Foto: Jorge Adorno/Reuters
A Justiça do Paraguai aceitou nesta terça-feira 7 o pedido de prisão domiciliar de Ronaldinho Gaúcho e Roberto de Assis Moreira, seu irmão e empresário. O juiz Gustavo Amarilla aceitou os termos e os irmãos terão de desembolsar 1,6 milhão de dólares (cerca de 7,8 milhões de reais) de fiança para deixar o Grupamento Especializado da Polícia Nacional. Ronaldinho e Assis, no entanto, não poderão retornar ao Brasil imediatamente. Os dois ficarão detidos preventivamente em um hotel de luxo na capital Assunção, em quartos separados e sob monitoramento policial constante.
Os irmãos Assis Moreira completaram na segunda 6 um mês de detenção, sob acusação de terem usado passaportes falsos para ingressar no país em 4 de março. Os advogados de Ronaldinho já haviam tentado a prisão domiciliar, mas o juiz Amarilla havia indeferido o pedido, considerando a possibilidade de fuga – caso retornassem ao Brasil, os irmãos não seriam extraditados ao Paraguai – e aguardando a perícia nos telefones celulares do ex-jogador e de Assis.
Embora o dinheiro para o pagamento da fiança saia direto de uma conta particular de Ronaldinho, uma empresa paraguaia, de nome M360 e de propriedade de um de seus advogados, servirá como intermediadora da transação. O Ministério Público paraguaio disse não se opor ao pedido de prisão domiciliar dos brasileiros pois a perícia nos celulares de Ronaldinho e Assis foi concluída. Os promotores dizem que, apesar da decisão, a investigação sobre a participação da dupla em outros crimes seguirá.
Ronaldinho e Assis foram informados por WhatsApp da decisão tomada no Palácio da Justiça de Assunção e deverão seguir para o Hotel Palmaroga, localizado no centro da capital paraguaia e recém inaugurado.
Veja
Se conseguir prender uns oito ou dez milionários gringos por ano, como Ronaldinho, o Paraguai coloca as suas contas em dia.
Esse rapaz ou é doido ou dissimulado ou sabe como ninguém fazer do limão uma limonada. Todo tempo preso, ele sorrindo, como se nada estivesse acontecendo…