Judiciário

Reportagem de O Globo revela que ataque criminoso de hackers foi orquestrado e mirou ‘coração’ da Lava-Jato”, atingindo até Janot e juíza que substituiu Moro; veja como PF detalha ação

Foto: Jorge William / Agência O Globo -20/05/2019

Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) têm indícios de que o ataque hacker que expôs mensagens privadas do juiz Sergio Moro e de procuradores foi muito bem planejado e teve alcance bem mais amplo do que se sabe até agora. Entre os alvos dos criminosos, estiveram integrantes das forças-tarefas da Operação Lava-Jato de ao menos quatro estados (Rio, São Paulo, Paraná e Distrito Federal), delegados federais de São Paulo, magistrados do Rio e de Curitiba.

Além do atual ministro da Justiça e do procurador Deltan Dallagnol,foram alvo de ataques a juíza substituta da 13ª Vara Federal Gabriela Hardt (que herdou processos de Moro temporariamente quando ele deixou o cargo), o desembargador Abel Gomes (relator da segunda instância da Lava-Jato no Rio), o juiz Flávio de Oliveira Lucas, do Rio, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot , os procuradores Januário Paludo, Paulo Galvão, Thaméa Danelon, Ronaldo Pinheiro de Queiroz, Danilo Dias, Eduardo El Haje, Andrey Borges de Mendonça, Marcelo Weitzel e o jornalista do GLOBO Gabriel Mascarenhas . Outros dois procuradores, ambos ex-auxiliares de Janot, relataram ao GLOBO também terem sido vítimas de ataques de hackers, mas pediram para não terem os nomes publicados.

Em nota, a Justiça Federal confirmou que a substituta de Moro foi atingida e disse que o fato foi “imediatamente comunicado à Polícia Federal”. Segundo o texto, “a juíza não verificou informações pessoais sensíveis que tenham sido expostas”.

Em alguns casos, como o da força-tarefa da Lava-Jato no Rio, alguns integrantes evitaram a invasão, já que tinham controles mais rígidos, em especial a verificação em duas etapas para acesso remoto ao aplicativo Telegram.

As mensagens atribuídas a Moro e Deltan indicam uma atuação combinada em determinados momentos da Lava-Jato, inclusive no processo que resultou na condenação do ex-presidente Lula, expondo a operação a inédito desgaste.

Mesmo após a revelação do caso, o esquema criminoso continua em atuação. Na noite de terça-feira, um hacker entrou em contato com José Robalinho, ex-presidente da Associação Nacional de Procuradores, se fazendo passar pelo procurador militar Marcelo Weitzel, que teve seu celular invadido, como revelou a revista Época.

Em meio à crise deflagrada pelos ataques, procuradores discutem entre si as mais variadas teses sobre as origens dos ataques. Alguns levantam suspeitas até sobre invasões de origem russa, o que não está comprovado. Mas, se os autores ainda são desconhecidos, entre os alvos prevalece a ideia de que as invasões são uma ação orquestrada contra a Lava-Jato.

Ação profissional

A Polícia Federal investiga os ataques dos hackers com duas turmas de agentes e delegados, em quatro cidades. A Procuradoria-Geral da República também abriu um procedimento para acompanhar o trabalho da polícia. A apuração desse tipo de crime é tida como complexa, e o prazo para conclusão das investigações será longo, prevê a cúpula da PF.

As suspeitas iniciais apontam para um mandante com capacidade financeira para bancar o esquema aparentemente sofisticado de ação. Uma das hipóteses é a de utilização de equipamentos que custam entre US$ 2 milhões e US$ 3 milhões, segundo uma fonte da cúpula da PF ouvida pelo GLOBO. Há diversas empresas sediadas no leste europeu e no Oriente Médio que oferecem estes serviços por esses valores.

Por outro lado, chamou a atenção o fato de o suposto hacker ter feito piada na terça-feira com um dos alvos. Numa das mensagens, o invasor afirmou que é apenas um “técnico de TI” (Tecnologia da Informação), sem objetivos partidários.

Segundo os relatos das vítimas e apurações do Ministério Público Federal, o esquema funciona em três etapas:

1 – O hacker descobre o número do celular da vítima e o utiliza para solicitar, via desktop, a abertura de nova sessão do Telegram. Imediatamente, o aplicativo encaminha para a vítima o código de acesso, via SMS, achando que o pedido foi feito pelo dono da conta;

2- O clonador adquire um número de celular, geralmente em países onde há pouca fiscalização, e o utiliza para ligar para a vítima, depois de ter solicitado o código de acesso. Por alguma técnica ainda desconhecida, a vítima, ao atender, permite que o clonador capture todo o conteúdo do SMS, incluindo o código de acesso ao Telegram;

3- Com esse código, o hacker acessa o Telegram através de seu PC e pode ver todas as conversas da vítima, entre as quais as de grupos. Isso porque os diálogos pretéritos ficam guardados no aplicativo. O hacker pode fazer um backup de todos os arquivos, mídias e conversas da vítima e/ou pode se passar por ela perante terceiros no aplicativo, dialogando etc.

Os integrantes do MPF só deram conta do tamanho da ação depois da divulgação dos diálogos de Moro com os membros da força-tarefa de Curitiba. Para o golpe ter êxito, desconfiam, é preciso da conivência de alguém dentro das operadoras de telefonia, uma vez que o acesso é dado no momento em que a vítima atende a ligação. Alguns dos números usados pelo esquema já foram repassados à Polícia Federal.

O problema, apuraram, seriam uma brecha denominada pelas operadoras de “Falha SS7”. Embora aplicativos como o WhatsApp e a Telegram ofereçam criptografia ponta a ponta para evitar que suas mensagens sejam interceptadas, ambos usam o número de celular do usuário para funcionar, e isto abre a guarda para os ataques. A fraude do SS7 permite que qualquer pessoa com acesso à rede de telecomunicações envie e receba mensagens celulares específicas, com alguns ataques que permitem aos hackers interceptar textos, chamadas e dados de localização.

O início dos ataques

A série de invasões teve início, até onde se sabe no momento, em 24 de abril. No primeiro dia de aposentadoria, Janot voltou mais cedo para casa aborrecido com uma série de ligações e mensagens esquisitas que tinha recebido ao longo do dia. Alguns telefonemas tinham partido do próprio número do ex-procurador. Por volta das 22 horas, o telefone celular voltou a tocar.

— Diga aí — disse um procurador, amigo de Janot, do outro lado da linha.

— Diga aí você, que está me ligando — respondeu o ex-procurador-geral, estranhando a abordagem do colega.

— Estou ligando porque você está me pedindo dados que eu já te passei — respondeu Janot.

— Estou estou te pedindo dados ?? — questionou Janot.

Antes de terminar a frase, os dois perceberam que estavam sendo vítimas de um ataque quase simultâneo de um mesmo hacker. O estranho, que tinha ligado várias vezes durante o dia para Janot, estava usando a conta do Telegram do ex-procurador-geral para conversar com um outro procurador. O invasor estava em busca da senha do Twitter do ex-procurador-geral.

No meio da confusão, o procurador interrompeu a conversa com o hacker e orientou Janot a não mais atender ligação e nem abrir mensagens para mudar códigos da Apple, do Telegram ou de outros aplicativos.

O Globo

(Colaboraram Cleide Carvalho, Gustavo Schmitt e Bela Megale)

 

Opinião dos leitores

  1. Hacker não tem dever funcional de seguir a lei. Não adianta a Globo tentar inverter a situação! Quem tem dever de seguir a lei são os juízes! Moro, o anti-herói dos bozopatas, estava em conluio com a acusação para prender Lula para fins políticos. Isso já era praticamente verdade sabida, mas não havia como provar. Agora que a merda foi jogada no ventilador, ele pode esquecer a cadeirinha no STF, e tomar cuidado para não ir para atrás das grades! Estou ansioso pela liberação de áudios, pois são irrefutáveis!

    #VazaJato

  2. A desmoralização da operação lava jato é mundial, não tem como mudar isso. O conteúdo do que está sendo exposto é criminoso para um juiz que deveria ter a função de zelar pela legalidade e isenção do julgamento. O fato se torna mais criminoso ainda, quando as decisões são para interferir no processo democrático. Quanto a globo, esperava-se o que? Como disse o jornalista , ela é sócia da operação lava jato. Essa discussão do hacker é para desviar o foco dos crimes cometidos. Não tem nenhuma prova que os documentos que desmascaram a operação tenha partido de hackers. Tem muita coisa para vir à tona e é isso que a globo teme.

  3. Ativar verificação em dois passos evitaria todo esse imbróglio, mas a turma usa celular desprotegido para veicular informações sensíveis.
    OBS: O Telegram não tem criptografia ativada nos chats normais, do nos secretos.

    1. Melhorando seu comentário: O país onde o professor tem de ser imparcial, quanto a política, mas o juiz pode ter lado, quanto a corrupção.

  4. Essa reação contra os vazamentos da conversa do Moro era esperada. Eles não vão soltar o lula tão facilmente, apesar das evidências. Todavia, a repercussão do tema é grande no exterior vide reportagem do le monde, guardian, NYT… A dúvida que resta é a seguinte: lula receberá o nobel em Curitiba ou Oslo?

    1. Ele deve receber é mais algumas condenações pelos muitos desvios de verbas que praticou.

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Política

Moraes autoriza PF a ouvir Bolsonaro sobre cofres do Alvorada

Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou a Polícia Federal a ouvir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre os bens encontrados em dois cofres no Palácio da Alvorada. O depoimento está marcado para 30 de dezembro de 2025, das 9h às 11h, na Superintendência da PF no Distrito Federal, onde Bolsonaro cumpre pena.

A investigação apura a origem de documentos e outros bens ligados a Bolsonaro, encontrados nos cofres em 25 de junho de 2025, após acionamento da Presidência da República, atualmente ocupada por Lula (PT). A oitiva é necessária para esclarecer a propriedade e a procedência do material apreendido.

Como Bolsonaro está preso, a PF só pôde agendar a audiência após autorização judicial. O inquérito corre na Divisão de Segurança Ativa e Polícia Judiciária da corporação, que investiga a origem dos bens encontrados na residência oficial da Presidência.

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Política

PF aponta vice-líder de Lula no Senado como “sócio oculto” em esquema do INSS

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

A Polícia Federal identificou o senador Weverton (PDT-MA), vice-líder do governo Lula no Senado, como beneficiário final de um esquema que desviava dinheiro de aposentadorias e pensões do INSS. Investigadores afirmam que ele recebia recursos desviados por meio de assessores parlamentares.

Durante a Operação Sem Desconto, a PF apreendeu armas, dinheiro, carros de luxo, joias e relógios importados em endereços ligados a Weverton e a outros envolvidos.

Entre os itens, estão veículos de marcas premium, como Volvo, e relógios estrangeiros, adquiridos com recursos do esquema. Os mandados foram cumpridos em diferentes estados e no Distrito Federal.

Mensagens e arquivos apreendidos, incluindo um Excel chamado “Grupo Senador Weverton”, indicam que o parlamentar teria dado suporte político ao grupo criminoso, que tem como um dos líderes Alexandre Caetano, contador das empresas do Careca do INSS, hoje preso.

Investigadores chegaram a pedir a prisão de Weverton, mas o ministro do STF André Mendonça negou o pedido.

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Geral

Flávio Bolsonaro celebra apoio de Tarcísio para 2026: “A esquerda treme!”

Foto: Reprodução

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) confirmou nesta quinta-feira (18) o apoio do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) para as eleições presidenciais de 2026. “Obrigado por reiterar o apoio, Tarcisão! A esquerda treme!”, escreveu Flávio em rede social, deixando claro que a aliança é estratégica.

O apoio foi reafirmado durante o evento ‘Coragem para fazer o impossível’, em São Paulo. Tarcísio elogiou Flávio e disse que ele está aberto ao diálogo com governadores de oposição, o Congresso, o Judiciário e o Supremo, além de ter compromisso com o mercado e uma linha econômica no estilo Paulo Guedes.

Foto: Reprodução/X

“Já declarei apoio a Flávio. Ele quer mostrar que será um presidente aberto ao diálogo com governadores de oposição, Congresso, Judiciário, Supremo e mercado, mantendo uma política econômica nos moldes de Paulo Guedes. Essa postura tem sido bem recebida”, disse Tarcísio.

Essa demonstração de força acontece em um momento crucial para Flávio, que busca atrair partidos de centro e ampliar sua base de apoio para enfrentar o presidente Lula em 2026.

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Polícia

BOPE recolhe artefatos explosivos próximos ao Clube do América, no Tirol

Foto: Reprodução/BZNotícias

Dois artefatos explosivos foram localizados e recolhidos pelo BOPE na noite desta quinta-feira (18), nas proximidades da sede do América Futebol Clube, na avenida Rodrigues Alves, Zona Leste de Natal. A ação evitou riscos a pedestres e motoristas que circulavam pela região.

Os explosivos foram encontrados por populares que perceberam o material suspeito e acionaram a polícia, segundo informações do BZNotícias. Equipes do Esquadrão Antibombas do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) se deslocaram imediatamente para o local e recolheram os artefatos com segurança.

A área onde os explosivos foram achados é bastante movimentada, com grande fluxo de veículos e pedestres, aumentando o risco de acidentes caso os artefatos não tivessem sido retirados rapidamente.

Segundo informações oficiais, o material apreendido será submetido à perícia para identificar características e origem dos artefatos, ajudando a polícia a entender como e por quem eles foram deixados na região.

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Política

Líder do PL diz que vai recorrer contra cassação de Eduardo e Ramagem: “Mandato popular sendo ignorado”

Foto: Reprodução

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (SP), anunciou que vai recorrer da decisão da Mesa Diretora que cassou os mandatos dos deputados Eduardo Bolsonaro (SP) e Alexandre Ramagem (RJ). Ele criticou duramente a medida, chamando-a de “lamentável” por não passar pelo plenário da Casa.

Eduardo perdeu o mandato por excesso de faltas. Ele havia pedido licença para não contabilizar ausências, mas o prazo expirou. Ramagem, por sua vez, foi cassado após ser condenado pelo STF a 16 anos, um mês e 15 dias de prisão por envolvimento na trama golpista de 2022. Ele está foragido nos Estados Unidos desde setembro, driblando ordem da Corte.

Segundo Sóstenes, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), discutiu a decisão com a bancada do PL apenas na véspera. “Apresentamos nossas razões, mas a Mesa tomou a decisão”, disse.

A cassação ocorre depois de uma tentativa frustrada de salvar Carla Zambelli (PL-SP), que estava presa na Itália e enfrentava processo de extradição após condenação do STF por invasão ao sistema do CNJ com auxílio de hacker.

O plenário da Câmara manteve o mandato de Zambelli, mas ela acabou renunciando dias depois. Sóstenes concluiu: “A ditadura de alguns ministros do STF impôs novamente a subserviência da Câmara, e a Mesa preferiu o atalho ao invés de seguir a Constituição”.

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Política

Justiça Eleitoral rejeita ação da oposição e confirma mandato da prefeita de Pendências

Foto: Divulgação

A Justiça Eleitoral do RN rejeitou, nesta quinta-feira (18), qualquer tentativa de cassação da prefeita de Pendências, Dra. Lays. O juiz Nilberto Cavalcanti de Souza Neto, da 47ª Zona Eleitoral, considerou totalmente improcedente a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida contra a gestora e não encontrou provas de compra de votos ou abuso de poder econômico nas eleições de 2024.

Na sentença, o magistrado destacou a fragilidade das acusações, a falta de registros bancários ou financeiros que comprovassem irregularidades e a ausência de ligação direta entre os fatos narrados e a atuação da prefeita.

Ele também apontou contradições nos depoimentos da oposição e aplicou o princípio do in dubio pro sufrágio, que impede a cassação de um mandato diante de dúvidas ou provas inconsistentes.

Com a decisão, o resultado das urnas em Pendências foi mantido integralmente, garantindo a legalidade do processo eleitoral. Dra. Lays segue no cargo sem qualquer ameaça jurídica e com respaldo institucional para continuar suas ações administrativas e políticas públicas voltadas ao desenvolvimento do município.

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Geral

Flávio Bolsonaro acusa “perseguição” e chama cassação de Eduardo e Ramagem de erro

Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) reagiu nesta quinta-feira (18) à decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que determinou a cassação dos deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). Para Flávio, “é um erro retirar os mandatos dos deputados Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem!”.

Segundo o senador e pré-candidato à Presidência pelo PL, os parlamentares “não estão fora do Brasil porque querem, mas sim pelo bizarro sistema persecutório vigente no Brasil – que pode ser chamado de qualquer coisa, menos de democracia plena”.

Ele classificou a situação como perseguição política e questionou a forma como as faltas foram contabilizadas. “Há casos e casos. Se um parlamentar fosse sequestrado por grupo terrorista por longo tempo e excedesse o limite de faltas, também perderia o mandato? Ou sofresse um acidente e ficasse inconsciente por meses num hospital?”, afirmou.

Flávio também comparou o tratamento de parlamentares e magistrados, criticando a impossibilidade de trabalho remoto na Câmara. “Por que juízes podem trabalhar remotamente e parlamentares não podem em casos excepcionais? Força, Eduardo e Ramagem!”, completou. O senador destacou que a cassação ainda não foi formalizada, pois faltam assinaturas de integrantes da Mesa Diretora.

Cassação

Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde fevereiro e teve o mandato contabilizado como ausente após ser barrada sua tentativa de exercer o cargo à distância.

Alexandre Ramagem perdeu o mandato por condenação definitiva no STF, com pena de 16 anos, um mês e 15 dias de prisão em regime inicial fechado, por participação na trama golpista de 2022. Ambos são aliados próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro e figuras centrais no PL.

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Economia

Caixa avalia parceria com Correios depois de plano de reestruturação, afirma Haddad

Foto: Reprodução

O processo de reestruturação financeira dos Correios pode abrir caminho para parcerias com empresas públicas e privadas, incluindo a Caixa Econômica Federal. A informação foi confirmada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quinta-feira (18). Segundo ele, ainda não há acordo formal, mas há interesse de várias empresas.

Haddad destacou que a capilaridade da rede dos Correios combina com a estratégia de alguns produtos da Caixa. “Uma parceria vai ser necessária. Pode se dar de várias formas, mas vejo como promissor esse caminho”, afirmou, ressaltando que há interessados.

A reestruturação depende do aval do Tesouro Nacional. A estatal negocia um empréstimo de R$ 12 bilhões com bancos para iniciar a recuperação financeira.

Para isso, o Tesouro só entra como avalista se os juros forem até 120% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Em dezembro, outra operação de crédito de R$ 20 bilhões foi reprovada por ter juros de 136%, acima do limite.

Prejuízo bilionário

Os Correios acumulam prejuízo superior a R$ 6 bilhões de janeiro a setembro de 2025. O plano de recuperação prevê fechamento de agências, venda de imóveis e demissão voluntária, que pode atingir 15 mil funcionários entre 2026 e 2027.

O objetivo é equilibrar as contas, pagar dívidas e honrar salários.

Opinião dos leitores

  1. Não sei como um cara é um mi nisto, se estudou três meses de economia, misericórdia, ele vai sair ja vai tarde esse jumento!

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Política

Cassados, Eduardo Bolsonaro mantém direitos políticos; Ramagem fica fora da eleição por 16 anos

Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados cassou, nesta quinta-feira (18), os mandatos de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). Mas o efeito da medida é diferente para cada um: Eduardo mantém os direitos políticos e segue elegível, enquanto Ramagem perde a chance de disputar cargos por 16 anos.

Eduardo teve o mandato cassado por decisão administrativa da Câmara, devido ao acúmulo de faltas às sessões. Ele está nos Estados Unidos desde fevereiro e não tinha autorização para votar remotamente. A cassação administrativa pune o comportamento do parlamentar, mas não suspende os direitos políticos, ou seja, ele ainda pode concorrer a eleição em 2026.

Já Ramagem não teve a mesma sorte. A perda do mandato decorreu de condenação judicial pelo STF, com trânsito em julgado. Pela Constituição, quando a cassação é resultado de sentença criminal, o parlamentar perde os direitos políticos, ficando inelegível pelo período da pena. No caso de Ramagem, a sentença é de 16 anos, 1 mês e 15 dias, em regime fechado.

 

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Geral

VÍDEO: Investigado por matar ex-policial, suspeito de comandar tráfico em Pipa é preso

Imagens: Divulgação/PCRN

Um homem de 23 anos foi preso pela Polícia Civil nesta quinta-feira (18), durante mais uma fase da “Operação Liberdade”. Ele é suspeito de integrar um grupo criminoso e apontado como responsável por gerenciar o tráfico de drogas na praia de Pipa, em Tibau do Sul, um dos principais destinos turísticos do estado.

Durante o cumprimento do mandado de prisão, o suspeito tentou fugir pulando telhados de residências, mas foi cercado e capturado pelos policiais. A prisão ocorreu na Vila de Ponta Negra, em Natal, após diligências realizadas pelas equipes da Polícia Civil.

Segundo as investigações, o homem tinha mandado de prisão em aberto pelo homicídio de um ex-policial militar. E atuava como gerente do tráfico em Pipa, obedecendo ordens de outro suspeito ligado a uma organização criminosa.

O preso responde a três processos por tráfico de drogas e a um por roubo majorado, quando o crime é cometido com agravantes, como uso de arma ou participação de mais pessoas.

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