Política

Petistas estimulam tese fantasiosa de que facada de Adélio em Bolsonaro foi forjada

Foto: Raysa Campos Leite/Reuters

Parlamentares e dirigentes do PT estão emulando nas redes sociais a fantasiosa tese de que a tentativa de assassinato de Jair Bolsonaro em 6 de setembro de 2018 pode ter sido um atentado falso, forjado pelo próprio candidato à Presidência com o objetivo de ser eleito.

A suposição é insinuada em 1 hora e 44 minutos de um documentário lançado no sábado (11) pelo site Brasil 247, alinhado ao PT. No título, a acusação é feita de forma direta —”Bolsonaro e Adélio, Uma Fakeada no Coração do Brasil”.

A Polícia Federal concluiu, em duas investigações, que Adélio Bispo de Oliveira agiu sozinho, sem nenhuma evidência real de que tenha sido auxiliado por outras pessoas ou obedecido a um mandante. O inquérito mais recente tem nove volumes e 1.908 folhas.

Adélio sempre disse que agiu a mando de Deus, para tentar livrar o Brasil da vitória de Bolsonaro, que via como uma ameaça.

Considerado inimputável pela Justiça mediante diagnóstico de que ele tem transtorno mental que o incapacita de entender o caráter de crime que cometeu, ele cumpre medida de segurança na penitenciária federal de Campo Grande (MS).

O documentário do Brasil 247 tem como autor o jornalista Joaquim de Carvalho, que viajou a Minas Gerais e Santa Catarina e entrevistou personagens do episódio, entre outros elementos de apuração. Até as 22h desta quarta (15) somava cerca de 850 mil visualizações no YouTube.

Além de destacar informação falsa —a de que Adélio Bispo de Oliveira foi filiado ao PSD—, o documentário recorre a uma série de teorias da conspiração que pululam na internet, a maioria delas investigadas e descartadas pela Polícia Federal ou pela simples ausência de lógica, e as associa a outras de lavra própria para chegar a ilações sem qualquer comprovação, várias delas contraditórias umas com as outras.

“O documentário deixa evidente que o episódio e seu contexto têm muitos pontos sombrios, que aumentaram ainda mais as muitas dúvidas que eu já nutria sobre o fato”, disse à Folha o deputado Bohn Gass (RS), líder da bancada do PT na Câmara.

Em suas redes sociais, ele elogiou o documentário e pediu a seus seguidores que o assistam.

Ele não respondeu à pergunta sobre se o PT não estaria agindo, nesse caso, de maneira similar a uma das principais características do bolsonarismo, a de espalhar contra adversários fake news e teorias da conspiração da internet que não encontram qualquer lastro na realidade.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) escreveu que “o jornalismo cumpre papel importante ao investigar o caso das facadas”. À Folha afirmou que o caso causa dúvida em boa parte da população.

“Sempre acredito na vítima. Por esse motivo, naquele momento manifestei minha solidariedade ao atingido. Mas acreditava que existiria uma investigação mais profunda sobre o autor. O fato dele frequentar o clube de tiro dos filhos nunca foi respondido. Independente do documentário, avalio que isso gera suspeita fundamentada.”

Ela se refere ao fato conhecido de Adélio ter ido meses antes, por alguns dias, a um local de Santa Catarina também frequentado por dois filhos de Bolsonaro, Carlos e Eduardo, a “.38 Clube e Escola de Tiro”.

O documentário trata como “a chave do segredo” essa relação, insinuando que ali poderia ter sido acertada a trama do suposto atentado fajuto.

Apesar de aventar a tese de que uma sofisticada rede criminosa planejou minunciosamente uma espetacular fraude até hoje não desmascarada, não há explicação sobre o fato de que o caso da .38 só ter vindo à tona porque tanto os Bolsonaro quanto Adélio divulgaram a presença na escola de tiro em suas redes sociais, para qualquer um ver.

E por que trama tão engenhosa precisaria ser combinada pessoalmente em um clube de tiro de Santa Catarina, com check-in no Facebook.

Outra das contradições é que o documentário reserva vários minutos para levantar a hipótese de que um fotógrafo foi distraído de propósito em meio à multidão para não registrar o momento exato da facada, “ou da suposta facada”, como repete o jornalista em vários momentos do vídeo.

Ele não explica, entretanto, qual serventia haveria nessa atitude, sendo que a cena estava sendo gravada de perto por câmaras profissionais e de incontáveis aparelhos de telefone celular.

O documentário também tenta emplacar a tese de que Adélio era, na verdade, uma pessoa com posições mais alinhadas ao bolsonarismo, não uma pessoa simpática à esquerda.

Adélio foi filiado ao PSOL de Uberaba de 2007 a 2014, mas nunca militou —esse fato, sustenta o documentário, serviu à narrativa eleitoral da facada fajuta, a de que a esquerda quis tirar Bolsonaro da disputa.

O jornalista Joaquim de Carvalho ressalta no documentário a sua estranheza sobre o fato de a imprensa nunca ter dito que Adélio havia sido filiado do centro-direitista PSD, de Gilberto Kassab, até 2016. Como prova, mostrou um pedido de desfiliação do PSD assinado por Adelio.

A informação é falsa, Adélio jamais foi filiado ao PSD, e essa informação está disponível a qualquer cidadão no Tribunal Superior Eleitoral e é confirmada pelo partido.

À PF Adélio relatou que uma vez procurou a Justiça Eleitoral por achar que poderia ter sido filiado à revelia pelo PSD. Daí, assinou uma requisição de desfiliação, por segurança, apesar de ter obtido na mesma ocasião certidão oficial que informava não ter havido essa filiação.

O responsável pelo documentário disse à Folha considerar que a suspeita de Adélio de que era filiado representa, na prática, a seu ver, uma filiação.

“O Adélio pediu desfiliação do PSD. Se ele pediu desfiliação, é porque se considerava filiado, o que equivale dizer: era filiado de fato. Se você envia uma carta à Folha com pedido de demissão, significa que você acredita que é contratado da Folha.”

Os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Rogério Correia (PT-MG), entre outros, também divulgaram o “Fakeada” em suas redes sociais.

“Creio que existem indícios e perguntas sem respostas que devem ser esclarecidas”, disse Pimenta à reportagem. “Há muito tempo uma grande reportagem, daquelas que fazem justiça ao nome, não gerava tanto comentário”, escreveu Correia, em um artigo.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), não respondeu à pergunta sobre qual é a posição dela ou do partido.

Pré-candidato à presidência e maior liderança do PT, o ex-presidente Lula também já manifestou dúvidas públicas sobre se Bolsonaro sofreu ou não um atentado.

Em uma entrevista, o ex-presidente afirmou que a facada “tem uma coisa muito estranha”, já que não aparece sangue nas imagens. “O cara que dá a facada é protegido pelos seguranças do Bolsonaro, a faca que não aparece em nenhum momento”, disse, citando teorias da internet também reproduzidas no documentário.

Questionado novamente dias depois, afirmou que tinha suspeitas sobre o ocorrido: “Não, eu não disse que não tinha tomado, eu disse que não acreditava [que Bolsonaro levou uma facada]”.

O “Fakeada no Coração do Brasil” usa também em boa parte de uma edição de vídeos do dia da facada feita pela conta do YouTube “True or Not”.

Esses vídeos levantam, sem qualquer prova, várias suposições de que Adélio poderia ter agido com colaboração de outras pessoas, em especial seguranças privados e os agentes da PF que faziam a escolta de Bolsonaro.

“Quem fez esse canal sabe das coisas”, diz no documentário Joaquim de Carvalho, que assina a direção ao lado de Max Alvim, afirmando ainda ter tentado descobrir seus autores, mas sem sucesso.

A PF investigou formalmente os vídeos desse canal.

“As narrativas constantes destes vídeos, calcadas em análises superficiais das imagens e dos fatos em torno do crime, ilustram a quase totalidade das conjecturas e teorias lançadas após o atentado, e foram minuciosamente averiguadas, concluindo-se pela falsidade de todas as teses aventadas”, afirma o relatório do delegado Rodrigo Morais.

O documentário também elenca como indícios a suposta afirmação de uma suposta cirurgiã que teria pedido para não se identificar, segundo quem os vídeos mostram que Adélio não teria “ponto de apoio” para enfiar a faca na barriga de Bolsonaro com tanta profundidade.

Além do precedente de uma pedrada na cabeça que teria contribuído para a eleição de um prefeito, justamente em Juiz de Fora.

O vídeo explora ainda o fato de Bolsonaro não ter usado colete à prova de balas no dia, o mistério sobre o financiador da defesa de Adélio —se é que houve, já que há suspeita de que o caso possa ter sido assumido de graça, em busca de holofotes— e a ocupação de cargos no governo por seguranças do dia 6 de setembro.

Tudo isso é apontado como suspeita de atentado forjado. A principal tese aventada, que não é nova no universo das teorias de conspiração, é a de que o presidente teria passado por uma cirurgia para retirada de um tumor já sabido, e não para o tratamento da facada, que não teria acontecido.

A Folha encaminhou 21 perguntas a Joaquim de Carvalho e ao Brasil 247.

Entre elas, a que os questiona sobre a que eles atribuem a não descoberta de tamanho ardil, três anos depois, mesmo sendo necessária a participação, na suposta trama, de uma infinidade de pessoas: testemunhas, aliados dos Bolsonaro, ex-aliados, seguranças, auxiliares, ex-auxiliares, policiais civis e militares de Juiz de Fora, policiais federais, integrantes do Ministério Público, integrantes do governo de Michel Temer (que tinha Henrique Meirelles como candidato à Presidência, à época), motoristas, funcionários, enfermeiros e médicos de dois grandes e respeitados hospitais (Santa Casa de Juiz de Fora e Albert Einstein, em São Paulo), além de familiares de todas essas pessoas, entre outras.

O 247 não respondeu, apenas reproduziu as perguntas em seu site, dizendo que “a intenção da Folha não é investigar as fragilidades do caso, que foram detalhadas por Joaquim de Carvalho, com riqueza de detalhes, em seu documentário”.

Joaquim de Carvalho afirmou que só poderá responder as perguntas de forma completa na segunda-feira (20), pois está finalizando um documentário sobre o centenário de Paulo Freire. Em uma manifestação geral, afirmou que o inquérito da PF não investigou a hipótese do autoatentado.

De fato, a PF nunca teve como objeto formal da investigação a hipótese de autoatentado, assim como não teve a de que a facada foi planejada por alienígenas, por exemplo, pelo simples fato de não haver qualquer indício plausível nesse sentido. Mas ela investigou e descartou a veracidade de várias das teorias de internet publicadas nesse sentido.

“A reabertura do caso levaria a essa investigação. Perdoe a sinceridade, mas falsa é a conclusão a que você chegou. O documentário não tem nenhuma informação inconsistente. Inconsistente é a narrativa que prevaleceu, abraçada sem contestação pela imprensa”, disse o jornalista.

Folha de São Paulo

 

Opinião dos leitores

  1. Vá entender o que se passa na cabeça do encantador de jumentos, e seus seguidores…kkkkkkk

    1. Deve ser o mesmo que se passa na cabeça do encantador touros, e seus seguidores….kkkkkkkk.

  2. Essa PeTralhada vive de mentiras, igual o gado e o Adelio é um INCOMPETENTE porque não fez o serviço bem feito…

  3. Muito bem, agora manda esses pseudo-jornalistas aventar numa matéria o desmonte de que não foram os caciques do PT quem mandaram assassinar Celso Daniel e Toninho. Tem mais, desmintam que Lula não era o Barba, o safado, o traidor, o cachorro que dela tava os amigos a Romeu Tuma. Eu ainda vou defecar no túmulo de vocês e limpar a bunda com as flores das coroas expostas das vossas catacumbas. Canalhas.

  4. Acredito que o Neto de luladrao não morreu tb. Nem dona Marisa, foi só armação dos PTRALHAS

  5. Alexandre de Moraes já pode colocar o autor dessa fake news no inquérito do fim do mundo. Vamos ver se o xerife é imparcial agora.

  6. Primeiro deveriam assistir ao documentário. Um trabalho de dois meses de um Jornalista que ainda consegue tirar o traseiro da poltrona pra cumprir seu ofício. Ao contrário do Jornalista da Folha que poderia ao invés de levantar questionamentos opinativo, fazer jornalismo, tirar a bunda da cadeira e mostrar os fatos que lhes intriga. Os questionamentos opinativo deixem para os leitores. Faça jornalismo. O documentário mostra que tem muita coisa em aberto e que uma investigação bem feita, responderia algumas dúvidas. O bolsonaro disse em entrevista que o Adélio furou e ainda torceu a faca. Como pode uma facada que penetrou 15 cm, ser torcida dentro do corpo e não sair uma gota de sangue? Experimentem fazer com uma agulha. As imagens mostram o Adélio passeando em local dos seguranças, inclusive se dirigindo ao Carlos bolsonaro, que ao ver, entrou no carro. O 02 nunca participou de um comíssio, segundo depoimento de um general, acho que Santos Cruz, mas se deslocou para juiz de fora nesse dia. O Adélio participou de um curso de tiro com o 02, negada pela representante do .38 e depois desmascarada por documentos? Por que ela mentiu? Por que os advogados que não são mais, são os tutores do Adélio e por que seus familiares não têm acesso ao mesmo? Por que segurança que achou a faca disse que estava trabalhando para um deputado para justificar sua presença no ato e o deputado o desmentiu? Por que na faca não foi encontrada impressão digital do Adélio? O mais gritante, como pessoas que vivem ameaçando matar, agredir e invadir o supremo por causa do mito, permitem em meio a uma multidão, que o Adélio saísse sem um arranhão, depois de esfakear o mito? Por que seguranças protegeram o Adélio e não protegeram o mitomaníaco? Por que a cicatriz da fakeada muda de local em fotos diferentes? Em uma está abaixo de sinais e em outra acima. Fakeada se move? Tem muitas perguntas que a investigação não conseguiu responder. O que o documentário fez foi mostrar essas contradições para que os de direito pudessem reabrir o inquérito. O deputado frota já pediu uma CPI. Está na hora da turma que defende saber o mandante da fakeada assinar a cpi.

  7. Sempre duvidei de tal facada, tudo muito escondido e muito estranho que o Adélio esteja isolado inclusive da familia.

  8. A esquerdalha, em seus diversos matizes, está desesperada e tende a apelar cada vez mais para suas usuais narrativas mentirosas. As últimas manifestações populares comprovaram MAIS UMA VEZ e de forma conclusiva que o povo brasileiro está com o presidente. No RN, pesquisa divulgada hoje mostra que a governadora Fátima do PT terá grandes dificuldades para se reeleger. Resta à esquerdalha o desespero, demonstrado no crescente número de comentários cada vez mais grosseiros e absurdos que estão postando por aqui. É no que dá associar-se ao que não presta. Kkkkkkkkkk

  9. “Mas quem nunca contou uma mentirinha?? Se não mentir pra namorada, a noite não termina bem” kkkkkkkkkkk

  10. Já ultrapassou do ridiculo as sebozeiras desses ptralhas, mandem insinuar tambem uma facada no Ladrão de nove dedos, e por esses e outros motivos que cada vez mais as pessoa de bem se afastam desse grupo, eles mesmos estão fazendo campanha para o adversario , cada vez mais o povo tem nojo desses …..

  11. Sou eleitor de Ciro, mas devo confessar, com essa narrativa da facada mais uma vez, vejo, infelizmente, que Bolsonaro leva de novo. Estão loucos essa turma do Lula.

    1. Com esse nome amigo 🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣😏😏😏😏😏😏🤭🤭🤭🤭🤭🤭 é difícil até se criar, quanto mais acreditar em algo.

  12. Partindo da esquerdalha, só devemos esperar mentiras e corrupção. É algo TÃO ABSURDO que até a Folha de SP está criticando.

  13. Se subir essa tese p instâncias superiores eles dirão que JB tentou esfaquear Adelio e errando acertou seu próprio abdome.

  14. O PT não tem moral nenhum para dizer que foi falsa a facada… Cada dia os bolsonaristas estão mais parecidos com os petistas já que ambos grupos idolatram bandidos!

    1. É muita canalhisse querer se fazer acreditar, que um fato presenciado por inúmeras pessoas, atendimento médico, centro cirúrgico, inúmeras pessoas responsáveis e honestas envolvidas se trate de mentira, outra, sou profissional da área de saúde, e durante os meus anos de trabalho, presenciei e tratei diversas lesões por arma branca, arma de fogo e atendimento ao politraumatizado, sem que nelas houvesse sangue visível , principalmente nas lesões onde prontamente há uma intervenção, só os seres desprovidos de inteligência, procuradores de narrativas imbecis e meliantes poderiam pensar dessa forma.

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Economia

Com tarifaço, estrangeiros retiram R$ 6,27 bilhões da Bolsa brasileira

Foto: Cris Faga/ via Getty Images

Julho foi um período tumultuado para os investidores estrangeiros na Bolsa brasileira (B3). De acordo com um levantamento da consultoria Elos Ayta, houve uma saída líquida de R$ 6,27 bilhões em recursos externos no mês passado, marcando o pior desempenho mensal desde abril de 2024, quando o saldo negativo foi de R$ 11,1 bilhões.

Apesar da debandada de julho, destaca a consultoria, o saldo do investimento estrangeiro na B3 segue positivo em 2025.

Até o fim do mês, o fluxo líquido acumula R$ 20,64 bilhões com IPOs (oferta pública inicial de ações) e follow-ons e R$ 20,08 bilhões sem considerar essas operações.

Metrópoles

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Brasil

VÍDEO: “Lei Magnitsky é pouco para Moraes. O que resta é cadeia”, diz Nikolas

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) declarou nesta segunda-feira (4/8) que a “Lei Magnitsky é pouco para o ministro Alexandre de Moraes”. O magistrado foi enquadrado na lei norte-americana, utilizada para impor sanções a autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos.

“O que resta para ele [Moraes] mesmo é uma boa cadeia”, disse Nikolas, em vídeo publicado no X.

O deputado citou motivos pelos quais o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “não” foi preso. Para ele, não foi por corrupção, rachadinha, lavagem de dinheiro ou corrupção passiva, mas porque ele teria usado redes sociais de outras pessoas para potencializar a manifestação do último domingo (3/8).

“É isso mesmo. Prisão decretada para Jair Bolsonaro por Alexandre de Moraes. E qual foi o motivo? Foi corrupção? Não. Rachadinha? Também não. Lavagem de dinheiro, corrupção passiva, como o Lula foi condenado? Também não. Foi porque roubou pessoas do INSS? Também não”, disse Nikolas. E seguiu: “Qual foi o motivo, então, Nikolas? Pasmem: ele teria usado redes sociais de outros para poder potencializar a manifestação do dia 3 de agosto. Como se ele tivesse feito parte também dos ataques ao STF”.
“Ditadura confusa”, diz Nikolas

O parlamentar mineiro comentou, também, sobre a menção que Moraes fez a ele na decisão. Disse que o Brasil vive em uma “ditadura confusa”, pois Bolsonaro não pode falar nem dar entrevistas, mas é responsabilizado se outra pessoa o filma e posta nas redes sociais.

Ainda no vídeo, Nikolas classificou como uma “coincidência” o vazamento de documentos e conversas pelo ex-assessor de Moraes, Eduardo Tagliaferro, no mesmo dia do decreto de prisão domiciliar do ex-presidente.

“Justamente hoje que decretaram a prisão de Jair Bolsonaro, no dia que vaza diversos documentos e conversas que, até então, estavam sob o conhecimento do ex-assessor do Moraes, que divulgou como eles estavam fazendo para prender as pessoas do dia 8 [de janeiro], de maneira completamente perseguitória de política. Ou seja, por postagens na internet, mandava prender todo mundo. E, obviamente, isso chocou todo mundo. E, coincidentemente, mandaram prender o presidente Jair Messias Bolsonaro”, disse.

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Brasil

Após prisão domiciliar, Flávio diz achar “difícil” não ter reação dos EUA

Foto: reprodução

Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (4), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse achar “díficíl” que os Estados Unidos não reajam à decisão de prisão cautelar emitida contra seu pai, Jair Bolsonaro (PL). A medida foi assinada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que foi sancionado pelo governo americano na semana passada com base na Lei Magnitsky. 

“Quem tinha que pensar nisso antes de tomar a decisão era Alexandre de Moraes. O que aconteça daqui pra frente em relação com os EUA, o que é imprevisível, não pode te falar nem que sim nem que não porque eu sinceramente não tenho ideia do que pode acontecer”, afirmou o senador durante o jornal CNN Arena.

“Mas pelo caminho que as coisas estão sendo tomadas, pela postura do presidente da maior democracia do mundo principalmente em função do que está fazendo Alexandre de Moraes, acho que difícil que não venha nenhuma reação de lá. Torço pra isso? Óbvio que não”, acrescentou ele.

Prisão domiciliar e apreensão de celular

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão nesta segunda-feira pela PF (Polícia Federal) e teve seu celular apreendido. A ação aconteceu após o ministro Alexandre de Moraes determinar sua prisão domiciliar.

De acordo com o ministro, Bolsonaro produziu material para publicar nas redes sociais de seus três filhos e dos seus seguidores e apoiadores políticos. O conteúdo, segundo ele, seria de “incentivo e instigação a ataques o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL” e “apoio ostensivo” à intervenção estrangeira no Poder Judiciário.

Moraes acrescenta que o descumprimento das regras ou das medidas cautelares pode resultar na decretação imediata da sua prisão preventiva.

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Brasil

Medida restringe visita dos filhos Flávio e Carlos a Bolsonaro

Foto: reprodução

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do (STF) Supremo Tribunal Federal, de prisão domiciliar a Jair Bolsonaro também restringe a visita de seus filhos.

A decisão não impede que Jair Bolsonaro tenha contato com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, por exemplo, já que ela mora com o ex-presidente.

Não é o caso, por exemplo, de Flávio, Carlos ou Renan Bolsonaro, que não moram com o dirigente nacional da direita.

Os filhos do ex-presidente, portanto, precisarão pedir autorização à Suprema Corte para visitá-lo.

Moraes decretou, nesta segunda-feira (4), a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na decisão, o ministro argumentou que o ex-presidente tem feito “reiterado descumprimento das medidas cautelares”.

Segundo a decisão, Bolsonaro está proibido de receber visitar, com exceção de seus advogados, podendo apenas de receber contatos de pessoas autorizadas pelo Supremo.

CNN

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Geral

PF apreende novo celular de Bolsonaro

Foto: KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES

A Polícia Federal (PF) apreendeu o novo celular do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também determinou a prisão domiciliar do ex-mandatário.

O aparelho — um iPhone — foi confiscado durante operação realizada na residência de Bolsonaro, no Jardim Botânico, em Brasília (DF).

Fontes da PF detalharam que vai periciar o conteúdo do celular para apurar se houve coordenação por parte do ex-presidente na publicação feita por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), sobre os atos do fim de semana. Para Moraes, mesmo a distância, Bolsonaro descumpriu medidas cautelares impostas pelo STF.

Bolsonaro não poderá utilizar aparelhos celulares com a nova ordem, seja diretamente ou por intermédio de terceiros.

Post com Flávio

O que motivou a prisão domiciliar de Bolsonaro foi um vídeo gravado pelo filho, Flávio, divulgado nas redes sociais. Na postagem, posteriormente apagada, Bolsonaro discursa para o público na manifestação.

As manifestações foram realizadas em várias capitais do país, como Brasília e São Paulo. O senador ligou para o pai durante o ato em Copacabana, bairro da zona sul carioca. Aos apoiadores Bolsonaro declarou: “Obrigado a todos. É pela nossa liberdade. Pelo nosso Brasil. Sempre estaremos juntos”.

Metrópoles

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RN

Cães são assassinados à tiros na Grande Natal, nesta segunda-feira

Foto: reprodução

Dois cães da raça pitbull foram mortos a tiros no fim da tarde desta segunda-feira (4) em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal.

De acordo com moradores, os animais escaparam de uma residência após o portão ser aberto e atacaram um homem que passeava com seu cachorro. Ele ficou ferido no rosto e em outras partes do corpo.

Após o ataque, o homem teria retornado ao local armado e atirado nos cães. A Polícia Militar foi acionada.

Via Certa

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Política

URGENTE: Moraes decreta prisão domiciliar de Jair Bolsonaro


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (4) a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Moraes justificou que descumpriu as medidas cautelares impostas a ele, por ter veiculado conteúdo nas redes sociais dos filhos.

Na decisão, Moraes afirma que Bolsonaro utilizou redes sociais de aliados – incluindo seus três filhos parlamentares – para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.

“Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Messias Bolsonaro”, escreveu Moraes. Para o ministro, a atuação do ex-presidente, mesmo sem o uso direto de seus perfis, burlou de forma deliberada a restrição imposta anteriormente.

Com isso, Moraes determinou que Bolsonaro cumpra prisão domiciliar em seu endereço residencial. A decisão inclui:

  • uso de tornozeleira eletrônica;
  • proibição de visitas, salvo por familiares próximos e advogados;
  • recolhimento de todos os celulares disponíveis no local.

O despacho ressalta que as condutas de Bolsonaro demonstram “a necessidade e adequação de medidas mais gravosas de modo a evitar a contínua reiteração delitiva do réu”.

Segundo Moraes, as medidas cautelares em vigor foram desrespeitadas “mesmo com a imposição anterior de restrições menos severas”, como a proibição de uso das redes sociais e de contato com outros investigados.

Além disso, o ministro destaca que o ex-presidente produziu material destinado à publicação por terceiros, driblando a censura direta aos seus canais e mantendo “influência ativa” no debate político digital.

A decisão foi proferida no âmbito da investigação que apura a articulação de uma tentativa de golpe após o resultado das eleições de 2022. Bolsonaro já é réu nesse inquérito e também em outras ações penais que tramitam no STF.

G1

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Política

Jornalista americano faz novas denúncias e acusa Moraes de excessos no 8/1

Foto: Fellipe Sampaio/STF

O jornalista americano Michael Shellenberger publicou nesta segunda-feira (4) um “dossiê” em que aponta que o STF (Supremo Tribunal Federal) criou uma força-tarefa ilegal para prender os manifestantes pró-Bolsonaro durante os atos de 8 de janeiro de 2023. A reportagem é assinada pelos jornalistas David Ágape e Eli Vieira.

Os supostos documentos oficiais e conversas de WhatsApp demonstram que o ministro Alexandre de Moraes criou um protocolo interno para investigar os perfis de redes sociais dos envolvidos nos ataques em Brasília para justificar a realização das prisões.

A operação seria coordenada por meio de um grupo no WhatsApp composto por servidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do STF, entre eles o ex-assessor de Moraes Eduardo Tagliaferro.

Os prints de WhatsApp que foram divulgados na reportagem mostram uma conversa entre Cristina Yukiko Kusahara, então chefe de gabinete do ministro Alexandre de Moraes, e Tagliaferro. Em um dos diálogos, Cristina argumenta que a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu liberdade provisória para presos preventivos, mas que o ministro (Alexandre de Moraes) não queria soltar antes de ver as redes sociais deles.

O grupo em que as conversas aconteceriam teria sido desativado no dia 1º de março de 2023, quando o juiz Airton Vieira enviou “Despeço-me aqui, singelamente […] que nas audiências de custódia possamos dar a cada um o que lhe é de direito: a prisão”.

A CNN informou que não conseguiu confirmar o conteúdo das denúncias apresentado por Shellenberger.

CNN

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Geral

Investigação da PGR aponta corrupção em licitação milionária da COP30

Foto: reprodução

Em 4 de outubro de 2024, dois dias antes das eleições municipais, uma denúncia anônima fez a Polícia Federal (PF) ir a uma agência do Banco do Brasil na Avenida Barão do Rio Branco, em Castanhal, cidade a 70 km de Belém, capital do Pará.

Ao chegar ao local, a PF encontrou o policial militar Francisco Galhardo com R$ 5 milhões em espécie. Galhardo foi flagrado do lado de fora do banco, no momento em que entregava R$ 380 mil a uma pessoa identificada como Geremias Hungria.

Todos foram presos em flagrante, acusados de crime eleitoral, e um inquérito foi aberto para apurar a origem e o destino do dinheiro. O celular apreendido naquele dia com o PM Francisco Galhardo levou os investigadores a suspeitas que vão além da compra de votos.

Nele, a PF encontrou tratativas de compra de votos e confirmou as suspeitas do ilícito eleitoral.

No entanto, o aparelho forneceu mais informações e resultou na descoberta de fortes indícios de uma série de outros crimes; entre eles, corrupção em uma licitação do governo do Pará relacionada à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30).

As mensagens revelaram que o PM Francisco Galhardo era, na verdade, um funcionário do deputado federal Antônio Doido (MDB-PA) e desempenhava todo tipo de função, desde a segurança do parlamentar até o saque, o transporte e a entrega de valores milionários.

Além do saque de R$ 5 milhões pelo qual foi preso, os investigadores descobriram que, entre 2023 e 2024, Francisco Galhardo sacou R$ 48,8 milhões, de acordo com dados enviados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

O dinheiro foi sacado de contas de duas construtoras: a J.A Construcons e a JAC Engenharia.

O deputado Antônio Doido (MDB), à esquerda na foto, ao lado secretário Ruy Cabral, em janeiro deste ano

A primeira empreiteira tem como sócia Andréa Dantas, mulher do deputado federal Antônio Doido. A segunda está registrada em nome de Geremias Hungria, funcionário de uma fazenda do deputado, e o mesmo homem preso ao receber os R$ 380 mil de Francisco Galhardo, o PM que também trabalha para Doido.

As coincidências despertaram a desconfiança da Procuradoria-Geral da República (PGR). Para os investigadores, as duas empresas abastecem um esquema milionário relacionado ao desvio de verbas públicas e corrupção.

Contratos milionários

As duas empreiteiras vinculadas a Antônio Doido têm contratos milionários com o governo do Pará e venceram duas licitações da COP30. Uma de R$ 142 milhões e a outra de R$ 123 milhões, totalizando quase R$ 300 milhões. Somente na primeira a PGR aponta indícios de corrupção.

No celular apreendido pela PF, os investigadores encontraram dezenas de mensagens sobre saques milionários e entregas de valores realizadas por Francisco Galhardo.

Diálogos entre o PM e o secretário Benedito Ruy Cabral, conhecido com Ruy Cabral, chamaram a atenção dos investigadores e levantaram suspeitas sobre corrupção na licitação da COP30.

Ao menos quatro mensagens trocadas pelo PM Francisco e o secretário de obras do Pará são apontadas pela PGR como forte indício de que eles tratavam da entrega de dinheiro de corrupção relacionada à conquista da licitação da COP30 conduzida pelo próprio Ruy Cabral.

“Vem.”
“Entra. Vem. Na minha porta atrás.”
“Meu chefe, eu deixei com… Eu deixei com a Andreia.”
As conversas, coincidentemente, iniciam-se no mesmo dia, 20 de setembro de 2024, em que o consórcio formado pelas duas empresas ligadas a Antônio Doido vence a licitação da COP30. Também na mesma data, o PM Francisco Galhardo sacou R$ 6 milhões.

Francisco de Assis Galhardo do Vale, tenente-coronel da PM do Pará

Telefonema, mensagens e entrega

Logo após retirar os valores, o PM trocou mensagens cifradas que indicavam um encontro com o secretário de Obras e a entrega de algo.

Na visão dos investigadores, os diálogos “sugerem a ocorrência de crimes de corrupção passiva e ativa”.

A PGR narra que, após o saque milionário, o PM Francisco Galhardo “efetuou chamada de voz para Rui Secretário”, conforme consta no contato salvo no celular do policial.

“Rui Secretário” é o secretário de Obras Públicas do Pará, Ruy Cabral, segundo a PGR.

A chamada de voz, que não chegou a ser atendida, e as mensagens trocadas em seguida, de acordo com os investigadores, mostram a intenção do PM em se encontrar com o secretário responsável pela licitação da COP30 “pouco mais de duas horas após o consórcio” vencer a licitação.

“Inicialmente, o secretário encaminhou a Galhardo a mensagem: ‘Vem’. Vinte minutos depois, Galhardo respondeu com três mensagens, posteriormente apagadas, e tentou uma chamada de voz”, diz a PGR ao citar as conversas.

Em seguida, o PM mandou uma nova mensagem e informou estar em local em frente à secretaria do governo do Pará.

“Ao que o secretário respondeu que foi chamado para uma reunião com o deputado Chicão e que retornaria em 15 minutos”, diz a PGR, referindo-se às mensagens trocadas entre o PM Francisco Galhardo e Ruy Cabral.

Passados 40 minutos, o secretário Ruy Cabral encaminhou uma nova mensagem: “Entra. Vem. Na minha porta atrás”.

Em outra mensagem em áudio, o PM indica não ter conseguido ir ao local e diz ter deixado algo para o secretário, com uma pessoa chamada “Andreia”, mesmo nome da esposa do deputado federal Antônio Doido, Andréa Dantas.

Essa mensagem na qual Francisco Galhardo interage com o secretário demonstra a intimidade e a hierarquia com que o PM trata o secretário de Obras.

“Meu chefe, eu deixei com com a Andreia”, diz trecho do áudio enviado por Francisco Galhardo.

A PGR ainda cita uma nova tentativa de encontro tratada em mensagens pelo PM Francisco Galhardo e o secretário de Obras no dia 23 de setembro, três dias depois do consórcio ganhar a licitação da COP30.

Nesse dia, o PM Francisco Galhardo tenta ligar para Ruy e envia: “Boa tarde!!”. O secretário de Obras do Pará responde: “Estádio”.

“Ok. Quando o sr. retornar para a Sedop me avise. Estou na Augusto Montenegro indo para o centro”, diz o PM em resposta.

Por fim, segundo a PGR, o encontro entre os dois ocorreu em 24 de setembro, quatro dias após o consórcio formado pelas empresas ligadas ao deputado Antônio Doido, chefe do PM Francisco Galhardo, vencer a licitação da COP30 conduzida pelo secretário Ruy Cabral.

Trecho do relatório da PGR que cita as mensagens sobre a suspeita de corrupção na licitação da COP30

Organização criminosa

Com base nesse material, a Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra o deputado Antônio Doido, sua esposa, Andréa, o PM Francisco Galhardo e o secretário Ruy Cabral, por suspeita de vários crimes, entre eles, corrupção passiva e ativa.

“Além de as duas pessoas jurídicas que formam o consórcio serem suspeitas de pertencer ao deputado federal (Antônio Doido), diversos elementos circunstanciais adicionais reforçam a suspeita de corrupção de agentes públicos para viabilizar a adjudicação da obra”, afirma a PGR.

Os “elementos circunstanciais adicionais” citados pela PGR são conversas encontradas no celular do PM Francisco Galhardo.

Segundo a PGR, Antônio Doido, Galhardo e o secretário do governo do Pará “aparentam integrar organização criminosa voltada à prática de crimes contra a administração pública e violações em processos de licitação e contratos administrativos, predominantemente no estado do Pará”.

“Adicionalmente, foram identificadas evidências do cometimento de delitos eleitorais e transgressões contra o sistema financeiro nacional”, diz a PGR.

O pedido da PGR é de fevereiro de 2025. Um mês antes, em janeiro, o governo do Pará, comandado pelo governador Helder Barbalho (MDB), havia cancelado o ato que sagrou o consórcio das empresas ligadas a Antônio Doido vencedor na licitação da COP30.

Segundo a PGR, o rompimento do contrato quatro meses após as mensagens indicarem possível corrupção na licitação foi “possivelmente em razão das sucessivas denúncias que questionavam a lisura do procedimento licitatório, bem como em decorrência da prisão em flagrante de seu sócio administrador, Geremias Hungria, em outubro de 2024”.

O caso, atualmente, é relatado pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal. Após o pedido da PGR, a PF deu seguimento à investigação dos fatos narrados pela Procuradoria-Geral em fevereiro.

O resultado da análise vai dizer se mais um grande evento internacional realizado no Brasil, assim como a Copa do Mundo e as Olímpiadas, ficará manchado pela corrupção.

Outro lado

Procurado pela coluna, o governo do Pará, em um primeiro momento, disse que a licitação não estava inserida entre as intervenções da COP30.

Após ser informado pela coluna que o dado sobre a licitação ser uma das intervenções da COP30 estava no próprio site do governo paraense (veja imagem abaixo), a assessoria de imprensa enviou nova manifestação. Nela, o governo do Pará afirma que “a COP30 em Belém abriu oportunidades estratégicas para enfrentar antigas carências de infraestrutura do município”.

Print de documento do governo do Pará sobre obra para a COP30

Print de documento do governo do Pará sobre obra para a COP30

Ainda segundo o governo do Pará, estudos técnicos preliminares foram realizados e foi produzido um portfólio de intervenções.

“Todavia, algumas iniciativas, a exemplo de outras obras de mobilidade, eficiência energética, turismo e saneamento, acabaram sendo excluídas do conjunto de obras originalmente associado à COP30”, disse o governo.

Sobre a licitação com suspeita de corrupção, o governo disse que o processo licitatório “foi formalmente revogado, ato devidamente publicado em dezembro de 2024, e que toda a documentação preliminar permanece acessível para consulta pública, reafirmando o compromisso e dever do governo do estado do Pará com a transparência e o interesse público”.

Como mostra a reportagem, o cancelamento da licitação se deu após a prisão do PM Francisco Galhardo e, segundo a PGR, depois da divulgação das notícias de suspeitas de irregularidades no procedimento licitatório.

A gestão estadual também se posicionou sobre o secretário de Obras Públicas, Ruy Cabral.

“O governo do Pará esclarece que, no exercício de suas funções, o secretário mantém interlocução institucional com órgãos da administração pública e representantes da sociedade civil exclusivamente para a consecução do interesse público, não se estendendo a qualquer espécie de relação de natureza privada”, diz a nota.

Ainda de acordo com o governo, o secretário Ruy Cabral “não participou de reuniões com o policial mencionado, tampouco recebeu bens, valores ou benefícios de tal agente, e não foi notificado acerca de qualquer investigação ou procedimento administrativo ou judicial que o envolva”.

“O governo do estado reforça que não possui ciência de qualquer investigação originada a partir das contratações citadas e que, caso seja formalmente notificado, colocará imediatamente todos os mecanismos de controle interno à disposição das autoridades competentes, assegurando a pronta elucidação dos fatos”, afirma a nota.

Metrópoles

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Geral

Em apenas 5 anos de gestão, prefeito de Francisco Dantas celebra 6 prêmios na área da educação e se destaca no RN

O município de Francisco Dantas, localizado no Alto Oeste potiguar, tem se destacado na área da educação. Com pouco mais de 2.700 habitantes, a cidade já soma seis prêmios educacionais nos últimos cinco anos e hoje tem o maior índice de alfabetização do estado, com 78,95% das crianças alfabetizadas até os 7 anos.

Entre os reconhecimentos estão o Selo UNICEF, a Medalha Justina Iva, o Prêmio Potiguar Escola Alfabetizadora, o Selo Nacional Criança Alfabetizada, o Prêmio FEMURN de Investimento em Gestão Pública e o Selo Petronilha Beatriz Gonçalves, concedido a escolas com práticas pedagógicas antirracistas.

À frente da gestão está o prefeito José Adolfo, que foi eleito pela primeira vez em 2020, aos 24 anos, e reeleito em 2024. O gestor afirma que sua trajetória pessoal influenciou diretamente a prioridade dada à educação no município.

“Estudei toda minha vida em escola pública e tenho um carinho especial pela Escola Municipal Augusta Leopoldina do Monte, onde estudei e que hoje é premiada. Sabia que a educação era o caminho para transformar a realidade da nossa cidade”, afirmou o prefeito em entrevista ao programa Meio Dia RN.

Desde o início de sua gestão, a prefeitura tem investido na estrutura física das escolas, com reforma e ampliação das unidades, climatização de todas as salas de aula, aquisição de novo mobiliário, além de apostar fortemente na formação continuada de professores e na implantação de políticas de educação inclusiva.

O compromisso com a alfabetização também tem sido uma prioridade. A cidade se destacou no cenário nacional ao receber o Selo Nacional Criança Alfabetizada, reflexo dos investimentos feitos para garantir que os alunos cheguem ao 2º ano do ensino fundamental plenamente alfabetizados.

“Francisco Dantas mostra que, mesmo sendo um município pequeno, é possível fazer uma educação pública de qualidade, com resultados concretos, quando há planejamento, responsabilidade e compromisso com o futuro das crianças”, completou José Adolfo.

Com os avanços, o município tem se tornado referência para outras cidades do estado e do país, consolidando a educação como principal motor de desenvolvimento social e econômico local.

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