Saúde

Por que o uso de antibióticos na agropecuária preocupa médicos e cientistas

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Há quatro anos, em uma fazenda de criação intensiva em Xangai, na China, um exame feito em um porco prestes a ser abatido encontrou uma bactéria resistente ao antibiótico colistina. O achado acendeu um alerta que ecoou pelo mundo — cada vez mais temeroso com a capacidade que micro-organismos têm demonstrado em driblar tratamentos à base de antibióticos.

A bactéria resistente encontrada no suíno, uma Escherichia coli, levou os cientistas da China a aprofundar os exames — agora, também em frangos de fazendas de quatro províncias chinesas, nas carnes cruas desses animais à venda em mercados de Guangzhou, e em amostras de pessoas hospitalizadas com infecções nas províncias de Guangdong e Zhejiang.

Eles encontraram uma “alta prevalência” do Escherichia coli com o gene MCR-1, que dá às bactérias uma alta resistência à colistina e tem potencial de se alastrar para outras bactérias, como a Klebsiella pneumoniae e Pseudomonas aeruginosa. O MCR-1 foi encontrado em 166 de 804 animais analisados, e em 78 de 523 amostras de carne crua.

Já nos humanos, a incidência foi menor, mas se mostrou presente — em 16 amostras de 1.322 pacientes hospitalizados.

“Por causa da proporção relativamente baixa de amostras positivas coletadas em humanos na comparação com animais, é provável que a resistência à colistina mediada pelo MCR-1 tenha se originado em animais e posteriormente se alastrado para os humanos”, explicou em 2015 Jianzhong Shen, da Universidade de Agricultura em Pequim, um dos autores do estudo, cujos resultados foram publicados no periódico The Lancet Infectious Diseases.

Mas como esse material genético resistente pode ter passado dos animais para os humanos? O caminho de “transmissão” de microrganismos (bactérias, parasitas, fungos e etc) resistentes é uma incógnita não só para o caso dos porcos, frangos e pacientes na China, mas para o uso veterinário e médico de antibióticos como um todo.

Pode ser que esses microrganismos ou resquícios de antibióticos (restos dos medicamentos que, em contato com os micróbios, podem estimular sua resistência) possam estar se alastrando pelos alimentos, ou ainda através do lixo hospitalar, lençóis freáticos, rios e canais de esgoto — e a investigação para desvendar as rotas de bactérias tem motivado inúmeras pesquisas no Brasil e no mundo (veja detalhes sobre esses estudos abaixo).

“As bactérias não têm fronteiras: a resistência pode passar de um lugar a outro sem passaporte e de várias formas”, explica Flávia Rossi, doutora em patologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e integrante do Grupo Consultivo da OMS para a Vigilância Integrada da Resistência Antimicrobiana (WHO-Agisar). “Com a globalização, não só o transporte de pessoas é rápido, como os alimentos da China chegam ao Brasil e vice-versa. Essa cadeia mimetiza o que acontece com o clima: estamos todos interligados. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem trabalhando com o enfoque de ‘One Health’ (‘Saúde única’ em português, a perspectiva de que a saúde das pessoas, dos animais e o ambiente estão conectados).”

Agora, a dimensão global do problema ganhou um mapeamento inédito juntando pesquisas já feitas medindo a presença de microrganismos resistentes em alimentos de origem animal em países de baixa e média renda — e o Brasil aparece no grupo de lugares com situação preocupante. Não quer dizer que o estudo considere o país como um todo, mas pontos que já foram submetidos a pesquisas, como abatedouros de bois em cidades gaúchas ou em uma fazenda produtora de leite e queijo em Goiás.

Sul brasileiro: foco de resistência microbiana

China e Índia foram, segundo os autores do estudo, publicado na revista Science, “claramente” os lugares em que os maiores níveis de resistência foram encontrados.

Mas o Sul do Brasil, leste da Turquia, os arredores da Cidade do México e Johanesburgo (África do Sul), entre outros, se destacaram também como hotspots, ou focos de resistência microbiana em animais destinados à alimentação, principalmente bovinos, porcos e frangos (com níveis elevados de P50, percentual acima de 50% de amostras de microrganismos resistentes a determinados antibióticos).

As maiores resistências observadas foram relacionadas a alguns dos antibióticos mais usados na produção animal, como as tetraciclinas, sulfonamidas e penicilinas. Entre aqueles importantes para tratamento também em humanos, destacaram-se a resistência à ciprofloxacina e eritromicina.

Os autores reuniram ainda dados que apontam para focos de resistência emergentes, ou seja, em que a resistência dos microrganismos a antibióticos está crescendo. Aí, o Brasil também aparece, tanto o Sul quanto o Centro-Oeste.

Após ler o estudo, a pesquisadora brasileira Silvana Lima Gorniak, professora titular da Faculdade de Medicina Veterinária da USP, liga o destaque ao Sul justamente a uma maior criação de aves e suínos na região, animais para os quais há maior uso de antimicrobianos com a finalidade de promover o crescimento (entenda os diferentes usos de antibióticos veterinários e seus impactos abaixo).

A situação da América do Sul é particularmente preocupante por causa da carência de dados, diz o estudo: “Considerando que Uruguai, Paraguai, Argentina e Brasil são exportadores de carne, é preocupante que haja pouca vigilância epidemiológica da resistência microbiana disponível publicamente para esses países. Muitos países africanos de baixa renda têm mais pesquisas desse tipo do que os países de renda média na América do Sul. Globalmente, o número de pesquisas per capita não se correlacionou com o PIB per capita, sugerindo que a capacidade de vigilância não é impulsionada apenas por recursos financeiros.”

Buscando ampliar, em partes, o acesso a esse tipo de informação, os autores do estudo lançaram um banco de dados colaborativo para cadastro de pesquisas sobre o tema em todo o mundo, o “Resistance Bank”.

“O Brasil precisa urgentemente de dados de vigilância disponíveis publicamente sobre a resistência microbiana. É um grande exportador de carne, todos comemos frango brasileiro, seria bom saber o que há nele”, escreveu por e-mail à BBC News Brasil Thomas Van Boeckel, um dos autores do estudo e pesquisador do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zurich), na Suíça.

Em nota enviada à BBC News Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) afirmou que, “em relação ao estudo da revista Science”, está “ciente sobre a importância da resistência aos antimicrobianos”. “Trata-se de um dos maiores desafios globais de saúde pública e que deve ser abordado pelos países atendendo ao conceito de Saúde Única, exigindo ações imediatas de todos os envolvidos”.

A pasta garante que o país está correndo atrás para ter um sistema de vigilância, por meio do Plano de Ação Nacional de Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos no âmbito da Agropecuária (PAN-BR AGRO), cujo prazo previsto para implementação vai de 2018 a 2022.

Segundo fontes consultadas pela reportagem, o cronograma do plano tem sido cumprido.

Um de seus pontos-chave, e já o colocado em prática, é a realização de testes oficiais de rotina para detecção de micróbios resistentes em animais e alimentos com essa origem.

São amostragens aleatórias de ovos, leite, mel e de animais encaminhados para abate sob inspeção federal, mas o que se busca são resquícios de antibióticos, e não microrganismos resistentes.

Em 2018, o relatório apresentado pelo ministério mostra que o percentual de amostras com resquícios de antibióticos em conformidade ficou na casa dos 99%.

“Para ser seguro para consumo alimentar, a presença de determinadas bactérias tem que estar dentro de limites estabelecidos pelas agências de saúde de cada país, o que já é feito. Mas mais do que saber, por exemplo, a presença de Salmonella (gênero de bactérias) em galinhas ou porcos, é possível testar sistematicamente a suscetibilidade dela aos antibióticos — que é realmente o que nos permite saber se as bactérias são ou não resistentes”, aponta João Pedro do Couto Pires, também coautor do estudo e pesquisador do ETH Zurich.

Frangos com Salmonella resistente em Estados brasileiros

Ainda que não tenha hoje um levantamento sistematizado, o Brasil já teve experiências pontuais na medição da resistência microbiana em alimentos de origem animal.

Uma análise feita entre 2004 e 2006 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em amostras de frangos congelados vendidos em 14 Estados brasileiros, detectou bactérias Salmonella e Enterococcus resistentes a vários antimicrobianos. Das 250 cepas de Salmonella analisadas, por exemplo, 77% foram consideradas multirresistentes (resistentes a duas ou mais classes de antibióticos).

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento destacou ainda que vem progressivamente proibindo medicamentos veterinários usados com o objetivo principal de fazer os animais engordarem, os chamados melhoradores de desempenho. Já foram proibidas substâncias do tipo como os anfenicóis, as tetraciclinas e as quinolonas.

“Na criação animal, há basicamente três tipos de uso de antimicrobianos. O primeiro é o terapêutico, como ocorre com o ser humano. A segunda maneira é a preventiva, como no desmame dos suínos — esse animal provavelmente vai passar por estresse, vai ter uma imunossupressão (redução da atividade do sistema imunológico), e ela pode levar à infecção por várias bactérias, então se faz preventivamente o tratamento”, explica Silvana Lima Gorniak, da USP.

“A terceira maneira é a mais polêmica, a mais discutida na ciência, que é a administração (de antimicrobianos) como melhorador de desempenho. Nesse caso, o animal não tem nenhuma doença, provavelmente não vai ficar doente, e o antimicrobiano é empregado com a finalidade de promover o crescimento. Não se sabe exatamente como, mas o animal de fato cresce.”

A colistina, aquela a que bactérias em porcos na China mostraram resistência no estudo publicado no The Lancet Infectious Diseases em 2015, foi uma das substâncias proibidas para uso como melhorador de desempenho em rações no Brasil, em 2016. Seu uso para o tratamento de doenças, como diarreias, continua, no entanto, permitido por aqui. Proibições foram impostas também em outros países, como a própria China, Índia e Argentina.

Ao mesmo tempo, esta substância é colocada pela OMS no grupo mais crítico entre os antibióticos que precisam urgentemente de substitutos — já que são o último recurso para o tratamento de algumas doenças para as quais outros antibióticos não funcionam mais, são amplamente usados na medicina humana e já se mostraram altamente vulneráveis à resistência microbiana.

Antimicrobianos passaram a ser mais significativamente usados na criação de animais para consumo nos anos 1950 em países de alta renda, algo que foi se estendendo para países de baixa e média renda — onde hoje, inclusive, projeções mostram que o uso desses medicamentos aumentará, já que a produção e consumo de carne nesses países tem crescido.

O elo entre precariedade e uso de antibióticos

Thomas Van Boeckel destaca que, no mundo, o uso excessivo de antibióticos está associado à criação intensiva de animais, a produção industrial, “mas não em todos os países, algumas exceções existem, como a Holanda e a Dinamarca”, aponta.

Sandra Lopes, diretora da organização Mercy for Animals no Brasil, vê o uso de antibióticos como uma das práticas degradantes impostas aos animais.

“O uso de antibióticos força esses animais a seguirem produzindo em um sistema completamente cruel, onde os animais não podem exercer nenhum de seus comportamentos naturais”, aponta a representante da ONG, dedicada ao bem estar de animais ditos de produção, aqueles destinados ao consumo alimentício.

Como exemplos, ela menciona criações com confinamento intensivo em gaiolas.

As galinhas poedeiras, confinadas em uma área análoga ao que seria passar a vida inteira dividindo um elevador com outras 12 pessoas, segundo a ONG, não têm espaço para exercer comportamentos naturais como abrir as asas ou ciscar. Sem forças nas pernas por não movimentá-las, essas galinhas podem sofrer fraturas com o peso do próprio corpo. Isso leva a um ciclo em que o uso de antibióticos se faz necessário.

Há ainda a debicagem, quando os bicos dessas aves são retirados para evitar, entre outros, o canibalismo — intensificado pelo estresse vivido pelos animais. É algo que leva também ao corte dos rabos dos porcos, procedimentos esses que muitas vezes exigem também o emprego de antibióticos.

Lopes menciona ainda a falta de ventilação, a lotação de animais ou ainda o contato com excrementos como características da realidade da produção em escala que podem debilitar a saúde dos animais. Por isso, a ONG defende, entre outras medidas, a melhor regulamentação de várias etapas da criação de animais, a certificação de produtos gerados em práticas consideradas satisfatórias (como existe no caso das galinhas poedeiras criadas fora de gaiolas) e, como recomendação aos clientes, a redução do consumo de produtos de origem animal.

Silvana Lima Gorniak destaca que a ligação entre precariedade na produção e uso excessivo de antibióticos fica mais evidente, uma vez mais, no caso dos melhoradores de desempenho.

“As condições sanitárias impactam diretamente no uso de antimicrobianos. Os melhoradores de desempenho têm um efeito muito benéfico naqueles lugares onde as condições sanitárias não são tão adequadas. Em locais com higiene adequada, é claro que há benefícios, mas ele é diluído”, explica a pesquisadora.

Já os autores do artigo publicado na Science destacam que o cenário de precariedade e consequente uso de antibióticos pode ser uma faca de dois gumes para os produtores: “Uma consequência fundamental desta tendência é um esgotamento do portfólio de tratamento para animais doentes. Essa perda tem consequências econômicas para os agricultores, porque os antimicrobianos acessíveis são usados como tratamento de primeira linha, e isso pode eventualmente se refletir em alimentos com preços mais altos.”

Entidade veterinária pede maior controle de vendas de medicamentos no setor

“É como para a gente, humanos: os antibióticos resolveram muitas questões, mas se a gente abusa, vai chegar uma hora que eles não serão mais eficazes”, resume Fernando Zacchi, assessor técnico da presidência do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV).

Zacchi diz que a entidade está empenhada em educar a categoria para um uso mais racional de antibióticos e tornar mais rigoroso o acesso a antimicrobianos veterinários — hoje, ele explica ser necessária a apresentação, mas não retenção, da receita.

“Aí está uma fragilidade: estamos trabalhando com outros órgãos para a obrigatoriedade da retenção e escrituração”, aponta, lembrando que entra na questão ainda o uso de antimicrobianos em animais domésticos.

Outro ponto é o cumprimento da exigência de um responsável técnico nos pontos de venda destes medicamentos, algo que é fiscalizado pelo próprio CFMV — a BBC News Brasil pediu dados sobre multas e autuações relacionadas a essas regras, mas não teve a solicitação atendida.

“Embora o conselho e o Mapa entendam que deve haver um responsável técnico nesses estabelecimentos, o Judiciário está eventualmente dispensando este profissional, cuja presença garante mais controle e rastreabilidade.”

Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), nos últimos cinco anos, os antimicrobianos abocanharam cerca de 16% das vendas de tratamentos veterinários (que incluem ainda as categorias antiparasitários; biológicos; suplementos e aditivos; terapêuticos). A reportagem pediu valores — e não apenas percentuais — por categoria, mas não teve a demanda atendida.

Em nota enviada à BBC News Brasil, a Aliança para Uso Responsável de Antimicrobianos, que representa várias entidades do setor produtivo, afirmou também que no ramo a questão “é tratada com responsabilidade por todos os elos da cadeia produtiva”. “Contra achismos, a Aliança busca construir um debate pautado pelo pensamento científico e pela transparência. É formada por organizações nacionais da bovinocultura de corte e leite, avicultura, suinocultura, aquicultura e pescado.”

A Aliança defende que há controle interno, com análises diárias feitas pelas próprias empresas sobre a questão e que o “Brasil cumpre rigorosamente as determinações técnicas de todas as nações importadoras”.

Em relação à produção em escala, a entidade aponta que o país “segue as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para o alojamento dos animais”.

“Na produção industrial, o sistema produtivo é isolado em controles restritivos de acesso, o que evita a circulação de doenças. Em situações de produção precária, sem as devidas salvaguardas técnico-veterinárias, os riscos de enfermidades e o uso inadequado de antibióticos são maiores”, acrescentou.

E agora, o que fazemos em casa?

“Sou um cavaleiro do apocalipse”, brinca Victor Augustus Marin, professor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

À frente do Laboratório de Controle Microbiológico de Alimentos da Escola de Nutrição (Lacomen), ele e seus alunos e orientandos têm desenvolvido uma metodologia própria para encontrar bactérias resistentes em alimentos minimamente processados, aqueles prontos para consumo, como frutas e queijos. Um resumo do que eles têm encontrado até aqui: muitas bactérias resistentes.

Em sua dissertação de mestrado orientada por Marin, Cristiane Rodrigues Silva, por exemplo, buscou bactérias resistentes em amostras de queijo minas frescal. Todos exemplares estudados apresentaram algum conjunto de bactérias resistentes — em 13%, a resistência foi constatada para todos os antibióticos testados e em 80%, para 8 a 10 diferentes antibióticos. Foi constatada ainda resistência em 87% dos queijos aos carbapanêmicos, tipo de antibiótico potente que é considerado uma das últimas alternativas na luta contra microrganismos muito resistentes.

Agora, Silva, Marin e o resto da equipe estão estudando outros tipos de queijo, como minas padrão, parmesão, ricota e cottage; além de frutas compradas no comércio comum, como manga, laranja e caju. Eles também querem verificar se outras formas de produção, como a orgânica, podem alterar a presença de microrganismos resistentes.

“Comprovamos não só que as bactérias nos alimentos estudados até agora têm alguma resistência, como genes de resistência”, aponta Marin, acrescentando que, embora em escala muito menor do que na pecuária ou entre humanos, antibióticos são usados também na agricultura.

“Como essa bactéria chegou ao queijo? Tem que voltar ao campo: a vaca come capim, que tem dentro dela bactérias endofíticas, que vivem dentro das plantas. A vaca ingere a planta, produz leite e o leite vai para o queijo. Mas é difícil falar quem originou a bactéria primeiro — elas evoluem junto com os humanos e animais. Também são promíscuas: trocam material genético.”

As diversas variáveis que influenciam a resistência dos micróbios são justamente o que representa um desafio para as pesquisas: para traçar o caminho dos microrganismos através dos animais, humanos e do ambiente, seriam necessários grandes volumes de amostras desses elementos.

E em tempo real, lembra João Pedro do Couto Pires, já que muitas vezes é diagnosticada alguma infecção em uma ponta, mas sua origem muitas vezes já se perdeu no tempo.

Por isso, o alarme tocado pelo artigo na Science traz um porém: “Está além do escopo deste estudo tirar conclusões sobre a intensidade e a direcionalidade da transferência de resistência microbiana entre animais e humanos — aspectos que devem ser investigados com métodos genômicos robustos”.

Enquanto a ciência busca decifrar o caminho percorrido pelas bactérias, o que nós, humanos e consumidores de alimentos podemos fazer?

Flávia Rossi, patologista da USP, lembra de procedimentos básicos de saneamento e higiene que cortam a circulação de microrganismos, como lavar as mãos; o uso de água potável na cozinha; e o armazenamento adequado de alimentos.

O cuidado deve ser redobrado com pessoas mais vulneráveis, como hospitalizados, imunossuprimidos ou transplantados. “As bactérias também nos protegem, estão no nosso intestino, na nossa pele… Mas elas nos atacam quando há um desequilíbrio”, diz.

João Pedro do Couto Pires brinca que, hoje, nossas casas são mais perigosas do que restaurantes por haver menos cuidado com questões sanitárias. Ele destaca ações a serem evitadas: misturar alimentos crus e cozidos; ou carnes e vegetais, como, por exemplo, no refrigerador ou no uso de uma mesma faca ou tábua para esses dois tipos de alimentos. Essas misturas levam a fluxos de microrganismos que, no caso de alimentos crus, como vegetais em uma salada, acabam sendo ingeridos pela pessoa que está comendo.

Marin garante que não se trata de parar de comer alimentos como os estudados por sua equipe, como queijos e frutas, mas de aprofundar investigações sobre como a resistência microbiana se expressa neles — para, aí sim, fazer-se uma escolha entre custos e benefícios. Por exemplo, algo a ser levado em conta, segundo descobriu sua equipe, é que queijos mais úmidos exigem maior cuidado no assunto.

“O queijo, além de ter bactérias com resistência, também tem outra microbiota — outras bactérias — que combatem as que têm resistência. Ninguém é demônio e ninguém é anjo, inclusive entre as bactérias. Por isso a visão holística (multifatorial) é tão importante”, diz.

BBC Brasil

 

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Geral

[VÍDEO] BG: o que está em gestação no Brasil pelo PT não é regulamentação, É REGULAÇÃO DA MÍDIA E CENSURA

O comunicador Bruno Giovanni comentou no programa Meio Dia RN desta quarta-feira (4) sobre a intenção de Lula e do PT em praticar censurar nas redes sociais através da regulamentação de plataformas digitais.

“A vida toda o PT sempre quis regular a mídia. O que está sendo gestado nesse momento no Brasil não é a regulamentação de plataformas digitais, é a regulação, é a censura!”, disse BG.

Confira:

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Geral

Carla Zambelli diz que prisão preventiva decretada por Moraes é ‘ilegal, inconstitucional e autoritária’

Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) afirmou nesta quarta-feira (4), em nota, que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que ordena sua prisão preventiva imediata é “ilegal, inconstitucional e autoritária”.

“Nossa Constituição é clara: um deputado federal só pode ser preso em flagrante e por crime inafiançável. Nada disso ocorreu. Ainda assim, um único ministro decidiu, de forma monocrática, rasgar o devido processo legal, ignorar a imunidade parlamentar e violentar a democracia”, diz Zambelli.

VEJA TAMBÉM: Moraes determina prisão preventiva de Carla Zambelli, bloqueio dos passaportes e pede inclusão da deputada em lista da Interpol

Condenada em maio a 10 anos de prisão por ter invadido os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Carla Zambelli fugiu do país nesta terça-feira (3) pela fronteira com a Argentina. Na manhã desta quarta, a parlamentar estava na Flórida, nos Estados Unidos, segundo a assessoria.

Nesta quarta, o ministro Alexandre de Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a prisão preventiva de Carla Zambelli.

Na nota, a deputada também questiona o fato de Moraes ter decidido de forma “monocrática” – individual, sem levar o caso a plenário.

“Denunciarei esse abuso, essa perseguição e essa escalada autoritária em todos os fóruns internacionais possíveis. O mundo precisa saber que, no Brasil, ministros do Supremo agem como imperadores, atropelando leis, calando vozes, destruindo famílias. Essa perseguição política está apenas começando a ser exposta”, segue a parlamentar.

g1

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Geral

Moraes determina prisão preventiva de Carla Zambelli, bloqueio dos passaportes e pede inclusão da deputada em lista da Interpol

Foto: reprodução/CNN

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (4) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A decisão inclui uma série de medidas adicionais com o objetivo de impedir movimentações financeiras e comunicações públicas.

Além da prisão, Moraes ordenou o bloqueio imediato de todos os passaportes emitidos em nome da deputada, incluindo o passaporte diplomático. Também determinou que a Câmara dos Deputados suspenda qualquer repasse de verba destinada ao gabinete de Zambelli.

A decisão do ministro alcança ainda todos os bens e ativos da parlamentar. O Banco Central deverá bloquear contas bancárias — inclusive as utilizadas para recebimento de salários e verbas parlamentares, além de transferências via Pix, cartões de crédito e débito.

O bloqueio se estende a ações, criptomoedas, títulos privados e públicos, derivativos e outros ativos financeiros. As instituições responsáveis têm até 24 horas para informar o STF sobre o cumprimento da ordem.

Além das contas, Moraes também determinou o bloqueio de bens físicos da deputada, como veículos, imóveis, embarcações e aeronaves registradas em seu nome.

Lista vermelha da Interpol

Entre as determinações, o magistrado ordenou que a Polícia Federal realize os procedimentos necessários para a inclusão de Zambelli na lista vermelha da Interpol.

A “difusão vermelha” é um alerta internacional emitido pela Interpol a pedido de um país-membro. Ela serve para localizar e prender, em qualquer lugar do mundo, indivíduos procurados pela Justiça, até que sua extradição possa ser formalizada.

Bloqueio de redes sociais e multa

Moraes ordenou ainda que as principais plataformas digitais bloqueiem os perfis de Carla Zambelli no prazo de duas horas. A decisão vale para o GETTR, Facebook, Instagram, LinkedIn, TikTok, X (antigo Twitter), Telegram e YouTube.

As empresas também devem fornecer ao STF os dados cadastrais da deputada, preservar integralmente os conteúdos publicados e informar o cumprimento das ordens. Em caso de descumprimento, foi fixada multa diária de R$ 100 mil.

Além disso, Moraes determinou multa de R$ 50 mil por cada postagem feita pela deputada — ou por terceiros — “que reiterem as condutas criminosas”.

CNN Brasil

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Judiciário

Governo do RN sanciona reajuste para servidores efetivos e comissionados do Judiciário

Foto: José Cruz

O Governo do Rio Grande do Norte sancionou, nesta quarta-feira (4), a Lei Complementar nº 784, que concede um reajuste de 1,67% nos salários dos servidores efetivos e comissionados do Poder Judiciário do Estado. O aumento nos vencimentos passou a valer retroativamente a partir de 1º de janeiro deste ano. A informação foi divulgada no Diário Oficial do Estado.

A nova legislação altera as remunerações previstas na Lei Complementar Estadual nº 715/2022, que trata do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração do Judiciário estadual. O reajuste contempla os cargos públicos de provimento efetivo, as funções comissionadas e os cargos de provimento em comissão.

Nos cargos comissionados, por exemplo, a lei de 2022 previa salários que variavam entre R$ 3.509,62 e R$ 18.740,74. Com o reajuste, os valores passam a oscilar entre R$ 3.568 e aproximadamente R$ 19.053. Já entre os servidores efetivos de nível superior, as remunerações, que iam de R$ 6.637,44 a R$ 13.162,21, passam agora a variar entre R$ 6.748,28 e R$ 13.382.

A legislação estabelece, no entanto, que a aplicação do reajuste está condicionada às limitações previstas na Lei Complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), que proíbe aumentos salariais caso a despesa total com pessoal ultrapasse 95% do limite permitido. Além disso, o reajuste só poderá ser efetivado caso esteja previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias e dentro das dotações orçamentárias do Poder Judiciário do Rio Grande do Norte.

Tribuna do Norte

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Jornalismo

‘Tudo indica que não houve crime’, diz delegado sobre morte de criança de 11 que caiu de transporte escolar no RN

Foto: Reprodução

Responsável pela investigação em torno da morte da criança de 11 anos que caiu de uma van de transporte escolar no interior do Rio Grande do Norte, o delegado Valério Kürten afirma que, a princípio, não há indícios de que tenha ocorrido um crime.

Após colher o depoimento do motorista da van, no fim da tarde desta terça-feira (3), o delegado disse que acredita que o menino se jogou do veículo em movimento e bateu a cabeça.

“Tudo indica que não houve crime”, declarou.

O caso aconteceu no início da noite da última segunda-feira (2) na zona rural de Carnaubais, na região Oeste potiguar.

Luyz Ronaldo Carvalho Bezerra voltava para casa, na van escolar, sozinho com o motorista. No entanto, quando o veículo chegou à comunidade Tabatinga, onde ele morava, o menino não foi encontrado pelo motorista dentro do carro.

Familiares fizeram buscas e encontraram Luyz caído na estrada. Ele foi socorrido e levado ao hospital do município, mas não resistiu e morreu.

“O motorista normalmente conduz três crianças na parte da tarde e ontem duas delas não tiveram aula. Então ele só conduziu o menino Luyz. Ele o pegou na escola às 17h40 e ao chegar na residência dos pais do menino, por volta das 18h05, ou seja, aproximadamente 20, 25 minutos depois, o chamou, ele não respondeu e em ato contínuo saiu a mãe do menino e ficaram procurando de uma forma desesperada”, disse o delegado.

Segundo o delegado, o próprio motorista e os pais da criança saíram na van e em motos à procura da criança e encontraram o menino caído na estrada a 1,5 km de casa. Pessoas já estavam no local buscando prestar socorro à criança.

Ainda segundo o delegado, o condutor da van afirmou que os vidros eram mantidos fechados, mas, após o caso, percebeu que um deles estava aberto.

“A criança entrou, ficou calada, sentada lá na última fileira, e se se jogou do veículo. Tudo indica que aconteceu isso. Eu solicitei algumas perícias para esclarecer qualquer dúvida, mas tudo indica que a criança se jogou e bateu a cabeça numa pedra, porque estava com poça de sangue em volta da cabeça”, disse o delegado.

Valério ainda afirmou que deverá ouvir os pais e professores da criança para saber se o menino sofria bullying.

Luyz estudava na Escola Estadual Adalgiza Emídia Costa e diariamente usava o transporte escolar fornecido pelo município. A prefeitura de Carnaubais e a Secretaria Estadual de Educação lamentaram o caso.

G1RN

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Política

VÍDEO: “Bonjour, Paris”: ao lado de Janja, Lula desembarca na França

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou nesta 4ª feira (4.jun.2025) em Paris, na França, ao lado da primeira-dama Janja da Silva. “Bonjour, Paris”, disse o petista nos stories. O avião pousou às 13h30 no horário local (8h30 no horário de Brasília).

Assista (45s):

Em fala a jornalistas na 3ª feira (3.jun), Lula afirmou que sua ida ao país europeu inclui a discussão do acordo UE-Mercosul e o recebimento de honrarias, como o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Paris.

Em publicação nas redes sociais, o petista disse terá uma “série de compromissos para fortalecer a parceria” com a França e que esta é a 1ª visita de Estado de um presidente brasileiro ao país desde 2012.

No texto, disse ainda que irá discutir acordos de cooperação nas áreas de “meio ambiente, tecnologia, defesa, energia e saúde”.

O Brasil quer concluir o tratado até o fim do ano, quando estará à frente do bloco sul-americano. Os grandes países integrantes do grupo europeu têm sinalizado vontade de avançar diante do que o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, chamou de “onda de desestabilização protecionista global” provocada pelos Estados Unidos. A França, porém, é a principal opositora ao acordo.

O tratado entre Mercosul e UE criaria uma zona de livre comércio que representaria mais de 20% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial e englobaria 720 milhões de consumidores. O documento foi concluído em dezembro de 2024 e está na fase final de tradução técnica, com as próximas etapas previstas para aprovação e assinatura.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. O que um idoso apaixonado não faz?
    Voi levar a amada para Paris.
    Falar a verdade ela gosta muito de Paris, mui amiga do mané macron.
    O mané apanhou nos beiços, as más línguas disseram que foi por causa de uma primeira dama.
    Será que foi por causa da Janja, Tur???
    É somente uma pergunta.

    1. O nhonhô foi passear com sinhazinha. Cuide bem da casa grande se não a chibata vai cantar, viu? Inveja eu tenho é do gênio inventivo e empreendedo de um Elon Musk, das dimensões anatômicas de um Kid Bengala, da abnegação de um Chico Xavier.

  2. Olhem bem isso daí.
    O casal andarilho, os maiores turistas brasileiros pipocando o nosso dinheiro, viagem pra nada de concreto para nós brasileiros,
    CORTAR GASTOS O GOVERNO NÃO QUER, mas taxar e aumentar imposto, jogar a conta no espinhaço do povo, esse desgoverno é craque, cada vez menos dinheiro no bolso das pessoas.
    Miseráveis.
    Em tempo:
    É hoje viu, que nós vamos nos emudecer.
    Vamos perder e muito provavelmente, nos despedir desse espaço aqui do BG.
    Vcs vão ver.
    Criticar o governo, o STF etc etc etc, esqueçam!!!
    O Blog não vai mais poder postar.
    Aguardem e vejam!!
    Liberdade de expressão, indo pro espaço.

  3. Simplesmente um casal de vagabundos torrando dinheiro dos brasileiros e ainda zombando da cara de trouxa que nós somos…

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Política

Desaprovação do governo Lula mantém alta e chega a 57%, diz Quaest

Foto: Reprodução

O trabalho realizado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é desaprovado por mais da metade dos brasileiros, de acordo com a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (4).

O levantamento mostra que 57% desaprovam a terceira administração do petista, enquanto 40% aprovam. Não sabem ou não responderam são 3%.

Em março, 56% desaprovavam e 41% aprovavam. Os que não sabem ou não responderam também eram 3%.

Foram entrevistadas 2.004 pessoas pela Quaest, presencialmente, entre 29 de maio e 1º de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

CNN

Opinião dos leitores

  1. Não tem caridade que der jeito.
    Conta de luz grátis.
    Auxílio bujão de gás.
    Passagem de avião.
    o mágico Sidônio não está resolvendo, o cachaceiro continua em queda livre, o jeito é o bebum mandar distribuir a tal da picanha grátis mesmo pra ver se para de cair.
    hehehehe…
    Esse desgoverno do INSS,ÃO acabou!
    O LulaLadrão poderia botar o bonézinho na cabeça e vazar.
    Quem diria, o governo do amor, o pai dos pobres o fhodão do Brasil, arruinado nas pesquisas.
    Inacreditável para os militontos, nós já sabiamos, bolsonaro avisou, não se pode dar uma Ferrari, para um bêbado dirigir, pois vai bater.
    Tchau
    Queridos.
    Se ainda restar um bocadinho de democracia no Brasil em 2026, a direita ganha seja com qual candidado for.

    1. Ei, bora lacrar 13 em 2026. Nada de deixar para o sucessor o ônus de ajeitar a casa e o inominável sair arrotando virtude e acusando os outros de ódio a pobre. A bomba (figurada, viu?) tem que ser deflagrada no colo de quem a montou.

  2. Essa pesquisa foi feita nas comunidades? Nas penitenciárias? Nos diretórios de partidos da esquerda?
    Se foi com o povo, não dá menos de 80%;de DESAPROVAÇÃO.
    Ele só anda por ambiente fechados, com presentes selecionados e aprovados na condição de puxa saco.
    Nem no meio do povão, nas classes D e E ele não tem uma DESAPROVAÇÃO tão baixa.

  3. Não acredito nessa pesquisa, por onde Lula anda acompanha multidões, basta ver as urnas, só dá lula

    1. Disse tudo Francisco o homem arrasta multidões é um santo de bondade, honestidade a toda prova..Enfim essas pesquisas são feitas pelo bozo.

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Polícia

Isaac Samir é alvo de busca e apreensão da Polícia Federal na manhã de hoje em Parnamirim

Foto: Reprodução

A Polícia Federal realizou, na manhã desta quarta-feira (4), uma operação de busca e apreensão na residência de Isaac Samir, famoso nos grupos de Parnamirim por tentar destruir reputações de pessoas.

Samir chegou a ser indicado para ser adjunto do Meio-ambiente na gestão de Nilda, mas não assumiu porque simplesmente tem condenação na Leia Maria da Penha.

Durante a ação, foram apreendidos celulares, um notebook, computadores e diversos documentos.  A investigação segue sob sigilo e a Polícia Federal ainda não divulgou detalhes sobre o conteúdo apreendido.

Opinião dos leitores

  1. Em tempo: o PT apoio a administração de Ângelo Alves, apoio a gestão de Maurício Marques, apoio Rosano Taveira e, pra manter a coerência, o PT apoia a professora Nilda, portanto, o PT tá atolado até o pescoço nas gestões fraudulentas no município de Parnamirim.

  2. Em Parnamirim é assim, se puxar uma pena, vem um aviário. Nas gestões passadas e na atual, só tem cobra criada, é como diz a música “SE gritar pega ladrão, não fica um meu irmão, se gritar pega ladrão, não fica um”.

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Jornalismo

Natal sem ônibus: Jr Rodoviário manda mais que a Justiça e o Seturn

Foto: Reprodução

Natal amanheceu sem ônibus algum, mesmo com a decisão judicial que obrigou uma frota mínima de 70% em circulação. Em entrevista a InterTV, Junior Rodoviário, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários (Sintro), afirmou que não vai obrigar ninguém a trabalhar.

Segundo ele, inclusive, a Justiça garantiu o direito do trabalhador de fazer a greve (ignorando o trecho que diz 70%). Ainda acusou as empresas de roubarem os motoristas e a STTU de ser capacho.

 Blog do Gustavo Negreiros

Opinião dos leitores

  1. Então vamos lá, cadê a planilha anual de arrecadação do SETURN que deveria ser público, uma vez que o mesmo recebe concessões municipais? Alô MP

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Geral

Unimed Natal é acusada de não pagar clínica e prejudicar crianças autistas

Foto: Reprodução

Cansaço, preocupação, injustiça e desesperança. Esses foram apenas alguns dos sentimentos relatados por mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em uma audiência pública realizada na última semana, pela Câmara Municipal de Natal, quanto aos problemas enfrentados para conseguir atendimento para seus filhos na rede de saúde suplementar. A Câmara vai instaurar uma Comissão Especial de Inquérito para apurar a responsabilidade dos planos de saúde.

Menos de uma semana depois da audiência na Câmara, com depoimentos fortes de mães
atípicas, uma clínica de reabilitação neurofuncional, Vivianny Lopes, com diversas unidades em Natal, referência no Estado, divulgou que vem enfrentando múltiplas dificuldades contratuais e operacionais em sua parceria com o plano de saúde Unimed Natal, o que estaria comprometendo a regularidade dos atendimentos realizados pelo convênio nas áreas de terapias fonoaudiológicas, psicológicas, fisioterapêuticas, entre outras. Somente nessa clínica, são cerca de 450 pacientes prejudicados por causa dos atrasos da Unimed Natal.

“Mesmo diante das limitações enfrentadas, a clínica tem mantido todos os seus esforços
voltados à continuidade do cuidado com os pacientes e à preservação da qualidade dos serviços
prestados. No entanto, diante de diversos entraves operacionais e contratuais por parte da operadora e do agravamento da situação, informamos que, caso tais problemáticas já informadas à UNIMED NATAL não sejam regularizados até o dia 03 de junho, incluindo a regularização dos repasses, os atendimentos vinculados ao referido convênio poderão ser suspensos a partir desta
data”, diz nota da empresa.

Após a publicação do informativo nas redes sociais, a clínica voltou a abordar o assunto em postagem, afirmando que a Unimed Natal havia realizado “repasse financeiro referente aos atendimentos do último período”. No entanto, declarou que relevantes pendências de cunho administrativo ainda colocam em risco a plena execução da parceria e continuidade dos atendimentos.

“A regularização do repasse financeiro dentro do prazo correto, fato que usualmente não
tem ocorrido, não resolve a problemática enfrentada pela Clínica Vivianny Lopes diante da
extensa quantia de valores ainda pendentes de pagamento por parte da Operadora. Nossa equipe segue empenhada em buscar soluções definitivas, sempre por meio do diálogo e da via institucional, prezando pela continuidade dos atendimentos”, diz texto da empresa.

Em entrevista ao Diário do RN, a proprietária da clínica, Vivianny Lopes, disse que foi procurada pela Unimed para firmar parceria após o surgimento de demandas judiciais. A empresa de Vivianny ficaria responsável por atender clientes que haviam ajuizado casos referentes a atendimentos pela operadora. “E aí eles foram solicitando a abertura de outras unidades para a gente absorver a demanda e chegou ao ponto que a gente realmente partiu para o credenciamento, que foi em 2022. E a partir daí foi que as coisas começaram a desandar, vamos dizer assim”, declarou.

No entanto, segundo a empresária, após o credenciamento, foi chamada para uma negociação de valores e a partir de então os valores foram renegociados para baixo três vezes. “E a última vez que foi o ano passado, que eles me chamaram para conversar que era impossível que aquele valor já era um valor limite. E era de verdade, senão não ia conseguir dar a qualidade que a gente tem nos atendimentos”.

Vivianny afirma que a partir de então a operadora começou a usar estratégias “inadequadas”, “sem fundamentação”. Ela disse que passou de seis a oito meses sem receber porque os pacientes ficavam em análise. “A gente fazia a solicitação no co meço do mês e dia trinta tinha que estar tudo liberado no sistema. Quando chegava dia trinta, a gente tinha seiscentos pacientes, setecentos pacientes dele (o plano de saúde) para atender e não liberavam”, disse.

“E aí eles diziam para mim ‘não pode deixar de atender, que tem uns que são demandas judiciais’ e a gente não nunca deixou de atender. (…) Passava de um mês para o outro. No outro mês ficava mais um montante em análise e isso mesmo não ia sendo pago”, completou.

Diante da situação, Vivianny marcou reuniões, sem obter sucesso em suas demandas. “[Foram] várias tentativas da gente sentar, conversar, e aí foi preciso realmente ontem a gente tomar essa decisão para que a coisa andasse. E hoje eles fizeram o pagamento”. A empresária afirma que sofreu muita interferência. “É uma perseguição mesmo, não é?”.

Ainda segundo a gestora, ela se vê prejudicada ao ter que se expor e lamenta ver muitas famílias apreensivas com a situação, com o risco de ver parentes sem o tratamento devido. “A famílias
ficam apavorada sem saber o que fazer (…) Independente da parceria ou não, quem me conhece sabe o quanto eu luto, o quanto eu vou em busca de coisas boas para essas crianças e adolescentes”, finalizaa proprietária da clínica.

Diário do RN

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