A Polícia Federal prendeu no início da tarde desta sexta-feira, 31/10, em uma agência da Caixa Econômica Federal em Nova Parnamirim, na Grande Natal, um homem de 57 anos, acusado de tentativa de estelionato e falsificação de documento público. Ele iria sacar cerca de R$ 16 mil.
A ação aconteceu por volta do meio-dia quando o suspeito compareceu àquela agência para abrir uma conta poupança que seria utilizada para o crédito de um empréstimo consignado no valor total de R$ 16.496,00, porém, ao apresentar a documentação, o
funcionário da CEF veio a descobrir que aquela pessoa, de forma fraudulenta, estava se fazendo passar por um cliente daquela agência.
A PF foi então acionada e quando os policiais chegaram o homem não esboçou qualquer reação, logo confessando o crime. Em seu poder, foram encontrados documentos em nome de terceiros, mas com sua fotografia. De imediato, ele recebeu voz de prisão em flagrante e foi conduzido para ser autuado.
Quando do seu interrogatório, o suspeito declarou que na semana passada recebeu uma proposta de um “rapaz desconhecido”, que lhe ofereceu R$ 3 mil a título de gratificação, caso conseguisse obter um empréstimo junto a Caixa. O tal contratante, teria lhe pedido ainda, fotos 3×4 e, dias depois, lhe entregou toda a papelada que foi encontrada em seu poder no momento da sua prisão. O envolvido disse ainda que não sabe localizar o endereço da pessoa que o contratou.
Inicialmente custodiado na PF, o suspeito, que já possui antecedentes por crime de igual natureza, foi transferido no final da tarde para o Centro de Detenção Provisória de Pirangi, onde aguardará o pronunciamento da Justiça.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta sexta-feira a expansão de parcerias entre o Brasil e países da América do Sul para o fortalecimento da região. Em vídeo postado em seu perfil no Facebook, Lula criticou os que condenam a política externa brasileira e ressaltou a importância da continuidade das relações com os Estados Unidos e com a Europa por serem estratégicas para o País.
“Nós temos um mercado de praticamente 400 milhões de habitantes, nós temos um mercado de 5 trilhões de dólares, ou seja, um PIB muito importante na América do Sul e nós exploramos 30% do que poderíamos explorar, seja do ponto de vista de integração física ou de integração política, social, cultural, educacional”, avaliou. “Isso é que vai dar solidez para a América do Sul se transformar tão forte como a União Europeia.”
Lula também afirmou que a busca por um fortalecimento entre os países da região deve ser o posicionamento da presidente Dilma Rousseff em segundo governo. “Tenho certeza que a presidente Dilma vai retomar isso com muita força”, comentou. “Ela vai fortalecer e calçar o nosso alicerce, que é exatamente com os nossos vizinhos de um lado”, acrescentou. No vídeo, também afirmou que a região será forte “o dia em que a gente acreditar na gente mesmo”.
Lula também relembrou a participação em um encontro do G-20, quando ainda era presidente e defendeu a criação de novos consumidores por países pobres da América Latina, da Ásia e da África, para o fortalecimento das regiões. O ex-presidente sustentou que Estados Unidos e Europa são parceiros estratégicos para o País, nas áreas política e econômica, mas lembrou da importância de ficar menos dependente desses blocos. Nesse sentido, ele citou o fortalecimento do Mercosul e União de Nações Sul-Americanas (Unasul), além das relações com África, Oriente Médio e China. Também lembrou que não apoiou a criação da Área de Livre-Comércio das Américas (Alca).
Sem citar nomes, criticou os que não acreditam nesse projeto e chamou de “vira-latas” os que continuam acreditando que “os outros são melhor do que a gente”. Disse que, no caso da política externa, “são as pessoas que acham que tudo tem que ser feito contra os Estados Unidos e com a Europa”.
Esse foi o quarto vídeo divulgado pelo ex-presidente na rede social. Em um deles, tratou sobre a disputa apertada com o candidato Aécio Neves (PSDB) e negou que o País estivesse dividido após o processo eleitoral. Em outros dois vídeos, Lula afirmou que as ofensas contra o PT ajudaram a disseminar o ódio nas eleições e exaltou os programas sociais do atual governo.
A Polícia Federal indiciou o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato em nove crimes cometidos quando o executivo fugiu do Brasil para a Itália. Os indiciamentos são referentes ao uso de documentos falsos, em nome do seu irmão Celso Pizzolato, falecido em abril de 1978. Os crimes são falsidade ideológica, uso de documento falso. A pena para esses crimes pode variar de um a cinco anos de reclusão.
Pizzolato chegou a tirar até título de eleitor em nome do irmão morto, RG e CPF, requereu passaportes brasileiro e italiano. Ele chegou a votar com esse título falso. O ex-diretor do BB foi condenado por envolvimento no esquema do mensalão a 12 anos e 7 meses de prisão. No entanto, ele fugiu para a Itália no segundo semestre do ano passado, quando o Supremo rejeitou recursos dos condenados no mensalão. Em fevereiro deste ano, ele foi descoberto pela polícia italiana e levado para prisão de Módena. No entanto, nesta semana, a justiça italiana negou ao Brasil a extradição de Pizzolato e ele foi solto na tarde da última terça-feira.
Alguém sabe porque a imprensa brasileira controlada pelo eixo Rio-São Paulo não divulgou a decisão completa da justiça Italiana sobre o Pizzolato?
A Jornalista Tereza Cruvinel revela outros dois motivos, além das más condições das prisões brasileiras, apontados pela Justiça italiana para não atender ao pedido do governo brasileiro de extraditar Henrique Pizzolato, condenado na Ação Penal 470, o 'mensalão', relatado pelo ex-ministro do Supremo Joaquim Barbosa; "O fato de não ter sido observado, no julgamento de Pizzolato pelo STF (bem como para os demais réus) o direito universal ao duplo grau de jurisdição e a ocorrência de omissão de provas apresentadas pela defesa", diz a jornalista; "Das três alegações da justiça italiana, a imprensa brasileira só tem mencionado uma. Por que será?", questiona ela; julgamento acumulou irregularidades que entretanto não despertam a indignação de quem não "suporta a injustiça". kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
kkkkkk, A PF nem o STF não apitam nada na Itália. Pizolato está gastando a grana que roubou do Brasil em alguma ilha do Pacífico rodeado lindas mulheres. Nós otários pagamos a conta com aumento de impostos, gasolina,etc.
Nomes consagrados da literatura e muita cabeça pensante em debates envolventes estão confirmados a partir da próxima quinta, 6 de novembro, no Festival Literário de Natal (Flin). O projeto é promovido pela Prefeitura do Natal, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Secult) e será realizado na Praça Augusto Severo, Ribeira, dentro da programação do Natal em Natal 2014.
Ronaldo Correia de Brito, Guilherme Wisnik, Arnaldo Antunes, Jorge Mautner, Ben Gil, Francisco Bosco , Antônio Cícero, Adriana Calcanhotto, Cid Campos, Eucanaã Ferraz, Francisco Alvim e Mário Magalhães são alguns nomes que estarão no cenário histórico do bairro da Ribeira para atiçar o caldeirão de ideias e escritas até o sábado, dia 8 de novembro.
O Festival Literário de Natal terá abordagens que transitam entre o romance e a memória, passando pelas biografias e ícones nacionais e potiguares, a arquitetura e vida editorial de Oscar Niemeyer e ainda o ineditismo em Natal da apresentação do espetáculo lítero-musical “Outra Hora da Estrela – Uma homenagem a Clarice Lispector”, além de uma exposição inédita do Instituto Moreira Sales.
Os grandes nomes das letras potiguares também estarão em destaque no Festival Literário de Natal. Estão confirmados Carlos Fialho, José de Castro, Juliano Freire, Regina Azevedo, Clotilde Tavares, Rafael Duarte, Sheyla Azevedo, o editor Abimael Silva, o poeta Falves Silva, Pablo Capistrano e Pedro Cavalcanti.
A programação na Tenda dos Escritores começa na quinta-feira, dia 6, às 14h00 com o “Concerto Leitura” com Ronaldo Correia de Brito. Ronaldo é um grande contista e romancista, dramaturgo, documentarista e psicanalista.
Ainda no primeiro dia, no “Espaço do Professor Leitor”, no auditório do Colégio Salesiano São José, haverá recitação da poesia “O Sonho Maluco”, do livro “O reino dos bichos”, de José Acaci, com Vívian Silva Araújo (3 anos de idade). No mesmo espaço, após a recitação da poesia, acontece a mesa “Os meus segredos com Capitú”, uma conversa com a mineira Ana Elisa Ribeiro.
Ela aborda questões de leitura, produção de textos e produção editorial, que fazem parte do universo de toda pessoa que convive num mundo letrado. Esse tema permeia todas as crônicas publicadas no livro “Meus segredos com Capitu”, da escritora mineira Ana Elisa Ribeiro, lançado em 2013 (Jovens Escribas).
Depois, às 15h45, tem “Uma leitura literária que mexeu com a minha cabeça”, com Miriam Dantas de Araújo, Manuel de Azevedo e Pablo Capistrano. Será uma conversa envolvendo dois escritores e uma professora que é leitora voraz. Cada um relatará a sua experiência com uma obra literária que marcou a sua vida de leitor. A apresentação sensível de três textos comoventes e dos seus respectivos autores, certamente, mobilizará os ouvintes a pensarem.
No Espaço Moacy Cirne, na Praça Augusto Severo, às 17h30, tem “Uma nova ficção: narrativas sobrenaturais potiguares”, com o editor Cleudivan Jânio (Editora CJA) e os autores Raniere Lopes e Rafael Marques.
Rafael Marques debate seu livro “Encontro Paranormal” onde traz uma atmosfera sufocante em meio ao desconhecido. Já Ranieri Lopes, autor de “A queda – O livro da Prisão”, conta uma história envolvendo um submundo habitado por grupos de anjos rivais. Ambos os autores foram publicados pela editora CJA.
Às 18h30 chega a vez do projeto “Vidas potiguares: biografias de Newton Navarro, Carlos Alexandre e Jesiel Figueiredo”, com José Correia (Editor da Caravela Cultural), Luana Ferreira , Sheyla Azevedo e Rafael Duarte (autores).
A proposta da editora Caravela Cultural para 2014 é das mais louváveis: reunir alguns dos melhores nomes do jornalismo local e produzir biografias de alguns vultos históricos de enorme envergadura e importância.
Debates literários na Tenda dos Escritores
A partir das 19h30, na tenda dos Escritores, começam as mesas literárias e os debates. O primeiro tema será “Oscar Niemeyer: arquitetura e literatura, duas artes em diálogo”, com Guilherme Wisnik e mediação de José Gaudêncio.
A mesma habilidade com a qual desenhou croquis e curvas de concreto, o mestre da arquitetura moderna, Oscar Niemeyer, escreveu contos, relatos, memórias, crônicas e romances que o revelaram um escritor exímio no trato da palavra.
A escrita leve e envolvente está presente em obras como Quase Memórias: Viagens, Casas onde morei, Sem rodeiros, O ser e a vida, Rio: de Província a Metrópole, Trecho de Nuvens, As Curvas do Tempo: Memórias, Diante do Nada, entre outros. Para conduzir essas interfaces artísticas na obra de Niemeyer, estará nada menos que um estudioso de sua obra, o urbanista, também arquiteto e filósofo Guilherme Wisnik.
A segunda mesa da noite traz o tema “Poesia: do modernismo ao pós-tudo,” com Arnaldo Antunes, Francisco Bosco e Antônio Cícero. Trata-se de três poetas-letristas que transitam entre o popular e o erudito, na canção e no verso, estarão debatendo a poesia brasileira sob o prisma das vanguardas, do modernismo ao concretismo, do pós-modernismo a Augusto de Campos e o Pós-Tudo.
Definindo-se com um “operário da palavra”, Arnaldo Antunes é sim um artista múltiplo. Poeta, compositor, músico, performer, o ex-Titãs é influenciado pelas ideias dos irmãos Augusto e Haroldo de Campos, e sempre fez poemas com preocupação visual e musicalidade.
A partir das 20h30 tem a última mesa do primeiro dia do Festival Literário de Natal, envolvendo Literatura e música em performance no “Musicapoesia”, com Adriana Calcanhotto e Cid Campos.
A cantora e compositora Adriana Calcanhotto sempre inseriu em seu repertório material proveniente da poesia escrita, ao lado de letras de sofisticada feitura. O poeta, músico e produtor Cid Campos, por sua vez, tem-se especializado na área da poemúsica, um diálogo que começou com “Poesia é Risco” (1995), ao lado de Augusto de Campos, e continuou em seus CDs – solos, “No Lago do Olho” (2001), “Fala da Palavra” (2004), “Crianças Crionças” (2009) e “Nem” (ainda a ser lançado), com textos seus e de outros autores.
Juntos estarão apresentando algumas de suas composições voltadas à musicalização de poesia, que vão do “nonsense” de Lewis Carroll e Edward Lear, do pós-simbolismo inovador do baiano Pedro Kilkerry e do português Mário de Sá-Carneiro, ousando poéticas radicais como o concretismo de Décio Pignatari, Augusto e Haroldo de Campos, até as mais novas contribuições da geração de Antonio Cícero e Arnaldo Antunes. “Musicapoesia” é uma espécie de ao show apresentado pela dupla apenas uma única vez em 2007, também aqui em Natal.
Confira segundo e terceiro dias do Festival Literário de Natal aqui
Gráficos disponíveis em páginas do Facebook mostram um aumento significativo no número de seguidores de grupos separatistas após o dia 25 de outubro, quando foi definido o resultado do segundo turno das eleições presidenciais do Brasil. Em entrevista ao Terra, Júlio César Bueno, 24 anos, presidente do Movimento São Paulo Independente (MSPI) desde o ano passado, disse que o resultado da votação despertou o sentimento de separatismo em eleitores do Sul e do Sudeste do País.
Apesar de a “divisão” do Brasil ter sido desmistificada pelo historiador econômico Thomas Conti, dados da rede social apontam que a página do MSPI ganhou 17,7 mil novas curtidas ao longo desta semana, o que representaria um crescimento de 267,3%. O Movimento O Sul é o Meu País chegou a atingir cerca de 273% de aumento no número de seguidores. De acordo com os gráficos disponibilizados pelo site, os maiores índices foram alcançados no dia seguinte às eleições.
“Ficou muito claro, pelo resultado final, que Dilma Rousseff teve uma votação muito mais expressiva em Estados e regiões que são mais atendidos por programas sociais. O Sul e o Sudeste, e ainda mais especificamente São Paulo, votaram massivamente em Aécio Neves. Não porque ele fosse o melhor, mas porque ele era a alternativa contra o PT. São Paulo repudia o PT. Como a população votou contra o partido e viu seu candidato não ser eleito, esse sentimento de independência passou a ser despertado em muitos paulistas”, afirmou Júlio, que é professor de história na rede estadual. O líder do MSPI acrescentou que, no Sul, o movimento separatista é um pouco mais organizado.
O movimento, que se diz “extrapartidário”, negou que tenha feito qualquer tipo de campanha para o candidato do PSDB. “Em momento algum. Também não pregamos em nossa página o voto anti-PT. Tentamos mostrar que nenhum deles era o ideal para São Paulo, mas é evidente que, entre os nossos adeptos, a maioria votou contra o PT”, explicou.
Quanto à postura do grupo como oposição nos próximos anos de governo de Dilma Rousseff, Júlio afirmou que o MSPI vai defender a democracia. “A gente precisa de um sistema democrático no Brasil para que o nosso movimento seja bem sucedido. Nosso receio é que o PT venha, neste governo, se encaminhar para um regime populista. Com as mudanças constitucionais que estão sendo propostas, tememos que o PT instale algo parecido com o bolivarianismo. Não acredito que vire uma Venezuela, mas seria um regime mais demagogo”, opinou.
O presidente do movimento rebateu acusações sobre preconceito e disse que a posição do grupo “de maneira alguma tem a ver com discriminação de origem”. “Não temos motivo para discriminar. O que queremos é poder governar em paz, que o Estado seja independente, mantendo relações diplomáticas com os demais”, afirmou. O professor alegou que São Paulo é responsável por 40% da arrecadação federal, porém, apenas 10% retorna à unidade federativa como investimento. Para Júlio, as demais regiões do Brasil só começarão a crescer quando o território paulista se separar. “Os estados pobres precisam aprender a caminhar com as próprias pernas”, finalizou.
Algumas páginas que também registraram crescimento maior a partir do dia 25 foram: Movimento República de São Paulo (8 mil novas curtidas, alta de 79,9%), a comunidade Separatismo (874 novas curtidas, alta de 1.680,8%), O Rio é o Meu País (1,8 mil novas curtidas, alta de 4%) e Estados Aliados de São Paulo (985 novas curtidas, alta de 119,9%). O Terra tentou contato com outros grupos, além do MSPI, mas, até a publicação desta matéria, não obteve resposta.
Pense numa bobagem. Se essa separação se desse, o nordeste gosse independente, em pouco tempo superariamos o sul cultivador de grãos. Logico que nao seria plantando milho. Nossas riquesas minerais, sem alguém que as levasse, daria independência. O norte, com o nióbio, por imprescindível na industria aeronáutica, seria riquíssimo. Pense que nem juntando sul e sudeste, alcançariam a riquesas do centro/norte. Agora, vir aqui, explorar, levar sem deixar e devolver "bolsas", não nos dá vantagem alguma mesmo. Sulista, inconformados por decenderem de degradados e, insatisfeitos por se acharem diferentes. Lamentável.
O pessimismo toma conta das análises internacionais sobre o segundo governo Dilma Rousseff. Nesta semana, o banco suíço UBS enviou aos seus clientes um relatório com o título “Things will get worse” (As coisas vão piorar). O relatório, ressalte-se, foi produzido em Genebra e não pela turma do banco em São Paulo.
O relatório não recomenda investimentos no Brasil. Afirma que, mesmo com novos integrantes, a equipe econômica de Dilma não terá condições de colocar o Brasil no rumo certo.
Ainda bem, para o banco, que a opinião foi dada pós-eleição. Em julho, o Santander demitiu, depois de muita pressão, uma funcionária que escreveu um relatório para clientes relacionando a subida de Dilma nas pesquisas de intenção de voto à piora da economia brasileira.
Após conversa na manhã desta sexta-feira, 31, com o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), adotou um tom apaziguador no discurso com o Palácio do Planalto. Alves disse que é hora de todos manterem a “serenidade” porque 2015 “será muito difícil”.
Preocupado com as votações onerosas para o governo, Berzoini reiterou hoje as preocupações já manifestadas ontem pelo ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. O Planalto quer acompanhar os projetos que estão em pauta na Casa e pede que o clima de diálogo entre Executivo e Parlamento seja mantido. “(O diálogo) é necessário mais do que nunca, a economia e a política exigem. É hora de muita serenidade, de todos. O ano de 2015 será muito difícil”, comentou Alves.
O presidente da Câmara reafirmou a intenção de votar as Propostas de Emenda à Constituição (PEC) que aumentam os repasses da União ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e o texto aprovado no Senado do Orçamento Impositivo – que obriga a execução no Orçamento da União de emendas dos parlamentares até o limite de 1,2% da receita corrente líquida do ano anterior. As duas propostas já entraram na pauta de votações da próxima semana.
Na semana em que a Câmara derrotou o governo sustando os efeitos do decreto presidencial dos conselhos populares, Alves elogiou a retomada de diálogo com o Executivo. “Foi um bom clima de diálogo mesmo. O País precisa disso”, disse Alves.
O amplo gabinete na cobertura do ‘Máscara Negra’ – apelido da sede da Polícia Federal em Brasília – dá uma vista ‘vazada’ para o Lago Sul, no horizonte, e outra para o agitado setor de Autarquias Sul. Condecorações à instituição espalham-se por móveis estrategicamente distanciados para o fluxo da equipe, e o jovem ocupante do gabinete não dispensa os trejeitos gaúchos: saúda o visitante com um ‘Tchê’ e oferece chimarrão.
Engana-se quem considera o ambiente silencioso uma isolada ilha no coração de Brasília. Qualquer visitante é monitorado por câmeras desde o térreo até a antessala. É um bunker onde o diretor-geral da Polícia Federal, delegado Leandro Daiello Coimbra, comanda uma corporação com 14 mil policiais e mais de 2 mil delegados.
Hoje, há 146.035 investigações em andamento na PF, número exato passado pelo próprio Daiello. Avesso a entrevistas – ‘não existe mais o papel de Xerife’, diz o delegado que prega a importância da coletividade – o diretor-geral abre exceção e fala à Coluna sobre uma gama de assuntos: da interface com o FBI no combate a crimes cibernéticos e financeiros – A PF capturou 43 foragidos internacionais só este ano – do plano de realizar concursos anuais para as carreiras, da implantação do inquérito eletrônico em 2015, do investimento em equipamentos novos para policiais e – atentai, corruptos e bandidos de colarinho branco, de quaisquer esferas de Poder – Daiello revela que há ‘200 investigações especiais em andamento’. Em que área? ‘Grande parte delas no combate à corrupção’.
A Polícia Federal acaba de conquistar um certificado internacional de qualidade pelo Instituto Nacional de Criminalística (INC). Como isso pode facilitar o trabalho da PF?
Essa acreditação faz com que os resultados dos exames obtidos pelos nossos laboratórios sejam reconhecidos internacionalmente, adequando-se à tendência mundial de certificação de laboratórios forenses. Um exemplo prático é o compartilhamento internacional de perfis genéticos gerados pelo laboratório de DNA em casos específicos, que poderão ser confrontados com bancos de DNA de outros países via Interpol, expandindo a capacidade de investigação da PF.
Significa que o Sistema de Gestão da Qualidade implementado pelos laboratórios do INC foi avaliado por uma instituição externa, isenta e independente, que verificou o cumprimento dos requisitos que garantem a rastreabilidade e a cadeia de custódia desde o recebimento dos vestígios até a emissão do laudo pericial.
Também reforça a posição de vanguarda da Polícia Federal em políticas de segurança pública no Brasil. O certificado de acreditação na norma internacional ISO/IEC 17025:2005 foi concedido pela ANSI-ASQ (National Accreditation Board/FQS Forensic Accreditation) aos laboratórios da área de Perícias em Genética Forenses da Polícia Federal e do Serviço de Perícias de Laboratórios do Instituto Nacional de Criminalística da PF, que são os primeiros laboratórios forenses do país acreditados e os primeiros da América Latina acreditados por um organismo internacional.
É resultado do projeto de cooperação internacional celebrado em 2012 entre a PF e o International Criminal Investigative Training Assistance Program (ICITAP).
Em que âmbitos se dão hoje as interfaces da PF com o FBI e a Interpol?
Com o FBI, seguramente nas áreas de crimes cibernéticos, terrorismo e crimes financeiros, além de constantes intercâmbios no que se refere a treinamento e capacitação. Em relação à Interpol, a PF é a representante brasileira nessa relevante instituição, estrategicamente importante no combate à criminalidade transnacional pela capacidade de troca rápida de informações entre os países membros.
Como e em que áreas a PF mais tem contribuído com outros países em investigações?
A PF tem contribuído com a captura de foragidos internacionais (só neste ano foram 43), levantamento de dados para instrução de investigações, tais como patrimônio, antecedentes criminais etc., e, principalmente, como o nosso expressivo número de prisões e apreensões de drogas. Vale também destacar os nossos esforços no combate ao tráfico de pessoas, corrupção, pornografia infantil e crimes ambientais.
É fato a demanda de anos da corporação, por parte de agentes e delegados, por benefícios. Evidentemente isso causa um embate natural entre carreiras. Como o diretor-geral controla essa situação internamente a fim de manter a disciplina e o foco dos trabalhos?
Importante ressaltar que o Diretor-Geral deve manter sempre uma postura de equilíbrio no que se refere às demandas das carreiras da Polícia Federal. Recentemente, apoiamos e trabalhamos para a edição da MP que garantiu aos agentes, escrivães e papiloscopistas a recomposição salarial e o reconhecimento do nível superior de suas atividades.
Ao mesmo tempo, concentramos esforços para a edição da MP que dá mais autonomia à PF, ao reconhecer a ocupação da Direção-Geral por um Delegado Federal posicionado na classe especial e também ao prever a participação da OAB no concurso para Delegado de Polícia Federal. Essas medidas legislativas fortalecem ainda mais a instituição que desponta no cenário nacional como uma das mais bem avaliadas pela sociedade brasileira.
Os agentes da PF, em especial a FENAPEF, criticam a existência e a condução do inquérito, e também os delegados por serem, segundo a entidade, carreira existente apenas no Brasil. Isso é fato?
Essencial observar que o Inquérito não tem por objetivo a condenação das pessoas, mas sim, a apuração dos fatos com estrito respeito ao Devido Processo Legal e aos Direitos e Garantias Fundamentais dos investigados. Seu formalismo e o modo imparcial como ele é conduzido pelo Delegado de Polícia possuem amparo na Constituição Federal e representam a certeza que não se fará qualquer investigação fora dos rígidos controles do inquérito.
Ele também existe em outros países, com nomes diversos, onde as investigações são formalizadas, as provas são colhidas e juntadas para permitir o estrito cumprimento da lei. Mudar o nome não irá alterar a sua natureza.
A PF tem conseguido suprir investigações com pessoal e equipamentos no combate a crimes financeiros ou há gargalos a serem sanados para melhorar os trabalhos?
Sim, temos conseguido suprir essa demanda. Inclusive recentemente foi criada uma Operação Permanente, com mobilização de policiais das unidades regionais, com vistas a suprir justamente as necessidades de pessoal especializado nas investigações de crimes financeiros e desvio de recursos públicos.
Como é a atuação na fronteira hoje? Há alguma região prioritária?
Atualmente as turmas formadas na Academia Nacional de Polícia têm como destino inicial as unidades de fronteira, principalmente calha Norte, e com o recente Decreto Presidencial que criou o mecanismo de abertura de concurso sempre que houver 5% de cargos vagos a lotação de servidores nas fronteiras poderá ser constantemente mantida e incrementada.
O que se pode esperar para concursos da corporação para os próximos anos?
A publicação do Decreto n. 8.326/2014 pela Presidência da República que permitiu ao Diretor-Geral a realização de concurso sempre que houver 5% de cargos vagos, implicará na possibilidade de planejamento do ingresso de novos servidores nos próximos anos na Polícia Federal, bem como na perspectiva de preenchimento dos cargos atualmente vagos. O objetivo do órgão é preencher esses cargos no menor tempo possível, porém, sem perder a excelência na formação dos novos profissionais.
Assim, a Polícia Federal poderá realizar concursos regulares nos próximos anos, o que refletirá numa melhor prestação de serviços à sociedade, uma vez que tais medidas impactam na melhoria da seleção, da formação, na distribuição de efetivo, na capacitação de servidores, no planejamento da logística e no desenvolvimento dos servidores na respectiva carreira.
Os agentes e delegados passaram a receber ultrabooks como parte de seus equipamentos de trabalho. O que são e como os aparelhos podem facilitar a operação diária?
A PF tem investido continuamente na modernização de sua estrutura de tecnologia da informação para apoio ao desempenho da atividade policial. Para pleno usufruto desse ferramental, faz-se necessário dar-lhe mobilidade compatível com o tipo de atuação requerida ao Policial Federal, permitindo a ele a consulta às bases de informação, mecanismos de comunicação e demais ferramentas de apoio mesmo quando em campo.
Além disso, a aquisição dos ultrabooks reduz o custo de suporte e manutenção dos computadores (desktops) obsoletos, o que onera os cofres públicos e terá os valores compensados pela redução do número de estações de trabalho fixas posto que os ultrabooks possuirão estações de ancoragem que permitirão a conexão, de forma ágil, a monitores e teclados convencionais para melhor utilização quando em escritório.
O que pode adiantar sobre o desenvolvimento do software E-Pol para a implementação do inquérito eletrônico, em elaboração com professores da Universidade Federal de Campina Grande (PB)?
O projeto E-Pol encontra-se na fase de implantação da versão Alpha do sistema, ou seja, a versão inicial com todas as funcionalidades necessárias a realização das investigações da Polícia Federal já está sendo testada na Delegacia de Policia Federal em Campina Grande. A previsão inicial para a implementação nacional é no decorrer de 2015, finalizando o treinamento e ajustes até o final desse ano.
O sistema E-POL (Polícia Federal) estará interligado aos sistemas P-JE (Poder Judiciário) e o Único (Ministério Público Federal), cujo objetivo é possibilitar que todo o procedimento de apuração criminal nacional possa ser controlado e auditado em todo o território nacional. As vantagens da implantação do sistema vão desde uma uniformização e unificação de todos os dados, como também da aplicação de um sistema de BI – Business Intelligence, que auxiliará na analise e cruzamento de dados de todas as investigações da Policia Federal.
O sistema será capaz de pesquisar e verificar no momento de inserção de dados se existem informações pré-existentes de investigações já em curso no território nacional que envolvam os mesmos autores e o modus operandi das quadrilhas, informação compartimentada e restrita aos policiais que participam dessas investigações, resguardado o sigilo dos demais dados.
Há notícias divulgadas de que a PF atualmente comanda cerca de 100 mil inquéritos no País, sobre variados crimes. Há pessoal suficiente para tanto?
Existem hoje em andamento no território nacional 146.035 (cento e quarenta e seis mil e trinta e cinco) investigações para um efetivo de mais de 14 mil policiais e administrativos. A constante abertura de concursos públicos nos últimos anos que será ampliada em razão da obtenção, pela Polícia Federal, da autonomia na abertura de novos certames, deverá tornar ainda mais eficiente a condução das investigações criminais pelas autoridades policiais pelo aumento do efetivo.
Quantas são atualmente as investigações em andamento de combate à corrupção no País?
Temos aproximadamente 200 investigações especiais em andamento, grande parte delas no combate à corrupção. A corrupção é mais que desvio de verbas públicas. Nessas investigações somam-se as referentes a sonegação fiscal, crimes previdenciários, financeiros e de lavagem de ativos.
O senador eleito José Serra (PSDB-SP) depôs na quinta-feira na Polícia Federal (PF) de São Paulo no inquérito que investiga o cartel dos trens do Metrô paulista. A PF não divulga detalhes do que Serra disse em seu depoimento, alegando que “enquanto o inquérito estiver em andamento, nenhuma informação pode ser divulgada”, segundo informações da assessoria de comunicação do órgão divulgadas nesta sexta-feira.
Serra, no entanto, teria dito que no período em que foi governador (de 2006 a 2010), nenhuma empresa foi beneficiada no sistema metroferroviário do Estado. Procurada, a assessoria de imprensa do senador eleito também disse não ter detalhes do depoimento.
O ex-governador foi intimado para depor porque um executivo da Siemens, Nelson Branco Marchetti, teria dito que num encontro na Holanda no ano de 2008, o então governador Serra teria dito que se a multinacional alemã fosse à Justiça contra licitação vencida pela empresa espanhola CAF, ele anularia a concorrência, porque o preço da Siemens era 15% maior.
O executivo da empresa alemã disse que no edital havia uma exigência de um capital social integralizado que a CAF não possuía e que, mesmo assim, Serra e seus secretários fizeram de tudo para defender a CAF. Serra teria dito na PF que a sua preocupação era preservar o erário, já que a CAF venceu a concorrência pelo critério de menor preço. A CAF, contudo, é citada na denúncia do cartel de trens de São Paulo como integrante do esquema de corrupção que funcionaria no sistema de trens desde 1996, nos governos de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, todos do PSDB.
DOIS PESO E DUAS MEDIDAS?
A PF não divulga detalhes do que Serra disse em seu depoimento, alegando que “enquanto o inquérito estiver em andamento, nenhuma informação pode ser divulgada”
QUÁ, QUÁ, QUÁ…
Que besteirinha, são so 20 anos de corrupção sem nenhuma investigação e ninguém preso.
Um procurador que esquece pedidos de cooperação da justiça da Suíça em uma gaveta profunda (qualquer semelhança com o Engavetador Geral da República dos tempos de FHC não é mera coincidência).
Esse é o modus operandi do PSDB que alguns histéricos acreditam que vai combater a corrupção.
Sabem de nada inocentes.
A pressão vem de duas frentes. No Superior Tribunal de Justiça (STJ), uma subprocuradora geral da República conseguiu uma liminar para ela e seu marido receberem – os dois – auxílio-moradia. No Conselho Nacional de Justiça (CNJ), um requerimento administrativo foi protocolado na quinta-feira (30) para garantir a juízes casados o recebimento – por ambos – do benefício. O argumento é semelhante: sendo o auxílio uma verba de caráter indenizatório, não haveria por que um dos integrantes do casal ficar sem receber.
Depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux deu liminar em favor dos juízes, os conselhos Nacional de Justiça (CNJ) e do Ministério Público e a Defensoria Pública da União (DPU) editaram resoluções estabelecendo as regras para o pagamento do benefício.
Juízes e procuradores que morassem em imóvel funcional não poderiam receber. Também não receberiam o benefício os juízes, membros do MP e defensores que morassem com alguém que também receba o auxílio. E é contra esta última restrição o mais recente movimento corporativista.
No STJ, a estratégia começou a ter sucesso. Uma subprocuradora da República reclamou (RE 21.763) que a resolução do CNMP afrontava uma decisão do próprio Superior Tribunal de Justiça que garantiu a ela o recebimento de outro benefício – ajuda de custo – simultaneamente com seu marido.
Relator do processo, o ministro Napoleão Nunes Maia garantiu o pagamento duplicado. Argumentou que a decisão do ministro Luiz Fux estabeleceu somente uma restrição ao recebimento do auxílio-moradia: não poderia receber o juiz que morasse em imóvel funcional. As resoluções do CNJ, CNMP e DPU criaram outros limites. Pela decisão do ministro Napoleão Nunes Maia, essas restrições não poderiam ser impostas.
Na outra frente, mas citando esta decisão do STJ, três associações da magistratura foram ontem (30/10) ao CNJ tentar flexibilizar a regra do pagamento do auxílio. A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) apresentaram ao CNJ requerimento administrativo para alterar a resolução 199 deste ano sob o argumento de que há uma discriminação injustificada contra juízes que são casados entre si.
“A restrição acima destacada — vedando o pagamento do auxílio-moradia a quem ‘perceber, ou pessoa com quem resida, vantagem da mesma natureza de qualquer órgão da administração pública, salvo se o cônjuge ou companheiro(a) mantiver residência em outra localidade’ (artigo 3º, IV, da Resolução CNJ n. 199) — não se justifica, engendrando inadvertida discriminação indireta em detrimento de conviventes ligados à Magistratura ou à magistratura e ao Ministério Público”, argumentam as associações no requerimento.
O auxílio-moradia foi aprovado sob críticas de ser o benefício um tipo disfarçado de aumento salarial, negado pelo Executivo ao Judiciário devido às restrições fiscais. O movimento corporativista, para o bem ou para o mal, ajuda a corroborar essa visão.
Enquanto isso um aposentado que contribuiu para receber dez salarios minimos recebe o mesmo que esses bandidos recebem de auxílio moradia,em torno de quatro mil reais.
Com 20% da floresta desmatada outros 20% degradados, a floresta amazônica já começa a falhar em seu papel de regulação do clima da América do Sul, diz o biogeoquímico Antonio Nobre, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
A pedido de ONGs ambientalistas coordenadas pela ARA (Articulação Regional Amazônica), Nobre publicou um relatório revisando 200 estudos sobre o cenário de pesquisa na área, e concluiu que a floresta já dá sinais de desgaste em seu papel de bombear umidade do oceano para o interior da América do Sul, entre outros problemas.
O papel de “bomba d’água biótica” que a floresta exerce, demonstrado por trabalhos anteriores do próprio Nobre, pode estar em risco.
A consequência disso, afirma o cientista, é que chuvas dentro do bioma e também num polígono ao sul do continente, a leste dos Andes, podem não chegar com a mesma regularidade.
Para reverter a situação, Nobre diz que a solução é não apenas parar o desmatamento mas também iniciar um amplo processo de reflorestamento, pois a seca que a região Sudeste vive hoje já pode ser resultado da destruição da Amazônia.
Nobre diz ter ficado “assombrado” com a quantidade de evidências recentes que encontrou para esse fenômeno em estudos de revisão publicados em revistas científicas indexadas. Mas preferiu publicar suas conclusões primeiro em um relatório em linguagem voltada ao público em geral.
“Falar disso para os cientistas é meio como pregar o pai-nosso para o vigário”, disse Nobre ontem num evento em São Paulo, onde o trabalho foi lançado. A decisão de publicar um estudo em linguagem acessível também se deu por uma vontade de prestar contas de suas pesquisa à sociedade, diz o cientista.
“É uma decisão arriscada da minha parte, mas o ‘peer review’ [sistema de revisões independentes adotado por revistas científicas técnicas] dificulta muito esse tipo de analise integrativa”, afirmou.
O relatório de Nobre, intitulado “O Futuro Climático da Amazônia”, cita trabalhos mais atualizados do que aqueles apresentados no último relatório do IPCC (painel do clima da ONU), por exemplo, que não previa problemas tão graves na região.
SAVANIZAÇÃO
O painel foi mais reticente em afirmar, por exemplo, que a Amazônia pode se transformar em uma savana no futuro, impulsionada pelo aquecimento global, conclusão antes tida como mais segura.
“Como nenhum modelo climático atual incorpora os mecanismos e os efeitos previstos pela teoria da bomba biótica de umidade, principalmente nos potenciais efeitos das mudanças na circulação do vento, suas projeções podem ser incertas”, escreve Nobre no relatório.
Para o cientista, outro fator também vinha sendo subestimado em alguns modelos matemáticos que tentam reproduzir a interação entre a floresta e o clima: a degradação florestal, os trechos de vegetação que já perderam boa parte de suas árvores e sua biodiversidade, mas que aparecem como floresta intacta em fotos de satélites.
Isso faz com que 40% da floresta esteja prejudicada em diferentes níveis, porcentagem similar à que alguns estudos previam como o ponto de virada no qual a floresta não mais conseguiria se sustentar sozinha, incapaz de garantir a própria umidade.
“A gente já está chegando nesse ‘tipping point’, e a capacidade de compensação do sistema não está mais aguentando”, diz.
Deixa de ser burro, rapaz. Precipitação nenhuma "enche oceano". As precipitações que ocorrem na região amazônica são consequência do próprio ciclo da região.
Com o desinteresse do governo com as causas ambientais, brevemente teremos uma grande área na região amazônica totalmente degradada. Os sinais já começaram a serem percebidos.
O Outback Steakhouse inaugurará seu primeiro restaurante em Natal e, para isso, inicia o processo de seleção de sua equipe na cidade. De 3 a 14 de novembro, de segunda a sexta-feira, os interessados em trabalhar na rede devem comparecer ao Auditório do Shopping Midway Mall – 6º piso, das 9h às 17h, com RG, carteira de trabalho e foto 3×4, para preencher uma ficha de inscrição e participar da primeira entrevista. As vagas são para as funções de atendente de restaurante e bar, recepcionista, auxiliar de limpeza e auxiliar de cozinha. Há oportunidades destinadas também a pessoas com deficiência e jovens aprendizes.
Os candidatos podem ser homens ou mulheres com mais de 18 anos, preferencialmente estudantes (universitários ou pessoas com ensino médio/técnico completo ou cursando), que tenham disponibilidade de horário, inclusive para finais de semana e feriados. A rede procura pessoas dedicadas, com perfil dinâmico e vontade de crescer. Não é necessário ter experiência anterior. Os outbackers selecionados após estas etapas passam por um treinamento no restaurante.
Processo de seleção – 130 vagas – Outback Shopping Midway Mall
Período: 3 a 14 de novembro (de segunda a sexta-feira)
Documentos necessários: RG, carteira de trabalho e foto 3×4 para preencher uma ficha de inscrição e participar da primeira entrevista.
Cargos disponíveis: atendentes de restaurante e bar, recepcionistas, auxiliares de cozinha e auxiliares de limpeza. Há vagas destinadas para pessoas com deficiência e jovens aprendizes. Há oportunidades destinadas também a pessoas com deficiência e jovens aprendizes.
Requisitos: ensino médio cursando ou completo; disponibilidade de horário, inclusive aos finais de semana e feriados; segundo idioma será um diferencial.
Faixa etária: maiores de 18 anos.
Remuneração: variável de acordo com o cargo exercido e as horas trabalhadas.
Benefícios: vale-transporte, refeição no local, seguro saúde e seguro odontológico (os dois últimos após o período de experiência).
Etapas do processo seletivo e duração: Durante o processo seletivo os candidatos passam por entrevistas e provas específicas da rede de acordo com o cargo pretendido.
Xuxa Meneghel venceu o processo que movia contra a Rede Record desde 2012, quando fotos sensuais feitas por ela há mais de vinte anos foram exibidas sem autorização no extinto Programa do Gugu. A emissora, que ainda pode entrar com recurso para reduzir o valor a ser pago, foi condenada a indenizar a apresentadora em 100.000 reais por dano moral e ainda terá de pagar uma quantia a mais pelos danos materiais, que deverá girar em torno da casa dos sete dígitos, segundo o advogado de Xuxa, Maurício Lopes.
Na ocasião em questão, uma foto de um ensaio realizado pela apresentadora para a revista PLAYBOY foi exibida no quadro “Incríveis transformações de famosas”, no programa de Gugu. A imagem ainda era comparada com uma mais atual, que mostrava Xuxa completamente vestida. Até a publicação desta nota, a Record não havia decidido se entraria com recurso na Justiça.
Xuxa ainda briga na Justiça em outros três processos. Em um deles, já encerrado, a Rede Bandeirantes foi condenada a pagar 2,4 milhões de reais também por exibir fotos íntimas sem autorização, durante o programa Atualíssima, de Leão Lobo. Segundo o advogado da apresentadora, a emissora já assegurou que vai pagar a quantia.
O Brasil está mais perto de desenvolver sua própria terapia contra o câncer, numa batalha em que o país ainda é coadjuvante, já que ela requer investimento às vezes bilionário e alta tecnologia. Mas uma pesquisa realizada integralmente em solo brasileiro pelo Instituto Butantan, de São Paulo, está prestes a entrar na última fase e gera grande expectativa entre cientistas. Inclusive porque a arma de combate ao câncer é um tanto inusitada e foi descoberta por acaso: uma molécula extraída da saliva do carrapato-estrela com ação contra tumores do tipo melanoma (pele), pâncreas e renais.
— O diferencial desta abordagem é que conseguimos matar as células tumorais, sem oferecer perigo para as células saudáveis — comentou Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, responsável pelo Laboratório de Bioquímica e Biofísica do Instituto Buta
A pesquisa, que vem sendo realizada há mais de uma década, pedirá agora autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para experimentar a molécula em humanos, na fase chamada teste clínico. Isso significa que ela foi reconhecidamente bem-sucedida em todas as outras etapas, quer dizer, em testes in vitro em laboratório, em animais e em células humanas. Em geral, a grande maioria das pesquisas com foco terapêutico empaca na fase de testes com animais.
ASSÉDIO DE GRUPOS DE PESQUISA
Ana Marisa Chudzinski-Tavassi não esconde a animação com o progresso desse projeto e conta que vem sendo assediada por toda parte:
— Confesso que está bem legal. Empresas e universidade do Brasil e de outros países estão fazendo contato. Há colaboração de muita gente.
A pesquisadora lembra que o processo começou despretensiosamente em 2003, quando uma aluna de mestrado passou a estudar a bioquímica do carrapato-estrela (Amblyoma cajennense), que pode transmitir a febre maculosa, uma doença mais comum na zona rural. Na ocasião, eles buscavam novos agentes para inibir a coagulação sanguínea e sabiam que o carrapato, por se um parasita que se alimenta de sangue (hematófago), provavelmente teria componentes eficientes para a tarefa.
Durante as análises do sequenciamento genético da espécie, eles se depararam com uma molécula na glândula salivar do aracnídeo que tinha esta característica e que ainda não havia sido descrita na literatura médica. Com mais estudos de sua estrutura, descobriram que ela integrava uma classe que já estava sendo descrita em outros estudos como capaz de inibir a proliferação celular. Foi quando a pesquisa mudou o foco e passou a investir energia para analisar sua ação contra os tumores.
O Instituto Butantan firmou uma parceria com a empresa brasileira União Química Farmacêutica com o objetivo de desenvolver uma fórmula para ser utilizada nos testes. A molécula já não era mais extraída do carrapato, mas produzida em larga escala em laboratório por meio de um sistema de expressão de proteínas recombinantes, ou seja, manipulando bactérias ou leveduras para imitar suas propriedades. Os pesquisadores obtiveram ainda a patente da molécula, batizada de Amblyomin-X, registrada no Instituto de Propriedade Industrial (INPI). Além disso, o estudo está sob proteção do Patent Cooperation Treaty (PCT).
— Isso nos deu mais segurança para trabalhar sem pressa e, inicialmente, num processo sigiloso, já que a molécula tem este grande potencial terapêutico. Fomos divulgando as informações aos poucos — explica Ana Marisa.
A pesquisa custou até o momento em torno de R$ 20 milhões, investidos pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico (CNPQ) e, principalmente, o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). Caso seja aprovada para testes em humanos, o montante empregado será bem maior, mas ainda não há uma estimativa. A título de comparação, em grandes indústrias farmacêuticas internacionais, o desenvolvimento de novas drogas contra o câncer pode superar US$ 1 bilhão.
— Nem 1% dos ensaios básicos de laboratório chega ao paciente. Por isso, é realmente um grande passo — avaliou o farmacêutico Robson Monteiro, professor associado do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ. — Será muito interessante se tiver sucesso em humanos, principalmente porque todos os processos estão sendo feitos no Brasil, desde a demonstração da molécula na saliva até sua produção artificial e a conclusão dos testes pré-clínicos.
Monteiro integra o Laboratório de Trombose e Câncer da universidade e também trabalha com os hematófagos, grupo que inclui ainda morcegos, sanguessugas e alguns insetos. O laboratório, por exemplo, já analisou a molécula ixolaris, presente em outra espécie de carrapato, que apresentou efeito contra a trombose e o câncer.
— Tivemos resultados positivos, mas neste caso não avançamos para testes em humanos, porque isto demandaria produção em larga escala da proteína. Além disso, o National Institute of Health (NIH), dos Estados Unidos, já tinha a patente da molécula — afirma Monteiro, que defende a pesquisa com os hematófagos. — Esses seres têm moléculas muito diferentes e interessantes. Algumas propriedades já foram verificadas, como a antitrombótica, mas certamente há outras ainda a serem descobertas — anima-se.
Monteiro também explica que a trombose e o câncer têm estreita relação: por um lado, pacientes com câncer têm mais propensão à trombose (que é a coagulação dentro dos vasos sanguíneos), e a ocorrência de trombose durante o câncer faz com que o tumor se torne mais agressivo. Esse conhecimento, agora com as novas informações da pesquisa do Butantan, podem abrir uma nova linha de pesquisa.
Apesar da empolgação dos cientistas, os testes em humanos são uma fase tão arriscada quanto as demais e podem não surtir o efeito desejado. Mas, até agora, os testes tiveram bons resultados quando avaliados em camundongos e, depois, em animais mais complexos, como coelhos.
MECANISMO AINDA MISTERIOSO
Nesta etapa, a fórmula foi testada em animais saudáveis e com câncer. Os pesquisadores notaram que ela tinha ação apenas nos animais doentes, enquanto que nos demais a substância era eliminada pela urina. Além disso, a reação só ocorria em células tumorais, sem qualquer efeito sobre as normais. As cobaias começavam a melhorar depois de 14 dias de injeções diárias, e os tumores desapareciam após cerca de 40 dias de tratamento. Os mamíferos foram acompanhados por seis meses, período em que não houve recidiva, ou seja, a volta do tumor maligno. Os cientistas descobriram que a Amblyomin-X consegue inibir, dentro da célula, o chamado proteassomo, estrutura responsável pela “limpeza celular”. E essa inibição leva à morte das células, no caso, das tumorais.
— Como a molécula faz essa seleção entre a célula tumoral e a normal ainda está sendo estudado. Precisamos desvendar este mecanismo — diz Ana Marisa.
O motivo por que ela teve ação sobre tipos específicos de câncer foi uma escolha dos próprios pesquisadores, que decidiram focar naqueles de mais difícil tratamento, como o de pâncreas. De difícil detecção e comportamento bastante agressivo, este tipo de tumor apresenta alta taxa de mortalidade. No Brasil, 7.726 pessoas morreram em 2011 por causa dele, segundo os dados mais atualizados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Em Içara, no sul de Santa Catarina, uma urna quebrou durante a votação do primeiro turno e 287 votos foram perdidos. Por se sentir prejudicado, o deputado estadual Dóia Guglielmi (PSDB), que não se reelegeu por apenas 38 votos, recorreu à Justiça Eleitoral. No último dia 15, a juíza Bárbara Thomaselli acatou o pedido. “Tudo leva a crer que a contagem de todos os votos modifique a situação de Guglielmi”, disse. As informações são da Folha de S. Paulo.
De acordo com o jornal, o deputado – que, com 4.489 votos, foi o mais votado na cidade – teve uma média de exatos 38 votos nas outras três seções da escola da urna que apresentou problemas – 32, 40 e 42, respectivamente. Quem acabou eleito pela coligação foi o ex-deputado federal Dr. Vicente (PSDB), que teve apenas três votos no município.
Neste sábado, 1º de novembro, Jorge Aragão desembarca na capital potiguar para comandar uma noite regada a muita festa, alegria e samba, com as bandas Patusco (PE), Mesa 12 e Samvibe. O show começa a partir das 19:30h, na Arena das Dunas. No repertório estarão as canções mais conhecidas do público, como Eu e Você Sempre, Falsa Consideração, Elevador, Identidade, Conselho, Loucuras de Uma Paixão, Coisa de Pele, Papel de Pão, entre várias outras.
O evento terá as opções de pista e área VIP, esta com um pavilhão coberto próximo ao palco. Os últimos ingressos estão à venda na WM Collection Midway Mall. Mais informações no site www.telepesquisa.com.br.
Sobre Jorge Aragão:
Jorge Aragão foi integrante do grupo Fundo de Quintal e um de seus principais compositores e letristas. Possui uma carreira repleta de sucessos e é um dos músicos mais executados pelos sambistas do Brasil. Quase todos os grandes intérpretes de samba (Beth Carvalho, Alcione, Zeca Pagodinho, Martinho da Vila) têm canções de Jorge Aragão em seu repertório. São mais de 40 anos dedicados ao samba.
Serviço
Atrações: Jorge Aragão, Patusco, Mesa 12 e Samvibe
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