Geral

PRESIDENCIÁVEL: Governador gaúcho, Eduardo Leite surge como alternativa a Doria em 2022

O pontapé simbólico ocorreu no último dia 11, em uma churrascada no Galpão Crioulo, que fica na área externa do Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, em Porto Alegre. Enquanto as peças de carne nobre assavam, o governador Eduardo Leite (PSDB) era aclamado como o mais novo pré-candidato à Presidência para 2022 pela comitiva de deputados tucanos de vários estados. Não por acaso, o convescote ocorreu apenas três dias após um jantar organizado pelo governador paulista João Doria (PSDB), onde ele tentou reivindicar o controle do partido para pavimentar a sua pretensão de ser o escolhido na disputa pelo Planalto — a iniciativa repercutiu muito mal internamente e desembocou na revoada de correligionários para o evento no Sul.

Foto: Arte/Veja

Na ocasião, Leite disse que “aceitava a missão” de debater um plano de propostas para o Brasil. Para um político conhecido pelo cuidado com que mede as palavras, a declaração não passou de um eufemismo para transmitir a seguinte mensagem: sim, ele é candidatíssimo. O nome de Leite já é veiculado há algum tempo como uma aposta futura para os projetos nacionais do PSDB, mas nunca um grupo havia ido até a sua presença levar o tal do “cavalo encilhado”, que um outro gaúcho célebre, o ex-governador Leonel Brizola, tornou famoso em uma frase sobre a importância de, na política, nunca perder a oportunidade quando ela se apresenta.

Em um partido como o PSDB, com enormes dificuldades de renovação em seus principais quadros, o político de 35 anos percorreu até aqui uma trajetória promissora. Tendo no currículo um elogiado mandato como prefeito de Pelotas, cidade de 343 000 habitantes no interior gaúcho, e apenas dois anos como governador, Leite já mostrou qualidades. A principal delas foi construída em meio ao cenário de terra arrasada que recebeu: um estado quebrado, que não conseguia pagar em dia nem o salário do funcionalismo. Com uma reforma fiscal e administrativa, que mexeu em questões sensíveis como o plano de carreira do magistério e regras de aposentadoria, ele diminuiu o déficit previdenciário em 17% — a primeira queda desde 2010 —, estancou o crescimento da folha do funcionalismo e colocou os vencimentos dos servidores em dia após cinco anos de atrasos e parcelamentos.

O governador também conseguiu uma aprovação, embora com ressalvas, do plano do estado para entrar no Regime de Recuperação Fiscal — o seu antecessor, José Ivo Sartori (MDB), teve a proposta rejeitada em 2017. Para efeito de comparação, outro estado importante em situação de penúria fiscal, Minas Gerais não conseguiu ter a sua proposta aprovada porque o governador Romeu Zema (Novo) concedeu reajustes salariais ao funcionalismo, o que vai na contramão de uma boa política fiscal de um estado em grave crise. “Eu diria que o Eduardo Leite fez avanços que nenhum outro governador recente conseguiu. Retirou os penduricalhos dos salários, à exceção dos militares, e conseguiu reduzir os gastos de pessoal”, aponta o economista Raul Velloso, especialista em contas públicas. Para Gil Castello Branco, da Associação Contas Abertas, ainda que insuficientes, as medidas apontam ao menos para a melhora do quadro. “A economia do estado está na UTI. Tal como ocorre com os tratamentos de saúde, os remédios podem ser venenos dependendo da dosagem. Creio que o governo está aplicando a medicação com cautela”, afirma.

Lidar com abacaxis fiscais não é uma novidade para Leite. Apesar de formado em direito, ele estudou gestão pública na Universidade Columbia (EUA) e fez mestrado em gestão e políticas públicas na FGV-SP. Filho de uma família de classe média (os pais são professores da rede federal e os irmãos, servidores públicos), ele chegou aos 23 anos à Câmara de Vereadores de Pelotas, depois de entrar para a política pelas mãos do pai, José Luis Marasco Leite, que disputou sem sucesso a prefeitura em 1988. Em 2012, Eduardo Leite foi eleito, aos 27, o prefeito mais jovem da história de sua cidade. Focou os seus esforços na melhoria da gestão da máquina e na aplicação dos recursos públicos — ganhou apoio popular ao retirar verba do desfile das escolas de samba para subsidiar a abertura de uma unidade de saúde.

Se as contas do Rio Grande do Sul eram uma encrenca conhecida, a pandemia foi um desafio inesperado. Mas aí ele também saiu-se bem. Com políticas acertadas, como dobrar o número de leitos de UTI e promover a defesa ostensiva da vacinação e do uso de máscaras, ele conseguiu evitar o pior: o estado é hoje o 17º do país em número de mortes pela Covid-19, na proporção da população. A partir da análise de dados e com a ajuda de médicos, universidades, setores econômicos e prefeituras, ele montou um modelo chamado de Distanciamento Controlado, no qual o estado passou a adotar graus variados de isolamento social dependendo do avanço do vírus e baseado em onze indicadores, como número de óbitos e ocupação de leitos de UTI. “Ele conseguiu mostrar a imagem de gestor, aparecendo quase todos os dias na casa das pessoas”, diz Jefferson Jaques, diretor-presidente do Instituto Methodus, que produz pesquisas internas para partidos. Na avaliação mais recente de sua gestão, do Ibope, feita em outubro de 2020, só em Porto Alegre, 29% avaliavam o governo de Leite como ótimo ou bom, 30% consideravam ruim ou péssimo e 39% o tinham como regular.

Apesar das conquistas importantes na saúde e na área fiscal, Leite tem muito o que avançar na gestão do estado. Em relação às contas públicas, por exemplo, ainda tem um abacaxi de 78 bilhões de reais em dívida, sendo quase 90% dela com o governo federal, que o estado não paga há cinco anos, amparado por uma liminar do Supremo Tribunal Federal. Ele também tenta tirar do papel uma de suas promessas, a de privatizar três companhias estatais do setor de infraestrutura (veja o quadro). Na educação, não conseguiu cumprir as metas do Ideb (indicador da educação básica) em 2019 e enfrenta pressão dos professores por reajuste salarial. “A educação é um caos. Temos um governo que está se destacando em fechamento de turmas e escolas e desvalorização de professores”, diz Helenir Schürer, presidente do sindicato da categoria, que, ao lado de outras, fez protestos quase diários durante a reforma empunhando cartazes chamando o governador de “Eduardo Mãos de Tesoura”. Vice-líder do PT na Assembleia, Fernando Mainardi afirma que as reformas pesaram no bolso dos servidores. “Os professores, assim como o funcionalismo, estão oito anos sem reajuste. Na Previdência, ele passou a cobrar de quem ganha abaixo do teto. Ou seja, cortou gastos à custa dos trabalhadores”, afirma.

Mas mesmo entre os inimigos há alguma boa vontade com Leite. O próprio Mainardi reconhece que o rival é “uma pessoa correta, de diálogo”. Leite, vira e mexe, atravessa a rua e vai à Assembleia, que é vizinha ao Piratini, negociar diretamente com os parlamentares, além de visitar os sindicatos. Com esse estilo, formou uma base com mais de quarenta dos 55 deputados, mesmo o PSDB tendo apenas quatro cadeiras. Por mais que sejam simbólicos, ele faz gestos para agradar a gregos e troianos. Encampou, por exemplo, um projeto da opositora Luciana Genro (PSOL) que proibia queima de fogos de artifício acima de 100 decibéis — e tirou uma foto ao lado dela no palácio. Na inauguração da duplicação da RS-118, convidou os ex-governadores Germano Rigotto (MDB), Yeda Crusius (PSDB), Tarso Genro (PT) e Ivo Sartori (MDB) para participar do evento — eles não foram, mas Leite, no discurso, disse que a estrada só saiu por contribuição deles. “Ele não vê os opositores como inimigos”, propagandeia o secretário da Casa Civil, Artur Lemos, um dos seus articuladores políticos. “O gaúcho sempre teve a imagem de brigão. Hoje, enquanto o Brasil inteiro está brigando, temos um governador que busca a conciliação”, completa Leany Lemos, presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul. Na visão dos aliados, Leite é contra a “grenalização da política”, em referência ao clássico Grêmio x Internacional — ele também foge dessa polarização do futebol gaúcho e diz torcer para o pequeno Brasil de Pelotas.

O flerte de parte do PSDB com Leite, inclusive de caciques como o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso — de quem recebeu apoio político e financeiro nos seus estudos no exterior —, começou já em 2018, quando chamou a atenção o fato de ele não ter se alinhado automaticamente a Jair Bolsonaro, como fez Doria. A aproximação cresceu à medida que o paulista foi empilhando o que tucanos influentes classificam como erros decorrentes de pura inabilidade política, como a mudança abrupta do figurino de seguidor de Bolsonaro para opositor ferrenho. “Surgiu uma nova liderança, que além de ser bom gestor mostrou habilidade política”, diz o deputado Domingos Sávio (MG), vice-presidente do PSDB. No mesmo dia em que foi aclamado pré-candidato, FHC ligou para o governador gaúcho. Deu sinal verde para a candidatura, mas pediu para ele evitar fraturas na sigla.

Apesar do movimento em favor de Leite, não é possível considerar Doria carta fora do baralho. Além de governar de forma competente o estado mais rico do país, ele tem a seu favor o histórico em prévias, ao vencer, quando pouca gente apostava nisso, nas eleições para a prefeitura e o governo de São Paulo. Para muitos, o aceno a Leite também pode ser interpretado como uma tentativa de frear a tentação de Doria de controlar o partido. “Pode ser o lançamento de um nome que, embora não tenha grandes chances de vitória em 2022, reconstitua o processo de alternativas das lideranças do partido”, diz o cientista político José Álvaro Moisés, da USP. Feito o voo inaugural, o gaúcho agora pensa em como reforçar o seu nome. O plano é construir um programa de pautas para o país que congregue diversos partidos de centro e especialistas de diferentes correntes ideológicas. A estratégia envolve ainda participar o máximo possível de videoconferências para se tornar mais conhecido fora do Rio Grande do Sul.

A equação do PSDB passa por não repetir os erros de 2018, quando Geraldo Alckmin protagonizou o fiasco de terminar com 4,76% dos votos, porcentual próximo ao que apresenta Doria hoje nas pesquisas, apesar da tremenda vitória política obtida com sua aposta na CoronaVac. Em busca dos eleitores que migraram para Bolsonaro em 2018, incomoda parte do partido o exagerado tom de oposição de Doria, enquanto Leite se mantém moderado. O desafio de ambos, no entanto, é muito parecido — se tornar conhecido nacionalmente. No caso de Leite, com uma dificuldade adicional: o seu ativo, por ora, é a austeridade fiscal, infelizmente de pouco apelo junto às massas. Mas, seguindo o conselho de Brizola, o governador montou no cavalo encilhado e se mostra um desafiante sério para ser o presidenciável no hoje dividido ninho tucano.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Qualquer um é melhor que o atual.
    O Bozo falha em todos quesitos. Principalmente educação pessoal!

  2. Esse é mais da turma do PSDB, da turma de Aécio Neves, Dória, FHC, Serra, Azeredo, Alckmin. Todos com problemas na justiça. Esse é o PSOL Kiss.

  3. O calcinha apertada já tá fugindo da candidatura à presidência kkkķkkk.
    A Doriana poderia ter a Pepa Pig e Alexandre Frota seria o 1° Damo kkkkkk

  4. O problema da educacao é o modelo sindical.. onde a educacao nao importa, so o sindicato. Educacao com cabresto sindical é coisa implantada pelo PT, por isso que nao funciona a contento no Brasil e é um ralo de dinheiro publico. Ineficiente porque se gasta muito, vive em greve pensando em salario e em partidos politicos. Educacao publica tem medo de concorrencia privada e de homeschooling. Ate a ciencia no Brasil acabou-se.. hoje é ciencia da ideologia… E nao adianta dar exemplos raros, excessao nao é regra.

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Política

VÍDEO: “Inauguração de bica” por Fátima Bezerra vira troça nacional

Na sexta-feira 27, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), realizou a inauguração de um cano no município de Governador Dix-Sept Rosado. Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, a petista abre a torneira e declara: “Teje entregue”.

A entrega da “obra”, realizada em parceria com a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), foi classificada pela própria governadora como uma “prioridade”. De acordo com a gestão, o cano se refere, na verdade, a parte de uma adutora voltada para a ampliação da distribuição de água na região.

“Desde que assumi, disse ao nosso presidente da Caern, Roberto Sérgio, que não sairia do governo sem resolver o problema de água de Dix-Sept Rosado e de Mossoró”, disse, na ocasião. “Hoje, estamos aqui cumprindo esse compromisso. Estamos triplicando a oferta de água, que saltou de 40 para 120 mil litros por hora.”

Reação de internautas

Na rede social X, vários usuários reagiram à curiosa inauguração do governo. O vereador de São Paulo Rubinho Nunes (União Brasil) ironizou o ocorrido. “Esse é o ‘progresso’ da esquerda: Boulos ‘descobre’ a cisterna, Fátima inaugura uma bica”, afirmou o parlamentar. “Agora sim, a sede do Nordeste acabou.”

“Inauguração de prefeito e olhe lá… Será que o Estado só tem água passando em cano de meia polegada?”, indagou um internauta, em post similar. “Quantos milhões custou essa adutora magnífica?”, comentou outro.

O vídeo já acumula mais de 9 mil curtidas em publicações diferentes.

Detalhes da “adutora” inaugurada no Rio Grande do Norte

De acordo com o governo estadual, o sistema que deriva do projeto Apodi−Mossoró já opera e atende bairros antes afetados por interrupções no abastecimento.

Com a nova estrutura, 70% da água distribuída em Governador Dix-Sept Rosado agora tem origem no sítio Carrasco, em Apodi. A gestão avalia que a medida garante suprimento para áreas de expansão urbana e regiões elevadas, que enfrentavam dificuldades frequentes de acesso à água.

Revista Oeste 

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Política

Bolsonaro volta a se sentir mal e cancela agenda com parlamentares

Foto: Mateus Bonomi/AGIF – Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou nesta terça-feira (1º) mensagem a parlamentares cancelando reuniões e visitas em função de recomendação médica.

Jair Bolsonaro disse estar com crises de soluço e vômitos que o impedem de falar.

“Por exigência médica não irei ao PL nessa terça-feira. Crise de soluços e vômitos me impedem de falar. Obrigado. Jair Bolsonaro”, diz mensagem encaminhada.

De acordo com apuração, o ex-presidente se sentiu mal ontem e hoje.

Ele não foi à sede do Partido Liberal nesta terça e, por recomendação médica, não deve ir nesta quarta-feira também.

CNN 

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Geral

VÍDEO: Trem sai dos trilhos em Extremoz após fortes chuvas

Um Veículo Leve Sob Trilhos (VLT) desencarrilhou final da manhã desta terça-feira (1º) no município de Extremoz, localizado na região Metropolitana de Natal. Segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) ninguém ficou ferido.

De acordo com a CBTU, apesar do trem trafegar com baixa velocidade, o descarrilamento de um dos carros aconteceu em uma curva, devido à saturação do solo, ocasionada pelas fortes chuvas desta semana.

Em nota, o órgão afirmou que os funcionários e passageiros estão em segurança e outro trem foi enviado ao local para dar continuidade à viagem de todos os passageiros.

Um vídeo publicado nas redes sociais mostra como o VLT ficou logo após sair dos trilhos. “O trem acabou de descarrilhar aqui. Ele começou cair dez quilômetros lá fora”, afirmou um dos passageiros que estava no local.

Tribuna do Norte 

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Política

VÍDEO: Na falta do que dizer, Lula dispara “put4 merda cara” durante discurso

Uma declaração feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o lançamento do Plano Safra 2025/2026 tem gerado forte repercussão nas redes sociais e provocado reações de diversos setores da sociedade. Em tom crítico, o presidente afirmou: “Nós estamos exportando asa de pavão, asa de rabo de galinha, asa de rabo de pomba. Puta merda, cara”, ao comentar o tipo de produto que o Brasil tem exportado no setor agropecuário.

O evento aconteceu nesta segunda-feira (30), em Brasília, e contou com a presença de ministros, parlamentares e representantes do agronegócio.

A fala do presidente foi interpretada por muitos como uma crítica à baixa agregação de valor em parte das exportações brasileiras. No entanto, o uso de termos considerados inadequados por alguns internautas acabou ofuscando o conteúdo da mensagem e dominou os debates online.

Blog do BG

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Geral

Casa Durval Paiva comemora seus 30 anos com grande festa no dia 11 de julho

No dia 11 de julho, a Casa Durval Paiva comemora 30 anos com grande festa no Versailles Recepções. A instituição referência no acolhimento a crianças e adolescentes em tratamento oncológico ou doenças hematológicas crônicas reúne toda sociedade, a partir das 20h, em evento all inclusive, pilotado por Bebeto Torres e Simone Silva, que terá renda revertida para os projetos da instituição.

A noite será embalada por um lineup musical diversificado, com atrações que vão do pop ao rock, animando o público ao longo da noite. Subirão ao palco DJ Brunno Giovanni, banda Uskaravelho, Rebekka Martins, o cantor Léo Ricci, além de uma participação especial do multi-instrumentista Diogo das Virgens.

Para tornar a celebração ainda mais especial, o evento terá farto buffet da casa de recepções e bebidas diversas, durante as mais de cinco horas de festa. Os passaportes para a festa já estão disponíveis e podem ser adquiridos na Tota Tabacaria, em Petrópolis, e na Casa Durval Paiva, ao preço de R$350.

A festa tem o mote “Transformando esperança em celebração” e é uma oportunidade de reconhecer todo trabalho da instituição, participando de um momento único, que une música, diversão e solidariedade em prol de uma causa nobre. Por isso, conta com nomes importantes como embaixadoras: Adriana Magalhães, Sandra Elali, Da Graça Viveiros, Tinesa Emereciano, Laurita Arruda, Valéria Cavalcanti, Anninha Melo, Keline Jacome, Lara Santiago, Marja Andrade, além de entidades e instituições apoiadoras. Um convite a “Ser social e do bem”!

Casa Durval Paiva
Em 30 anos de existência, a Casa já acolheu mais de 2.000 famílias em tratamento contra o câncer ou doenças hematológicas crônicas, oriundos de municípios do RN e de todo o país. Atualmente, 430 pacientes são assistidos, juntamente com seus familiares.

A organização tem mais de 80 colaboradores especializados em diversas áreas, entre eles: assistentes sociais, psicóloga, dentistas, fisioterapeuta, nutricionista, farmacêutica, pedagogas, arte educadora, os quais compõem a equipe multidisciplinar, além de voluntários dedicados à causa.

Serviço:
O quê: 30 anos da Casa Durval Paiva;
Quando: 11 de julho de 2025, às 20h;
Onde: Versailles Recepções;
Acessos: R$350 (Tota Tabacaria e Casa Durval Paiva);
Destaque: All inclusive (Espumante, Whisky Old Parr e drinks | Buffet Versailles) e manobrista.

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Política

Moraes nega pedido de advogado de Bolsonaro para ser dispensado de depoimento

Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um pedido apresentado pelo advogado Paulo Amador Cunha Bueno, que integra a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no processo sobre a trama golpista, para ser dispensado de seu depoimento à Polícia Federal (PF), confirmado para esta terça, 1º.

Na semana passada, Moraes determinou que a PF ouvisse Bueno e Fábio Wajngarten – que auxiliava Bolsonaro em algumas ações judiciais – por “suposta prática dos crimes de obstrução de investigação penal que envolva organização criminosa”. Segundo o ministro, relatos do tenente-coronel Mauro Cid apontam que Bueno e Wajngarten procuraram familiares do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro para conseguir informações sobre sua delação premiada

Em petição apresentada na segunda, 30, ao Supremo, Bueno afirmou que não tentou obter informações sobre a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.

O advogado confirmou ter se encontrado com a mãe de Cid, Agnes Barbosa Cid, mas em situação “casual, protocolar e breve”.

Ele alegou ter sido procurado por Agnes por ter ajudado a inscrever sua neta em uma competição de hipismo.

“O encontro foi bastante breve, amistoso e absolutamente protocolar, dividindo o agradecimento da Sra. Agnes com os cumprimentos do peticionário pela importante conquista da jovem amazona. Nada para além disso. O encontro na Sociedade Hípica Paulista de fato ocorreu, porém de maneira absolutamente casual e breve”, diz trecho.

Bueno, no entanto, afirmou não ter conversado sobre a delação de Cid.

Marcelo Câmara

A decisão do ministro foi proferida dentro de um inquérito aberto para apurar se o advogado Luiz Eduardo Kutz, que integra a defesa de Marcelo Câmara, teve contatos com o tenente-coronel ao longo de 2024 para obter informações privilegiadas sobre a delação no processo sobre tentativa de golpe de Estado.

Em 18 de junho, Câmara foi preso preventivamente por ordem de Moraes.

Segundo o magistrado, ao tentar obter informações sobre a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, Câmara oferecia risco às investigações sobre a ação que julga a tentativa de golpe de Estado que teria ocorrido no país entre 2022 e 2023.

Na decisão, Moraes afirmou que Câmara descumpriu determinações cautelares, entre as quais a proibição de uso de redes sociais.

“Efetivamente, as condutas noticiadas indicam que o réu e seu procurador tentaram obter os dados sigilosos relativos ao acordo de colaboração premiada, por meio de conversas realizadas pelo Instagram e por meio de contatos pessoais na Sociedade Hípica de Brasília, no período em que o réu MARCELO COSTA CAMARA estava preso”, pontuou o ministro.

“A tentativa, por meio de seu advogado, de obter informações então sigilosas do acordo de colaboração premiada de MAURO CÉSAR BARBOSA CID indicam o perigo gerado pelo estado de liberdade do réu MARCELO COSTA CAMARA, em tentativa de embaraço às investigações”, acrescentou Moraes.

O Antagonista 

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Brasil

Moraes será relator de ação da AGU no STF contra derrubada da alta do IOF

Foto: reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), será o relator da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) solicitada pelo governo federal para tentar manter o decreto que aumenta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e que foi derrubado pelo Congresso.

Mais cedo nesta terça-feira (1º/7), após entrar com a ação, a Advocacia-Geral da União (AGU) já havia pedido que a relatoria ficasse com o ministro Alexandre de Moraes.

O pedido da AGU alegava que o ministro já avalia um pedido semelhante, peticionado pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSol), que questiona a decisão do Congresso Nacional de tornar sem efeito o decreto de Lula.

Ou seja, para o entendimento da AGU, a ADC deveria ficar com Moraes por prevenção, já que o magistrado analisa um pedido semelhante. A diferença entre os dois pedidos — o do partido e o da AGU — é que o advogado-geral da União, Jorge Messias, pede que os efeitos do decreto de Lula voltem a valer, enquanto o PSol questiona a “medida inconstitucional” de deputados e senadores.

Metrópoles

 

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Geral

Primeiro ano de alistamento feminino nas Forças Armadas tem quase 34 mil inscritas, um quarto delas do RJ

Foto: Divulgação/Ministério da Defesa

O primeiro ano de alistamento feminino nas Forças Armadas teve 33.721 inscrições. Os dados revelados pelo Ministério da Defesa nesta terça-feira destacam que um quarto delas está concentrada no Rio de Janeiro (8.102) — estado na liderança do ranking. Antes impedidas de fazer o alistamento no ano em que completam a maioridade, as jovens podem — de maneira voluntária — demonstrar formalmente o desejo de prestar o serviço militar, obrigatório aos homens quando completam 18 anos. Após o alistamento, o recrutamento contará com mais quatro etapas: seleção geral, seleção complementar, designação/distribuição e incorporação.

O público masculino, por sua vez, somou 1.029.323, sendo o maior número de alistados na 2ª Região Militar, no estado de São Paulo, com 271.589.

Somente nos primeiros sete dias de janeiro, semana em que iniciaram as inscrições para as Forças Armadas, mais de 15 mil jovens mulheres que completam 18 anos em 2025 já haviam se alistado voluntariamente na esperança de serem convocadas. O número já era dez vezes maior que a quantidade de vagas disponíveis — são 1.465 vagas em Brasília (DF) e em outros 28 municípios de 13 estados.

Até o ano passado, as brasileiras só podiam entrar para as Forças Armadas por meio de concurso para suboficiais e oficiais. São apenas 37 mil mulheres nas três Forças, representando 10% do efetivo. Hoje, elas atuam principalmente nas áreas de saúde, ensino e logística ou têm acesso à área combatente por meio de concursos públicos específicos em estabelecimentos de ensino.

Neste ano, ao todo, são ofertadas 1.010 vagas para o Exército, 300 para a Força Aérea e 155 para a Marinha. As mulheres poderão escolher em qual delas desejam atuar, e a opção será avaliada durante o processo de acordo com o perfil e local de atuação de cada candidata.

As selecionadas serão incorporadas no primeiro ou segundo semestre de 2026 (de 2 a 6 de março ou de 3 a 7 de agosto), ocupando a graduação de soldado ou marinheiro-recruta, no caso da Marinha. Essa é a etapa limite em que as militares ainda podem manifestar o desejo pela desistência.

Em janeiro, o Ministério da Defesa informou que só irá recrutar mulheres para quartéis que já tenham capacidade de recebê-las, com quartos, banheiros e políticas adaptados para esse público. Com investimento de cerca de R$ 2 milhões no próximo ano, a ideia também é inserir equipamentos de identificação facial e mais câmeras de segurança nos alojamentos, a fim de coibir casos de abuso e assédio sexual.

Em relação aos materiais de combate, mochilas e coletes serão ajustados com base na estatura das soldadas. Essas medidas já são seguidas pela Marinha e implementadas em instalações como a do Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves, o Ciampa, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.

— Hoje nós desenvolvemos palestras de prevenção junto às organizações militares. Estamos investindo ainda um pouco mais nos canais de ouvidoria para recebimento de denúncias e, especialmente, nos espaços de acolhimento, promovidos por profissionais de serviço social e de psicologia — pontuou a capitã de mar e guerra Eliane Rocha.

Os critérios para inscrição

  • Ter 18 anos completos em 2025 (nascidas em 2007);
  • Residir em um dos municípios contemplados com vagas;
  • Apresentar certidão de nascimento ou prova de naturalização;
  • Ter comprovante de residência e documento oficial com foto (como identidade ou carteira de trabalho).

Cidades com vagas em 2025

 

  • Águas Lindas de Goiás (GO)
  • Belém (PA)
  • Belo Horizonte (MG)
  • Brasília (DF)
  • Campo Grande (MS)
  • Canoas (RS)
  • Cidade Ocidental (GO)
  • Corumbá (MS)
  • Curitiba (PR)
  • Florianópolis (SC)
  • Formosa (GO)
  • Fortaleza (CE)
  • Guaratinguetá (SP)
  • Juiz de Fora (MG)
  • Ladário (MS)
  • Lagoa Santa (MG)
  • Luziânia (GO)
  • Manaus (AM)
  • Novo Gama (GO)
  • Pirassununga (SP)
  • Planaltina (GO)
  • Porto Alegre (RS)
  • Recife (PE)
  • Rio de Janeiro (RJ)
  • Salvador (BA)
  • Santa Maria (RS)
  • Santo Antônio do Descoberto (GO)
  • São Paulo (SP)
  • Valparaíso de Goiás (GO)

O Globo

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Geral

‘Não me conformo com taxa de juros a 15%’, diz Lula

Foto: reprodução/YouTube

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta terça-feira (1°) que não se conforma com a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano. A declaração foi realizada durante lançamento do Plano Safra 2025/2026

Sob a gestão de Gabriel Galípolo, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central subiu a Selic em 0,25 ponto percentual na reunião de junho. O colegiado é formado, em sua maioria, por diretores indicados pelo governo Lula.

“Não me conformo com taxa de juros a 15%, mas este aumento já estava dado. Na verdade, o Galípolo está comendo o prato que ele recebeu. Não teve nem tempo de trocar de comida, mas certamente vai trocar. O dólar começou a baixar. A inflação está controlada”, disse Lula.

Na reunião do Copom de dezembro, a última comandada por Roberto Campos Neto, o Banco Central contratou duas altas de 1 p.p. em janeiro e março. Outras duas reuniões já foram realizadas pelo comitê desde então.

Em maio, o Banco Central elevou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, levando-a para 14,75% ao ano. Na reunião seguinte, em junho, o Copom optou por subir a Selic em 0,25 ponto percentual. Indicado por Lula, Galípolo votou a favor do aumento nas duas ocasiões.

O Copom sinalizou que deve interromper ciclo de alta dos juros na reunião de julho, com objetivo de analisar os impactos e avaliar se o nível corrente da taxa de juros é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Interessante, os diretores foram indicados por ele. Onde a inflação está sob controle?

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Geral

Dinheiro supera saúde como maior preocupação no Brasil, diz estudo

Foto: iStock / Jairo Bouer

Quase metade dos trabalhadores brasileiros (49%) considera questões financeiras sua maior preocupação, segundo pesquisa da fintech Onze em parceria com a Icatu divulgada nesta terça-feira (1º) pelo portal G1.

O levantamento ouviu 8.701 pessoas em todo o país, incluindo trabalhadores CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), MEI (Microempreendedores Individuais), desempregados, aposentados e servidores públicos.

As preocupações financeiras superam inquietações com saúde (19%), família (15%), trabalho (7%), violência (7%) e política (3%). Entre quem elegeu finanças como principal fonte de ansiedade, 61% afirmam não ter dinheiro para emergências médicas ou auxílio a familiares.

Impacto na saúde mental cresce

Setenta e dois por cento dos entrevistados declaram que problemas financeiros afetam negativamente sua saúde mental. Os sintomas mais comuns são ansiedade (65%), insônia (50%) e depressão (21%).

A pesquisa identificou crescimento de 12 pontos percentuais nos casos de ansiedade provocados por estresse financeiro comparado ao ano anterior.

Maioria tem renda insuficiente

Cinquenta e um por cento dos participantes não conseguem cobrir gastos mensais com a renda atual, alta de 10 pontos percentuais em relação ao estudo de 2023. Além disso, 63% não têm reserva de emergência, e 15% acumulam dívidas sem qualquer poupança.

Sessenta e dois por cento dos entrevistados acreditam que alcançariam melhor qualidade de vida com estabilidade financeira obtida por meio de planejamento e organização de dívidas.

Poder 360

Opinião dos leitores

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