Foto: Jefferson Rudy – 13.mai.2021/Agência Senado
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia ouve neste momento o presidente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo. Em 2020, quando a farmacêutica entrou em contato com o governo brasileiro para oferecer sua vacina contra Covid-19, Murillo era presidente da empresa no Brasil.
A CPI também havia convocado Marta Díez, atual presidente da empresa no Brasil, mas a Pfizer pediu que Murillo fosse em seu lugar para “esclarecer os fatos relacionados às negociações com o governo federal” já que Díez assumiu o cargo apenas em fevereiro de 2021.
Antes da oitiva da Pfizer, os senadores iniciaram o trabalho da CPI por volta das 9h45 para tratarem assuntos internos da própria comissão – como questões de ordem e outros questionamentos feitos pelos senadores.
A oitiva com o presidente regional da Pfizer começou pouco antes das 10h30, com um breve relato por parte dele sobre a atuação da empresa no combate à pandemia.
Resumo da CPI da Pandemia:
• Pfizer não obteve resposta do governo Brasileiro
Murillo afirmou que a primeira oferta feita pela Pfizer era vinculante e tinha validade de 15 dias. “Passados esses 15 dias, o governo do Brasil não rejeitou e nem aceitou a conversa. Não tivemos resposta”, disse ele, ao ser questionado pelo relator da CPI sobre essa questão.
“Depois dessas ofertas, em 12 de setembro, nosso CEO enviou uma comunicação ao Brasil indicando nosso interesse em chegar a um acordo (…) dirigido ao presidente Bolsonaro e outras autoridades”, completou.
Ele detalhou que, além do presidente, receberam cópia do documento o vice-presidente, Hamilton Mourão, o então ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, ao então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao embaixador do Brasil nos EUA, Nestor Forster.
“Todas as propostas que mencionei anteriormente foram formalizadas em documentos enviados ao ministério da saúde. A carta, em si, não é considerada por nós uma oferta.”
• Veja o cronograma apresentado pelo executivo da Pfizer à CPI
Maio e junho de 2020
Reuniões iniciais exploratórias para compartilhar status de desenvolvimento da vacina
Julho de 2020
16 de julho
apresentado uma “expressão de interesse” em que foram resumidas as condições de compra do imunizante
Agosto de 2020
6 de agosto
Ministério da Saúde manifestou possível interesse na vacina;
14 de agosto
Pfizer fez a primeira oferta: uma com 30 milhões de doses e outra com 70 milhões, com possível cronograma de entrega durante o final de 2020 e 2021;
18 de agosto
Pfizer volta a fazer oferta por 30 e 70 milhões de doses, com um quantitativo adicional ao Brasil para o final de 2020;
26 de agosto
Pfizer fez uma terceira oferta, também em contratos de 30 e 70 milhões de doses – com um pouco mais de quantidade para o primeiro trimestre de 2021
Novembro
11 de novembro
Atualizada a oferta de 70 milhões. Seriam 2 milhões no primeiro trimestre de 2021, 6,5 milhões no segundo trimestre, 32 milhões no terceiro trimestre e 29,5 milhões no quarto trimestre.
24 de novembro
Mesma oferta com condições diferentes, com base no registro sanitário aprovado.
Fevereiro de 2021
15 de fevereiro
Oferecidas 100 milhões de doses. Seriam 8,7 milhões no segundo trimestre, 32 milhões no terceiro trimestre e 39 milhões no quarto trimestre.
Março de 2021
8 de março
Oferta de 100 milhões, com 14 milhões no segundo trimestre e 86 milhões no terceiro trimestre de 2021. Esse foi o contrato assinado com o governo brasileiro.
Abril de 2021
23 de abril
O segundo contrato por mais 100 milhões de doses, considerando 30 milhões no terceiro trimestre de 2021 e 70 milhões no quarto trimestre de 2021. Tratativas em fase final
• Farmacêutica fez 3 ofertas de vacina ao Brasil em 2020
Murillo apresentou à CPI da Pandemia um cronograma detalhado das tratativas entre a farmacêutica norte-americana e o governo brasileiro sobre a possível compra da vacina contra Covid-19.
De acordo com o executivo, após reuniões “reuniões iniciais exploratórias” nos meses de maio e junho, nas quais foi compartilhado o status de desenvolvimento do imunizante, foi apresentado em 16 de julho uma “expressão de interesse” que foram resumidas as condições de compra do imunizante – iguais para todos os países procurados pela empresa.
“Como consequência, tivemos outras reuniões no mês de agosto, em que aprofundamos alguns detalhes. Em 6 de agosto, ministério manifestou possível interesse em nossa vacina e fornecemos em 14 de agosto nossa primeira oferta, uma oferta vinculante”, disse Murillo.
Ele explicou que a oferta, na verdade, consistia em duas partes; uma com 30 milhões de doses e outra com 70 milhões “e tinha o possível cronograma de entrega durante o final de 2020 e 2021”.
“Em 14 de agosto, voltamos a fazer a oferta por 30 e 70 milhões de doses, mas nessa tínhamos conseguido um quantitativo adicional para o Brasil para o final de 2020”, afirmou.
Murillo afirmou que dias depois, em 26 de agosto, foi feita uma terceira oferta, também em contratos de 30 e 70 milhões de doses. “Nesta terceira, tínhamos conseguido um pouco mais de quantidade para o primeiro trimestre de 2021.”
Ele destacou que, em 11 novembro, a Pfizer reduziu sua oferta ao Brasil apenas ao contrato de 70 milhões e já sem entregas em 2020. Além disso, no dia 24 daquele mês a empresa repetiu a oferta, com algumas condições diferentes “com base no registro sanitário aprovado”.
Depois, ele disse que a próxima oferta foi feita já em fevereiro de 2021, no dia 15, para um contrato de 100 milhões de doses.
“Finalmente, no dia 8 de março, nossa oferta de 100 milhões, com 14 milhões no segundo trimestre de 2021 e os 86 milhões no terceiro trimestre de 2021. Esse é o contrato assinado e que estamos trabalhando nesse momento com o governo do Brasil.”
Ele também detalhou o segundo contrato, oferecido em 23 de abril para mais 100 milhões de doses, considerando 30 milhões no terceiro trimestre de 2021 e 70 milhões no quarto trimestre de 2021. “E nesse estamos terminando as tratativas.”
• Pfizer entregará 15,5 milhões de vacinas no 1.º, diz diretor
Em suas considerações iniciais à CPI da Pandemia, o diretor-regional da Pfizer disse que a farmacêutica adiantará a entrega de parte das doses da vacina contra Covid-19 compradas pelo governo brasileiro.
“Nosso contrato prevê entrega de 13,5 milhões de doses no segundo trimestre, mais 86 milhões no terceiro trimestre. Hoje, consideramos que vamos fornecer 15,5 milhões de doses no segundo trimestre”, disse Murillo.
A fala dele vai na mesma linha do anúncio feito pelo Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em abril.
• Aprovação de requerimentos
O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL) colocou em votação nove requerimentos de informação (473, 475, 476, 477, 478, 479, 480, 489, 522). Eles são direcionados à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ao Ministério das Relações Exteriores, à Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ao Google, à Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) e à farmacêutica EMS.
Também foram apresentados três requerimentos de oitivas: para Mayra Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde, para Nise Yamaguchi, oncologista e imunologista que chegou a ser cotada para comandar o Ministério da Saúde, e para Jurema Werneck, representante Movimento Alerta.
O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) pediu que fosse incluída, extra-pauta, um requerimento de sua autoria para chama à CPI Paulo Maiorino, diretor-geral da Polícia Federal (PF), “tendo em vista requerimento as mais de 60 investigações da polícia federal contra suspeitos” envolvendo estados e municípios.
Como não houve acordo prévio com senadores opositores, foi pedido que o requerimento entre na pauta com pelo menos 48 horas de antecedência – expediente já usado por senadores governistas para postergar outros requerimentos.
Após modificação por parte da mesa diretora da CPI, também foi colocado em votação convite de autoria do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) a três médicos para que prestem informações sobre “evidências cientificas que comprovam a eficácia do tratamento precoce contra a Covid-19”.
Todos os requerimentos foram aprovados por unanimidade.
• Comissão decidirá sobre documentos sigilosos após sessão desta quinta (13)
A sessão desta quinta-feira (13) foi aberta com uma questão de ordem do Senador Izalci Lucas (PSDB-DF) sobre o acesso aos documentos sigilosos já recebidos pela comissão.
“Acredito que a sessão hoje será mais curta. Faremos uma reunião após essa sessão, na minha sala, para determinar sigilo de documentos. Convido senadores da comissão para, logo após terminar aqui, definirmos a forma como vamos operar”, disse o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM).
“Hoje, o secretário responsável por isso, estará lá após a reunião para fazermos tudo isso.”
Conexão com depoimento de Wajngarten
O depoimento de Murillo terá ainda mais importância por acontecer na sequência da oitiva com o ex-secretário especial de Comunicação da Presidência da República Fabio Wajngarten.
Na quarta-feira (12), Wajngarten confirmou aos senadores que a Pfizer enviou uma carta a integrantes do governo brasileiro, como revelado pela CNN, incluindo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o então ministro da Saúde Eduardo Pazuello, oferecendo doses de sua vacina.
A carta, datada de 12 de setembro de 2020, só foi respondida, segundo o ex-secretário, em 9 de novembro, quando ele soube da existência do documento.
Votação de requerimentos
Por se tratar da última sessão da CPI na semana, além do depoimento do representante da Pfizer estão previstas votações de novos requerimentos na sessão da CPI.
Entre os pedidos, estão as convocações de duas médicas conhecidas por suas defesas do chamado “tratamento precoce” da Covid-19, com medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença causada pelo novo coronavírus.
Serão votados os requerimentos de convocação de Mayra Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde, e de Nise Hitomi Yamaguchi, oncologista e imunologista que chegou a ser cotada para comandar o Ministério da Saúde.
Outro foco dos senadores é o Ministério das Relações Exteriores, alvo de quatro requerimentos. A comissão quer ter acesso a comunicações oficiais, recebidas ou enviadas pelo Itamaraty, que falem a respeito da obtenção de cloroquina, hidroxicloroquina e vacinas contra a Covid-19.
CNN Brasil
O Presidente da Pfizer pediu reunião com Jair Bolsonaro para negociar a compra das vacinas pelo Brasil e usar o país como caso de sucesso no mundo.
A reunião aconteceu dia 17/11, mas Bolsonaro não foi.
Ele preferiu ir a um evento com Amado Batista. AMADO BATISTA.
Deve ter ido tocar berrante lá ora!
a vacinação poderia ter iniciado em 2020? o que faltou? vontade? açao?
Alguém pode mostrar a comprovação científica que dipirona e aspirina servem para pacientes de covid-19.
Tratamento precoce existe para todas as doenças e muitos com remédios que foram desenvolvidos para outras enfermidades, mas que podem funcionar. O que não dá para fazer com um paciente é mandar para casa e avisar que volte quando tiver falta de ar.
O seu nome diz tudo. A verdade está lá fora porque aí dentro da sua cabeça quem comanda é a mentira.
Esse governo, mente pra dormir e acorda pra mentir.
Leiam, vejam e ouçam os depoimentos da CPI para não comentarem besteirol.
O truculento Renan não consegue nada. Desmoralizado o ultrapassado Cangaceiro.
O presidente Bolsonaro/2022 agiu certo,certíssimo. Inveja mata. O mau se destrói por si só.
Faltou vc tomar o seu remédio hoje, mas é verdade, o mal por si se destrói, por isso seu presidente canalha está se acabando
Perda de tempo, politicagem pura. Essa CPI dos corruptos, comandada pelo famoso Renan Calheiros, está se desmoralizando por si só. Todos sabem que essa vacina da Pfizer só pode ser comprada após lei que permitiu a aceitação de suas exigências. E foi lei de autoria do presidente do Senago, como ele mesmo já frisou. Por fim, as vacinas estão chegando e o Brasil já é o 4° país que mais vacina no mundo. Mais uma narrativa mentirosa que está ruindo.
E assim o povo brasileiro vai caminhando sem vacina .O lunático ferrou o Brasil .
Vixe! E agora? Qual a narrativa? O MINTO mentiu novamente para variar? Desprezou vacinas e medidas sanitárias para prescrever placebos? A CPI vai “tratorar” mesmo o governo do inepto?
Vc vive de comer B……., só pode, vive com indigestão, conversando o que a cabeça não processa, ou no banheiro se derretendo igual a chocolate ao Sol.
Alberto, a verdade é indigesta para vc ? Vai lá no grupin de ZAP e pega outra narrativa para alimentar sua cabecinha talkei! Uma coisa sabemos: de estrume vc entende mais que eu! KKKKKKKK