Política

O que esperar dos Três Poderes após os protestos com forte presença popular nas ruas

Bolsonaro e apoiadores nas manifestações de 7 de Setembro em São Paulo.| Foto: Fernando Bizerra/ EFE

As manifestações em favor do governo nesta terça-feira (7), Dia da Independência, em várias capitais do país – com destaque para Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, que reuniram grandes multidões –demonstraram que o presidente Jair Bolsonaro possui forte capacidade de engajamento popular. Por outro lado, o discurso poderá agravar ainda mais a relação do Palácio do Planalto com o Congresso e o Supremo Tribunal Federal.

Parlamentares e ministros consideraram grave a declaração de que ele não cumprirá qualquer ordem do ministro Alexandre de Moraes, principal alvo dos protestos. A reação deve incluir maior pressão para um processo de impeachment, no Legislativo, caso ele concretize a intenção; ou planos, entre os ministros, para tornar Bolsonaro inelegível em 2022, uma vez que ele voltou a desacreditar o sistema de votação eletrônico.

Em seu primeiro pronunciamento, em Brasília, Bolsonaro afirmou que Moraes passa por cima da Constituição, ao perseguir conservadores, com investigações e atos de censura. Defendeu que o presidente do STF, Luiz Fux, o enquadre. “Ou o chefe desse Poder enquadra o seu ou esse Poder vai sofrer aquilo que não queremos […] Ou se enquadra ou pede para sair”, disse. Acrescentou que Moraes “perdeu as condições mínimas” de continuar no cargo. “Não queremos ruptura, não queremos brigar com Poder nenhum, mas não podemos admitir que uma pessoa burle a nossa democracia. Não podemos admitir que uma pessoa coloque em risco a nossa liberdade”, disse.

Na manifestação, acompanhada da Esplanada dos Ministérios pela Gazeta do Povo, a maioria dos cartazes levados pelos apoiadores de Bolsonaro era contra o STF, acusado de tolher as liberdades e interferir no governo. O presidente chegou a anunciar que mostraria uma foto do ato – que ocupou boa parte do gramado, com gente oriunda de vários estados do país – aos presidentes e a lideranças da Câmara e do Senado numa reunião do Conselho da República. Trata-se de um órgão consultivo da Presidência, previsto na Constituição e chamado para opinar sobre “questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas” ou quando há planos de intervenção federal, estado de defesa ou de sítio.

Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), informaram que não foram avisados. Depois, a Presidência entrou em contato com eles para informar que, na verdade, haveria apenas uma reunião de Bolsonaro com os próprios ministros do governo, na manhã desta quarta (8), para avaliar as manifestações.

À tarde, na Avenida Paulista, Bolsonaro subiu o tom. Disse que Moraes deveria ter arquivado os inquéritos contra seus apoiadores. “Acabou o tempo dele. Sai, Alexandre de Moraes, deixa de ser canalha! Deixe de oprimir o povo brasileiro! Deixe de censurar o seu povo! Mais do que isso, nós devemos, sim, porque eu falo em nome de vocês, determinar que todos os presos políticos sejam postos em liberdade”, disse.

Enquanto os apoiadores bradavam “eu autorizo”, Bolsonaro disse: “Qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes, esse presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou. Ele tem tempo ainda para pedir seu boné e cuidar da sua vida. Ele para nós não existe mais. Liberdade para os presos políticos! Fim da censura! Fim da perseguição àqueles conservadores, àqueles que pensam no Brasil!”.

Moraes é relator de três investigações em andamento contra Bolsonaro: uma por suposta interferência na Polícia Federal; outra dentro do inquérito das fake news, por acusações de fraude na urna eletrônica; e uma terceira por vazamento de inquérito sigiloso da PF sobre a invasão hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2018.

No discurso na Avenida Paulista, Bolsonaro voltou a criticar o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, por se ter se oposto ao voto impresso, que foi rejeitado pela Câmara; e também ao corregedor-geral eleitoral, Luís Felipe Salomão, que desmonetizou canais no YouTube de apoiadores que criticam o voto puramente eletrônico.

“Nós queremos eleições limpas, auditáveis e com contagem pública. Não posso participar de uma farsa, como essa patrocinada ainda pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral”, afirmou Bolsonaro.

Partidos reagem a declarações de Bolsonaro e vão discutir impeachment

As declarações levaram lideranças partidárias relevantes a defender uma pressão maior sobre Arthur Lira, para que ele abra um processo de impeachment. Os presidentes do PSDB, Bruno Araújo; do MDB, Baleia Rossi; do PSD, Gilberto Kassab; e do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, anunciaram que vão reunir bancadas e dirigentes para discutir o assunto. A avaliação geral é que, a partir de agora, qualquer ato do presidente que concretize a intenção de não cumprir uma decisão judicial caracterizará um crime de responsabilidade.

Araújo disse que o PSDB precisa se posicionar “diante das gravíssimas declarações do presidente”. No Twitter, Baleia Rossi escreveu que “não podemos fechar os olhos para quem quem afronta a Constituição. E ela própria tem os remédios contra tais ataques”. Kassab classificou o discurso como “perigoso” e que criará uma comissão para acompanhar a conduta do presidente. “Caso ele realmente tenha atuação, a partir de hoje, de enfrentamento do Judiciário, é inevitável que o Congresso caminhe para abrir o processo de impeachment e o PSD com certeza estará ao lado dos que defendem o impeachment”, disse à CNN.

Paulo Pereira da Silva disse que vai procurar o maior número de partidos e entidades da sociedade para pressionar Lira. “Partidos que não tinham posição podem tomar a partir de agora”, afirmou. O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), que se opõe a Bolsonaro, também defendeu a abertura do processo. “Não tenho dúvidas de que qualquer ato de violência contra o Congresso ou o STF em ato que teve a participação do Presidente da República tornará inevitável a abertura do processo de impeachment”, afirmou.

Arthur Lira, Rodrigo Pacheco e Luiz Fux não se manifestaram sobre as declarações. O presidente do STF, vai se pronunciar nesta quarta (8), com uma resposta cujo teor foi combinado com os demais membros da Corte, numa reunião realizada por videoconferência no início da noite desta terça (7). O objetivo, mais uma vez, é deixar claro que desobedecer a ordens judiciais é crime de responsabilidade, expressamente descrito no artigo 85, inciso VII, da Constituição.

Até então, alguns ministros mantinham reservas em relação a várias decisões de Moraes. Nos bastidores, comentavam que ele exagerava em algumas medidas, principalmente na decretação de prisões contra críticos do Tribunal – a maioria deles foi enquadrada em crimes da Lei de Segurança Nacional, que acaba de ser revogada; ou em calúnia, difamação e injúria, delitos cujas penas, em caso de condenação, dificilmente levam ao regime fechado. Com as declarações de Bolsonaro, no entanto, a tendência é que se forme um consenso em favor do ministro, a partir do entendimento de que, se Bolsonaro descumprir uma só decisão, poderá descumprir quantas mais discordar.

Bolsonaro mira eleições de 2022, avaliam observadores

Fora o discurso contra o STF e o TSE, a avaliação reservada entre ministros e parlamentares é que Bolsonaro falou para seus apoiadores de olho nas eleições de 2022. Em outras partes do discurso, o presidente reiterou uma mensagem de fidelidade e união junto à população.

“Jurei dar a minha vida pela pátria. E tenho certeza que vocês todos de forma consciente juraram dar sua vida pela sua liberdade. Há pouco encontrei uma menina que me perguntou se era difícil ser presidente. Eu falei que sim, mas disse que era por ela. Faço isso pelos nossos filhos e nossos netos. E faço porque tenho apoio de vocês. Enquanto vocês estiverem a meu lado, eu estarei sendo porta-voz de vocês. Essa missão é digna, essa missão é espinhosa, mas também é muito gratificante. Não existe satisfação maior do que estar no meio de vocês. Podem ter certeza, onde vocês estiverem, eu estarei”, afirmou em São Paulo.

O pastor Silas Malafaia, que acompanha Bolsonaro há vários dias em viagens e eventos, avalia que ele sai fortalecido. “Porque quem determina quem tem mandato eletivo é o povo. Quem está contra a democracia é esse ditador de toga. O povo é o supremo poder e tem que ser respeitado. O povo emana do povo e não da caneta de um tirano”, disse à Gazeta do Povo, em referência a Moraes.

Aliados de Bolsonaro comemoraram não só a adesão maciça, mas também a aposta equivocada de opositores de que o ato seria violento, com invasões ao Congresso e ao STF e também motins e rebeliões por parte das polícias nos estados. Nada disso ocorreu em mais uma dezena de capitais que tiveram atos a favor do governo (Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Maceió, João Pessoa, Manaus, Belém, Goiânia, Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis).

Em todas elas, também ocorreram atos contra Bolsonaro, mas bem menores e organizados por partidos e entidades de esquerda que tradicionalmente promovem o chamado “Grito dos Excluídos” no Dia da Independência. Uma participação maior é esperada para o próximo dia 12, incluindo, desta vez, manifestantes que não são de esquerda, mas que se opõem a Bolsonaro, como integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua.

Gazeta do Povo

Opinião dos leitores

  1. Ministro do STF tem que ser uma pessoa de conduta ilibada e notável saber jurídico. Não é qualquer um nomeado que pode exercer está função
    Éles só tem o cargo a função é zero a esquerda .

  2. O que esperar dos três poderes? Resposta: Que apenas respeitem quem se elegeu com mais de 57 milhões de votos.

  3. O Pacto Social foi rompido no Brasil, que retornou à situação de vulnerabilidade comparada pelo filósofo Thomas Hobbes a um “estado de natureza”, em que a “lei” deixa de ser a razão, para ser a força. E não serão as bobagens escritas por aqui por elementos imbecilizados pelo “marxismo cultural” ou apenas saudosos de suas “boquinhas” que irão decidir o destino do nosso Brasil. Enquanto os cães ladram, a caravana passa.

    1. Eita que os cem reais de ontem acenderam seu “patriotismo” kkkkkkk. Teve aumento na rachadinha também ? Está até citando Hobbes pra defender o MINTOmaníaco das rachadinhas golpista ! Muito bem, faça valer sua mamata !

  4. Esse Arthur Lira é um pilantra esse outro Rodrigo Pacheco é um subserviente por defender interesses de mult nacionais contra trabalhadores então fica bajulando o judiciário brasileiro, gente da pior qualidade, estamos fritos com tantos canalhas em comandos do legislativo desse país, o Brasil tem duas saídas ou continuar a bagunça que está ou uma grande revolução com grandes sacrifícios da população. Isso aqui virou uma torre de Babel, ninguém cede nada em defesa de uma pacificação, a cada dia a arrogância e a prepotência sobem o tom de todos os lados.

  5. Bando de desocupados, de qualquer lado, ir para rua se expor ao ridículo em favor de políticos todos esses ladrões do dinheiro do povo e ainda ficam sorrindo de vocês pois bebem juntos.Palhaçada.Nunca fui nem irei, EXPOSIÇÃO AO RIDÍCULO, SÓ EXALTO JESUS, TODO POLÍTICO É LADRÃO E BABÃO QUEM SE EXPÕE NESSES MOVIMENTOS.

  6. Democracia é O GOVERNO DO POVO. Bolsonaro foi legitimamente eleito, sem dinheiro, sem partido forte e tendo a grande mídia como sua inimiga. E, mesmo com essa pandemia e os constantes ataques que sofre dos que perderam a eleição, com apoio da velha imprensa (saudosa do dinheiro público) e a parceria do STF (absurdo!) e de boa parte do Congresso, continua contando com forte apoio popular, conforme comprovado MAIS UMA VEZ e de forma indubitável pelas manifestações de 7 de setembro. Até os cegos viram as multidões.

    1. E vc é apenas mais um moleque infantil e sem noção, provavelmente defensor a soldo de corruptos. Daqueles que relincham “Lula livre”. Rsrsrs

    2. Kkkkkkkkkk. Vc só pode ter tido um aumento grande na sua rachadinha de gabinete pq cem reais não paga essa idolatria e distorção da realidade que vc faz pra defender seu presidente inepto e golpista que enriqueceu a si e a família com desvio de dinheiro público…

  7. Ontem o MINTOmaníaco das rachadinhas acabou de se lascar! Jogou todas as cartas contra as instituições e vai sofrer o impeachment ou ser preso antes das próximas eleições ! Nem na base da distribuição de dinheiro, camisas, transporte e cartazes conseguiu reunir mais do que a gadolândia terraplanista. Triste fim do Brasil que vai alternando de um bandido pra outro na presidência e o velho centrão sugador de sempre nos governos. Mas não existe melhor remédio que o voto livre que só temos na democracia. Quem eh que confia em dar poder ilimitado a um presidente golpista e inepto desses que só fez enricar a ele a sua família na base do peculato desviando verba pública com rachadinhas?

    1. Manoel F, acho que vc vive em outro mundo, só fala em rachadinhas e em cem reais. o seu partido roubou o Brasil esse tempo todo quebrou o Brasil acabou com os fundo previdenciário e vc ainda defende esse patife do lula. vai pra Cuba , Venezuela ou para o raio que o parta. esquerdopata chato…

  8. Do Legislativo espero que acabe com a reeleição para o executivo, ainda dá tempo para 2022. Seria a maneira mais adequada a ser tomada para acabar com o egoísmo de quem quer se perpetuar no poder a todo custo.

    1. Isso era uma das propostas do Mico só que ele rasgou tudo e tá se lambendo para se reeleger mas Deus é grande ….

  9. Quem ignorar o recado que a multidão que foi ontem as ruas em todo País deu estará cometendo um suicidio político, pode a imprensa publicar o que quiser, pode fazer discurso ideológico, pode fazer meme, pode publicar textinho, só não deve ignorar o fato belíssimo que aconteceu ontem, o Povo chamou pra si a responsabilidade do seu destino, pode ser com ou sem Bolsonaro, mais o povo não é mais o mesmo e está indignado com certas práticas pouco republicanas de alguns personagens da conjuntura atual vem praticando.

    1. Seja mais claro. Além de ficar balançando bandeirinhas e gritar mito, o que esses viciados em maquininhas de caça níquel fará de prático?Porque o que o rei das rachadinhas conseguiu foi se isolar politicamente mais ainda.

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Geral

Governo pede criação de 200 cargos para inflar nova agência

Foto: EBC

No último dia de funcionamento do Congresso antes do recesso, o governo Lula enviou ao Legislativo um pedido para criar mais de 200 cargos na Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD). A proposta, assinada pelos ministros Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) e Esther Dweck (Gestão e Inovação), prevê a ampliação da estrutura da autarquia com cargos comissionados e funções de confiança.

Somente 26 desses cargos devem gerar impacto imediato de R$ 2,13 milhões ainda neste ano, além de mais R$ 5,11 milhões previstos para os dois anos seguintes. A conta ficará integralmente a cargo do contribuinte, segundo estimativas incluídas no próprio pedido encaminhado ao Congresso.

A ANPD, que antes funcionava como uma autoridade vinculada ao Ministério da Justiça, passou recentemente à condição de agência reguladora. Agora, o governo quer criar uma nova carreira específica, batizada de “Especialista em Regulação de Proteção de Dados”, com 200 vagas efetivas.

A proposta reacende críticas sobre o inchaço da máquina pública e a criação de novos espaços para indicações políticas, em um momento de discurso oficial voltado ao controle de gastos e responsabilidade fiscal.

Com informações do Diário do Poder

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Geral

PESQUISA CONSULT: Rogério abre quase 6 pontos sobre Allyson em Natal

Foto: Consult

Novos números divulgados pelo Instituto Consult sobre a disputa eleitoral para o Governo do Estado, apenas com eleitores de Natal, mostram a liderança do senador Rogério Marinho (PL), com quase 6 pontos percentuais de vantagem sobre o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União). O desempenho representa uma maioria de aproximadamente 30 mil votos na capital potiguar. A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira (23) pela Tribuna do Norte.

De acordo com o levantamento, Rogério Marinho tem a preferência de 31,2% do eleitorado natalense, enquanto Allyson tem 25,3%. O secretário estadual da Fazenda, Cadu Xavier (PT), surge com 7,3%. Nenhuma das opções ficou com 13,9% das citações, enquanto outros 22,3% não souberam dizer.

A pesquisa foi realizada entre os dias 16 e 19 de dezembro, a margem de erro é de 3% com confiabilidade de 95%. Ao todo foram entrevistadas mil pessoas nas quatro regiões de Natal.

A Consult ainda pesquisou um segundo cenário da disputa. Neste, a liderança também é do senador Rogério Marinho, com 23,8%, seguido por Allyson com 21,2%, o ex-prefeito Álvaro Dias (Republicanos) com 15,9% e Cadu Xavier com 6,3%. Nenhuma das opções teve 12,6% e não soube responder 20,2%.

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Política

Bolsonaro completa um mês preso e aguarda definição de cirurgia

Foto: Diego Herculano/Reuters

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) completou um mês preso em regime fechado e aguarda autorização do Supremo Tribunal Federal para realizar uma cirurgia abdominal. Detido na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, ele pode deixar a cela pela primeira vez desde a prisão para passar pelo procedimento de retirada de uma hérnia.

Na última semana, a defesa solicitou permissão para a cirurgia, e o ministro Alexandre de Moraes determinou a realização de perícia médica pela Polícia Federal. O laudo confirmou a necessidade de intervenção cirúrgica. Agora, os advogados precisam indicar a data do procedimento para que o STF avalie a liberação temporária.

Dependendo do pós-operatório e dos cuidados médicos exigidos, Moraes poderá reanalisar o pedido de transferência de Bolsonaro para prisão domiciliar. A defesa sustenta que o ex-presidente enfrenta problemas de saúde que não podem ser plenamente tratados no ambiente prisional.

Bolsonaro foi preso preventivamente em 22 de novembro, por ordem de Moraes, sob suspeita de tentativa de violação da tornozeleira eletrônica e risco de fuga. Relatórios oficiais confirmaram que ele tentou abrir o equipamento com um ferro de solda, fato posteriormente admitido pelo próprio ex-presidente.

Dias depois, a prisão foi convertida em execução de pena após a defesa não apresentar recursos dentro do prazo. Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e segue custodiado em uma ala especial da PF, com visitas restritas a familiares, médicos e advogados, mediante autorização judicial.

Com informações da CNN

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Política

Governo Tarcísio aponta plágio e vê cópia de slogan em discurso de Lula sobre o “impossível”

Foto: Reprodução/ CanalGov

O Governo de São Paulo avaliou como plágio uma mensagem divulgada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas redes sociais no último domingo (21). A fala do petista, com referência ao “impossível”, foi comparada por aliados do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) a uma campanha publicitária recente da gestão paulista, usada no balanço de ações de 2025.

Durante um evento no Palácio do Planalto, Lula afirmou que “não existe nada impossível de ser feito no mundo, quando alguém tem coragem de fazer”, frase dita na inauguração de uma maquete da transposição do Rio São Francisco. No mesmo dia, mais cedo, o governo paulista havia promovido uma cerimônia no Palácio dos Bandeirantes com o slogan “coragem para fazer o impossível”, lema adotado para destacar obras retomadas e projetos destravados no estado.

Fontes do Palácio dos Bandeirantes afirmaram que a semelhança entre as mensagens não foi coincidência e classificaram a ação do governo federal como uma apropriação indevida do conceito usado pela gestão Tarcísio. A leitura interna é de que o episódio reforça o clima de disputa política antecipada entre Lula e o governador paulista, cotados como possíveis adversários em 2026.

A rivalidade também se reflete na disputa pela autoria de grandes projetos tocados em parceria entre os governos estadual e federal, como o túnel Santos–Guarujá, ações na Favela do Moinho e a retomada do Rodoanel. Nesta segunda-feira (22), o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, cobrou publicamente o reconhecimento do financiamento federal no trecho norte do Rodoanel, em evento com a presença de Tarcísio, reacendendo o embate político entre as gestões.

Com informações do Metrópoles

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Geral

Em crise, Correios tem pior índice de entregas e atrasam ao menos 30% das encomendas às vésperas do Natal

Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo

Às vésperas do Natal, os Correios registram o pior índice de entregas no prazo em 2025, com pelo menos 30% das encomendas atrasadas em todo o país. A situação é resultado da grave crise financeira da estatal, agravada por greves em centros estratégicos como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, além de dívidas com fornecedores que vêm se acumulando ao longo do ano.

Dados internos indicam que o índice médio nacional de entregas dentro do prazo caiu para menos de 70%, bem abaixo da meta oficial de 96%. Em janeiro, o percentual era de 97,7%, mas despencou em dezembro: até o dia 6, apenas 76,6% das encomendas chegaram no prazo, com registros diários apontando atrasos em mais de 32% dos envios. O problema tem afetado diretamente consumidores e comerciantes, especialmente no período mais sensível do varejo.

Com a instabilidade dos Correios, empresas privadas de logística relatam uma corrida por novos contratos. Transportadoras como Jadlog e Loggi registraram aumento expressivo na demanda, puxada principalmente por pequenos e médios varejistas que dependiam da estatal para entregas em todo o país. Em alguns casos, o crescimento superou 50% apenas neste mês, evidenciando a migração acelerada para soluções privadas.

Especialistas avaliam que o episódio compromete ainda mais a imagem dos Correios e acelera a perda de mercado da estatal, hoje estimada entre 40% e 50% do setor de entregas. Enquanto grandes centros urbanos passam a ser dominados por empresas privadas, a estatal tende a se concentrar no interior e em regiões menos rentáveis, mantendo seu papel como serviço público essencial, porém cada vez mais pressionado.

Com informações do O Globo

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Geral

Startup potiguar Quark alcança 1.500 empresas atendidas e se consolida no mercado nacional

Foto: Divulgação

A startup potiguar Quark Tecnologia, uma empresa da ESIG Group, tem sido destaque no Brasil com as soluções de gestão de pessoas (QuarkRH) e gestão de clínicas (QuarkClinic). Já são mais de 1.500 empresas atendidas pelas soluções.

O número consolida a Quark como referência nacional em tecnologia B2B (Business to Business), reforçando a força do ecossistema inovador potiguar. A conquista é ainda mais expressiva porque a grande maioria dessas empresas está fora do Rio Grande do Norte, espalhadas por 100% dos estados brasileiros e atuando nos mais variados segmentos da economia.

Para o fundador e CEO, Gleydson Lima, a conquista comprova a força da empresa potiguar no cenário nacional: “Atender milhares de empresas pelo Brasil demonstra que nossas soluções estão de fato facilitando a vida de muita gente. Esse é só o começo de uma jornada, temos muito potencial e vamos crescer forte em 2026”

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Política

Lula veta indulto natalino para condenados por crimes contra a democracia

Foto: Esa Alexander/Reuters

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto do indulto natalino de 2025, publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira (23). O texto concede perdão de pena a presos que atendam a critérios específicos, mas exclui expressamente condenados por crimes contra o Estado Democrático de Direito.

O decreto também impede o benefício para autores de crimes hediondos, tortura, terrorismo e racismo, além de delitos de violência contra a mulher, como feminicídio e perseguição. Ficam de fora ainda condenados por tráfico de drogas, organização criminosa, liderança de facções e presos em unidades de segurança máxima. Nos crimes de corrupção, o indulto só vale para penas inferiores a quatro anos.

Para quem pode receber o benefício, as regras variam conforme o tempo de condenação e a reincidência. Em penas de até oito anos por crimes sem violência, é exigido o cumprimento de um quinto da pena para réus primários ou de um terço para reincidentes. Já em penas de até quatro anos, inclusive com violência, o indulto pode ser concedido após o cumprimento de um terço ou da metade da pena, respectivamente.

O decreto prevê critérios mais brandos para idosos, responsáveis por filhos menores ou com deficiência, além de presos com doenças graves ou deficiências severas. Também autoriza indulto específico para mulheres condenadas por crimes sem violência e permite a comutação de penas — redução parcial do tempo de prisão — para quem não se enquadrar no perdão total.

Com informações do G1

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Geral

VÍDEO: Condenado por tentativa de golpe, Heleno chega em casa para cumprir prisão domiciliar em Brasília

Vídeo: Reprodução/Metrópoles

O general da reserva Augusto Heleno, de 78 anos, chegou na noite desta segunda-feira (22) à residência onde cumprirá prisão domiciliar humanitária, localizada na Asa Norte, em Brasília. Condenado a 21 anos de prisão por participação em articulações antidemocráticas após as eleições de 2022, ele estava detido em regime fechado no Comando Militar do Planalto.

A conversão da pena foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, após pedido da defesa, que alegou grave comprometimento do estado de saúde do militar. Heleno desembarcou às 23h09 em um veículo escoltado, acessou a garagem do prédio pelo subsolo e foi protegido por agentes durante o trajeto até o elevador, sem contato com a imprensa.

A decisão ocorreu após a Polícia Federal enviar ao Supremo um laudo pericial detalhando o quadro clínico do general. O exame foi solicitado depois de Moraes apontar contradições sobre a data do diagnóstico de Alzheimer: inicialmente, a defesa afirmou que a doença teria surgido em 2018, quando Heleno ainda chefiava o GSI; posteriormente, sustentou que o diagnóstico ocorreu apenas no início de 2025.

Segundo a perícia da PF, Heleno apresenta demência de etiologia mista em estágio inicial, classificada como transtorno mental progressivo e irreversível. O laudo também aponta osteoartrose avançada da coluna, dor crônica, limitação severa de mobilidade, instabilidade na marcha e risco elevado de quedas, fatores que embasaram a concessão da prisão domiciliar, acompanhada de medidas cautelares.

Com informações do Metrópoles

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Geral

Ministro de Lula sugere avaliar pena de morte para quem comete feminicídio no Brasil

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, defendeu nesta segunda-feira (22) que o governo federal avalie a possibilidade de pena de morte para autores de feminicídio. A declaração foi dada em entrevista ao programa Bastidores, da CNN Brasil.

Silvio citou um caso recente de um homem que matou a esposa na frente dos filhos e afirmou que “um cidadão desse não tem jeito” e que o Brasil precisa considerar medidas mais drásticas para crimes desse tipo.

O ministro ressaltou que o presidente Lula já trabalha em campanhas de combate ao feminicídio e afirmou que é preciso discutir, também, punições mais severas dentro da segurança pública. “O presidente já está fazendo esse debate internamente e queremos ampliar a discussão nos estados e municípios”.

A declaração surge após uma série de casos de violência contra mulheres em todo o país. No último sábado (20), Lula destacou que a América Latina é a região mais letal do mundo para mulheres, com cerca de 11 assassinatos diários, segundo dados da Cepal.

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Geral

VÍDEO: Cabos e medidores desaparecem na Ponte Newton Navarro: segurança zero em Natal

Imagens: Cedidas

A Ponte Newton Navarro, que conecta as zonas Norte e Leste de Natal, sofreu mais um ataque de vandalismo na noite desta segunda-feira (22). Criminosos levaram cabos elétricos e equipamentos de medição, deixando apenas pedaços de fio espalhados pelo local.

Um leitor do Blog do BG registrou o crime em vídeo e detalhou a ação. Segundo ele, “roubaram toda a cabeação elétrica e da medição… cortaram lá em cima, o transformador ficou com as canelas arranhadas”.

O furto de cabos elétricos prejudica não apenas a iluminação da ponte, mas também pode afetar o fornecimento de energia em áreas próximas. Situações como esta têm sido recorrentes em Natal, causando riscos a motoristas e pedestres.

Moradores e usuários da ponte reclamam da falta de segurança e pedem ação imediata para evitar novos ataques.

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