Cultura

Isolda Melo Lemos lança livro nesta quinta no Bella Napoli

Matéria do repórter Tádzio França, da Tribuna do Norte, que o BG, aqui, reproduz:

“Hoje me deu uma vontade enorme de conversar com você. Contar coisas a meu modo. Simples. Lembranças que me dão uma sensação estranha”. Assim começa a narrativa emocionada que Isolda Melo Lemos dedicou à filha, em 1995, para que esta lesse aos 18 anos. Um registro de lembranças sofridas, da época mais difícil de sua vida durante o exílio no Chile e a Ditadura Militar no Brasil. O livro “Do ventre da cordilheira: Uma carta para Yasmine” é um testemunho essencialmente pessoal, mas fala sobre um tempo que deve ser lembrado para nunca mais ser revivido. A segunda edição do livro será lançada na quinta-feira, às 19h, na Trattoria Bella Napoli, Tirol.

A nova edição vem acrescida de fotos – cedidas pelo fotógrafo Sílvio Tendler, que estava com Isolda e o marido Rubens Lemos no Chile – e três extensas cartas escritas à mulher por Rubens entre 1972 e 73. “São cartas de amor e de angústia. Escolhemos as mais significativas, mas nenhuma de cunho político. São palavras escritas no calor do momento”, afirma Yasmine Lemos. Para Isolda, a reedição retoma o mesmo sentimento que a fez lançar o livro há 17 anos. “Eu queria desabafar. Uma boa parcela da juventude não sabia mais o que havia sido a ditadura e todo o sofrimento que a geração passada viveu”, diz.

Reviver os “anos de chumbo” – mesmo que em recortes de memória, editados pela emoção – é uma experiência que sempre deixa Isolda Lemos emocionada. E não haveria como ser diferente. “Aprendi que a pior palavra do mundo é ‘teje preso’. Nunca se esquece um algoz”, diz. Ela conta que começou a escrever essas memórias em meados dos anos 80, de forma descompromissada, sem maiores pretensões. “Mostrei ao meu marido, e ele ficou impressionado. Depois mostrei a alguns amigos e intelectuais, como Agnelo Alves, e todos me estimularam a continuar. Eles viam como um relato histórico precioso”, conta. O lançamento, em 95, foi um sucesso – com direito à presença da prefeita paulista Luíza Erundina.

Tempo que deve ser lembrado para não ser revivido

“Do ventre da cordilheira” relata a ida de Isolda para o exílio no Chile e a volta ao Brasil. Alguns momentos felizes entremeados de perseguições e violência. Em 1971 Isolda foi para o Chile, com filho de dois anos no colo, encontrar o marido que estava auto-exilado no país. Todos os territórios estavam minados. O Chile, sob o governo socialista de Salvador Allende, à sombra do futuro golpe  Augusto Pinochet. No Brasil, a ditadura com paranóia anticomunista e repressão.

Isolda confessa que não tinha interesse, e nem entendimento maior sobre a política da época. “Fui apenas para morar com meu marido, procurar uma vida melhor. Mas saiu tudo diferente do que eu imaginava”, diz. Rubens Lemos, que trabalhava como professor, foi demitido à pedido das forças direitistas. Isolda conta que teve de vender as joias dadas pela avó para sobreviver. Já em 1972, estava grávida de Yasmine. Foi aconselhada pela família a voltar para o Brasil. O marido iria depois. O momento de embarque foi registrado por um policial: a foto mostra Isolda acenando, com Rubens filho nos braços e grávida de Yasmine. Ao lado dela está um agente policial disfarçado de comissário de bordo.

A volta ao Brasil foi o início de um pesadelo. Logo ao desembarcar no Galeão, Rio de Janeiro, foi conduzida com o filho a uma delegacia do Dops – Departamento de Ordem Política e Social. “Disseram que se houvesse algo comprometedor na minha bagagem, eu seria presa e meu filho conduzido a uma creche. Fiquei desesperada e pensei em pular com meu filho de uma janela do prédio”, conta. Foi liberada, e após 15 dias resolveu voltar para Natal. No aeroporto foi submetida a mais constrangimentos pela polícia repressora. “Pediram pra tirar minhas digitais e ver meus documentos. O avião atrasou 20 minutos por minha causa. Os passageiros me olhavam com desconfiança”, lembra.

Em 1973, Rubens Lemos volta a Natal para ver a filha recém-nascida. No entanto, ao ser convidado por um amigo para um jantar, ele e Isolda são presos e levados para uma colônia penal, a futura João Chaves. “Ficaram uma semana sem saber nós. A nossa família estava desesperada”, diz ela. Na colônia a tortura foi basicamente psicológica. A apreensão de não saber o que aconteceria, e de não poder falar com a família. “Foi só através de almas caridosas e de conhecidos ocasionais que pudemos dar sinal de vida aos familiares. Houve solidariedade de muitas partes”, ressalta.

Isolda e Rubens foram levados algemados à Polícia Federal. Ela foi liberada, mas ele, enviado à Recife para “averiguação”. Foram três meses de degradação para o jornalista. Trinta dias só na solitária, e todos os tipos de tortura. “Meu marido voltou destruído. Não tinha mais dentes, magro, sem as unhas. Mas não se abateu. Pouco tempo depois, pediu emprego a Agnelo e Aluízio Alves”, conta. Segundo Isolda, Rubens pôde trabalhar como jornalista, mas só escrevia sobre esportes e música popular brasileira. Nem pensar em assuntos políticos.

A partir daí as coisas foram se acalmando, mas sempre sob aquele estado de tensão e liberdade vigiada. Após o fim da ditadura, Rubens aderiu ao incipiente Partido dos Trabalhadores (PT), se tornando o primeiro candidato a governador pela sigla no Estado. Isolda conta que aos 40 anos, as sequelas psicológicas daquela época começaram a surgir. “Tinha sempre medo que alguém viesse me prender, e até hoje não consigo acompanhar um desfile de 07 de setembro”, diz. Segundo ela, foi “penoso escrever essas memórias. Fazia rápido para terminar logo. Chorei muito”, completa. Yasmine conta só leu leu o livro uma vez. “Não consigo ler de novo. É angustiante para mim”, conclui.

Serviço

Do ventre da cordilheira: Uma carta para Yasmnine
Lançamento: Quinta, às 19h, na Bella Napoli, Tirol (Av. Hermes da Fonseca, 960).

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Mundo

[VÍDEO] Ataque de Israel ao Irã vai durar o “tempo que for necessário”; veja íntegra do pronunciamento de Netanyahu

Vídeo: Reprodução/Metrópoles

O primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira (12), em pronunciamento, que a operação militar contra o Irã vai continuar pelo tempo que for necessário. O país bombardeou o rival histórico, no Oriente Médio, afirmando tratar-se de um “ataque preventivo”.

“Esta operação continuará por tantos dias quanto forem necessários para remover esta ameaça”, afirmou Netanyahu em pronunciamento feito logo após o ataque, nesta quinta.

Ele sustenta que o bombardeio visa anular o enriquecimento de urânio pelo Irã. O primeiro ministro de Israel afirmou, sem provas, que o Irã já teria enriquecido urânio suficiente para a produção de nove bombas atômicas. O receio dele é de que o país tenha condições de produzir em um ano ou em poucos meses armas nucleares, por isso o “ataque preventivo” .

“Hoje, o estado jesuíta recusa ser vítima de um holocausto nuclear perpetrado pelo regime iraniano”, afirmou Netanyahu.

Metrópoles

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Mundo

VÍDEO: Maior centro nuclear do Irã é bombardeado por Israel

Vídeo: Reprodução

O centro nuclear de Natanz, o maior e mais estratégico do Irã, foi severamente bombardeado por forças israelenses nas últimas horas, em meio à escalada do conflito entre os dois países. A instalação, localizada na província de Isfahan, era considerada o coração do programa nuclear iraniano e foi praticamente destruída após uma série de ataques aéreos coordenados.

Antes do bombardeio principal, sistemas de defesa aérea que protegiam o complexo foram neutralizados, abrindo caminho para a ofensiva israelense. Várias explosões de grande intensidade foram registradas, provocando uma coluna de fumaça densa sobre a região, conforme informou a emissora estatal iraniana.

Natanz abrigava dezenas de salas subterrâneas com centrífugas de enriquecimento de urânio, tecnologia fundamental para a produção de material com potencial bélico. Autoridades locais confirmaram que várias dessas instalações foram atingidas diretamente. Entre as vítimas estão cientistas nucleares que trabalhavam no desenvolvimento de armamentos, incluindo projetos relacionados à bomba nuclear.

O centro de Natanz já havia sido alvo no passado de operações de sabotagem, como o famoso ciberataque com o vírus Stuxnet, além de explosões e cortes de energia atribuídos a ações do serviço de inteligência israelense.

A nova ofensiva representa uma escalada na guerra entre Israel e Irã e reacende o alerta global sobre o risco de um conflito regional de grandes proporções.

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Mundo

Chefe da Guarda Revolucionária do Irã é morto em ataque de Israel

Foto: Reuters

O Irã confirmou que o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, morreu em um ataque de Israel lançado contra o país na madrugada desta sexta-feira, 13, pelo horário local — noite de quinta-feira, 12, no Brasil.

Salami era uma das figuras mais poderosas do setor militar iraniano. A morte dele pode representar uma escalada no conflito entre Israel e o Irã.

A Guarda Revolucionária do Irã é o braço mais poderoso do Exército do país e foi fundada após a Revolução de Islâmica de 1979, que levou ao poder o atual regime teocrático. Atualmente, tropas da guarda protegem os líderes do governo, são responsáveis por alimentar os braços armados de parceiros regionais do regime, como os houthis no Iêmen e o Hezbollah no Líbano, além de fiscalizar a população iraniana para evitar protestos e levantes.

Além de Salami, a imprensa iraniana noticiou ainda a morte do Major-general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e o segundo mais alto oficial militar do país. O general Gholamali Rashid, vice-comandante das Forças Armadas, também foi morto.

Ainda segundo a imprensa iraniana, pelo menos seis cientistas nucleares morreram no ataque.

“Abdolhamid Minouchehr, Ahmadreza Zolfaghari, Amirhossein Feqhi, Motalleblizadeh, Mohammad Mehdi Tehranchi e Fereydoun Abbasi foram os cientistas nucleares martirizados”, informou a agência de notícias Tasnim.

Na madrugada desta sexta-feira, Israelbombardeou diversos alvos no Irã, no que chamou de “ataques preventivos” em meio ao acirramento das tensões no Oriente Médio. O governo israelense alertou sua população para o risco iminente de uma retaliação com “mísseis e drones” vindos do território iraniano.

Segundo o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, o alvo da operação intitulada “Nação de Leões” é o programa nuclear do Irã, em uma “uma operação militar direcionada para reverter a ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel.”

“Estamos em um momento decisivo na história de Israel”, declarou Netanyahu. Ele afirmou ainda que os ataques continuarão “por quantos dias forem necessários”, com o objetivo de conter o que chamou de “ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel”.

O ministro da Defesa, Israel Katz, declarou estado de emergência e determinou o fechamento do espaço aéreo israelense, como medida de precaução diante de possíveis retaliações.

Os Estados Unidos negaram envolvimento direto na operação. De acordo com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, Washington foi informado, mas não participou da ação.

O ataque acontece em meio à escalada nas tensões entre Israel e Irã e às alegações de que Teerã estaria em estágio avançado no desenvolvimento de armas nucleares. Um oficial das Forças Armadas israelenses afirmou que o Irã já possui urânio suficiente para produzir bombas nucleares.

Ataque esperado

O ataque não foi uma surpresa. O governo israelense danificou o sistema de defesa aérea iraniano durante seus ataques ao Irã no ano passado e planejou durante meses aproveitar a fragilidade de Teerã para realizar novos ataques.

Prevendo uma escalada regional, os EUA retiraram diplomatas do Iraque na quarta-feira e autorizaram a saída voluntária de familiares de soldados americanos destacados em outras partes do Oriente Médio. Uma agência do governo britânico também alertou na quarta-feira sobre uma escalada que poderia representar maiores riscos para navios no Golfo Pérsico.

O ataque foi um dos movimentos mais descarados em uma luta de décadas entre Israel e Irã que, até o ano passado, costumava ser conduzida por meio de operações secretas e não declaradas.

Durante anos, o Irã financiou milícias regionais que se opõem à existência de Israel e realizou ataques clandestinos contra a infraestrutura e os interesses israelenses. Israel, que se acredita ser a única nação do Oriente Médio com armas nucleares, vê o programa nuclear iraniano como uma ameaça existencial e há muito tempo realiza seus próprios ataques secretos contra o programa nuclear, cientistas e outras infraestruturas iranianas.

A guerra oculta veio à tona depois do ataque terrorista do Hamas em Israel no dia 7 de outubro de 2023. O ataque resultou tanto na guerra em Gaza quanto num confronto regional mais amplo, que coloca Israel contra o Irã e seus representantes, incluindo o Hezbollah no Líbano, grupos armados no Iraque e os rebeldes Houthi no Iêmen.

O ataque israelense a um complexo controlado pelo Irã na Síria em abril de 2024 levou Teerã a disparar uma enorme barragem de mísseis contra Israel. O Irã lançou um ataque semelhante no outono passado, depois que Israel assassinou Ismail Haniyeh, um líder do Hamas, durante uma visita ao Irã no verão passado, e depois matou Hassan Nasrallah, o líder do Hezbollah.

Estadão

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Educação

Governo Lula não garante dinheiro para comprar livros didáticos previstos para 2025

Foto: Diego Padgurschi/Folhapress

O governo Lula (PT) não garantiu recursos suficientes para a compra de todos os livros didáticos e literários previstos para serem adquiridos neste ano pelo PNLD (Programa Nacional do Livro Didático)

Depois de sucessivos atrasos em editais nos últimos anos, o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), órgão ligado ao MEC (Ministério da Educação), previa a maior compra da história pelo programa, com a aquisição de mais de 220 milhões de exemplares.

O valor para a compra de todos estes livros é estimado em cerca de R$ 3,5 bilhões. O programa, no entanto, tem um orçamento de 2,04 bilhões. Ou seja, para que o governo federal consiga adquirir tudo o que era previsto seria necessário um aporte de mais R$ 1,5 bilhão.

Em nota, o FNDE confirmou que o orçamento do programa é menor do que o custo necessário para comprar todos os livros previstos para as escolas públicas do país. O órgão disse que está em tratativas com a Secretaria de Orçamento Federal para viabilizar as suplementações necessárias.

A aquisição para essa etapa é considerada uma das mais urgentes, tanto pela importância pedagógica como pela necessidade de reposição dos exemplares. Como os livros são usados por crianças pequenas, estragam mais rápido e precisam ser repostos com mais agilidade.

Já os livros literários para os alunos dos anos iniciais (do 1º ao 5º ano) e anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano), que deveriam ter chegado às escolas em 2023 e 2024, respectivamente, ainda não foram comprados. A previsão inicial era de que seriam adquiridos 55 milhões de obras para essas duas etapas.

Outros editais com compras previstas para este ano também estão parados. Um deles prevê a compra de 8 milhões de livros didáticos para a EJA (Educação de Jovens e Adultos). Há dez anos as escolas públicas não recebem novos materiais para essa etapa de ensino.

Também não foram adquiridos ainda os livros didáticos para o ensino médio, etapa em que novas diretrizes curriculares começam a valer no próximo ano. O edital prevê a compra de cerca de 76 milhões de exemplares para serem entregues às escolas no começo de 2026.

O FNDE também havia programado a compra de 115 milhões de livros didáticos para os alunos de ensino fundamental. Nesse caso, são exemplares de reposição para as escolas. Essa compra também não foi feita e as editoras temem que não haja tempo suficiente para produzir os livros e entregá-los antes no início do ano letivo do ano que vem.

Para Claudia Costin, ex-diretora de Educação do Banco Mundial e professora da FGV, a insuficiência de recursos para a compra de livros, especialmente os didáticos, acende um alerta grave para o país.

“Por maior que seja a crise fiscal, algumas condições mínimas para o funcionamento das escolas precisam ser garantidas. É o caso dos livros. Os alunos terem os livros em mãos no início do ano letivo é uma condição básica para o ensino”, afirma.

Folha de S.Paulo

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Mundo

Chefe das Forças Armadas Iranianas é morto durante ataque, confirma TV

Foto: Reuters

O general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, foi morto durante os ataques de Israel desta sexta-feira (13). A informação foi confirmada pela TV estatal iraniana IRINN.

Bagheri era o militar de mais alta patente do país e um dos nomes mais influentes na hierarquia do regime iraniano. Ele é o segundo oficial de alto-escalão que teve a morte confirmada no ataque.

O general Hossein Salami, comandante-chefe do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC), também foi morto nos ataques, segundo relatos de diversos veículos de comunicação estatais iranianos.

A ofensiva israelense foi classificada pelo governo de Israel como um “ataque preventivo” e teve como alvos militares e estratégicos dentro do território iraniano. Segundo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, a operação incluiu instalações nucleares e deve se estender por vários dias.

Além de Bagheri, também foi noticiada a morte do general Hossein Salami, comandante-chefe da Guarda Revolucionária Islâmica, embora a informação ainda não tenha sido confirmada oficialmente por Teerã. A TV estatal e outros meios de comunicação iranianos citam múltiplas baixas entre os principais quadros militares do país.

CNN

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Geral

Motta aciona Itamaraty para tirar prefeito de João Pessoa de Israel

Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), acionou o Itamaraty na noite de quinta-feira (12) para antecipar o retorno do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP-PB), que está em Israel. A informação foi dada pelo próprio Lucena em um vídeo publicado em suas redes sociais.

Nas imagens, gravadas durante missão oficial no país, o prefeito da capital paraibana disse que ele e sua delegação tiveram de ir duas vezes para um abrigo depois de toques de sirene que alertam para a necessidade de proteção. Israel lançou ataques contra instalações nucleares do Irã na 5ª feira (12.jun) e matou o chefe da Guarda Revolucionária do país.

Lucena afirmou estar em um campus universitário. “Tem abrigo aqui, já fomos duas vezes para o abrigo, por ter tocado a sirene de aviso”, declarou. O prefeito foi a Tel Aviv participar do MuniWorld 2025, um evento sobre sustentabilidade e soluções para a administração municipal.

“O espaço aéreo está fechado e já tivemos contato com a embaixada sobre a possibilidade de antecipar o retorno, mas vamos ver como isso é possível”, afirmou. “O presidente [da Câmara dos Deputados] Hugo Motta tem nos dado apoio, tem falado com o Itamaraty. Fiquem tranquilos, vamos ter fé, está tudo em paz, vai dar tudo certo”, disse Lucena.

A Força Aérea Israelense atacou instalações nucleares e de mísseis do Irã. Segundo a TV estatal iraniana, fortes explosões foram ouvidas na capital, Teerã.

Como afirmou Lucena, o espaço aéreo foi fechado. O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa israelense, Israel Katz. “Depois do ataque preventivo do Estado de Israel contra o Irã, um ataque com mísseis e drones contra o Estado de Israel e sua população civil é esperado em um futuro imediato”, disse Katz ao declarar estado de emergência.

Um porta-voz das Forças de Defesa de Israel afirmou que, a partir da manhã desta 6ª feira (13.jun), serão autorizadas apenas atividades “necessárias” no país —ou seja, serão suspensas atividades educacionais, aglomerações e o funcionamento de empresas, com exceção das consideradas essenciais.

O Irã confirmou que Hosseini Salami, comandante da Guarda Revolucionária do país, morreu na ofensiva israelense. Salami era uma das figuras mais influentes das Forças Armadas iranianas.

A Guarda Revolucionária é considerada a força militar mais poderosa do Irã. Criada depois da Revolução Islâmica de 1979, tem como função proteger os líderes do regime e garantir a segurança do governo.

Poder 360

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Geral

(VÍDEO) ATAQUE ISRAEL / IRÃ: Secretário Vagner Araújo está em Israel e relata ao blog a situação do momento

Na madrugada desta quinta-feira (12), prefeitos de diversas cidades brasileiras, estão vivendo momentos de tensão no Oriente Médio após o agravamento do conflito entre Israel e Irã.

Por volta das 3h da manhã no horário local, de Tel Aviv, alarmes soaram em várias regiões e sirenes foram acionadas nas ruas, orientando moradores e visitantes a buscarem abrigo imediato. Entre os brasileiros que precisaram seguir o protocolo de segurança está secretário Vagner Araújo que  relatou ao BlogdoBG a situação do momento, ao lado de Vagner, está o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, e o de Belo Horizonte, Álvaro Damião e outros gestores municipais que participam de compromissos oficiais na região.

De acordo com informações repassadas por integrantes da comitiva, o ataque israelense ao Irã desencadeou uma resposta imediata, com a expectativa de chegada de mísseis ou drones em áreas civis.

Como medida de precaução, o espaço aéreo do país foi fechado por 48 horas, impactando voos comerciais e a movimentação de delegações estrangeiras e toda a comunidade.

Confira o alerta que os parlamentares receberam nos celulares:

Agenda do secretário em Israel

O município de Natal atendeu ao convite formal do governo de Israel para integrar uma programação bilateral voltada a inovação urbana, segurança cidadã e cidades inteligentes entre os dias 10 e 20 de junho de 2025. A carta-convite, assinada pelo embaixador Daniel Zonshine, assegura o custeio das passagens aéreas internacionais e dos traslados internos para os representantes oficiais.

O prefeito Paulinho Freire designou o secretário municipal de Planejamento, Vagner Araújo, para representar o município na missão.

Mais informações em breve.

Blog do BG 

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Política

Embaixada da França posta foto de Lula e Macron de Dia dos Namorados

Foto: @franceaubresil/Instagram

A embaixada da França no Brasil usou uma foto dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Emmanuel Macron, em frente a Torre Eiffel, para celebrar o Dia dos Namorados. Na publicação, divulgada nesta quinta-feira (12/6) nas redes sociais, a representação francesa aproveitou a data comemorativa para relembrar o bom relacionamento entre Brasília e Paris.

“Como se diz em francês: L’amour n’a pas de frontières. (O amor não tem fronteiras)”, disse um texto divulgado com a fotografia dos dois líderes. “Neste Dia dos Namorados, celebramos não só o amor, mas também a amizade duradoura entre nossos dois países. Parceria, confiança, trocas culturais e muito carinho: essa relação só cresce com o tempo”.

No início deste mês, o presidente brasileiro viajou para a França, a primeira de um chefe de Estado brasileiro ao país europeu em 13 anos.

Por lá, Lula participou de uma série de compromissos ao longo dos quatro dias em que esteve no país governado por Macron – entre eles, encontros e agendas com o presidente francês.

Segundo o Palácio do Planalto, o maior resultado da visita foi o anúncio de que investidores franceses, que já atuam no Brasil, planejam investir R$ 100 bilhões no país até 2030.

Metrópoles

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Brasil

VÍDEO: Lula diz que Bolsonaro estava “quase se borrando” em interrogatório no STF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta quinta-feira (12/6), a postura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF), na última terça-feira (10/2). A declaração do petista aconteceu durante evento em Contagem (MG), onde realiza a entrega de equipamentos agrícolas aos municípios mineiros.

“Vocês viram que ele é um convardão, vocês viram o depoimento dele? Ele tava com os lábios secos, tava quase, sabe, se borrando. É muito fácil ser corajoso dentro de casa, no celular falando mal dos outros”, disse o chefe do Palácio do Planalto.

Anteriormente, no mesmo discurso, Lula chamou de “desfaçatez” a postura do ex-presidente. “[Ele] mentia 11 vezes por dia. Vocês viram a desfaçatez dele no depoimento? Ou seja, o país não merece isso. Este país é um país de gente séria”, disse.

Bolsonaro foi interrogado como réu, no âmbito da ação penal a respeito da suposta trama golpista para anular as eleições de 2022, quando Lula foi eleito presidente pela terceira vez.

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Geral

(VÍDEO) SOLIDARIEDADE: Com a ajuda da cantora Michele Andrade, jovem potiguar garante as passagens para Hong Kong para sua bolsa de estudos

 

A cantora Michele Andrade, se sensibilizou e fez a doação para Lucas, um jovem potiguar de Bom Jesus/RN, que conquistou uma bolsa de estudos no UWC de Hong Kong, na China. Ela também pediu ajuda aos seguidores na vakinha para apoiar o jovem.

Lucas ficou profundamente grato e feliz com o gesto, que certamente impulsionará sua carreira acadêmica. Sendo o único brasileiro selecionado para essa oportunidade incrível, sua conquista se torna ainda mais significativa e um exemplo inspirador para muitos jovens.

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