismo e, como mostra a pesquisa VEJA/FSB, ganhou pontos também por defender ideias e valores que coincidem com os da média da população brasileira. Mas esse capital político dificilmente resistirá caso ele não deixe de lado as lutas desnecessárias e se concentre em governar o país, portando-se à altura do cargo que conquistou democraticamente. Como dizia Churchill, é no enfrentamento das crises que um verdadeiro líder precisa encontrar soluções. Mais do que um conservador de plantão, o Brasil precisa de um presidente.

Veja

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

INSS: veja quanto ficarão contribuições de MEIs, autônomos e donas de casa a partir de março

Foto: Jorge William / Agência O Globo

A partir do salário de março (com pagamento em abril), mudarão as alíquotas de contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de empregados, empregados domésticos e trabalhadores avulsos. Por conta da reforma da Previdência, haverá percentuais diferentes para faixas salariais distintas. No entanto, quem não tiver um vínculo empregatício formal continuará podendo, como antes, se encaixar nas alíquotas de 5%, 11% e 20%.

A quantia paga mudará apenas por conta do novo salário mínimo, fixado em R$ 1.045. Mas, neste caso, o novo valor já será recolhido em março (referente ao rendimento de fevereiro). O EXTRA mostra, a seguir, como ficarão as parcelas.

Donas de casa, desempregados, estudantes bolsistas e outros perfis que contribuem com 5%, por exemplo, passarão a desembolsar R$ 52,25. O mesmo acontece com a contribuição mensal dos microempreendedores individuais, que é paga por meio da DAS.

Ainda há para os MEIs, no entanto, acréscimo de Imposto sobre Serviço (ISS), de R$ 5, e/ou de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de R$ 1, dependendo das atividades desempenhadas por eles. As guias poderão chegar a custar, portanto, R$ 58,25.

O contribuinte que escolhe a alíquota de 11%, para garantir um salário mínimo como benefício previdenciário, passará a pagar R$ 114,95. Já os que optam por calcular 20% sobre o salário pretendido no momento da aposentadoria ou do pagamento de benefícios de risco, deverá arcar com valor entre R$ 209 (para o mínimo) e R$ 1.220,20 (para o teto).

Aqueles com registro formal

Os empregados, empregados domésticos e trabalhadores avulsos serão divididos desta forma: os que receberam salário até R$ 1.045 pagarão alíquota de 7,5%; para remunerados em R$ 1.045,01 a R$ 2.089,60, a alíquota será de 9%; os que ganham entre R$ 2.089,61 até R$ 3.134,40 pagarão 12%; e os contribuintes com salários entre R$ 3.134,41 e R$ 6.101,06 arcarão com 14%.

1. Descubra seu perfil

Quem quer contribuir, sem um vínculo empregatício formal, precisa entender em que categoria pode se encaixar: contribuinte individual ou segurado facultativo.

Contribuinte individual: Aquele que trabalha por conta própria (de forma autônoma) ou que presta serviços de natureza eventual a empresas, sem vínculo empregatício. Pode ser, por exemplo, um sacerdote, um síndico remunerado, um motorista de táxi, um vendedor ambulante, uma diarista, um pintor, um eletricista.

Segurado facultativos: Pessoa com mais de 16 anos, que não tem renda própria, mas decide contribuir para a Previdência Social. Pode ser uma dona de casa, um desempregado, um estudante bolsista, dentre outros perfis.

2. Escolha sua alíquota

– 5% sobre o salário mínimo (Ou seja, R$ 52,25)

Esta possibilidade é reservada a dois perfis principais: facultativo de baixa renda e Microempreendedor Individual (MEI). Garante todos os benefícios (como aposentadoria invalidez, auxílio-doença, auxílio-reclusão e salário-maternidade), exceto aposentadoria por contribuição.

Facultativo de baixa renda: Dona de casa que se dedica exclusivamente a esse trabalho e, portanto, não tem renda própria, sendo necessário também possuir renda familiar de até dois salários mínimos (Bolsa Família não entra para o cálculo) e estar inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), com situação atualizada nos últimos dois anos. A inscrição é feita junto ao Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) do município.

Microempreendedor Individual (MEI): Pessoa que trabalha por conta própria (a lista de atividades que permitem essa classificação está no (www.portaldoempreendedor.gov.br) e que se legaliza como pequeno empresário. Também são requisitos faturar, no máximo, R$ 81 mil por ano, não ter participação em outra empresa como sócio ou titular e ter, no máximo, um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.

– 11% sobre o salário mínimo

Ou seja, R$ 114,95

Pode aderir o contribuinte individual ou o facultativo que não preste serviço nem tenha relação de emprego com pessoa jurídica (empresa). O segurado, neste caso, só pode contribuir com valor calculado sobre o salário mínimo e, portanto, terá o piso nacional como benefício previdenciário. Neste caso, também são garantidos todos os benefícios, exceto aposentadoria por tempo de contribuição.

– 20% sobre o salário de contribuição

Ou seja, de R$ 209 (baseado no salário mínimo) a R$ 1.220,20 (referente ao teto, de R$ 5.839,45)

O indivíduo deve pagar o valor da alíquota multiplicada pelo salário pretendido no momento da aposentadoria ou do pagamento de benefícios de risco. Os recolhimentos efetuados neste plano servem também para requerer todos os tipos de aposentadoria, além dos outros benefícios.

Comece a pagar

– Quem paga sobre o valor de um salário mínimo também pode realizar pagamentos trimestrais, contribuindo com a taxa mensal multiplicada por três e preenchendo o campo “competência” da guia de recolhimento, obedecendo aos trimestres civis.

– Há códigos de contribuição para enquadrar cada perfil de segurado (individual ou facultativo), de acordo com o plano de contribuição (normal ou simplificado) e a periodicidade de pagamento (mensal ou trimestral). Por isso, é importante checar no site do INSS (www.inss.gov.br) o código correspondente às suas escolhas e preencher a guia de recolhimento corretamente.

– A guia pode ser gerada por meio do site do INSS ou comprando um carnê em papelaria e preenchendo-o manualmente.

– Apenas no caso de Microempreendedor Individual, a guia, chamada de DAS-MEI, é gerada no próprio Portal do Empreendedor.

E se quiser mudar?

– O contribuinte individual e o facultativo que pagam o INSS por meio do plano normal de contribuição (alíquota de 20%) podem, a qualquer momento, optar pelo pagamento no plano simplificado (alíquota de 11%), bastando alterar o código na guia de recolhimento.

– A mesma situação se aplica ao que estiver recolhendo no plano simplificado e quiser voltar para o plano normal.

– Se o contribuinte aderir ao plano simplificado, de alíquota 5% ou 11%, mas posteriormente quiser contar com recolhimentos maiores, deverá ser feita a complementação dos pagamentos para os valores referentes à alíquota de 20%. A agência da Previdência Social aplicará ainda juros moratórios.

Como funcionam alguns benefícios?

– Auxílio-doença

É um benefício por incapacidade devido ao segurado do INSS que comprove, em perícia médica, estar temporariamente incapaz para o trabalho em decorrência de doença ou acidente. Para requerer o direito, é necessário ter 12 contribuições mensais, com algumas exceções para doenças profissionais, acidentes de trabalho e acidentes de qualquer natureza ou causa.

– Pensão por morte urbana

É um benefício destinado aos dependentes (cônjuge, companheiro, filhos e enteados menores de 21 anos ou inválidos) de beneficiário que era aposentado ou trabalhador que exercia sua atividade no perímetro urbano. A duração dos pagamentos será variável conforme o número de contribuições feitas pela vítima e do tempo de união com o dependente ou idade, por exemplo.

– Salário-maternidade urbano

É um benefício devido a uma pessoa que se afaste de sua atividade, por motivo de nascimento de filho, aborto não criminoso, adoção ou guarda judicial para fins de adoção. A duração do benefício depende do motivo que deu origem: 120 dias no caso de parto; 120 dias no caso de adoção; 120 dias, no caso de natimorto; 14 dias, no caso de aborto espontâneo ou previstos em lei (como estupro ou risco de vida para a mãe), a critério médico.

Para requerer o direito, é necessário ter dez meses de contribuição, no caso do contribuinte individual (que trabalha por conta própria), facultativo e segurado especial (rural). O desempregado precisa comprovar que é segurado do INSS e, conforme o caso, cumprir carência de dez meses trabalhados.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. BG gostaria que vc tentasse descobrir se existe alguém aposentado que pagava esses 5% ,pois trabalhei mais de trinta anos no INSS e tds que vi dar entrada na aposentadoria foram negadas.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esporte

Bragantino só perde do Flamengo no investimento em reforços; veja os valores

Goleiro Cleiton, da Seleção Olímpica, foi anunciado pelo Bragantino na última segunda-feira — Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Com o anúncio da contratação do goleiro Cleiton, na última segunda-feira, 10, o Bragantino passou dos R$ 80 milhões em contratações para a temporada 2020. A transação para comprar 70% dos direitos econômicos do atleta foi no valor de cinco milhões de euros (R$ 23 milhões na cotação atual).

Se somadas todas as contratações do Bragantino nesta temporada, o investimento chega a R$ 84 milhões. No Brasil, o valor só é menor que o gasto pelo Flamengo, que desembolsou 33,2 milhões de euros (R$ 156 milhões na cotação atual).

O Atlético-MG, que ganhou R$ 37 milhões com vendas ao Braga, é um clube que pode ultrapassar o Massa Bruta, mas ainda há pendências. A equipe investiu pouco mais de R$ 38 milhões até o momento, e fez proposta de R$ 51 milhões por Soteldo, do Santos. A negociação, no entanto, está travada.

O Massa Bruta também contratou Alerrandro (R$ 14 milhões ao Atlético-MG), Thonny Anderson (R$ 13 milhões ao Grêmio), Weverton (R$ 5 milhões ao Cruzeiro) e Léo Realpe (R$ 4 milhões ao Independente del Valle). O lateral-esquerdo Luan Cândido chegou por empréstimo, e o zagueiro Fabrício Bruno foi contratado sem custos.

Cleiton, ex-Atlético-MG, é o segundo reforço mais caro da história do clube. O mais caro foi o atacante Artur, por R$ 25 milhões, também no início deste ano. É política do Bragantino não divulgar oficialmente os valores de negociações. Os valores das contratações são apurações do GloboEsporte.com. Confira:

Artur – Palmeiras – R$ 25 milhões
Cleiton – Atlético-MG – R$ 23 milhões
Alerrandro – Atlético-MG – R$ 14 milhões
Thonny Anderson – Grêmio – R$ 13 milhões
Weverton – Cruzeiro – R$ 5 milhões
Léo Realpe – Independiente del Valle – R$ 4 milhões

O dinheiro do Bragantino vem da parceria com a empresa austríaca Red Bull, que assumiu a gestão do futebol do clube em abril de 2019. Além do investimento em contratações, a marca de energéticos tem investido em melhorias no estádio Nabi Abi Chedid e planeja a construção de um centro de treinamento em Bragança Paulista.

Em entrevista ao podcast Dinheiro em Jogo, do GloboEsporte.com, o diretor executivo do clube, Thiago Scuro, explicou os investimentos da empresa austríaca no Bragantino. Clique aqui para ouvir.

Globo Esporte

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

Após ira de Carlos Bolsonaro com manchete desmentida, Veja se “retrata”, comunicando que “se não corresponde à verdade, vamos tirar a matéria do ar”

Fotos: Reprodução

O xingamento de Carlos Bolsonaro nessa terça-feira(21) sobre uma matéria da Veja sobre rejeição sobre a atriz Regina Duarte na “Cultura” ganhou disputa acirrada, após o veículo de comunicação discutir com o filho do presidente pelas redes sociais.

Após xingar a Veja, disse que a matéria se tratava de uma “mentira descarada”. O veículo, então, resolveu perguntar se ele é a favor da artista na secretaria, o que acabou viralizando nas redes sociais, com xingamento reafirmado por Carlos. “Agora vão conferir se é verdade de novo?”, questionou.

A Veja, então, reclamou que Carlos Bolsonaro não atende o telefone, e finalizou sua pérola: “Mas, se não corresponde à verdade, vamos tirar a matéria do ar”, reconhecimento que ocorreu tempos depois conforme destaque.

Fotos: Reprodução

Opinião dos leitores

  1. Sim Lucio, mas essa é uma fofoquinha de revista veja. Agora o mensalão, petrolão, lava-jato foram coisas sérias. Alias nãoesquece que não foi só pt preso na lava jato, foi mdb, foi pp, foi doleiro, foi empresario…

  2. Os meus colegas Minions repetem até hoje às reportagens da veja contra a esquerda em geral, mas contra a família não pode.

  3. Independente dos nomes, o jornalismo brasileiro sofre de uma irresponsabilidade incontida, cuja defesa ideológica ultrapassa os limites e beira a criminalidade.
    Quantas notas ou matérias são publicadas sem qualquer preocupação com a verdade, soltam as publicações e quem se sentir atingido que corra atrás para se defender, senão fica a difamação ou calúnia ou injúria como real.
    Isso nunca foi liberdade de imprensa, é flagrante desrespeito aos leitores, é a desconstrução da informação a serviço da ideologia, é a manipulação dos fatos, distorção dos acontecimentos em favor da falácia irresponsável, vestida pela falta de profissionalismo e mau caratismo.
    Graças a liberdade das comunicações, conseguimos ver que as aberrações publicadas vão de encontro aos fatos, deixando os mentirosos sem credibilidade e o povo sabendo quem são.

    1. Porém, qia6ndo era contra Lula, Dilma ou qualquer um do PT ou da esquerda, podia.
      Agora não pode mais
      Ou será que vcs começaram a perceber essa parcialidade e perseguições agora?

  4. Realmente é revoltante quando se é perseguido por mentiras de quem tem a liberdade de imprensa e faz mau uso dessa ferramenta de democracia. Gera revolta e termina envolvendo ate o tal de Teucu, que ate agora nao sei se este tem haver com a novela roque santeiro ou com a esquerda ou com o centro..

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esporte

Flamengo campeão? Veja as contas para Rubro-Negro levantar a taça

Foto: Sérgio Moraes/Reuters

Após a emocionante vitória de virada no último domingo, a própria torcida do Flamengo já iniciou o grito de “é campeão”. Mas, com seis jogos para o fim do Campeonato Brasileiro, o que falta realmente para o time rubro-negro ser campeão? O líder abriu dez pontos para o segundo colocado Palmeiras (77 a 67). Confira a seguir as possibilidades.

Campeão em dois jogos

O Flamengo tem um jogo antecipado da 34ª rodada, nesta quarta-feira (13) e, por isso, pode antecipar as coisas em caso de:

– vitória sobre o Vasco nesta quarta, no Maracanã;
– vitória sobre o Grêmio no domingo, na Arena e
– derrota do Palmeiras para o Bahia, no domingo, na Fonte Nova

Campeão em três jogos

Se o Palmeiras vencer o Bahia, por exemplo, o Flamengo ainda teria sua chance diante do Ceará, em 27 deste mês.

A Libertadores

Antes disso, no entanto, o Flamengo ainda disputa a final da Libertadores. Em 23, no Monumental, em Lima, no Peru, a equipe enfrenta o River Plate-ARG na final única pela competição continental.

O confronto direto

Palmeiras e Flamengo ainda têm um confronto direto até o final da competição. As duas equipes medem forças na 36ª rodada, em 1º de dezembro.

A sequência

O Flamengo enfrenta, pela ordem: Vasco (casa), Grêmio (fora), River Plate (campo neutro), Ceará (casa), Palmeiras (fora), Avaí (casa), Santos (fora) .

R7

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

FOTO: Capa da Veja estampa novo depoimento do operador Marcos Valério, que cita Lula como um dos mandantes do assassinato de Celso Daniel e reabre o caso

Foto: Reprodução

No depoimento ao MP, também gravado em vídeo, Valério repetiu uma história que contou em 2018 ao então juiz Sergio Moro, envolvendo na trama praticamente todo o alto-comando petista — só que agora com mais detalhes e com Lula como personagem fundamental. A história começa, segundo ele, em 2003, quando Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Lula, convocou-o para uma reunião no Palácio do Planalto. No encontro, o anfitrião afirmou que o empresário Ronan Maria Pinto, que participava de um esquema de cobrança de propina na prefeitura de Santo André, ameaçava envolver a cúpula do Planalto no caso da morte de Celso Daniel.

“Marcos, nós estamos com um problema. O Ronan está nos chantageando, a mim, ao presidente Lula e ao ministro José Dirceu, e preciso que você resolva”, teria dito Carvalho. “Ele precisa de um recurso, e eu quero que você procure o Silvio Pereira (ex-secretário-geral do PT)”, acrescentou. Valério conta que, antes de deixar o Palácio, tentou levantar mais informações sobre a história com o então ministro José Dirceu. “Zé, seguinte: o Gilberto está me pedindo para eu procurar o Silvio Pereira para resolver um problema do Ronan Maria Pinto. Disse que é uma chantagem”, narra Valério no depoimento. A resposta do então chefe da Casa Civil teria sido curta e grossa: “Vá e resolva”.

Leia reportagem completa AQUI.

Opinião dos leitores

  1. Matéria da VEJA acusando LULA de ser mandante da morte do Celso Daniel:

    “SE Marcos Valério estiver dizendo a verdade..”

    "Valério disse TER OUVIDO DE UM EMPRESÁRIO que o ex-presidente foi o mandante do assassinato"

    “O novo depoimento, EMBORA NÃO TRAGA NENHUMA PROVA CONCRETA..”

    1. Com certeza está ligado a quadrilha de esquerda que se apoiam!
      E não duvide se foi proposital!

  2. A alma mais honesta do mundo até o trânsito em julgado. Mas como tem muito dinheiro (roubado), é inocente pra sempre.

  3. Lula quem articula os cargos e as rachadinhas do clã bolsonaro, Lula tambem esta a frente das milicas do RJ e de todo Brasil, Lula quem colocou Bolsonaro e os filhos na politica fazendo de cabide de emprego. Lula que coordena o esquema de laranjas do PSL, lula quem foi o responsável por incentiva os adolescente no massacre de Zusano, Lula quem estava na boate KISS e Ascendeu o sinalizador que deu inicio ao incendio … #LULALIVRE

  4. Pode aparecer todas as provas do mundo contra Lula, provando que ele é um bandido, que nada vai adiantar. Pois existe os membros da facção criminosa dele, chamada de STF, pronto para absove-lo!

  5. A próxima edição vai revelara algo incrível, uma grande verdade:
    Lula tem a máquina do tempo(ele roubou antes de nascer), É que ela estava escondida no triplex. Pasmem ele MATOU JESUS CRISTO e voltou p o MORO fazer justiça .

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

‘Não houve excesso na Lava Jato. Opinião de militante não conta’;‘Lula está preso porque cometeu crimes. A Petrobras foi saqueada’, diz Moro em entrevista

A maior preocupação do ministro, no momento, é com o futuro da Operação Lava-Jato, especialmente com o STF, que está julgando ações que podem pôr a perder boa parte do trabalho já realizado pela força-tarefa e beneficiar corruptos notórios, como o ex-presidente Lula e o ex-deputado Eduardo Cunha. Sobre a declaração do ex-­procurador-geral da República Rodrigo Janot de que iria matar o ministro Gilmar Mendes e depois se suicidar, revelada por VEJA na semana passada, foi lacônico: “É difícil acreditar nessa história”.

Leia mais: Em entrevista a Veja, Moro diz que ‘Brasília é cheia de intrigas’, fala de ‘tentativas de se indispor com o presidente´, e garante que Bolsonaro ‘é seu candidato em 2022´

“QUAL FOI O EXAGERO DA LAVA-JATO?”

Acusado de parcialidade na condução da Lava-Jato, o ministro vê ataques direcionados para minar os resultados da operação, rebate o discurso de que houve seletividade no que se refere aos alvos das investigações e comenta as revelações feitas pelo ex-procurador Rodrigo Janot, que afirmou ter tentado matar o ministro Gilmar Mendes no STF

.“Não houve excesso, ninguém foi preso injustamente. Opinião de militante político não conta, pois desconsidera as provas. A sociedade tem de consolidar os avanços conquistados pela operação. As pessoas falam em excessos, mas qual foi o excesso da Lava-Jato? Essa entrevista do ex-procurador Janot é coisa dele. Não tem nada a ver com Curitiba. É difícil acreditar nessa história. Agora vem essa discussão de que a ordem das alegações finais seria um erro da Lava-Jato. Os avanços anticorrupção não são de propriedade de juízes ou procuradores. É uma conquista da sociedade, do país. É o país que perde com eventuais retrocessos.”

“NÃO HÁ ILEGALIDADE NAS MENSAGENS”

A divulgação de mensagens captadas ilegalmente nos celulares dos procuradores da força-tarefa levantou suspeitas e gerou acusações de atuação imprópria e de parcialidade do então juiz Sergio Moro

.“No caso das mensagens divulgadas pelo The Intercept Brasil e por outros veículos, mesmo que elas fossem verídicas, não haveria nelas nenhuma ilegalidade. Onde está a contaminação de provas? Não há. É uma questão de narrativa. Houve, sim, exagero da imprensa. Esse episódio está todo superdimensionado. A Polícia Federal está investigando as pessoas que invadiram os celulares. Não está descartada a hipótese de que houve interesses financeiros por trás desse crime. Esses hackers, pelo que já foi demonstrado, eram estelionatários. Mas nada vai mudar o fato de que a Operação Lava-Jato alterou o padrão de impunidade da grande corrupção. As pessoas sabem diferenciar o que é certo do que é errado.”

Veja mais: Em entrevista a Veja, Moro diz que ‘Brasília é cheia de intrigas’, fala de ‘tentativas de se indispor com o presidente´, e garante que Bolsonaro ‘é seu candidato em 2022´

“LULA ESTÁ PRESO PORQUE COMETEU CRIMES”

Condenado a vinte anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-presidente pediu ao Supremo Tribunal Federal que decrete a suspeição de Moro. Se isso acontecer, Lula, que está preso há mais de um ano, poderá ser solto e seu processo voltar à estaca zero.

“Estou bem tranquilo com minha consciência quanto ao que fiz. O ex-­deputado Eduardo Cunha também diz que é inocente. Aliás, na cadeia todo mundo diz que é inocente, mas a Petrobras foi saqueada. Sempre que há um julgamento importante, dizem que a Lava-Jato vai acabar, que tudo vai acabar. Há um excesso de drama em Brasília. As pessoas pensam tudo pela perspectiva do Lula, embora seja possível que o julgamento do STF sobre a ordem das alegações finais leve à anulação da sentença sobre o sítio de Atibaia. Lula está preso porque cometeu crimes.”

“O STF TEM DE AVALIAR BEM AS CONSEQUÊNCIAS”

A confirmação pelo Supremo de que condenados poderiam começar a cumprir pena antes de a sentença transitar em julgado acelerou o processo de punição dos condenados e catalisou as investigações da Lava-Jato. Suspeitos passaram a fechar acordos de delação diante da perspectiva de acabarem atrás das grades a curto prazo. Neste mês, o STF vai analisar novamente a legalidade das prisões em segunda instância e, se voltar atrás, poderá impor o maior de todos os reveses à Lava-Jato, na avaliação do ministro da Justiça.

“A eventual mudança de entendimento do STF sobre a prisão em segunda instância é o que mais me preocupa. Espero, respeitosamente, que não ocorra. O Supremo terá de avaliar bem as consequências de uma eventual reversão sobre o movimento anticorrupção e sobre a esperança das pessoas por um país mais íntegro e mais justo. Agora, como tenho uma formação de agente da lei, de juiz, entendo que toda crítica deve respeitar a instituição, sendo o STF fundamental para a democracia.”

Veja

Opinião dos leitores

  1. O sr tem que ser presidente desse país, nem que seja na marra.
    Vai ser sim!!!!
    MORO PRESIDENTE, se Deus quiser!!!

  2. O nosso Ministro e Herói Nacional Moro está corretíssimo.
    Opinião de militante não conta.
    Será que tem aqui algum .
    Fico com os homens de bem.

  3. A prosperidade do crime de todas as suas modalidades está diretamente ligada a sua forma de combate, pois diante da complacência dos que fazem as normas legais serem cumpridas a coisa só piora.
    É notório que o descrédito que esta sendo construído perante a sociedade e em cima da operação Lava Jato que por objetivo a extinção e por tabela o livramento dos que foram pegos em situação da pratica dos mais variados crimes, tendo o de "lesa pátria" como o mais hediondo.
    Mas nada é feito no Brasil em prol de seu povo, e sim, contra a nação que quando pensa que já viu de um tudo, aparece membros da turminha do onze que fazem de um tudo para o pior dos retrocessos que é o uso do subterfúgio para proteger alguns em detrimento ao devido dever legal que é a punição.
    O trabalho dos que promoveram a operação, é merecedor de muitos créditos, até de publico reconheço que houve alguns exageros mas foram importantes dentro do contexto para que a sociedade toma-se conhecimento de como funcionava e funciona o submundo do crime do colarinho branco.
    Agora fazer o quê diante de um congresso composto 594 membros e estando boa parte deles inseridos na operação e devidamente comprovados as suas participações.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

Em entrevista a Veja, Moro diz que ‘Brasília é cheia de intrigas’, fala de ‘tentativas de se indispor com o presidente´, e garante que Bolsonaro ‘é seu candidato em 2022´

Foto: (Cristiano Mariz/.)

O restaurante requintado no centro de Brasília ainda estava vazio quando Sergio Moro chegou para almoçar na última quarta-feira. Para o ministro da Justiça, nem isso é ato corriqueiro. Dois dias antes, sua assessoria fizera uma precursora no local, verificou as entradas e as saídas, observou a configuração das mesas e concluiu que era preciso reservar quatro — uma para o ministro e seus convidados, uma para a equipe de segurança e outras duas que deveriam permanecer vazias formando um raio de isolamento em torno da mesa principal. Os agentes são os primeiros a entrar no estabelecimento. Moro aparece em seguida. Duas senhoras logo o reconhecem e o cumprimentam efusivamente. O maître indica a mesa, localizada estrategicamente num dos cantos. O ministro se senta, mas parece incomodado com o fato de ficar de costas para dois homens que ocupam uma das mesas que deveriam estar vazias. Falha. A menos de 2 metros de distância, os seguranças, atentos, não tiram os olhos dos intrusos. Isso já é parte da rotina do ministro mais popular de Jair Bolsonaro, embora muita coisa tenha mudado nestes primeiros nove meses de governo.

As ameaças contra ele, por exemplo, se intensificaram. O ministro não gosta de falar sobre o assunto, porém admite que os cuidados com a segurança precisaram ser redobrados. Os desafetos que colecionou ao longo de cinco anos de Operação Lava-­Jato ganharam o reforço de facções criminosas como o PCC. “Sempre recebi ameaças, mas agora toda cautela é necessária, porque estamos enfraquecendo essas organizações”, ressalta. Ele teme principalmente pela família. “Vocês viram o absurdo que fizeram com a minha filha?” O ministro se refere ao curta-­metragem que circulou pela internet que conta a história do sequestro da filha de um certo ministro “Célio Mauro”, tramado para exigir a liberdade do ex-presidente “Luiz Jararaca da Silva”. No filme, dentro do cativeiro há mensagens em favor da liberdade do verdadeiro Lula. Por ordem de Moro, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o caso. “Está cheio de louco por aí. É bom ter cautela”, diz.

O ex-juiz também tem sido alvo de múltiplas especulações. No início do governo, ele era o talismã, a âncora que deixava claro o compromisso do presidente Bolsonaro com o combate à corrupção. Em Brasília, o ministro conheceu a outra face do poder. No Congresso, enfrenta a resistência dos parlamentares, muitos deles envolvidos até o pescoço com a Lava-Jato. No Supremo Tribunal Federal (STF), assiste ao que pode vir a ser o desmantelamento dos principais pilares que sustentaram o sucesso da operação. Mas é de dentro do próprio governo que surgem os maiores fantasmas. Moro é alvo da desconfiança de alguns aliados, muitos deles despachando em gabinetes importantes no 3º andar do Palácio do Planalto, bem pertinho do presidente, de onde pipocaram informações de que o ministro já foi demitido, já levou descomposturas humilhantes do chefe e, a mais recorrente, de que estaria pavimentando o caminho para disputar a Presidência da República em 2022 — no que seria um ato imperdoável de traição a Bolsonaro, que se anunciou candidato à reeleição.

Essa hipótese, combinada com uma série de acontecimentos políticos, tem provocado fissuras na relação entre dois grupos que caminharam juntos desde a eleição — os bolsonaristas e os lavajatistas. O primeiro vê no segundo a ameaça a um projeto de poder. O segundo vê no primeiro sinais de afastamento do compromisso de priorizar o combate à corrupção. “É tudo intriga”, diz o ministro. Moro garantiu que não vai disputar a Presidência da República, que Bolsonaro é seu candidato em 2022 e que as relações entre os dois são “ótimas”. A maior preocupação do ministro, no momento, é com o futuro da Operação Lava-Jato, especialmente com o STF, que está julgando ações que podem pôr a perder boa parte do trabalho já realizado pela força-tarefa e beneficiar corruptos notórios, como o ex-presidente Lula e o ex-deputado Eduardo Cunha. Sobre a declaração do ex-­procurador-geral da República Rodrigo Janot de que iria matar o ministro Gilmar Mendes e depois se suicidar, revelada por VEJA na semana passada, foi lacônico: “É difícil acreditar nessa história”.

O almoço terminou por volta das 14 horas. Um pouco antes disso, um garçom pediu para tirar uma foto ao lado do ministro. “Lá em casa o senhor tem seis votos”, disse o rapaz. Moro, que havia acabado de garantir que não será candidato a nada, sorriu meio sem graça, mas não retrucou. Paciente, posou ao lado de outros dois funcionários do estabelecimento que lhe pediram a mesma coisa. Àquela altura, o restaurante já estava lotado — e o ministro ainda passou pelo constrangimento de cruzar todo o salão sob aplausos dos clientes, aos quais ele retribuiu com acenos de agradecimento. A seguir, os principais trechos da entrevista a VEJA.

“MEU CANDIDATO EM 2022 É O PRESIDENTE BOLSONARO”

Bolsonaristas mais radicais acreditam que Moro está usando o governo como trampolim para uma futura candidatura à Presidência da República. O ministro diz que não tem perfil de político e que essa hipótese nunca lhe passou pela cabeça.

“Eu digo ao presidente que essas notícias sobre uma eventual candidatura minha são intrigas. Ele sabe que eu não vou ser candidato. Primeiro por uma questão de dever de lealdade. Como é que você vai entrar no governo e vai concorrer com o político que o convidou para participar do governo? Também não vou me filiar ao Podemos nem vou ser candidato a vice. Não tenho perfil político-partidário. Meu candidato em 2022 é o presidente Bolsonaro e pretendo fazer um bom trabalho como ministro até o fim.”

“NUNCA CHEGUEI PERTO DE PEDIR DEMISSÃO”

O ministro diz que demorou um pouco a entender o funcionamento de algumas engrenagens em Brasília mas se surpreendeu com a máquina de intrigas. Diz que é vítima de muitas teorias conspiratórias e que não consegue identificar com precisão a origem delas.

“Brasília é uma cidade onde as intrigas ganham uma dimensão irreal. As mais recentes afirmavam todo dia que eu estava saindo do governo. Há dentro do governo, no Congresso e no Supremo interesses múltiplos que nem sempre são convergentes, mas não entendo muito a lógica dessas intrigas. Toda relação de trabalho tem seus altos e baixos. Minha relação com o presidente é muito boa, ótima. Nunca cheguei perto de pedir demissão. As pessoas inventam histórias. Sei que é mentira, o presidente sabe que é mentira. Não sei direito de onde essas intrigas vêm.”

“TENTATIVA DE ME INDISPOR COM O PRESIDENTE”

Moro, no entanto, admite que parte dessas intrigas tem origem dentro do próprio governo, inclusive da Polícia Federal, que está sob a jurisdição do Ministério da Justiça.

“Esse caso envolvendo o deputado Hélio Negão (aliado e amigo do presidente Bolsonaro) é curioso. Um delegado do Rio de Janeiro recebeu a informação de que um tal Hélio Negão estaria envolvido numa fraude previdenciária. A descrição da testemunha dava conta de que o suspeito tinha características físicas completamente diferentes das do deputado. Espalhou-se que a Polícia Federal estava investigando ilegalmente o deputado com o aval da cúpula. Foi mais uma tentativa de me indispor com o presidente.”

“A INTIMIDAÇÃO ACABARÁ EXISTINDO”

O Congresso derrubou uma sequência de vetos do presidente Bolsonaro e reativou parte da Lei de Abuso de Autoridade, que prevê punições até de prisão para juízes e membros do Ministério Público que exorbitarem de suas funções.

“Até entendo os motivos que levaram à edição da lei pelos parlamentares: um receio quanto a abusos. O risco, porém, é o efeito inibidor, principalmente juízes, promotores e policiais deixarem de cumprir o seu dever por receio de ser indevidamente responsabilizados. Esse temor pode impactar a segurança pública. A intimidação acabará existindo, e isso não é excesso de drama. Mas não acho que houve uma vingança do Congresso em resposta à Operação Lava-Jato, como alguns defendem.”

“QUEM ME CONSIDERA VILÃO ESTAVA DO OUTRO LADO DA LEI”

Muitas das propostas que o Ministério da Justiça apresentou no chamado pacote anticrime acabaram sofrendo alterações no Congresso. Moro descarta a possibilidade de estar sendo vítima de boicote ou retaliação por parte dos parlamentares.

“O combate à corrupção é uma conquista da sociedade nos últimos anos. O Brasil foi elogiado no mundo inteiro pelos avanços. Algumas pessoas me dizem que recuperaram o sentimento de dignidade de ser brasileiro. É um erro pensar que o combate à corrupção é uma batalha da Lava-Jato. Essa é uma tarefa que cabe ao governo, ao Congresso, ao Judiciário, à sociedade civil e à imprensa. Sou apenas um agente da lei, mas cumprir a lei pode ser às vezes um desafio contra interesses poderosos. Os avanços contra a corrupção foram produto de ação institucional. Quem me considera vilão estava do outro lado da lei.”

“QUAL É O RISCO À DEMOCRACIA?”

O ministro diz que as políticas implementadas pelo ministério já tiveram impacto no dia a dia da população e critica quem vê nas ações e propostas do governo ameaças à democracia.

“O balanço desses primeiros meses de governo é positivo. A taxa de homicídios tem caído. Sete mil pessoas deixaram de perder a vida. A queda da taxa de homicídios também é trabalho do governo federal. As organizações criminosas estão na defensiva e enfraquecidas. As celas onde estão presos integrantes de organizações criminosas não respondem mais a um comando central. Falam em risco à democracia. É um exagero. O governo não tem o controle do Congresso, não tem o controle do Judiciário. A imprensa fala o que ela quer. Qual é o risco à democracia?”

Veja

 

Opinião dos leitores

  1. BG
    E os CALHORDAS chorando pelo ladrão de 09-dedos. Tem jeito não da prisão para o cemiterio e fim de papo.

  2. Oportunista….medíocre….energúmeno……mala falsa……mentiroso…..mal feitor…..vigarista……cheleleu , oh cheleleu

  3. Ainda bem que a população brasileira esta vendo e é testemunhas, só os ladrões, corruptos, bandidos, reclamam das ações do Ministro da Justiça Sérgio Moro.
    Por quê será heim!!!!!!!!!!!!!

  4. Pra mim é o brasileiro número 1. Primeiro juiz brasileiro a impor medo nos nos peixes graúdos. Os corruptos faziam de tudo pra que seus processos não caíssem nas mãos dele. Precisa dizer mais alguma coisa?

  5. Bolsonaro irá ser candidato em 2022? Ele não iria acabar com a reeleição? Ah lembrei, não se escreve o que ele fala.

    1. É triste ver um lulista reclamando pela evolução do Brasil .

    2. Ele tem o interesse de acabar com à reeleição, contando que o legislativo endureça as leis contra a corrupção, que votasse a previdência de forma rápida ( que não aconteceu e foi desidratada). Ele não é ditador, só o congresso pode fazer a reforma política e finalmente acabar com a reeleição. Seria ótimo, dessa forma ex político e bandido tb não poderiam tentar concorrer a um cargo que outrora fora ocupado pelo mesmo.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Veja a íntegra do discurso de Bolsonaro na abertura da Assembleia Geral da ONU

FOTO: SETH WENIG (AP)

O presidente Jair Bolsonaro fez seu primeiro discurso de abertura na Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (24). Ele falou sobre sobre preservação meio ambiente e acusou líderes estrangeiros de ataque à soberania do Brasil. Também chamou de “falácia” afirmação de que Amazônia é patrimônio da humanidade.

Veja a íntegra do discurso:

“Senhor Presidente da Assembleia Geral, Tijjani Muhammad-Bande,

Senhor Secretário-Geral da ONU, António Guterres,

Chefes de Estado, de Governo e de Delegação,

Senhoras e Senhores,

Apresento aos senhores um novo Brasil, que ressurge depois de estar à beira do socialismo.

Um Brasil que está sendo reconstruído a partir dos anseios e dos ideais de seu povo.

No meu governo, o Brasil vem trabalhando para reconquistar a confiança do mundo, diminuindo o desemprego, a violência e o risco para os negócios, por meio da desburocratização, da desregulamentação e, em especial, pelo exemplo.

Meu país esteve muito próximo do socialismo, o que nos colocou numa situação de corrupção generalizada, grave recessão econômica, altas taxas de criminalidade e de ataques ininterruptos aos valores familiares e religiosos que formam nossas tradições.

Em 2013, um acordo entre o governo petista e a ditadura cubana trouxe ao Brasil 10 mil médicos sem nenhuma comprovação profissional. Foram impedidos de trazer cônjuges e filhos, tiveram 75% de seus salários confiscados pelo regime e foram impedidos de usufruir de direitos fundamentais, como o de ir e vir.

Um verdadeiro trabalho escravo, acreditem…

Respaldado por entidades de direitos humanos do Brasil e da ONU!

Antes mesmo de eu assumir o governo, quase 90% deles deixaram o Brasil, por ação unilateral do regime cubano. Os que decidiram ficar, se submeterão à qualificação médica para exercer sua profissão.

Deste modo, nosso país deixou de contribuir com a ditadura cubana, não mais enviando para Havana 300 milhões de dólares todos os anos.

A história nos mostra que, já nos anos 60, agentes cubanos foram enviados a diversos países para colaborar com a implementação de ditaduras.

Há poucas décadas tentaram mudar o regime brasileiro e de outros países da América Latina.

Foram derrotados!

Civis e militares brasileiros foram mortos e outros tantos tiveram suas reputações destruídas, mas vencemos aquela guerra e resguardamos nossa liberdade.

Na Venezuela, esses agentes do regime cubano, levados por Hugo Chávez, também chegaram e hoje são aproximadamente 60 mil, que controlam e interferem em todas as áreas da sociedade local, principalmente na Inteligência e na Defesa.

A Venezuela, outrora um país pujante e democrático, hoje experimenta a crueldade do socialismo.

O socialismo está dando certo na Venezuela!

Todos estão pobres e sem liberdade!

O Brasil também sente os impactos da ditadura venezuelana. Dos mais de 4 milhões que fugiram do país, uma parte migrou para o Brasil, fugindo da fome e da violência. Temos feito a nossa parte para ajudá-los, através da Operação Acolhida, realizada pelo Exército Brasileiro e elogiada mundialmente.

Trabalhamos com outros países, entre eles os EUA, para que a democracia seja restabelecida na Venezuela, mas também nos empenhamos duramente para que outros países da América do Sul não experimentem esse nefasto regime.

O Foro de São Paulo, organização criminosa criada em 1990 por Fidel Castro, Lula e Hugo Chávez para difundir e implementar o socialismo na América Latina, ainda continua vivo e tem que ser combatido.

Senhoras e Senhores,

Em busca de prosperidade, estamos adotando políticas que nos aproximem de países outros que se desenvolveram e consolidaram suas democracias.

Não pode haver liberdade política sem que haja também liberdade econômica. E vice-versa. O livre mercado, as concessões e as privatizações já se fazem presentes hoje no Brasil.

A economia está reagindo, ao romper os vícios e amarras de quase duas décadas de irresponsabilidade fiscal, aparelhamento do Estado e corrupção generalizada. A abertura, a gestão competente e os ganhos de produtividade são objetivos imediatos do nosso governo.

Estamos abrindo a economia e nos integrando às cadeias globais de valor. Em apenas oito meses, concluímos os dois maiores acordos comerciais da história do país, aqueles firmados entre o Mercosul e a União Europeia e entre o Mercosul e a Área Europeia de Livre Comércio, o EFTA. Pretendemos seguir adiante com vários outros acordos nos próximos meses.

Estamos prontos também para iniciar nosso processo de adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Já estamos adiantados, adotando as práticas mundiais mais elevadas em todo os terrenos, desde a regulação financeira até a proteção ambiental.

Senhorita YSANY KALAPALO, agora vamos falar de Amazônia.

Em primeiro lugar, meu governo tem um compromisso solene com a preservação do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável em benefício do Brasil e do mundo.

O Brasil é um dos países mais ricos em biodiversidade e riquezas minerais.

Nossa Amazônia é maior que toda a Europa Ocidental e permanece praticamente intocada. Prova de que somos um dos países que mais protegem o meio ambiente.

Nesta época do ano, o clima seco e os ventos favorecem queimadas espontâneas e criminosas. Vale ressaltar que existem também queimadas praticadas por índios e populações locais, como parte de sua respectiva cultura e forma de sobrevivência.

Problemas qualquer país os tem. Contudo, os ataques sensacionalistas que sofremos por grande parte da mídia internacional devido aos focos de incêndio na Amazônia despertaram nosso sentimento patriótico.

É uma falácia dizer que a Amazônia é patrimônio da humanidade e um equívoco, como atestam os cientistas, afirmar que a nossa floresta é o pulmão do mundo.

Valendo-se dessas falácias, um ou outro país, em vez de ajudar, embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma desrespeitosa, com espírito colonialista.

Questionaram aquilo que nos é mais sagrado: a nossa soberania!

Um deles por ocasião do encontro do G7 ousou sugerir aplicar sanções ao Brasil, sem sequer nos ouvir. Agradeço àqueles que não aceitaram levar adiante essa absurda proposta.

Em especial, ao Presidente Donald Trump, que bem sintetizou o espirito que deve reinar entre os países da ONU: respeito à liberdade e à soberania de cada um de nós.

Hoje, 14% do território brasileiro está demarcado como terra indígena, mas é preciso entender que nossos nativos são seres humanos, exatamente como qualquer um de nós. Eles querem e merecem usufruir dos mesmos direitos de que todos nós.

Quero deixar claro: o Brasil não vai aumentar para 20% sua área já demarcada como terra indígena, como alguns chefes de Estados gostariam que acontecesse.

Existem, no Brasil, 225 povos indígenas, além de referências de 70 tribos vivendo em locais isolados. Cada povo ou tribo com seu cacique, sua cultura, suas tradições, seus costumes e principalmente sua forma de ver o mundo.

A visão de um líder indígena não representa a de todos os índios brasileiros. Muitas vezes alguns desses líderes, como o Cacique Raoni, são usados como peça de manobra por governos estrangeiros na sua guerra informacional para avançar seus interesses na Amazônia.

Infelizmente, algumas pessoas, de dentro e de fora do Brasil, apoiadas em ONGs, teimam em tratar e manter nossos índios como verdadeiros homens das cavernas.

O Brasil agora tem um presidente que se preocupa com aqueles que lá estavam antes da chegada dos portugueses. O índio não quer ser latifundiário pobre em cima de terras ricas. Especialmente das terras mais ricas do mundo. É o caso das reservas Ianomâmi e Raposa Serra do Sol. Nessas reservas, existe grande abundância de ouro, diamante, urânio, nióbio e terras raras, entre outros.

E esses territórios são enormes. A reserva Ianomâmi, sozinha, conta com aproximadamente 95 mil km2, o equivalente ao tamanho de Portugal ou da Hungria, embora apenas 15 mil índios vivam nessa área.

Isso demonstra que os que nos atacam não estão preocupados com o ser humano índio, mas sim com as riquezas minerais e a biodiversidade existentes nessas áreas.

CARTA (o conteúdo ainda não foi divulgado pelo Planalto)

A Organização das Nações Unidas teve papel fundamental na superação do colonialismo e não pode aceitar que essa mentalidade regresse a estas salas e corredores, sob qualquer pretexto.

Não podemos esquecer que o mundo necessita ser alimentado. A França e a Alemanha, por exemplo, usam mais de 50% de seus territórios para a agricultura, já o Brasil usa apenas 8% de terras para a produção de alimentos.

61% do nosso território é preservado!

Nossa política é de tolerância zero para com a criminalidade, aí incluídos os crimes ambientais.

Quero reafirmar minha posição de que qualquer iniciativa de ajuda ou apoio à preservação da Floresta Amazônica, ou de outros biomas, deve ser tratada em pleno respeito à soberania brasileira.

Também rechaçamos as tentativas de instrumentalizar a questão ambiental ou a política indigenista, em prol de interesses políticos e econômicos externos, em especial os disfarçados de boas intenções.

Estamos prontos para, em parcerias, e agregando valor, aproveitar de forma sustentável todo nosso potencial.

O Brasil reafirma seu compromisso intransigente com os mais altos padrões de direitos humanos, com a defesa da democracia e da liberdade, de expressão, religiosa e de imprensa. É um compromisso que caminha junto com o combate à corrupção e à criminalidade, demandas urgentes da sociedade brasileira.

Seguiremos contribuindo, dentro e fora das Nações Unidas, para a construção de um mundo onde não haja impunidade, esconderijo ou abrigo para criminosos e corruptos.

Em meu governo, o terrorista italiano Cesare Battisti fugiu do Brasil, foi preso na Bolívia e extraditado para a Itália. Outros três terroristas paraguaios e um chileno, que viviam no Brasil como refugiados políticos, também foram devolvidos a seus países.

Terroristas sob o disfarce de perseguidos políticos não mais encontrarão refúgio no Brasil.

Há pouco, presidentes socialistas que me antecederam desviaram centenas de bilhões de dólares comprando parte da mídia e do parlamento, tudo por um projeto de poder absoluto.

Foram julgados e punidos graças ao patriotismo, perseverança e coragem de um juiz que é símbolo no meu país, o Dr. Sérgio Moro, nosso atual Ministro da Justiça e Segurança Pública.

Esses presidentes também transferiram boa parte desses recursos para outros países, com a finalidade de promover e implementar projetos semelhantes em toda a região. Essa fonte de recursos secou.

Esses mesmos governantes vinham aqui todos os anos e faziam descompromissados discursos com temas que nunca atenderam aos reais interesses do Brasil nem contribuíram para a estabilidade mundial. Mesmo assim, eram aplaudidos.

Em meu país, tínhamos que fazer algo a respeito dos quase 70 mil homicídios e dos incontáveis crimes violentos que, anualmente, massacravam a população brasileira. A vida é o mais básico dos direitos humanos. Nossos policiais militares eram o alvo preferencial do crime. Só em 2017, cerca de 400 policiais militares foram cruelmente assassinados. Isso está mudando.

Medidas foram tomadas e conseguimos reduzir em mais de 20% o número de homicídios nos seis primeiros meses de meu governo.

As apreensões de cocaína e outras drogas atingiram níveis recorde.

Hoje o Brasil está mais seguro e ainda mais hospitaleiro. Acabamos de estender a isenção de vistos para países como Estados Unidos, Japão, Austrália e Canadá, e estamos estudando adotar medidas similares para China e Índia, dentre outros.

Com mais segurança e com essas facilidades, queremos que todos possam conhecer o Brasil, e em especial, a nossa Amazônia, com toda sua vastidão e beleza natural.

Ela não está sendo devastada e nem consumida pelo fogo, como diz mentirosamente a mídia. Cada um de vocês pode comprovar o que estou falando agora.

Não deixem de conhecer o Brasil, ele é muito diferente daquele estampado em muitos jornais e televisões!

A perseguição religiosa é um flagelo que devemos combater incansavelmente.

Nos últimos anos, testemunhamos, em diferentes regiões, ataques covardes que vitimaram fiéis congregados em igrejas, sinagogas e mesquitas.

O Brasil condena, energicamente, todos esses atos e está pronto a colaborar, com outros países, para a proteção daqueles que se veem oprimidos por causa de sua fé.

Preocupam o povo brasileiro, em particular, a crescente perseguição, a discriminação e a violência contra missionários e minorias religiosas, em diferentes regiões do mundo.

Por isso, apoiamos a criação do ‘Dia Internacional em Memória das Vítimas de Atos de Violência baseados em Religião ou Crença’.

Nessa data, recordaremos anualmente aqueles que sofrem as consequências nefastas da perseguição religiosa.

É inadmissível que, em pleno Século XXI, com tantos instrumentos, tratados e organismos com a finalidade de resguardar direitos de todo tipo e de toda sorte, ainda haja milhões de cristãos e pessoas de outras religiões que perdem sua vida ou sua liberdade em razão de sua fé.

A devoção do Brasil à causa da paz se comprova pelo sólido histórico de contribuições para as missões da ONU.

Há 70 anos, o Brasil tem dado contribuição efetiva para as operações de manutenção da paz das Nações Unidas.

Apoiamos todos os esforços para que essas missões se tornem mais efetivas e tragam benefícios reais e concretos para os países que as recebem.

Nas circunstâncias mais variadas – no Haiti, no Líbano, na República Democrática do Congo –, os contingentes brasileiros são reconhecidos pela qualidade de seu trabalho e pelo respeito à população, aos direitos humanos e aos princípios que norteiam as operações de manutenção de paz.

Reafirmo nossa disposição de manter contribuição concreta às missões da ONU, inclusive no que diz respeito ao treinamento e à capacitação de tropas, área em que temos reconhecida experiência.

Ao longo deste ano, estabelecemos uma ampla agenda internacional com intuito de resgatar o papel do Brasil no cenário mundial e retomar as relações com importantes parceiros.

Em janeiro, estivemos em Davos, onde apresentamos nosso ambicioso programa de reformas para investidores de todo o mundo.

Em março, visitamos Washington onde lançamos uma parceria abrangente e ousada com o governo dos Estados Unidos em todas as áreas, com destaque para a coordenação política e para a cooperação econômica e militar.

Ainda em março, estivemos no Chile, onde foi lançado o PROSUL, importante iniciativa para garantir que a América do Sul se consolide como um espaço de democracia e de liberdade.

Na sequência, visitamos Israel, onde identificamos inúmeras oportunidades de cooperação em especial na área de tecnologia e segurança. Agradeço a Israel o apoio no combate aos recentes desastres ocorridos em meu país.

Visitamos também um de nossos grandes parceiros no Cone Sul, a Argentina. Com o Presidente Mauricio Macri e nossos sócios do Uruguai e do Paraguai, afastamos do Mercosul a ideologia e conquistamos importantes vitórias comerciais, ao concluir negociações que já se arrastavam por décadas.

Ainda este ano, visitaremos importantes parceiros asiáticos, tanto no Extremo Oriente quanto no Oriente Médio. Essas visitas reforçarão a amizade e o aprofundamento das relações com Japão, China, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar. Pretendemos seguir o mesmo caminho com todo o mundo árabe e a Ásia.

Também estamos ansiosos para visitar nossos parceiros, e amigos, na África, na Oceania e na Europa.

Como os senhores podem ver, o Brasil é um país aberto ao mundo, em busca de parcerias com todos os que tenham interesse de trabalhar pela prosperidade, pela paz e pela liberdade.

Senhoras e Senhores,

O Brasil que represento é um país que está se reerguendo, revigorando parcerias e reconquistando sua confiança política e economicamente.

Estamos preparados para assumir as responsabilidades que nos cabem no sistema internacional.

Durante as últimas décadas, nos deixamos seduzir, sem perceber, por sistemas ideológicos de pensamento que não buscavam a verdade, mas o poder absoluto.

A ideologia se instalou no terreno da cultura, da educação e da mídia, dominando meios de comunicação, universidades e escolas.

A ideologia invadiu nossos lares para investir contra a célula mater de qualquer sociedade saudável, a família.

Tentam ainda destruir a inocência de nossas crianças, pervertendo até mesmo sua identidade mais básica e elementar, a biológica.

O politicamente correto passou a dominar o debate público para expulsar a racionalidade e substituí-la pela manipulação, pela repetição de clichês e pelas palavras de ordem.

A ideologia invadiu a própria alma humana para dela expulsar Deus e a dignidade com que Ele nos revestiu.

E, com esses métodos, essa ideologia sempre deixou um rastro de morte, ignorância e miséria por onde passou.

Sou prova viva disso. Fui covardemente esfaqueado por um militante de esquerda e só sobrevivi por um milagre de Deus. Mais uma vez agradeço a Deus pela minha vida.

A ONU pode ajudar a derrotar o ambiente materialista e ideológico que compromete alguns princípios básicos da dignidade humana. Essa organização foi criada para promover a paz entre nações soberanas e o progresso social com liberdade, conforme o preâmbulo de sua Carta.

Nas questões do clima, da democracia, dos direitos humanos, da igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres, e em tantas outras, tudo o que precisamos é isto: contemplar a verdade, seguindo João 8,32:

– “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.

Todos os nossos instrumentos, nacionais e internacionais, devem estar direcionados, em última instância, para esse objetivo.

Não estamos aqui para apagar nacionalidades e soberanias em nome de um “interesse global” abstrato.

Esta não é a Organização do Interesse Global!

É a Organização das Nações Unidas. Assim deve permanecer!

Com humildade e confiante no poder libertador da verdade, estejam certos de que poderão contar com este novo Brasil que aqui apresento aos senhores e senhoras.

Agradeço a todos pela graça e glória de Deus!

Meu muito obrigado.”

G1

Opinião dos leitores

  1. Discurso firme, pautado pela honestidade, sinceridade, e pela verdade que incomoda, alias incomoda muito.

  2. Que discurso lixo. Vergonha mundial. ele perdeu a oportunidade de sair grande deste evento. Ele chegou pequeno e saiu minusculo.

    1. Muito pelo contrário, agigantou-se e miniatuarizou a esquerdalha corrupta. Chupa gilmar mendes

  3. O discurso de Bolsonaro na ONU pode ser considerado, das vergonhas que o Brasil está acostumado a exportar, a mais light. Gostem ou não, todos têm o governo e os governantes que merecem. Quem é massa jamais será biscoito fino.

  4. BG meu querido, vc que é um cara muito bem informado, aliás informadissimo.
    Me diga por favor, a data da proxima eleição presidencial, quero JAIR me preparando pra votar no MITO de novo, se não for incômodo pra vc, me diga a data depois do segundo mandato também, Quero votar no Dr Sérgio Moro.
    Kkkkkkkkk
    PT nunca mais, tchau corruptos.

  5. Falou tudo que precisavam de um país que está tentando voltar aos trilhos do desenvolvimento sustentável e crescimento, sem entreguismo. Estraçalhou a esquerdalha.

  6. Primeira vez na vida que eu ví uma anta evacuar pela boca !!
    E um monte de idiota (no Brazil) buscando motivo prá aplaudir…

    1. Esse gostava do discurso do Lula. Que fez vídeo debochando, dizendo que falava um monte de mentira só pro povo aplaudir. Isso que essa múmia gosta.

    2. ta falando da Anta? e foi eleita depois de sair tanto pum?

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Comportamento

SEXO: É cada vez maior o número de mulheres brasileiras casadas insatisfeitas na cama, revela pesquisa feita para Veja

Negreiros/VEJA)

J., produtora, 37 anos, em um relacionamento há seis anos

“Falta a faísca, falta fogo. Quando eu era solteira, gostava muito de sexo e tinha sempre vontade de fazer. A rotina, o stress do trabalho e a mesmice deixaram o meu relacionamento morno. Tenho medo de dizer o que sinto e acharem que sou muito mandona ou castradora. Evito falar de sexo por medo de assustar ou de afastar meu companheiro ainda mais.”

As mulheres casadas estão insatisfeitas na cama. Eis o resultado, sem meias palavras, de uma pesquisa feita para VEJA pela sexóloga brasiliense Cátia Damasceno, animadora do mais popular canal do YouTube a respeito da sexualidade feminina, com mais de 4 milhões de inscritos, autoridade no assunto. Foram ouvidas 3 172 mulheres de todas as regiões do país, de 18 a 45 anos, em relacionamentos estáveis. A principal revelação: seis em cada dez afirmam querer relacionamentos sexuais mais frequentes e de melhor qualidade. Apenas 30% disseram estar felizes. Quase a metade sonha ver o companheiro se comportar como no início da união, “com romance, surpresas e jantares” (acompanhe os resultados detalhados no gráfico abaixo). “Vivemos num momento de conquistas em que nos sentirmos desejadas e termos orgasmos passou a ser tão decisivo quanto buscar um espaço no mercado de trabalho ou na divisão justa das tarefas domésticas”, diz Cátia.

VEJA encomendou o levantamento ao perceber, no espaço eletrônico de Cátia e em outros endereços das redes sociais, um crescimento explosivo de reclamações femininas. Já não há dúvida: acabou o estereótipo do homem de apetite sexual inesgotável e da companheira que, para evitá-lo, alega a famosa “dor de cabeça” e vira de lado. É um tabu que aos poucos vem sendo superado. Elas querem mais, elas exigem mais, definitivamente, ainda que permaneça viva alguma barreira de vergonha, de incômodo — por isso, talvez, as personagens ouvidas por VEJA pediram anonimato (leia os depoimentos ao longo desta reportagem).

Ainda hoje, diz Carmita Abdo, psiquiatra e sexóloga da Universidade de São Paulo (USP), “algumas mulheres preferem o rótulo de baixa libido a ter de explicar para o marido que as preliminares dele não são mais tão interessantes”. O homem, como sempre, fica perdido e inseguro — e a falta de comunicação vira sinônimo de falta de sexo. Convém ressaltar que já foi muito pior, e que a bravura de pioneiras abriu as portas. Até meados dos anos 1970, o corpo da mulher era um tema secreto: a palavra clitóris, pensavam os supostamente bem informados, era proparoxítona — e palavrão. Foi apenas com a publicação do Relatório Hite, da sexóloga americana Shere Hite, em 1976, que o orgasmo feminino passou a existir nos jornais, nas revistas, nos programas de televisão e rádio. O volume de 400 páginas, construído a partir de longas conversas, chegou a ser proibido, inclusive no Brasil. O Relatório foi como uma senha de que algo muito grande fora rompido, e bastaria olhar um pouquinho para trás, no tempo. Em dezembro de 1966, uma edição especial da revista Realidade, publicada pela Editora Abril, foi recolhida das bancas, depois triturada, por trazer capítulos sobre prazer, aborto e fotos de um parto. No despacho, o juiz de menores que ordenou a censura e autorizou o recolhimento dos exemplares pela Delegacia de Costumes de São Paulo foi claro ao dizer que a publicação continha “algumas reportagens obscenas e profundamente ofensivas à dignidade da mulher, ferindo o pudor e a moral comum, com graves inconvenientes e incalculáveis prejuízos para a moral e os bons costumes”.

P., advogada, 28 anos, em um relacionamento há três anos

“Parece que o sexo é uma responsabilidade minha, apenas. Tenho de pensar na roupa, comprar uma lingerie, seduzir o meu parceiro e convidá-lo para o sexo. A parte dele é só aceitar. Não acho que ele tem essa preocupação de quebrar a rotina, inovar, pensar em como me atrair ou me seduzir. No começo de tudo, era ótimo. Fazíamos sexo pelo menos três vezes na semana. Hoje, só uma vez. Talvez fosse apenas o calor da novidade. Quando transamos, eu sinto prazer. Não é esse o problema. A falta de iniciativa dele é que me frustra.”

Não há mais hipótese de aparecerem reações autocráticas desse tipo, e, se surgirem, serão expelidas. A revolução sexual venceu, com feridas no caminho. E, no entanto, mesmo com os avanços, há ainda uma longa estrada a ser atravessada. Hoje, apesar da liberdade e da diluição de preconceitos, as mulheres lutam por um novo passo: anseiam por qualidade entre quatro paredes, querem ser ouvidas, querem diálogo — por gosto, porque é bom, mas também em razão de necessidades biológicas e comportamentais.

Uma pesquisa publicada recentemente na revista científica Social Psychological and Personality Science revelou que os casais que fazem sexo pelo menos uma vez por semana são mais felizes com seu relacionamento do que aqueles que o fazem com menos frequência. A explicação vai além do romance. O sexo aumenta a imunidade e melhora o humor, diminuindo os níveis de stress. Chegar a um orgasmo estimula ainda mais esses mecanismos, com a descarga de ocitocina e de endorfina, substâncias ligadas ao prazer e ao relaxamento. E, no entanto, psicólogos e sexólogos tentam minimizar a relevância da quantidade de sexo. Há uma ideia consensual: a frequência boa é aquela em que os dois estão satisfeitos e ponto. Um casal pode funcionar muito bem se fizer sexo três vezes por semana. Outros combinam perfeitamente se as relações ocorrerem duas vezes por mês. O problema acontece quando cada parte do casal deseja uma rotina diferente — e daí surge a insatisfação. “A única definição de sexo bom ou sexo normal é o sexo que você gosta, que você aproveita”, disse a VEJA a psicóloga americana Emily Nagoski, autora do best-­seller A Revolução do Prazer — Como a Ciência Pode Levar Você ao Orgasmo. “Não importam as estatísticas de sexo. Tem a ver com você e com a sua vida sexual, o seu prazer, o seu relacionamento e o seu corpo.”

L., advogada, 33 anos, em um relacionamento há um ano

“É tudo quase perfeito. Nós não brigamos, gostamos dos mesmos filmes, do mesmo estilo de música, dos mesmos restaurantes. Adoramos ficar juntos. Mas falar sobre sexo com o meu parceiro é uma barreira enorme. Gostaria que a nossa frequência na cama fosse maior. Às vezes, ficamos um mês sem sexo, e sinto que esse tempo de abstinência não é exatamente um problema para ele.”

Na equação da rotina sexual é preciso ter em mente determinadas variáveis que mudam as regras do jogo. A principal delas, fundamental: o tempo de relacionamento. Algumas pesquisas já mostraram que o período da paixão e da conquista acaba após cerca de dois anos, quando o fogo inaugural se apaga. Depois desse tempo, é preciso aprender a conciliar segurança e previsibilidade com o desejo. Essa conta nem sempre fecha se não houver esforço das duas partes. E o que as mulheres parecem desejar, apontam as respostas obtidas no levantamento de VEJA, é a mudança dentro do quarto, a chance de reacenderem a flama. Nas ruas, nas últimas décadas, houve vitória parcial, e ela deve ser celebrada. No mercado de trabalho, apesar de ainda existir um fosso, o salário da mulher começa a se aproximar do recebido pelo homem. Movimentos como o americano #MeToo, contra o assédio sexual, espalham-se como necessidade, jogando na lata de lixo da história ironias como a de Millôr Fernandes, que a certa altura, no início dos anos 1970, escreveu que “o melhor movimento feminino ainda é o dos quadris”. Há machismo, sim, mas a sociedade tem anticorpos para debelá-lo.

Enfim, na ágora pública a mulher de hoje não é a de ontem, e a lei está aí para defendê-la, para pô-la em pé de igualdade com o homem, como deve ser. Contudo, na intimidade, salvo exceções que confirmam a regra, as distâncias abissais permanecem. Caducou uma indagação clássica e centenária do pai da psicanálise, Sigmund Freud (1856-1939), repetida à exaustão, a ponto de ter perdido completamente o sentido: “Afinal, o que quer uma mulher?”. Quer — entre muitas outras vontades, como sempre puderam querer os homens — mais sexo.

Veja

 

Opinião dos leitores

  1. – Olha , o brasileiro come mal. Alguns passam fome. Mas é inaceitavel.
    A brilhante frase de Bolsonaro explica melhor que Freud a crise de tesão que soterra a maioria dos brasileiros.

    1. Sim, acontece que discutir a opinião e os anseios masculinos sobre o sexo está fora de moda.

      Hoje, o que ganha os holofotes da imprensa são as opiniões baseadas na ótica do feminismo radical.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

FOTO: Hacker invade grupo do Conselho do Ministério Público; veja a mensagem

Troca de mensagens no grupo do CNMP | Reprodução

Na noite de terça-feira (11), o grupo do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) foi invadido por um hacker. Por volta das 23h, mensagens supostamente de autoria do procurador militar Marcelo Weitzel, um dos integrantes do Conselho, chegaram ao colegiado, despertando desconfiança dos colegas.

— Marcelo, essas mensagens são suas? Não está parecendo seu estilo. Checa teu celular aí — escreveu um integrante do grupo.

— Hacker aqui. Adiantando alguns assuntos que vocês terão de lidar na semana, nada contra vocês que estão aqui, mas ninguém melhor que eu para ter acesso a tudo né — respondeu o suposto hacker, autor das mensagens.

Um dos integrantes do conselho ligou para Weitzel para saber o que estava acontecendo. Ele disse que não estava usando o telefone no momento do envio das mensagens.

Após o ocorrido, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, informou aos conselheiros que pediu para a Polícia Federal investigar um ataque sofrido na noite de ontem pelo grupo do CNMP no Telegram.

Três conselheiros afirmaram à coluna que os aparelhos de todos os integrantes do grupo serão periciados nos próximos dias.

Veja mais: DENÚNCIA GRAVE – Procurador diz ter sido vítima de hacker na noite dessa terça: “Queriam que eu falasse mal da Lava Jato”

Nesta manhã, o colunista da Época Guilherme Amado revelou que um hacker também usou o Telegram de Weitzel para conversar com o ex-presidente da Associação Nacional dos procuradores da República, José Robalinho. Nela, ele também se identificou como autor dos ataques cibernéticos a procuradores.

Bela Megale – O Globo

Opinião dos leitores

  1. O hacker foi detectado quando cobrou a prisão de Aécio e do Queiroz. O pessoal estranhou e disse: "Marcelo essas mensagem são suas? Não parece seu estilo".

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esporte

Copa do Brasil: veja os duelos das quartas e quem decide em casa

Foto: João Guerra

O sorteio dos confrontos das quartas de final da Copa do Brasil colocou Atlético-MG e Cruzeiro frente a frente. Os dois times vão se enfrentar por uma vaga nas semifinais da competição nas semanas dos dias 10 e 17 de julho. Não houve direcionamento, e os oito times classificados para esta fase poderiam se enfrentar.

Confira abaixo os duelos dessa fase da competição:

Bahia* x Grêmio
Atlético-MG* x Cruzeiro
Athletico-PR x Flamengo*
Palmeiras x Internacional*

*Terão o mando de campo no jogo de volta

– Muito respeito pelo nosso grande rival, já vivendo a expectativa de muitas emoções para essa partida. É um mata-mata importante, e passando nos credencia para uma final da Copa do Brasil. Acredito que nosso jogo será no Independência, mas vamos esperar a decisão do presidente – afirmou Marques, diretor de futebol do Atlético-MG.

O Atlético-MG mandará seu jogo no Independência, e o Cruzeiro receberá o jogo de ida no Mineirão.

– Estávamos esperando, era uma possibilidade e vamos nos preparar da melhor maneira possível. Há uma rivalidade grande entre torcidas e clubes. Prepara para chegar nas semifinais – disse Marcelo Djian, diretor de futebol do Cruzeiro.

Flamengo e Athletico-PR reeditarão a final da Copa do Brasil de 2013, quando o clube carioca conquistou seu terceiro título da competição. Único time oriundo da primeira fase ainda vivo, o Bahia terá pela frente o Grêmio. Líder invicto do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras pegará o Internacional.

Globo Esporte

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Operação Máfia Capital: veja quem foram as pessoas presas e como funcionava o esquema da coleta de lixo de Caicó

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrou nesta terça-feira (14) a operação Máfia Capital. A ação apura fraudes na contratação de veículos, maquinário e pessoal para coleta de lixo na cidade de Caicó com o cometimento dos crimes de organização criminosa, fraude a licitações, peculato e corrupção ativa e passiva.

Núcleos empresarial e administrativo

Devido à complexidade da forma como os envolvidos cometeram os crimes, o MPRN sistematizou as condutas atribuídas a cada um dos investigados. A Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Caicó desvendou a existência de “clara corrupção e fraude no processo de contratação de caçambas, por intermédio da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Urbanos de Caicó”. A investigação aponta que, inicialmente, Clélio José de Sena Filho atuou de forma isolada para corromper Abdon Maynard. Posteriormente, houve a atuação de um núcleo empresarial integrado por Luiz Guilherme Salzano Leite, que ostenta a posição de controlador da empresa Viacon; e outras cinco pessoas, todas investigadas pelo MPRN.

Na Secretaria de Infraestrutura e Serviços Urbanos de Caicó, foi detectada a corrupção de agente público, que passou a ser denominada como núcleo administrativo. Esse núcleo promoveu a fraude do procedimento licitatório de contratação de serviços envolvendo o fornecimento de caçambas para Caicó; o compartilhamento de informações sigilosas ou restritas com particular; e o direcionamento da contratação em favor da empresa Viacon. O núcleo administrativo era composto unicamente por Abdon Augusto Maynard Júnior.

Veja mais: MPRN deflagra operação para investigar fraudes na coleta de lixo em Caicó; ex-secretário e empresários são presos

Para o MPRN, os investigados são membros de uma “complexa e bem estruturada organização criminosa, cujos líderes são empresários (núcleo empresarial) responsáveis por um grupo de empresas que, agindo em típica atividade de cartel, acertando e superfaturando preços, e pagando vantagens econômicas indevidas (propina) a funcionários públicos (núcleo administrativo), lograram contratar indevidamente com o Poder Público Municipal, às custas de licitações indevidamente dispensadas e/ou fraudadas”.

As investigações apontam que “a contratação da empresa Viacon Construções e Montagens Ltda para realizar o serviço de coleta de lixo na cidade de Caicó, pelo período emergencial de 3 meses, está repleta de ilicitudes, que precisam ser apuradas mais a fundo, com a finalidade de averiguar o tamanho real do prejuízo aos cofres públicos, bem como o grau de participação e culpabilidade de cada um dos agentes envolvidos, sejam eles agentes públicos ou particulares”.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *