Política

RACHA: Doria mira candidatura à Presidência, tenta presidir PSDB e amplia crise no partido

João Doria, Aécio Neves e Bruno Araújo Foto: Editoria de Arte

Em mais uma tentativa de viabilizar sua candidatura à Presidência da República em 2022, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), apresentou a integrantes da cúpula do seu partido um plano para assumir o comando do PSDB nacional, afastar o deputado mineiro Aécio Neves e abrigar dissidentes do DEM, como o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (RJ). O movimento expôs uma divisão no partido e foi visto por alguns tucanos como apressado, já que ninguém na legenda havia sido consultado previamente.

A nova ofensiva de Doria, explicitada durante um jantar no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, na noite de anteontem, acontece uma semana após o DEM ter rachado ao desembarcar do bloco de Baleia Rossi (MDB-SP), candidato apoiado por Maia e derrotado na disputa à presidência da Câmara. A eleição de Arthur Lira (PP-AL), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, também deixou claro que Doria não tem todos os votos da bancada federal do PSDB, que também se dividiu.

Deputados do PSDB, alguns ligados a Aécio, pretendem ir ao Rio Grande do Sul pedir ao governador Eduardo Leite que coloque à mesa sua candidatura ao Palácio do Planalto. Ao lado de Doria, o nome de Leite tem sido citado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como as candidaturas mais fortes da sigla.

Tucanos avaliam que Doria estaria se antecipando para expor a cisão na sigla antes da eleição para, com isso, ter certeza de que terá apoio para sua candidatura. E se, eventualmente, não houver consenso, poder justificar uma saída do partido no futuro.

No jantar, o tucano teve apoio de integrantes de seu governo, como o ex-ministro Antonio Imbassahy, que atua em Brasília para defender os interesses do estado, do presidente estadual do PSDB, Marco Vinholi, além do presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Cauê Macris. No entanto, esbarrou em resistências internas. A começar por nomes experientes como o ex-senador Aloysio Nunes, que avaliou que, antes de comandar o partido, Doria precisaria de apoio robusto dos correligionários, o que ele ainda não tem.

Segundo aliados, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, optou por uma posição moderada durante o jantar e sugeriu a Doria que fizesse, primeiro, um levantamento na sigla para verificar se há respaldo ao seu nome antes de tomar uma decisão de candidatura para comandar a sigla.

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, teria demonstrado surpresa com a pauta do encontro, já que não tinha sido avisado antes da intenção de Doria de assumir a legenda e contava permanecer no cargo até maio do ano que vem. De acordo com pessoas da direção nacional do partido, a fala de Doria também causou incômodo na executiva nacional por ter atropelado a liturgia que envolve esse tipo de assunto.

Afastamento de Aécio

O plano de Doria envolve o afastamento de Aécio do partido. Além de o deputado mineiro ser réu em uma investigação de corrupção e ter sido alvo de ao menos oito inquéritos, Doria atribui a Aécio o movimento que teria levado parte da bancada do PSDB a votar em Lira.

Em coletiva à imprensa na manhã de ontem, quando anunciou a ampliação de estações do metrô da capital, o governador pregou que a sigla deve estar unida para fazer oposição a Bolsonaro. A saída de Aécio, segundo aliados de Doria, poderia servir para reafirmar o controle do governador sobre o partido.

— Pedi o afastamento (do Aécio). O PSDB não deve abrir espaços para comportamentos desse tipo — afirmou Doria. — Os que quiserem fazer vassalagem ao Bolsonaro que tenham coragem e dignidade de pedir pra sair do PSDB.

Doria chegou a dizer que sua posição tinha a anuência de Fernando Henrique, que não se pronunciou sobre o caso. O ex-presidente deve se reunir com o governador na manhã de hoje.

Aliado de Aécio, o líder do PSDB na Câmara, Rodrigo de Castro (MG), afirmou que a discussão sobre a expulsão do deputado mineiro não é “sequer cogitada” pela bancada tucana em Brasília. “Seu afastamento do PSDB já foi objeto de deliberação da Executiva Nacional e, assim, essa discussão não é sequer cogitada no âmbito da bancada federal”, afirmou Castro, em referência à votação que livrou Aécio da expulsão em 2019. O pedido havia sido motivado pelas investigações contra o ex-senador. Aécio nega todas as acusações.

Após a declaração de Doria, ele e Aécio trocaram acusações por meio de notas durante a tarde. O deputado mineiro classificou a atitude de Doria no jantar como “destemperada” e disse que o governador paulista demonstrou que pretendia “afastar o atual presidente do PSDB, Bruno Araújo, para que ele próprio assumisse a presidência”. “Se o Sr João Doria, por estratégia eleitoral, quer vestir um novo figurino oposicionista para tentar apagar a lembrança de que se apropriou do nome de Bolsonaro para vencer as eleições em São Paulo, através do Bolsodoria, que o faça, sem utilizar indevidamente e de forma oportunista outros membros do partido”, afirmou.

O governador paulista, então, fez uma tréplica. Por meio de uma nota intitulada “Doria, Aécio e novo PSDB”, disse que o partido não pode “se subordinar” a projetos que “se perderam pela conduta inapropriada em relação à ética pública”. Ainda segundo Doria, a pandemia e a crise econômica exigem “um posicionamento contrário” a Bolsonaro.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. João AGRIPINO Dória, o bobo da corte, já perdeu a graça.
    Sua arrogância, sua prepotência e seu destempero não passam de atitudes ridículas, que se parecem muito com birra de criança mimada, quando leva um bom NÃO dos pais.

  2. Pode olhar aí no YouTube.
    Onde esse canalha vai no interior de São Paulo, a vaia come no centro.
    Esse não ganha mas nem pra se reeleger, quanto mais pra presidente.
    Carta fora do baralho.
    Podem apostar.

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Geral

Licença-paternidade de 20 dias é aprovada na Câmara dos Deputados

Foto: Reprodução

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (4) o projeto que amplia de forma gradual a licença-paternidade no Brasil — hoje de cinco dias — para até 20 dias. A proposta foi aprovada de forma simbólica, com voto contrário apenas do partido Novo, e agora segue para o Senado.

O texto prevê aumento escalonado: 10 dias nos dois primeiros anos de vigência, 15 dias no terceiro e 20 dias a partir do quarto ano, desde que o governo cumpra as metas fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Se não bater a meta, o aumento fica suspenso até o segundo exercício seguinte. O benefício será pago pelo INSS e terá impacto fiscal de R$ 2,6 bilhões já em 2026, podendo chegar a R$ 5,4 bilhões em 2029.

A nova lei também cria o “salário-paternidade”, equivalente ao salário-maternidade, e permite que pais e mães recebam o benefício simultaneamente, desde que estejam afastados do trabalho. A licença poderá ser suspensa se o pai for acusado de violência doméstica ou abandono.

 

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Brasil

Secretário do RJ reage a Lula e cutuca o Planalto: “Não temos medo de investigação”

Foto: Reprodução

O secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, respondeu nesta terça-feira (4) às críticas do presidente Lula sobre a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, que terminou com 121 mortos — quatro deles policiais. Segundo ele, “não há qualquer preocupação com investigação paralela” e o Estado está tranquilo quanto à legalidade da ação.

A fala veio depois de Lula afirmar que o governo federal vai pressionar por uma apuração “independente” sobre o caso, alegando que a operação “tinha ordem de prisão, não de matança”. O comentário causou mal-estar político, já que o governador Cláudio Castro e as forças de segurança do Rio classificaram a ação como a mais bem-sucedida contra o Comando Vermelho, que domina parte das favelas locais.

Santos evitou confronto direto com Lula, dizendo que não comentaria “questões políticas”, mas reforçou que a operação foi acompanhada desde o início pelo Ministério Público, Judiciário e órgãos de controle. “Não temos receio de apuração adicional, até porque ela começou com uma investigação de um ano”.

A operação do dia 28 de outubro foi a mais letal da história do Brasil. Enquanto o Planalto fala em “excessos”, o governo fluminense sustenta que as únicas vítimas inocentes foram os policiais assassinados em serviço.

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Mundo

BBC distorceu fala de Trump para parecer que ele incitou invasão do Capitólio

Foto: Reprodução

A BBC foi flagrada manipulando um discurso de Donald Trump para parecer que o ex-presidente dos Estados Unidos teria incentivado a invasão do Capitólio. A denúncia foi feita pelo jornal britânico The Telegraph, poucos dias antes das eleições americanas de 2024 — o que levanta suspeitas sobre interferência política da emissora.

O programa Panorama, exibido uma semana antes do pleito, apresentou uma versão editada da fala de Trump, cortando o trecho em que ele pedia que seus apoiadores agissem “de forma pacífica e patriótica”.

A manipulação fez soar como se o republicano tivesse convocado a invasão, o que não aconteceu. A farsa veio à tona em um dossiê de 19 páginas sobre o viés ideológico da BBC, elaborado por um ex-integrante do próprio comitê de padrões da emissora.

O documento afirma que o programa fez Trump “dizer” coisas que ele nunca disse, ao juntar frases ditas em momentos diferentes do discurso original.

 

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Política

Trump se solidariza com policiais mortos no RJ e oferece ajuda contra o crime organizado

Foto: Reprodução

Os Estados Unidos enviaram uma carta oficial ao governo do Rio de Janeiro lamentando a morte dos quatro policiais que perderam a vida durante a megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão. O documento, assinado por James Sparks, da Agência de Repressão às Drogas (DEA), foi encaminhado nesta terça-feira (4) ao secretário de Segurança, Victor dos Santos.

No texto, o governo americano reconhece a coragem e o sacrifício dos agentes fluminenses, e se coloca “à disposição para qualquer apoio necessário” no enfrentamento ao tráfico de drogas. “Sabemos que a missão de proteger a sociedade exige coragem, dedicação e sacrifício”, diz o comunicado.

A mensagem foi redigida em Washington e destaca o “valor e a honra” dos policiais mortos em serviço. O gesto reforça a parceria histórica entre Brasil e EUA no combate ao crime organizado e à cooperação entre as forças de segurança.

Enquanto isso, o governo Cláudio Castro pediu oficialmente a Donald Trump que o Comando Vermelho seja incluído na lista de organizações terroristas e sofra sanções da Casa Branca. A proposta, no entanto, enfrenta resistência do governo Lula, que se recusa a classificar facções criminosas como grupos terroristas — posição vista por muitos como leniente diante da escalada da violência no país.

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Política

VÍDEO: CPI do Crime abre com homenagem a policiais mortos e Contarato promete “serviço ao povo”, não espetáculo

Imagens: Reprodução/Instagram

A CPI do Crime Organizado começou nesta terça (4) com um minuto de silêncio em homenagem aos quatro policiais mortos na megaoperação do Rio de Janeiro — um início marcado pela emoção e também por discursos. O senador Fabiano Contarato foi eleito presidente da comissão por 6 votos a 5, superando Hamilton Mourão, que assumiu a vice-presidência.

Logo após a eleição, Contarato afirmou que a CPI “deve prestar um serviço à população brasileira”, não um espetáculo político. E defendeu que o combate ao crime vá além da repressão policial, incluindo políticas públicas para reduzir desigualdade e dar oportunidades aos jovens em áreas carentes — discurso que divide opiniões entre quem cobra mais ação e menos teoria.

O senador disse ainda estar “tranquilo” para conduzir os trabalhos ao lado do relator Alessandro Vieira. Segundo ele, o plano de trabalho e os primeiros requerimentos já foram aprovados, e as próximas oitivas serão definidas “com critério e objetividade”.

A instalação da CPI acontece sob forte cobrança popular por resultados concretos após a operação no Rio, que expôs mais uma vez o avanço do crime organizado e a fragilidade do Estado. A expectativa agora é saber se a comissão vai realmente servir ao povo — como prometeu Contarato — ou cair no velho roteiro das CPIs que terminam em discurso.

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Política

Falas de Lula sobre megaoperação abre espaço para aliados e integrantes do governo baterem na polícia

Foto: Ricardo Stuckert (PR)

O presidente Lula pegou aliados de surpresa ao criticar a megaoperação que deixou mais de 100 mortos no Rio de Janeiro. Internamente, integrantes do PT já avaliam que o discurso abre caminho para que outros aliados e membros do governo também questionem a ação policial.

Em entrevista a jornalistas estrangeiros em Belém, Lula chamou a operação de “matança” e sugeriu que a Polícia Federal investigue as mortes nos complexos do Alemão e da Penha. Segundo ele, muitas vítimas foram enterradas sem perícia adequada.

A fala do presidente mexeu com a base aliada, que até então vinha adotando cautela por causa do apoio popular à operação, especialmente no Rio. Parlamentares temiam atrito com o governador Cláudio Castro e evitavam críticas públicas.

Agora, dentro do PT, já se comenta que a declaração de Lula pode gerar efeito dominó, liberando aliados e integrantes do governo a criticar publicamente ações policiais, mesmo com a população carioca majoritariamente a favor do combate ao Comando Vermelho.

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Polícia

CONFUSÃO NO JUDICIÁRIO: Líder do Comando Vermelho é preso em SP e liberado pelo tribunal do RJ

Foto: Reprodução

A Justiça do Rio de Janeiro mandou soltar Antonio de Jesus Cabral, 40 anos, apontado como um dos líderes do Comando Vermelho (CV). Ele havia sido preso em São Paulo no dia 30 de outubro, mas já tinha a prisão preventiva revogada desde agosto de 2022, após habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça do RJ, segundo sua defesa, que classifica o episódio como uma “confusão” do Judiciário.

Cabral está de volta ao Rio e, segundo o advogado Erlande Nunes, os fatos estão “devidamente esclarecidos”. O criminoso teria ligação com uma quadrilha de hackers que fraudava concursos públicos, oferecendo cursos com acesso a conteúdos sigilosos e causando prejuízo estimado em R$ 70 milhões, conforme o Metrópoles.

Em 2022, ele foi condenado a 14 anos e oito meses por associação criminosa, violação de direitos autorais e lavagem de dinheiro. Embora a Justiça do Rio tenha expedido mandado de prisão preventiva em julho daquele ano, Cabral respondeu à maior parte do processo em liberdade, até ser reconhecido e preso em São Paulo pelas câmeras do sistema Smart Sampa na Rua 25 de Março.

A prisão paulista, porém, expôs falhas de comunicação entre os tribunais. A Justiça de SP tentou contato com o Rio para confirmar a validade dos mandados, sem sucesso, e acabou mantendo Cabral detido. Ele foi levado ao 8º Distrito Policial, enquanto o Rio de Janeiro lidava com megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, que deixou mais de 120 mortos e 113 presos.

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Judiciário

FIM DA IMPUNIDADE: Chefe de facção interestadual vai a júri por matar ex-prefeito Neném Borges

Foto: Reprodução

O júri do assassinato do ex-prefeito Neném Borges está marcado para 10 de novembro de 2025, em Natal. O crime chocou São José do Campestre e segue repercutindo na região.

Neném Borges, eleito em 2020 com mais de 60% dos votos, tinha 44 anos quando foi morto a tiros dentro de casa, na madrugada de 18 de abril de 2023. As investigações apontam que o homicídio foi ordenado por Vando Fernandes Gomes, chefe local de uma facção criminosa interestadual.

Segundo a Polícia Civil, o crime foi motivado pelo apoio do prefeito às ações policiais, que incomodava o grupo criminoso. Mesmo preso, o chefe da facção tentava manter o controle do crime na cidade.

Vando Fernandes foi preso em São Paulo e confessou o assassinato.

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Brasil

FIM DA FARRA: Justiça manda 7 líderes do Comando Vermelho para presídios federais

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Justiça do Rio atendeu ao pedido do governador Cláudio Castro e determinou a transferência de sete chefes do Comando Vermelho (CV) para presídios federais de segurança máxima. O objetivo é cortar o comando das facções criminosas de dentro das cadeias e retomar o controle da segurança pública.

A decisão foi do juiz Rafael Estrela Nóbrega, da Vara de Execuções Penais, que destacou que a segurança coletiva vale mais que interesses individuais, conforme informações de O Antagonista. A medida busca impedir que os criminosos continuem coordenando crimes, sequestros e barricadas mesmo presos.

Os bandidos transferidos são: Naldinho, Cabeça do Sabão, Criam, Bicinho, My Thor, Choque e Irmão Metralha. Todos estavam no Complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio, e seguiam ordenando ações criminosas à distância, prejudicando a ordem na cidade.

Dois outros nomes — Wagner Teixeira Carlos e Léo Barrão — ainda dependem de informações da Polícia Civil para a transferência. Já o cabo da Marinha Riam Mota, acusado de operar drones para o CV, segue sob análise judicial.

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Política

Após polêmica sobre “matança”, Lula muda o tom e tenta mostrar serviço na segurança

Foto: Reprodução

Horas depois de criticar a megaoperação policial no Rio de Janeiro que deixou 121 mortos, o presidente Lula mudou o tom e tentou mostrar serviço. Nas redes sociais, o petista divulgou ações do governo federal contra o crime organizado e o tráfico de drogas, afirmando que o país está “quebrando a espinha dorsal das facções”.

A postagem veio logo após Lula chamar a ação no Rio de “matança” e “desastrosa”, declarações que geraram forte reação entre policiais e parlamentares da segurança pública. Agora, o presidente tenta reforçar a imagem de que o Planalto tem “pulso firme” na área, segundo informações do Metrópoles.

Segundo o governo, as operações da Polícia Federal cresceram 80% desde 2022 e já tiraram R$ 19,8 bilhões de organizações criminosas. A PRF, por sua vez, teria apreendido 850 toneladas de drogas em 2024 — um recorde histórico, segundo a gestão petista.

Fotos: Reprodução/Instagram

Nos bastidores, a guinada no discurso é vista como tentativa de conter o desgaste político após as críticas à operação, que contou com apoio de forças estaduais e federais. A fala de Lula foi interpretada como um ataque à polícia, em um momento em que a população cobra mais rigor no combate ao crime.

O presidente também voltou a pressionar o Congresso pela aprovação do PL Antifacção e da PEC da Segurança Pública, propostas que, segundo ele, “completam o ciclo da segurança”.

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