Finanças

Propaganda eleitoral: o contribuinte também arca com esse custo

Está na Tribuna do Norte: propaganda eleitoral custa R$ 3 milhões ao contribuinte . Pra quem pensava ao contrário, nós contribuintes custeamos com todos os gastos que possamos imaginar, com o horário político eleitoral não seria diferente. Com a renúncia fiscal garantida as empresas de comunicação pela lei, quem arca com os custo é a União, ou melhor, nós contribuinte que pagamos aqui no RN, R$ 1, 29 para receber as informações dos candidatos.

Confira a reportagem na íntegra:

Margareth Grilo – Repórter especial

No Rio Grande do Norte, a veiculação do programa eleitoral gratuito, que começou no dia 21 de agosto, custa R$ 3,057 milhões. Esse é o montante que a Receita Federal deixa de arrecadar, este ano, junto às emissoras de rádio e televisão, no Estado. No Nordeste, somente nestas eleições, o montante referente à renúncia fiscal devido ao horário eleitoral chega a R$ 49,9 milhões, sendo que o estado da Bahia lidera o ranking. Nesse estado, mais de R$ 22,8 milhões deixarão de ser recolhidos devido à propaganda eleitoral. No ranking nordestino, o RN é o quinto.

O benefício da renúncia fiscal é garantido pela legislação eleitoral (lei 9.504/2007), para compensar as perdas das empresas de comunicação, que deixam de ganhar dos anunciantes comerciais, nos 60 minutos diários da propaganda eleitoral. Ou seja, embora os candidatos e partidos políticos não paguem pela propaganda eleitoral, a União paga – e caro. No Rio Grande do Norte, é como se cada um dos mais de 2,3 milhões de eleitores, indiretamente, pagasse R$ 1,29 para receber informações sobre candidatos e partidos políticos nas rádios e Tvs.

Na Bahia, esse custo indireto sobe para R$ 2,26, por eleitor. No Nordeste, o segundo estado nordestino onde a União mais perde receita é o do Ceará, mais de R$ 7,5 milhões. O terceiro no ranking é o de Pernambuco, onde a isenção fiscal leva mais de R$ 6,2 milhões, e o quarto, Sergipe onde a receita da União cai mais de R$ 3,1 milhões.

As informações do custo do horário eleitoral, com o detalhamento por estado, estão no relatório anual de gastos tributários e foram fornecidos, com exclusividade, pela Receita Federal à pedido da TRIBUNA DO NORTE.  Em meados de agosto, a ONG Contas Abertas divulgou parte do relatório,  mas apontava apenas os gastos globais do Brasil, com a média histórica da última década. Desde 2002, a União deixou de arrecadar, devido à propaganda política,  mais de R$ 4 bilhões.

É nesse bolo que estão inclusos os R$ 2,251 bilhões relativos apenas à veiculação do programa eleitoral gratuito, nos anos de eleição. O custo se amplia porque mesmo quando não há eleições gerais, nem municipais – caso de 2003, 2005, 2007, 2009 e 2011 – a isenção tributária para o horário eleitoral continua em vigor, pois nesses exercícios também são veiculadas propagandas institucionais de partidos políticos.

Em 2009, por exemplo, quando não houve pleito, a estimativa de perda de arrecadação foi de R$ 669 milhões, a segunda maior desde, pelo menos, 2002. Em 2012, R$ 606,1 milhões deixarão de ser recolhidos por causa das propagandas eleitorais. É como se cada um dos mais de 190,7 milhões de brasileiros, indiretamente, pagasse cerca de R$ 3,18.

O cálculo da renúncia fiscal é baseado no princípio de que a Receita Federal “compra” o horário das emissoras, permitindo que deduzam da base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) 80% do que receberiam caso vendessem o período para a publicidade comercial. “A União arca com os custos, quando faz essa dedução”, explicou o delegado adjunto da Receita Federal, no RN, Francisco Aurélio de Albuquerque Filho.  Segundo ele, se os contribuintes fazem a dedução de forma superfaturada, acima dos valores normais que cobraria para o horário em que veicula o programa eleitoral, a Receita Federal pode pedir explicações.

 

Veja quanto custa o programa eleitoral gratuito em cada cidade nordestina

Bahia – R$ 22.830.853,00

Ceará – R$ 7.556.048,00

Pernambuco – R$ 6.218.877,00

Sergipe  – R$ 3.188.542,00

Rio G. do Norte – R$ 3.057.235,00

Piauí – R$ 2.946.702,00

Paraíba – R$ 2.556.955,00

Maranhão – R$ 1.485.487,00

Alagoas – R$ 154.314,00

Emissoras que são optantes do simples não têm isenções

Atualmente, nem todas as empresas de comunicação são contempladas com o benefício da renúncia fiscal. De acordo com o diretor de assuntos legais da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Rodolfo Machado Moura, mais de 80% das emissoras de rádio do país estão enquadradas no Simples Nacional e não podem, sob a ótica da Receita Federal, fazer a dedução estabelecida pela lei eleitoral. O benefício vigora, pelo menos, desde 1995, quando foi sancionada a Lei 9.096.

“As empresas ainda não podem usufruir do mecanismo por não darem lucro ou estarem submetidas ao regime tributário especial, como o Super Simples”, explicou Rodolfo Machado. Por isso, a entidade buscou a ampliação da isenção para as empresas do Super Simples, o que foi contemplado na minirreforma, que ainda depende de regulamentação por parte da Receita Federal.

Segundo Moura, a Abert entende que o horário é muito importante, mas as empresas de comunicação saem perdendo. “Economicamente, as redes de comunicação perdem tempo na grade e gastam muito com luz, principal quesito para que funcionem. Contudo, há uma perda de audiência que não é recuperada quando a acaba o programa eleitoral”, explicou.

Em entrevista ao Contas Abertas, a cientista política Vera Alves Cepêda afirmou que o impacto econômico da veiculação do horário eleitoral gratuito não é tão relevante em meio ao impacto cultural-democrático. “O meio midiático é um espaço público. Como as emissoras trabalham com a concessão pública, e a natureza funcional é levar informação qualificada, o princípio cívico é muito mais importante do que o econômico”, avalia a cientista política.

As propagandas eleitorais têm duração de meia hora. No rádio, serão veiculadas de segunda a sábado às 7h e ao meio-dia. Na televisão, às 13h e às 20h30. O último programa eleitoral gratuito será exibido no dia 4 de outubro, três dias antes das eleições.

Impostos

A isenção concedida às empresas de rádio e televisão está entre as 25 mais altas na lista de gastos tributários divulgada pela  Receita Federal, neste ano, e que inclui 46 modalidades. O montante – R$ 606,1 milhões – supera, por exemplo, os incentivos dados ao Programa Minha Casa, Minha Vida, estimado em 350,6 milhões de reais; a projetos desportivos e paradesportivos (R$ 138,3 milhões) e a Gestão Ambiental (Resíduos Sólidos), R$ 128,1 milhões.

 

As empresas que patrocinam o esporte, por exemplo, têm dedução de 1% a 6% do Imposto de Renda. A estimativa da Receita para a perda de arrecadação no ano é feita com base na Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) do ano anterior. A estatística sobre a renúncia fiscal, segundo a Receita, é a mais próxima a que se pode chegar, tendo em vista que se trata de um método de inferência. Dados definitivos são somente aqueles de arrecadação, quando os impostos forem recolhidos.

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PESQUISA CONSULT/ BG/ CEARÁ-MIRIM/ EXPECTATIVA: 73,4% acreditam na vitória de Antônio Henrique

 

PESQUISA CONSULT/ BG/ CEARÁ-MIRIM também perguntou aos eleitores quem vencerá as eleições. Para 73,4% Antonio Henrique será eleito, 7,4% Jumária, 2,8% Marcílio, 0,2% Ana e 16,2% não sabe dizer.

 

A pesquisa foi realizada no dia 02 de outubro, com 500 entrevistas, margem de erro de 4,38% e confiabilidade 95%. Foi registrada no TSE com o número RN-09244/2024

 

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PESQUISA CONSULT/ BG/ CEARÁ-MIRIM/ REJEIÇÃO: Marcílio e Jumária Mota são os mais rejeitados pela população

 

PESQUISA CONSULT/ BG/ CEARÁ-MIRIM também avaliou o índice de rejeição dos candidatos.Marcílio foi rejeitado por 18%, Jumária 12%, Antonio Henrique 8,4%, Ana Célia 7,6%. Já 29% não sabe dizer, 6,6% todos e 18,4% nenhum.

 

A pesquisa foi realizada no dia 02 de outubro, com 500 entrevistas, margem de erro de 4,38% e confiabilidade 95%. Foi registrada no TSE com o número RN-09244/2024

 

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PESQUISA CONSULT/ BG/ CEARÁ-MIRIM ESPONTÂNEA: Antônio Henrique lidera com folga com 58,8%, contra 13,2% de Jumária e 7% de Marcílio

 

PESQUISA CONSULT/ BG/ CEARÁ-MIRIM  no cenário espontâneo registrou ampla vantagem de Antônio Henrique com 58,8%, contra 13,2% de Jumária Mota e 7% de Marcílio, 0,6% Ana Célia. Já 16,2% não sabe dizer,  4,2% nenhum.

 

A pesquisa foi realizada no dia 02 de outubro, com 500 entrevistas, margem de erro de 4,38% e confiabilidade 95%. Foi registrada no TSE com o número RN-09244/2024

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Geral

PESQUISA CONSULT/ BG/ CEARÁ-MIRIM/ VOTOS VÁLIDOS: Antônio Henrique tem 69,7%, Jumária 17,7% e Marcílio 10,2%

 

PESQUISA CONSULT/ BG apontou nos votos válidos que Antonio Henrique tem 69,7%, Jumária 17,7%, Marcilio 10,2% e Ana Célia 2,2%.

 

A pesquisa foi realizada no dia 02 de outubro, com 500 entrevistas, margem de erro de 4,38% e confiabilidade 95%. Foi registrada no TSE com o número RN-09244/2024

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Geral

PESQUISA CONSULT/ BG/ CEARÁ-MIRIM ESTIMULADA: Antônio Henrique lidera com 61,2%, contra 15,6% de Jumária e 9% de Marcílio

 

O instituto Consult realizou pesquisa eleitoral e administrativa no município de Ceará-Mirim. A pesquisa foi realizada no dia 02 de outubro, com 500 entrevistas, margem de erro de 4,38% e confiabilidade 95%. Foi registrada no TSE com o número RN-09244/2024

 

No cenário estimulado para Prefeitura,Antônio Henrique lidera com 61,2%, contra 15,6% de Jumária e 9% de Marcílio,2% prof. Ana Célia, já 7,4% não sabe dizer e 4,8% nenhum.

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Economia

Governo tem rombo de R$ 22,4 bilhões nas contas públicas em agosto, diz Tesouro

Foto: José Cruz/Agência Brasil

As contas do governo central, que engloba Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registraram um rombo de R$ 22,4 bilhões em agosto deste ano, informou o Tesouro nesta quinta-feira (5).

O resultado é 19,6 %, em termos reais (descontada a alta da inflação no período), menor que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando o déficit primário foi de R$ 26,7 bilhões.

No acumulado do ano, de janeiro a agosto, o rombo chega a R$ 99,9 bilhões, 9,1% menor em termos reais que o registrado no mesmo período de 2023, em que o valor ficou deficitário em R$ 105,8 bilhões.

Em doze meses, o resultado primário do governo central (até ago/24) foi de déficit de R$ 227,5 bilhões, equivalente a 1,98% do PIB, segundo o Tesouro Nacional.

No acumulado do ano, de janeiro a agosto, a receita total apresentou elevação de R$ 140,3 bilhões (8,8%), enquanto a receita líquida apresentou elevação de R$ 108,6 bilhões (8,4%) em termos reais se comparado ao mesmo período do ano passado.

Segundo o Tesouro, a variação ocorreu principalmente pelo efeito conjunto de IPI: aumento de R$ 14,3 bilhões; imposto sobre a renda: aumento de R$ 43,8 bilhões; COFINS: aumento de R$ 42,1 bilhões; PIS/PASEP: aumento de R$ 12,7 bilhões.

Despesas avançam

Mesmo com o esforço do governo para aumentar a arrecadação, bloquear valores no orçamento para despesas que não tem obrigação de executar e melhorar a infraestrutura pública para conter gastos, as despesas obrigatórias continuam avançando.

Segundo o Tesouro Nacional, só em agosto de 2024, contra mesmo mês de 2023, a despesa total apresentou aumento de R$ 3,3 bilhões (2%) em termos reais. As principais variações foram: Benefícios Previdenciários: aumento de R$ 2,6 bilhões e Abono e Seguro Desemprego: aumento de R$ 4,3 bilhões;

No acumulado jan-ago/2024, a despesa total apresentou elevação de R$ 98,7 bilhões (7,1%) em termos reais frente ao acumulado jan-ago/2023. O salto foi basicamente em benefícios previdenciários e precatórios.

As principais variações foram: Benefícios Previdenciários: aumento de R$ 21,5 bilhões; Benefícios de Prestação Continuada da LOAS/RMV: aumento de R$ 10,4 bilhões; Créditos Extraordinários: aumento de R$ 11,1 bilhões; Sentenças Judiciais e Precatórios (Custeio e Capital): aumento de R$ 12,9 bilhões; Despesas do Poder Executivo Sujeitas à Programação Financeira: aumento de R$ 31,2 bilhões

O governo mantém a meta de zerar o déficit público, ou seja, quando gasta o mesmo tanto que arrecada. O alvo do governo permite um rombo de até 0,25% do PIB, equivalente a R$ 28,8 bilhões ao fim do ano – o que tem sido mirado pela equipe econômica.

No entanto, a programação orçamentária de 2024 prevê usar todo o espaço da meta fiscal. Isso quer dizer que a equipe econômica oficialmente não prevê mais entregar resultado zero.

Há ainda R$ 40,5 bilhões em gastos extraordinários que serão ignorados da meta. Assim, o ano deve terminar com rombo de R$ 68,8 bilhões – ao invés do déficit zero prometido.

CNN Brasil

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PESQUISA CONSULT/ BG/ CARAÚBAS/ ADMINISTRAÇÃO: Gestão de Juninho é aprovada por 81,2% da população

 

PESQUISA CONSULT/ BG/ CARAÚBAS também perguntou a população como avaliam a gestão municipal.

 

A gestão do prefeito Juninho foi aprovada por 81,2% da população, enquanto 13,8% não sabe dizer e 5% reprovam.

 

 A pesquisa foi realizada no dia 27 de setembro, com 500 entrevistas, margem de erro de 4,38% e confiabilidade 95%. Foi registrada no TSE com o número RN-01349/2024.

Opinião dos leitores

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PESQUISA CONSULT/ BG/ CARAÚBAS/ EXPECTATIVA: 64,6% acreditam na vitória de Givago

 

PESQUISA CONSULT/ BG/ CARAÚBAS apontou que 64,6%, Novinho 23,2% e 12,2% não sabe.

 

A pesquisa foi realizada no dia 27 de setembro, com 500 entrevistas, margem de erro de 4,38% e confiabilidade 95%. Foi registrada no TSE com o número RN-01349/2024.

Opinião dos leitores

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PESQUISA CONSULT/ BG/ CARAÚBAS/ ESPONTÂNEA: Givago lidera com 57,6%, Novinho 31,6%

 

PESQUISA CONSULT/ BG/ CARAÚBAS também avaliou o cenário espontâneo para Prefeitura. Givago tem 57,6%, contra 31,6% de Novinho,7,2% não sabe e 3,6% nenhum.

 

 A pesquisa foi realizada no dia 27 de setembro, com 500 entrevistas, margem de erro de 4,38% e confiabilidade 95%. Foi registrada no TSE com o número RN-01349/2024.

Opinião dos leitores

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PESQUISA CONSULT/ BG/ CARAÚBAS/ VOTOS VÁLIDOS: Givago alcança 64,4% e Novinho 35,5%

 

Considerando apenas os votos válidos, Givago venceria com 64,49% contra 35,51% de Novinho

 

 A pesquisa foi realizada no dia 27 de setembro, com 500 entrevistas, margem de erro de 4,38% e confiabilidade 95%. Foi registrada no TSE com o número RN-01349/2024.

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