Finanças

Lava Jato pagou R$ 3,8 milhões em diárias e passagens a só 5 procuradores

Da esquerda para a direita, de cima para baixo: os procuradores Antonio Carlos Welter, Januário Paludo, Orlando Martello Jr., Carlos Fernando Lima e Diogo Castor de Mattos. Foto: MPRS/Divulgação/IDL-Reporteros/Divulgação/MPSP

A operação Lava Jato de Curitiba, enterrada nesta semana, gastou R$ 7,5 milhões em diárias e passagens ao longo dos 7 anos que durou. Os dados foram obtidos pelo Poder360 via LAI (Lei de Acesso à Informação). No total, foram pagas 5.864 diárias ao longo desse período.

O valor pode parecer baixo para o tempo de duração da operação. O detalhe, porém, é que R$ 3 milhões foram pagos em diárias a somente 5 procuradores –além dos salários, que estão na faixa de R$ 30.000 por mês.

Além disso, esses mesmos procuradores somaram mais R$ 734.812,03 em passagens –40% do total. Esses valores se referem, em sua maioria, a deslocamentos –e permanência– em Curitiba, que era a base da operação. Esses procuradores foram deslocados de seus Estados de origem para atuar junto à equipe de Deltan Dallagnol. E receberam em paralelo por isso.

RANKING

O procurador que mais recebeu diárias foi Januário Paludo, com R$ 712.113,87 em 699 diárias. A esse valor, somam-se R$ 165.142,75 pagos em passagens, sejam elas aéreas, de ônibus ou pagas para ele usar seu automóvel próprio no deslocamento. Segundo a assessoria de imprensa do MPF (Ministério Público Federal), todos esses gastos foram autorizados pela portaria 41 de 2014.

Na sequência aparecem Antonio Carlos Welter (R$ 667.332,31 em 645,5 diárias e R$ 246.869,51 em passagens) e Orlando Martello Junior (R$ 609.396,56 em 604,5 diárias e R$ 154.147,25 em passagens). O 4º é Diogo Castor de Mattos, R$ 545.114,53 em 596 diárias e R$ 25.054,49 em passagens. E o 5º, Carlos Fernando dos Santos Lima, teve 524 diárias totalizando R$ 505.945,81 e R$ 143.598,03 em passagens. Ele aposentou-se em março de 2019.

Foto: Reprodução/Diário do Poder

ANOMALIA GERENCIAL

Os 5 procuradores que ganharam essa bolada se beneficiaram de uma decisão que dificilmente se vê na iniciativa privada. Eram requisitados de outras cidades para trabalhar na Lava Jato. Muitos nunca se mudaram para Curitiba. Ficaram anos ganhando hotel, roupa lavada, refeições e passagens aéreas.

Foto: Reprodução/Diário do Poder

VIAGENS: EUA E FRANÇA

Foram 49 idas ao exterior, com 13 viagens a cada 1 desses 2 países. A Suíça foi o destino de 6 viagens. Até 2020 foram 2.585 deslocamentos nacionais e internacionais.

FORÇA-TAREFA É ENCERRADA

O MPF anunciou que a operação em Curitiba “deixou de existir” na 2ª feira (1º.fev). Foi incorporada ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Em quase 7 anos de atuação, foram 79 fases e 278 condenações. Eis a íntegra do anúncio.

A Lava Jato em seu site oficial diz ter recuperado R$ 4,3 bilhões para os cofres públicos.

OUTRO LADO

O MPF do Paraná disse que os gastos estão de acordo com as regras do órgão. É verdade. Mas o MPF não explica por que alguns procuradores passaram anos deslocados, sem se mudar definitivamente para a cidade em que estavam trabalhando.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Não tem crime nesse fato, se eles são de fora tem direito a passagens e diária, mesmo com o salário de 30mil. Pode ser imortal mais não ilegal .
    Tem de mudar a lei…. pq vc acha quê todo polícial quer ir pra força Nacional… e essa tal.de diária operacional.

    Não é só na lava jato… todo sistema público está assim.

    Na minha opinião deveria mudar a norma.

  2. Muito pouco pelo que fizeram ao BRASIL, podeiram ter investido mais. Isso sim e investimento em combate a corrupção.

  3. Parabéns aos procuradores pelo resultado da missão .
    O sistema venceu ao desmontar essa equipe que abalou a estrutura de corrupção no Brasil.
    A população deveria sair às ruas pedido novas lavajato e o combate à corrupção . Os ptralhas estão conseguindo evitar as investigações .

  4. Custou 0,1% do q recuperou…ô povo burro é esse povo adorador de corrupto e inimigo da operação que mais combateu corrupção na história da humanidade!!!!

  5. Quem tem interesse em acabar com a Lava-Jato? Bolsonaro, o Centrão, o PT e o PSDB. Vocês defensores de corruptos, também…

  6. Esse barulho tem nome.
    Estão querendo tornar sem efeito as sentenças do Moro no caso do maior ladrão do mundo.
    Eles acham que lula tem condições de derrotar Bolsonaro.
    Kkkkkk
    Que venha pra ser desmoralizado nas urnas.

  7. Importante mesmo é saber quanto no total custou a Lava Jato durante o período de sua existência. Certamente, mais que os 4,3 bilhões recuperados. Se assim for, a pergunta que não quer calar é: em todos os processos de produção e derivando para esse caso de investigações, existem perdas, as quais beiram os 30% daquilo que se produz, então, se os 4,3 bilhoes não superar os gastos com a lava jato, teria sido melhor deixar os caras corromper e ser corrompindos. Pelo menos obras teriam sido feitas.

    1. Certamente você não entende nada meu chapa. Os ladroes sendo flagrados, o fruto do roubo recuperado e você diz que o custo foi maior. E que melhor seria deixar roubar? Me arrisco a dizer que você é petista ou bolsonarista.

    2. Jeremias, acredito mesmo é que esse ai tenha de alguma forma participado desses esquemas. Kkkk

  8. Esqueceram propositadamente de colocar os valores recuperados pela operação, mais de QUATRO BILHOES outros tantos em processo de devolução, estanqueidade do roubo e da corrupção pelos envolvidos, condenacao e prisao de mais de uma centena de bandidos de todas as espécies, foi escancarado como funcionava todo o sistema de corrupção, principalmente dentro e utilizando a empresa Petrobrás como suporte, entre tantos outros benefícios para o país, agora isso tem custo, ninguém trabalha de graça tem q pagar os salários, as viagens, as diárias, as refeições……o problema é que querem endemonizar todos os que estavam a procura dos maiores corruptos e bandidos do nosso país, aí vão procurar chifre em cabeça de cavalo, não tem mais vão dizer que sim. Aqui sempre o bandido, o corrupto, o ladrão tem mais direito que a policia, a justiça e o ministério público. Pq será que somos essa merda de pais? Por esses e outros motivos.

  9. R$4,3 BILHÕES RECUPERADOS. Sem mais. 6 anos de trabalho. Jornalismo porco descontextualizando pra criar falsas impressões.

  10. Temos que aprender a diferenciar operação lava jato de lavajatismo. Lavajatismo esse, que o marreco pratica atualmente.

    1. Quadrilha não, desde o Brasil República, foi a única operação que desvendou as entranhas da engrenagem da corrupção nesse país, coisa de mais de um trilhão de reais em desvio, os membros da operação prenderam os envolvidos diretamente, canalhas como ex presidentes, ministros, lideres de governo e partidos, tesoureiros e políticos de todos os partidos, ex governador do psdb de MG, a casta dos maiores conglomerados empresariais do país, gerentes administrativos de autarquias, enfim, os responsáveis por deixar o país com um povo miserável numa nação riquíssima. Toda essa engrenagem era azeitada pela distribuição de migalhas aos humildes e desavisados. Deixando-os Sempre na dependência de auxílios e favores governamentais, onde seriam usados como arma na perpetuação do poder, impedindos da independência financeiro, alijados de produzir seu próprio sustento, tanto que qualquer mudança de governo, todos são carreados pra sarjêta da miséria.

  11. Tá muito clara a intenção deste Blog, em desqualificar os funcionários públicos e a operação Lava-jato, todos os dias sai algo mostrando só o lado ruim da parte. BG, quanto a Lava-jato recuperou aos cofres públicos? Tens idéia do quanto deixou de sangrar só nos cofres da Petrobras, Transpetro e Petrobras Distribuidora?
    À propósito, o salário do Presidente da Petrobras, que você divulgou em matéria anterior R$ 3.000.000,00, saiba que um executivo de grande empresa no Brasil, ganha em média mais de 4 milhões por mês.

  12. Investimento mínimo para o trabalho desempenhado. Diferente de deslocamentos de outros agentes públicos, que sempre levam uma comitiva de parasitas junto em cada viagem.

  13. Tudo legal, tudo lícito.
    A recuperação do montante desviado demonstra o quanto foi importante para o Brasil a lava jato e o trabalho incansável dos nobres procuradores.
    O resto é mimimi

  14. Relevantes serviços prestados à nação.
    Querem endominizar o trabalho gigantes dos procuradores.
    Bravos profissionais.
    Orgulho para nós.

  15. Enquanto a população acha que a lavajato é a salvadora da pátria – os maiores escândalos estão na própria justiça – como se sentem DEUSES e intocáveis nada acontece.
    Um verdadeiro absurdo que exercem o poder do cargo para massacrar – acham-se superiores a tudo e a todos.

    1. Falou a viúva do Lula, saudosista dos tempos em q se roubava e ninguém descobria nada. Mulher, deixa de ser mimizenta, se tá achando errado, vai pra rua fazer protesto gritar Lula 2022. Pega os teus 30 reais e o teu pão com mortadela.

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Eleições

Maxaranguape: Rogério Marinho tem 37,5%; Allyson Bezerra tem 16,75% e Cadu Xavier tem 5,75% das citações dos entrevistados para o Governo do RN, aponta pesquisa Consult

Foto: reprodução

Pesquisa realizada pelo Instituto Consult revela que Rogério Marinho tem 37,5% das citações dos entrevistados em Maxaranguape; Allyson Bezerra tem 16,75%; Cadú Xavier tem 5,75% das citações; 31,25% não souberam responder; nenhum dos candidatos são 8,75%.

A pesquisa foi realizada no dia 26 de julho de 2025 com 400 entrevistados. A margem de erro é de 4,9% pontos percentuais, com confiabilidade de 95%.

Com Blog do Gustavo Negreiros.

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Brasil

VÍDEO: Governo quer acabar com a obrigatoriedade de aulas em autoescolas para tirar a CNH

O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou nesta terça-feira (29) que o governo pretende eliminar a exigência de aulas em autoescolas para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Em entrevista ele destacou que o custo elevado — entre R$ 3 mil e R$ 4 mil — tem levado milhões de brasileiros a dirigir sem habilitação.

“Qual o problema do Brasil? É que a gente tem uma quantidade muito grande de pessoas dirigindo sem carteira porque ficou impeditivo tirar uma carteira no Brasil. Entre R$ 3 mil e R$ 4 mil. O cidadão não aguenta pagar isso”, afirmou o ministro.

“Quando o custo de um documento é impeditivo, o que que acontece? A informalização. As pessoas dirigem sem carteira. E esse é o pior dos mundos porque o nível da qualificação. (…) Isso aumenta o risco para ela, aumenta o risco de acidentes.”

Segundo o ministro, o governo estuda formas de reduzir ao máximo o custo da CNH, permitindo que mais pessoas possam se qualificar e obter o documento.

Renan Filho afirmou que cerca de 20 milhões de brasileiros dirigem sem habilitação atualmente, e outros 60 milhões têm idade para obter a CNH, mas ainda não possuem o documento. “A pesquisa que fizemos apontou o custo como o principal motivo”, disse.

Ao ser questionado sobre o risco de acidentes com a flexibilização da exigência, o ministro afirmou que os cursos continuarão disponíveis, ministrados por instrutores qualificados e supervisionados pela Senatran e pelos Detrans.

“O grande problema é que as pessoas já dirigem sem carteira. (…) E se você for olhar, por exemplo, as pessoas que compram moto, 40% delas, quando a gente faz um cruzamento entre o CPF de quem comprou e se ele tem ou não habilitação, não possuem habilitação”, disse.

“Se as pessoas dirigem sem curso algum, a gente está propondo garantir cursos para que as pessoas melhorem, tenham mais qualificação na hora de dirigir.”

Renan Filho também destacou as desigualdades sociais no acesso à CNH, afirmando que, em muitos casos, as mulheres são excluídas do processo de habilitação.

“Se a família tem dinheiro para tirar só uma carteira, muitas vezes escolhe tirar a do homem. A mulher fica inabilitada justamente por essa condição.”

Renan Filho também criticou o modelo atual, que, segundo ele, favorece a atuação de máfias em autoescolas e nos exames. “É tão caro que não basta a pessoa pagar uma vez o preço alto. Quem pode pagar, muitas vezes, é levado a ser reprovado para ter que pagar de novo”, afirmou.

“O que que acaba com isso? Desburocratizar, baratear, facilitar a vida do cidadão tira o incentivo econômico para criação dessas máfias.”

Segundo o ministro, o Brasil emite entre 3 e 4 milhões de CNHs por ano. Com os preços atuais, isso representa um gasto anual entre R$ 9 bilhões e R$ 16 bilhões para a população.

“Se isso for barateado, esse dinheiro vai para outros setores da economia, (…) que geram empregos competindo internacionalmente. Isso ajuda a economia brasileira a se dinamizar.”

G1

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Brasil

Defesa de Cid acusa PGR de “deslealdade” e pede perdão judicial ao militar

Foto: Ton Molina/STF

A defesa do tenente-coronel Mauro Cid reiterou a integridade da delação premiada e pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) o perdão judicial para o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) no processo de tentativa de golpe de Estado.

Ao apresentar as alegações finais na trama golpista, nesta terça-feira (29), os advogados de Mauro Cid acusam de “deslealdade” a PGR (Procuradoria-Geral da República) e de abandonar “à própria sorte” o delator depois de usar todas as informações compartilhadas por ele.

Em sua manifestação, o procurador-geral Paulo Gonet defendeu à Corte que Cid receba apenas a redução de 1/3 da pena por sua contribuição, mas não o benefício integral. Gonet argumentou que o ex-ajudante de ordens omitiu informações relevantes e resistiu ao cumprimento integral do acordo.

A defesa de Cid afirma que a PGR usou todas as informações fornecidas pelo ex-ajudante de ordens e depois quis puni-lo por supostas omissões.

“Tal atitude, além de ferir frontalmente o princípio da segurança jurídica, sucumbe ao dever de boa-fé objetiva e configura-se como verdadeira deslealdade processual por parte do órgão acusador, que se valeu da colaboração de Mauro Cid ao longo de extensas 517 páginas de manifestação, explorando seu conteúdo probatório de maneira sistemática — mas que, ao final, abandona o colaborador à própria sorte, desqualificando não apenas sua pessoa, mas a própria ideia de Justiça.”

Os advogados argumentam que a PGR reconhece que as informações reveladas por Cid contribuíram para os esclarecimentos dos fatos e que, portanto, é “incompatível” o pedido de redução do benefício do acordo.

“Não tivesse imensa importância os fatos esclarecidos na colaboração premiada, certamente não haveria tantos pedidos de nulidade das provas produzidas a partir dela, circunstâncias que, lamentavelmente, parecem reavivadas nas palavras distorcidas e confusas da acusação quando trata do Acordo de Colaboração Premiada e dos benefícios ajustados”, cita.

No documento de 78 páginas, a defesa afirma que Cid não relatou fatos, como detalhes do chamado “Plano Punhal Verde e Amarelo”, porque não tinha conhecimento.

“Imaginar que, no contrapasso, tivesse o colaborador que ‘falar o que não sabe’ para ter seus benefícios confirmados seria, certamente, uma grande aberração jurídica e causa absoluta de nulidade do acordo”, rebate a defesa.

A defesa expõe ainda que Cid, ao firmar o acordo de colaboração premiada, ficou em “posição de extrema vulnerabilidade”, mesmo sabendo que enfrentaria “forte resistência, represálias e, de certa forma, coação por parte de seus antigos aliados, superiores e demais corréus — especialmente os ligados ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.”

“No entanto, mesmo diante de cenário inóspito, o colaborador rompeu esse ciclo de obediência hierárquica, institucional e pessoal que historicamente caracteriza a lealdade cega entre subordinados militares e figuras centrais do poder político”, destaca.

Ao reafirmar a importância da delação, a defesa destaca que a natureza das informações compartilhadas, como a tentativa de golpe de Estado e os atentados contra autoridades, “constitui uma das mais graves agressões já registradas contra a ordem constitucional desde a redemocratização”.

Nas alegações finais, os advogados Cezar Roberto Bittencourt, Vania Adorno Bittencourt e Jair Alves Pereira destacam ainda que Mauro Cid atuava como assessor, sem qualquer papel decisório em atos de golpe de Estado.

“O que está verdadeiramente comprovado nos autos, por sua função, documentos, mensagens e testemunhas, é que Mauro Cid atuava como assessor e Ajudante de Ordens, sendo, por natureza, subordinado hierárquico, sem qualquer poder de comando, iniciativa ou liderança autônoma. Suas ações, ainda que administrativamente relevantes, não se confundem com atos típicos de golpe de Estado”, afirma a defesa.

Na sua última manifestação, a defesa de Cid diz ainda que o ex-ajudante de ordens detalhou tudo o que sabia dentro de suas funções, confirmando que o ex-presidente defendia a tese da fraude eleitoral e que foram discutidas medidas como GLO (Garantia da Lei e da Ordem), estado de sítio e novas eleições. Porém, reiterou que o militar sempre disse que não acreditava que Bolsonaro assinaria uma minuta golpista.

Em outro trecho, a defesa cita que Mauro Cid estava alinhado com o então comandante do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes, que, segundo a investigação, rechaçou qualquer plano golpista do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Ao reconhecer, de forma objetiva e direta, que não havia qualquer elemento comprobatório de fraude, Mauro Cid reafirma sua postura de alinhamento com a verdade e com a legalidade democrática que, ao final, após acalmados os ânimos, conversou com o General Freire Gomes”, diz o documento.

CNN

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Política

Reunião de Alckmin com governadores sobre tarifaço é cancelada

Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

A reunião do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) com governadores, prevista para esta quarta-feira (30/7), foi cancelada. O encontro seria para discutir o tarifaço de 50% a produtos brasileiros, imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A taxação extra passará a valer a partir desta sexta-feira (1°/8).

Diversos governadores, como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Cláudio Castro (PL-RJ) e Romeu Zema (Novo-MG), avisaram que não participariam e enviariam seus vices, como mostrou o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles. Até aliados, como a governadora Raquel Lyra (PSD-PE), não compareceriam.

O encontro foi convocado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB-DF), presidente do Fórum dos Governadores, e ocorreria na vice-presidência. Ele esteve com Alckmin na segunda (28/7) e pediu que a reunião de emergência ocorresse antes do dia 1º de agosto, quando efetivamente começam a valer as tarifas impostas por Trump ao Brasil.

Alckmin acumula o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e foi designado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para coordenar o esforço do governo para contornar a crise. Até o momento, porém, o Brasil não encontrou interlocutores no governo Trump, que citou motivos políticos, como o cerco judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como motivação para o embargo.

Governadores, especialmente de direita, tem encontrado dificuldades para se posicionar sobre o tarifaço. Tarcísio de Freitas, que governa um estado que deve ser atingido profundamente pela medida de Trump, precisou se equilibrar entre a agenda política do ex-chefe e apelo econômico para que a taxação não entre em vigor.

Segundo o levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), estados do Sudeste devem ser os mais impactados pelo tarifaço. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais estão no topo de ranking de exportações para o país norte-americano.

Metrópoles 

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Política

Zambelli será submetida a processo de extradição, diz Ministério da Justiça

Foto: Estadão

Presa na Itália, a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) será submetida à extradição, afirmou o Ministério da Justiça nesta terça-feira (29). A extradição é um processo coletivo entre autoridades dos países para entregar uma pessoa condenada ou investigada.

A pasta confirmou que a parlamentar foi presa por autoridades italianas em Roma como resultado de cooperação policial internacional entre a polícia brasileira, a Interpol e agências da Itália.

“A presa era procurada por crimes praticados no Brasil e será submetida ao processo de extradição, conforme os trâmites previstos na legislação italiana e nos acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário”, continua a nota.

Presa na Itália

Carla Zambelli foi presa após se entregar a autoridades italianas. A informação foi confirmada pelo Ministério da Justiça e pela PF (Polícia Federal).

Zambelli foi condenada a dez anos de prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e inserção de documentos falsos, em 2023.

A parlamentar foi incluída na lista de procurados da Interpol em 5 de junho.

CNN 

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Educação

Parnamirim: “Se Liga Enem” promete mobilizar estudantes rumo ao exame nacional

Em Parnamirim (RN), a partir do dia 2 de agosto, os estudantes que vão prestar o Enem terão à disposição mais uma edição do Se Liga Enem, projeto consolidado idealizado pelo professor Ítalo Siqueira. Com início marcado para sábado, o curso gratuito acontece todos os sábados, das 8h ao meio-dia, e se estende até o dia 1º de novembro, com um grande aulão de véspera para reforçar a preparação. Ao longo de dez anos, cerca de três mil alunos já foram atendidos pela iniciativa, que mobiliza um time de professores renomados da cidade e da região.

Nesta edição, mais de 150 estudantes de Parnamirim são esperados para participar das aulas presenciais, totalmente gratuitas. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas via Instagram, tanto no perfil do vereador @professor_italo quanto no do projeto @seliga.enem. Os inscritos terão direito a material didático completo e brindes exclusivos, além de lanche durante o intervalo.

O objetivo central do Se Liga Enem é ampliar as chances de sucesso dos alunos no exame, possibilitando acesso por meio de uma preparação focada, acolhedora e de qualidade. Como destaca o autor do projeto, “Esse é um projeto do meu coração. Faço questão de oferecer aos nossos alunos o melhor; seja em relação ao material didático de suporte, lanche, estrutura em sala de aula e tudo isso sem nenhum custo para eles. Nossa equipe tem trabalhado com afinco para que nossos alunos sejam vitoriosos”, disse Ítalo Siqueira.

Ainda segundo ele, a iniciativa representa o compromisso de democratizar o acesso à educação preparatória. “Queremos democratizar o acesso a uma educação de qualidade, garantindo que cada aluno tenha suporte para alcançar uma boa nota no Enem e conquistar seu lugar na universidade”, concluiu.

Aulas presenciais, conteúdo didático estruturado e uma equipe especializada compõem o diferencial do Se Liga Enem. Os estudantes participam de simulados, resolvem questões específicas das provas anteriores e recebem dicas estratégicas sobre cada área do conhecimento — tudo em um ambiente motivador e sem nenhum custo financeiro.

Com inscrições gratuitas abertas via Instagram, os interessados devem garantir sua vaga rapidamente — pois o número de vagas é limitado, e a procura costuma ser alta. A participação assegura não apenas acesso ao curso, mas também suporte pedagógico, lanche, material de qualidade e brindes.

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Geral

Deputada Carla Zambelli é presa na Itália

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira (29/7) na Itália. A informação foi anunciada pelo deputado italiano Angelo Bonelli e confirmada pelo Ministério da Justiça.

“Carla Zambelli está em um apartamento em Roma. Informei o endereço à polícia e, neste momento, os policiais estão identificando Zambelli”, escreveu o parlamentar italiano em sua conta no X.

Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão e à perda do mandato parlamentar por ter invadido o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com Delgatti.

Após ser condenada, a deputada bolsonarista fugiu no início de junho para a Itália, país onde tem cidadania. O governo brasileiro tentava a extradição da parlamentar, até então sem sucesso.

Metrópoles

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Geral

Dentista conhecido de Natal é denunciado pela ex-namorada por agressão física


Um dentista conhecido em Natal, identificado como Dr. Alessandro Bicca, foi denunciado pela ex-namorada por agressões físicas, tortura e ameaças durante o relacionamento. A jovem, que só agora tornou o caso público, revelou que viveu episódios constantes de violência doméstica e que, por medo e vergonha, demorou a denunciar.

Em um dos relatos, ela afirma ter sido agredida por mais de 10 horas seguidas, sendo espancada com um cabo de vassoura, arrastada, trancada em casa e obrigada a tomar banhos gelados enquanto ele cronometrou os intervalos das agressões.

O fato teria ocorrido em 2024, sem poder pedir ajuda, ela precisou deixar tudo para trás e recomeçar sozinha em outro país, na França.

Ao ver o caso de Juliana Garcia, que sofreu uma sequência de agressões dentro de um elevador em Natal, decidiu tornar o caso público, para encorajar outras mulheres.

Nos stories publicados em seu perfil, a vítima contou que os sinais de abuso começaram com controle disfarçado de cuidado, passando por ciúmes, manipulação e isolamento social. Ela diz que chegou a se afastar da família e amigos e foi convencida a parar de trabalhar. A situação teria se agravado com o tempo, culminando em episódios de violência física extrema, especialmente quando o agressor consumia álcool.

A ex-namorada relatou que, após o episódio mais grave, o dentista tentou se redimir com flores e pedidos de desculpas, alegando arrependimento e pedindo que ela não denunciasse para não “destruir” sua carreira. Ela afirma que, mesmo vivendo sob ameaças, decidiu fugir do país com apoio da família, indo para a Europa. Lá, longe do agressor, finalmente conseguiu denunciá-lo oficialmente à justiça.

O caso já tramita no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte e a vítima conseguiu medidas protetivas com base na Lei Maria da Penha. Documentos oficiais, fotos das lesões e prints de ameaças foram divulgados por ela nas redes sociais, reforçando o conteúdo da denúncia. A publicação gerou comoção e repercussão imediata entre os internautas.

“Monstros nem sempre rugem. Às vezes, pedem desculpas”, escreveu a jovem em um dos trechos. Ela encerra o relato dizendo que sobreviveu, mas carrega marcas físicas e emocionais, e que só decidiu expor tudo agora para que outras mulheres se sintam encorajadas a romper o ciclo da violência.

Blog do BG com informações do Celebs Potiguar

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Geral

Lula cogita ligar para Trump, mas quer ter certeza que americano vai atender e focar em comércio

Foto: Wilton Junior/Estadão

A três dias da entrada em vigor de tarifas de 50% contra exportações brasileiras, interlocutores do governo Luiz Inácio Lula da Silva afirmam que não há previsão de ocorrer agora um telefonema entre o petista e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Embora a chamada esteja fora do radar no momento, a possibilidade de contato direto à distância existe e vem sendo cogitada por aliados políticos de Lula, membros da diplomacia e conselheiros presidenciais.

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse nesta terça-feira, 29, que uma conversa entre os dois “não é um telemarketing” e precisa de preparação prévia. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não pode haver um sentimento de “vira-latismo” no diálogo entre Lula e Trump.

Algumas alas governistas e executivos de empresas mais afetadas pelo tarifaço defendem que o presidente tome a iniciativa de tentar o telefonema, passo que não foi decidido ainda.

O governo brasileiro gostaria de ter a certeza de que Trump não somente atenderia Lula como estaria disposto a centrar a discussão na relação econômico-comercial e negociar as tarifas, para evitar constrangimentos políticos.

Por outro lado, impera no governo Lula a visão de que Trump busca uma concessão de viés político-institucional, para reabilitar eleitoralmente o aliado Jair Bolsonaro. Nas palavras de integrantes do governo, Trump quer o “inegociável”.

Desde a posse do republicano, as interações dele com chefes de Estado e de governo estrangeiro chocaram o Planalto, que considerou ter havido “humilhações” em série a governantes estrangeiros, entre eles os presidentes da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e da Ucrânia, Volodmir Zelenski, durante visitas no Salão Oval da Casa Branca.

A repetição de diálogos ríspidos, acusações e hostilidades é algo a ser evitado em possível interação com Lula. Por isso, eventual contato é cercado de cuidados e deve ser preparado pelas burocracias estatais — “sem improviso”, como destaca um embaixador.

Não é a primeira vez que um telefonema entre eles é cogitado, mas não se materializa. Quando Trump foi eleito, em novembro de 2024, o governo brasileiro passou a considerar a possibilidade de uma chamada.

Lula fez uma rápida publicação nas redes sociais reconhecendo a vitória de Trump como sinal de abertura nesse sentido, mas as divergências políticas prevaleceram. Trump e Lula são de campos ideológicos opostos e fizeram campanha para seus principais adversários eleitorais um do outro. Além disso, têm um histórico de provocações e críticas mútuas.

Eles se desencontraram na Cúpula do G-7, no Canadá, em junho, e jamais interagiram.

O contato virtual voltou a ser debatido após o anúncio do tarifaço de Trump contra o Brasil, por meio de uma carta assinada e divulgada por ele nas redes sociais — documento que o Itamarty mandou devolver.

Questionado em entrevistas, Lula chegou a dizer somente telefonaria para Trump quando tivesse o que falar com ele, mas depois mudou o tom e disse que o Brasil estava disposto ao diálogo quando o republicano quisesse conversar.

O americano também já admitiu que pode conversar com Lula, em algum momento, sem nunca marcar nem tomar a iniciativa de reunião. Ao contrário, os sinais recebidos são silêncio e canais bloqueados.

Por isso, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, fez chegar ao governo Trump sua disposição de ir a Washington nesta semana, caso pudesse ser recebido em alto nível para debater a questão tarifária.

O chanceler de Lula participou de reuniões nas Nações Unidas, nesta segunda-feira, 28, e permanece em Nova York, nesta terça-feira, 29, em articulações de bastidor, mas sem ter recebido qualquer sinal verde.

Um contato frutífero de Vieira com representante de Trump seria parte do protocolo prévio para o diálogo direto entre os presidentes.

Estadão Conteúdo

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Chanceler Mauro Vieira retorna ao Brasil sem reunião sobre tarifaço em Washington

Foto: Mauro Pimentel/Pool via REUTERS

O chanceler brasileiro Mauro Vieira encerrou a agenda nos Estados Unidos e deve retornar ao Brasil ainda nesta terça-feira (29), segundo fontes diplomáticas.

O ministro participou, nos últimos dois dias, da conferência que discute a solução de dois Estados na sede da ONU em Nova York.

Vieira havia feito um gesto ao governo americano, avisando que estaria nos Estados Unidos e disposto a ir a Washington caso a Casa Branca habilitasse algum negociador de alto nível para tratar da retomada das negociações sobre as tarifas. Mas não houve uma resposta positiva do governo Trump.

Fontes do governo americano afirmaram à CNN na tarde desta terça-feira (29) que não há nenhuma reunião prevista com o chanceler, confirmando que a tentativa do Brasil foi frustrada.

CNN Brasil

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