Política

10 ministros de Lula ganham até o dobro do teto com “bicos” em conselhos de entidades e estatais

Foto: Sergio Lima/Poder 360

Ao menos 10 ministros do 1º escalão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fazem “bicos” em conselhos de empresas ou entidades paraestatais. Os valores extras mensais para cargos indicados pelo Executivo chegam perto de R$ 40.000.

O levantamento foi feito pelo Poder360 com dados de transparência das companhias e entidades, considerando só os conselhos com algum tipo de remuneração.

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, é o único com participação remunerada em mais de 1 conselho. No Conselho Fiscal do Sesc desde janeiro deste ano, ele recebe jetom de R$ 4.770 por reunião –há pelo menos uma por mês, embora tenha comparecido a apenas 4 desde que nomeou a si mesmo para o conselho, em janeiro.

Lupi também faz parte do Conselho de Administração da metalúrgica Tupy, desde agosto, onde passou a receber R$ 36.115. Somados à remuneração de ministro, que hoje é de R$ 41.650,92, o político passou a ganhar R$ 82.535,92 mensais.

Em 2º no ranking de maior salário por renda extra está Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, que foi indicada a um cargo no Conselho da Tupy em agosto. Somadas, as remunerações como ministra e membro do conselho totalizam R$ 77.765,92.

Na lista, aparecem também os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia), Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Esther Dweck (Gestão e Inovação), Camilo Santana (Educação), Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) e Paulo Pimenta (Secom).

Infográfico mostra remuneração extra de ministros em conselhos

Só no Conselho de Administração de Itaipu Binacional, são 5 ministros indicados pelo governo. Eles recebem mensalmente R$ 27.000 e precisam comparecer a apenas 6 reuniões ordinárias por ano –uma média de uma a cada 2 meses– e às reuniões extraordinárias, que podem ser convocadas a qualquer momento.

A CGU (Controladoria Geral da União), informou que, segundo jurisprudência do STF (Supremo Tribunal Federal), o teto constitucional remuneratório “não incide sobre os salários pagos por empresas públicas e sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que não recebam recursos da Fazenda Pública”.

O OUTRO LADO

Os 10 ministros citados por meio de suas assessorias e fez a todos os mesmos questionamentos sobre a capacidade de conciliar os cargos de ministro e em conselhos; os critérios para a indicação e suas opiniões sobre remuneração fora do teto. Apenas 4 se manifestaram.

  • Anielle Franco (Igualdade Racial) – “É comum a tentativa de desqualificação das mulheres em geral, principalmente das mulheres negras, por meio de questionamentos feitos única e exclusivamente a elas”. Disse ser “necessária” a presença de mais pessoas negras em espaços de decisão;
  • Alexandre Silveira (Minas e Energia) – ministério disse que “o conselho [de Itaipu] é estratégico para o setor energético do Brasil –de responsabilidade do MME, além de fornecer a relação diplomática com o Paraguai na geração de energia para os dois países”;
  • Mauro Vieira (Relações Exteriores) – Itamaraty disse que os “valores recebidos pela participação em reuniões [no Conselho de Itaipu] não integram os contracheques” do Ministério;
  • Carlos Lupi (Previdência) – assessoria afirmou que as reuniões de conselhos “não comprometem o trabalho desempenhado na pasta” e que Lupi foi indicado ao Conselho de Administração de Itaipu por sua experiência no BNDES (2007-2014). Disse, ainda, que o ministro deixará o Conselho do Sesc “nos próximos dias”, mas não informou uma data.

A Casa Civil (Rui Costa) e os ministérios da Fazenda (Fernando Haddad), da Gestão e Inovação (Esther Dweck), da Educação (Camilo Santana), Justiça e Segurança Pública (Flávio Dino) e a Secretaria de Comunicação Social (Paulo Pimenta) não responderam às perguntas. O espaço segue aberto para manifestações.

O QUE DIZEM AS EMPRESAS E ENTIDADES

As empresas e entidades paraestatais citadas também prestaram esclarecimentos à reportagem do Poder 360:

  • Itaipu Binacional – “À Itaipu não se aplica a LAI (Lei de Acesso à Informação), tendo em vista que a entidade não integra a Administração Pública brasileira, conforme expressamente reconhecido pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no julgamento de mérito das Ações Cíveis Originárias (ACOs) 1904, 1905 e 1957. Não obstante, a Itaipu possui norma própria de transparência”;
  • Tupy – “Cumpre lembrar que desde a década de 1990 a Tupy conta com a BNDESPar (BNDES Participações S.A.) e a Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil). […] Ao longo das últimas 3 décadas, nossa trajetória foi construída com o apoio de dezenas de conselheiros, que aportaram suas próprias experiências a partir de visões heterogêneas e complementares, permitindo que os avanços que alcançamos estejam sendo consolidados”;
  • Sesc e Senac: informaram que as reuniões ocorrem mensalmente e são convocadas pelo presidente do Conselho Fiscal. O número de sessões pode chegar a 6 em um mesmo mês. As indicações do Executivo para os Conselhos está regulamentada pelo Art. 19 do Decreto 61.843 de 1967 e pelo Art. 19 do Decreto 61.836 de 1967.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Nessas horas raimundim xaveirinho lula da Silva desaparece, deve estar catando cofrinho para alimentar os seus comedores de rapadura, a cabra ruim.

  2. E os burro pagando sem reclamar os mamadores do governo. E tome mais imposto no lombo. Políticos fazendo o que mais gostam, mamar.

  3. Militar estava fazendo a festa e agora esses aspones do novo governo. Alguém tem que botar moral nisso nessa por…

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Brasil

Ministério das Mulheres cria fórum de suporte a lésbicas

Reprodução 


O Ministério das Mulheres instaurou nesta 3ª feira (29.ago.2023) o Fórum para a Promoção de Estratégias para a Autonomia Econômica e Cuidado, Enfrentamento à Violência e Articulação Institucional de Políticas Públicas para Lésbicas.

O grupo foi oficializado no DOU (Diário Oficial da União) na mesma data em que se comemora mundialmente o dia da visibilidade lésbica. Segundo o documento, o Fórum terá caráter exclusivamente consultivo. Eis a íntegra (79 KB).

Conforme o ministério, o grupo tem o objetivo de apoiar a participação de mulheres lésbicas na criação de políticas públicas, proporcionar debates sobre igualdade de gênero e estratégias de prevenção a violências contra lésbicas, entre outras ações voltadas ao suporte desse grupo de mulheres.

A portaria também prevê a realização de estudos e diagnósticos com recorte de gênero e sexualidade.

O Fórum será composto por 7 órgãos e entidades, entre eles a Assessoria Especial de Participação Social e Diversidade, que fará a coordenação, a Secretaria Nacional de Autonomia Econômica e Política do Cuidado, a Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres e a assessoria do gabinete da ministra Cida Gonçalves.

As reuniões serão realizadas a cada 4 meses. O grupo terá duração prevista de 2 anos, contados a partir da data da 1ª reunião –que ainda não divulgada.

Poder 360 

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Finanças

Lucro bilionário do FGTS deve ser distribuído a trabalhadores em agosto; veja quem tem direito

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os trabalhadores com contas ativas e inativas no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) vão receber, até o dia 31 de agosto, a distribuição dos lucros obtidos pelo fundo em 2021. Os ganhos do ano passado, que devem ficar na casa dos bilhões como em anos anteriores, serão divulgados até o final de julho pela Caixa Econômica Federal.

O total a ser distribuído, porém, ainda precisa ser confirmado pelo Conselho Curador do FGTS. O órgão, composto por representantes de governo, trabalhadores e empresas, é que define o percentual de lucro a ser depositado.

Em 2021, os trabalhadores receberam 96% do lucro líquido de 2020, somando R$ 8,1 bilhões repassados. Ao todo, o saldo positivo foi de R$ 8,5 milhões. Para cada R$ 100 que o cidadão tinha de saldo na conta do FGTS em 31/12/2020, foram pagos R$ 96.

QUEM TEM DIREITO AO LUCRO DO FGTS?

Todas as contas vinculadas ao FGTS, sejam elas ativas ou inativas, têm direito de receber o lucro do ano anterior. O pagamento é feito até o dia 31 de agosto de cada ano, para quem tinha saldo em 31/12 do ano-base. O lucro aparece separadamente em cada uma delas.

COMO É FEITO O PAGAMENTO?

A distribuição é feita pela Caixa na conta de cada trabalhador. Os valores são creditados e, no extrato do FGTS, aparece a informação “AC CRED DIST RESULTADO ANO BASE 12/XXXX (aqui será informado o ano a que se refere o pagamento)”.

QUANDO SACAR

O trabalhador só poderá usar esse dinheiro caso se enquadre em uma das situações de retirada previstas na lei 8.036/90 para o saque do FGTS, como demissão sem justa causa, aposentadoria, compra da casa própria e doença grave, por exemplo.

COMO CONSULTAR OS VALORES

Quando o pagamento for feito, o trabalhador pode consultar os valores no aplicativo FGTS.

  1. Abra ou atualize o app FGTS
  2. Clique em “Entrar no aplicativo”
  3. Em seguida, informe CPF e vá em “Próximo”; depois, digite sua senha e clique em “Entrar”
  4. Clique nas imagens solicitadas pelo aplicativo para confirmar que você não é um robô
  5. Na página inicial, abaixo, vá em “Meu FGTS”
  6. Na página seguinte, aparecerão todas as contas do Fundo de Garantia; para ver o extrato de cada uma delas, clique em “Ver extrato”
  7. Para cada conta será creditada o lucro correspondente; é preciso conferir os valores em cada extrato

LUCRO PASSOU A SER DISTRIBUÍDO EM 2017

Parte do lucro do FGTS passou a ser distribuída no ano de 2017, com base no rendimento do Fundo de Garantia em 2016, conforme determina a lei 13.446. Segundo a legislação, o valor distribuído acrescido de juros e correção monetária não integrará a base de cálculo do depósito da multa rescisória na demissão.

Com informações de FolhaPress

Opinião dos leitores

  1. Eita que os PTRALHAS vão recorrer contra isso junto ao STF… Tudo que é para beneficiar o povo os esquerdopatas são contra! Redução do ICMS, isenção da tx da carteira de estudante, redução do seguro obrigatórios, dentre inúmeras ação que O governo Bolsonaro promoveu pra beneficiar aos mais pobres…. enfim nos governos da quadrilha do PT o que se faziam com perfeição, era roubar e beneficiar bandidos!

  2. Antes nenhum trabalhador via lucros, só fumo.
    Hoje com um presidente honesto, compromissado com o trabalhador, temos dinheiro em conta.
    Parabéns MITO.

    1. que lucro babaca? antes os trabalhadores usavam o fgts para comprar casa, para aposentadoria, para investir. Hoje, estão liberando porque o trabalhador não consegue nem comprar feijão. Mais uma enrolação do mito. Está usando o seu dinheiro para fazer proselitismo político. Resolver o problema da fome, do desemprego, da alta dos alimentos, da inflação, isso nem passa pela cabeça dele.

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Economia

Pix vira a principal forma de pagamento nos pequenos negócios

Foto: LUIS LIMA JR/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

O Pix superou o cartão de crédito, de débito e o dinheiro e já é a principal forma com que os pequenos negócios recebem transações. A modalidade é usada por 42% dos empreendedores, segundo pesquisa inédita realizada pelo Sebrae e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O meio de pagamento, que vai completar dois anos em 16 de novembro, tem seu melhor desempenho entre os MEIs (microempreendedores individuais), já que 51% deles afirmam que essa é a principal forma utilizada em suas vendas, enquanto para as micro e pequenas empresas, o Pix responde por 28%.

“Já havíamos percebido esse movimento de crescimento do Pix em pesquisas anteriores e, agora, constatamos que o meio digital vem ocupando, cada vez mais, lugar de destaque entre as formas de pagamento usadas pelos empreendedores”, destaca o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

Ele acrescenta que a aceitação ocorre porque é um sistema rápido e que não onera o consumidor, já que é “mais barato que uma taxa de cartão e que pode ser usado 24 horas por dia”.

Para os microempreendedores individuais, o Pix responde por 51% das transações, seguido pelo cartão de crédito (20%), dinheiro (15%), débito (5%) e outros (9%).

Nas microempresas, o cartão de crédito ainda é o principal meio de pagamento e responde por 30%. O Pix vem logo em seguida, com 28%, e depois o dinheiro (10%) e o débito (9%). Outros meios representam 23%.

Por fim, nas pequenas empresas o Pix também se sobressai, com 42%. Depois, vem o crédito (23%), o dinheiro (13%) e o débito (7%).

Chamado de Pulso dos Pequenos Negócios, o levantamento ouviu, entre o fim de agosto e as duas primeiras semanas de setembro, mais de 6 mil empresários de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal.

Preferência digital

Até julho deste ano, o número de chaves Pix registradas havia chegado a 478,3 milhões, ultrapassando o dobro do número da população do Brasil (214,9 milhões), segundo dados do BC (Banco Central).

As transações com o Pix em maio de 2022 somaram R$ 889 bilhões e tiveram valor médio de R$ 461. As novas modalidades também vêm crescendo desde o fim do ano passado. Em julho, o número de transações de Pix Saque atingiu 268 milhões e de Pix Troco, 3,1 milhões.

Os números da pesquisa

Principal forma de pagamento utilizado pelos clientes das empresas:

Microempreendedor Individual (MEI)

• Pix – 51%

• Dinheiro – 15%

• Cartão de crédito – 20%

• Cartão de débito – 5%

• Outro – 9%

Microempresa

• Pix – 28%

• Dinheiro – 10%

• Cartão de crédito – 30%

• Cartão de débito – 9%

• Outro – 23%

Pequena Empresa

• Pix – 42%

• Dinheiro – 13%

• Cartão de crédito – 23%

• Cartão de débito – 7%

• Outro – 15%

R7

Opinião dos leitores

    1. Respeite os servidores do BACEN que o gestaram antes de bobonaro, Sr. Tosse.

    2. Fabinho linduuuuu. O mérito é de uma equipe de profissionais estimulada e referendada pelo PR Jair Messias Bolsonaro Brasil.

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Geral

Anac redefine indenização para Inframérica em R$ 505,9 milhões

Foto: Emprotur

A Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC) atualizou o valor da indenização a ser paga à Inframérica, empresa que devolveu a concessão do Aeroporto Internacional Aluízio Alves (ASGA), localizado em São Gonçalo do Amarante. Após análises financeiras, a indenização, que havia sido inicialmente estimada em R$ 554,5 milhões, foi reduzida para R$ 505,9 milhões.

A concessionária que assumirá a gestão do aeroporto, a suíça Zurich Airport Internacional, já assinou o contrato de concessão em 12 de setembro. O valor da indenização será deduzido dos R$ 320,1 milhões oferecidos inicialmente no leilão ocorrido em 19 de maio de 2023. Após essa dedução, o Governo Federal deverá quitar a diferença de R$ 185,8 milhões.

O leilão de concessão do Aeroporto Internacional Aluízio Alves deste ano foi a primeira relicitação de um ativo de infraestrutura concedido no país.

A partir de agora, as partes envolvidas iniciarão ajuste de contas para efetuar o pagamento da indenização à Inframérica pelos investimentos realizados. Primeiramente, o Governo Federal será responsável por cobrir a diferença entre o valor ofertado pelo proponente e a indenização devida, o que vai corresponder aos R$ 185,8 milhões. Posteriormente, a concessionária vencedora do leilão realizará o pagamento da contribuição inicial à concessionária anterior, ou seja, os R$ 320,1 milhões do leilão.

A Zurich Airport Internacional já tem presença em quatro outros aeroportos no Brasil, incluindo o Aeroporto de Confins e as operações nos aeroportos de Macaé, Vitória e Florianópolis. O novo contrato de concessão do ASGA terá uma duração de 30 anos.

Processo inédito

Em 7 de fevereiro de 2023, a Diretoria da ANAC aprovou, em caráter inédito, o edital de relicitação do ASGA. O instituto da relicitação foi viabilizado pela Lei nº 13.448, de 5 de junho de 2017, e pelo Decreto nº 9.957, de 6 de agosto de 2019.

A adesão ao processo de relicitação é um ato voluntário e consiste na devolução amigável do ativo, seguida pela realização de novo leilão e a assinatura de contrato de concessão com a nova concessionária vencedora do certame. Trata-se de um mecanismo que traz segurança jurídica aos contratos e permite a continuidade da prestação dos serviços.

Novo Notícias

Opinião dos leitores

  1. Muito bom assim. É isso que os liberais pregam?
    Estado mínimo para beneficiar, mas quando não obtém o lucro desejado, o estado não deve ser mínimo e indenizar quando o privado faz besteira.
    Hipocritas de plantão.

    1. Fogo, ainda bem que nosso estado é pujante com uma governadora atuante e competente.

    2. Sou baluarte desta briosa,parabéns meu colega THIAGO, pelo seu brilhante texto, combatendo o sr Gilmar , ele esqueceu, que nois estamos salvando vidas a 95 a anos, ja temos cadeira cativa c a sociedade brasileira

  2. Enterraram um jumento de cabeça pra baixa na área desse aeroporto. O prejuízo vai só mudar de mãos. Anotem!!

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Política

Falta de execução orçamentária pelo governo federal pode impactar no andamento de votações no Congresso

Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

Além da demora na consolidação da minirreforma ministerial, que pretende contemplar PP e Republicanos na Esplanada dos Ministérios, outra reclamação tem dominado as conversas entre parlamentares e empacaram o andamento das pautas na última semana no Congresso Nacional: a não execução de emendas pelo governo federal.

Do total da execução orçamentária prevista para 2023 em RP2A4, emenda disponibilizada pelos ministérios ao parlamento e que soma um montante de R$ 9,823 bilhões de reais, apenas 24,4% (R$ 2,396 bi) foram empenhados, e 12,24% (R$ 1,2 bilhão) foram efetivamente pagos até esta sexta-feira (18).

O assunto dominou a última reunião de líderes da Câmara dos Deputados, na residência oficial do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

A CNN ouviu parlamentares de direita, esquerda e de centro. Todos afirmaram que a reclamação é generalizada.

“Não anda nada! Emendas individuais, de bancada, principalmente a parte não impositiva, de comissão e RP2A4… Não andou mais depois da primeira quinzena de julho com votação na Câmara, quando foi aprovada a reforma tributária”, afirmou um parlamentar, em reservado.

Um líder do centrão ouvido pela reportagem afirmou que o dinheiro “não chega nas prefeituras”.

“Está tudo empacado. Governo voltou a ser igual estava até junho. As prefeituras não estão andando”, disse.

“Não está vendo? Nada (nenhuma pauta) andou essa semana. Tem que voltar o avanço que terminou antes do recesso. Agora, voltaram novas dificuldades na execução”, reclamou uma deputada.

A situação ameaça a apreciação de pautas consideradas essenciais pelo Palácio do Planalto, como o novo marco fiscal, que precisa ser aprovado quanto antes e de onde definição depende o orçamento de 2024 até 31 de agosto.

Também estão pendentes três medidas provisórias (MPs), que precisam ser aprovadas até o fim desta semana: a que fixa o salário-mínimo em R$ 1.320, a que concede reajuste salarial de 9% aos servidores da União e a que trata da portabilidade e integração de vale-alimentação de trabalhadores.

Procurado, o governo não se manifestou sobre o tema.

CNN Brasil

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Brasil

Menino de 10 anos acerta as seis dezenas da Mega da Virada, mas mãe não registrou aposta

Foto: Reprodução / TV Diário do Sertão

O episódio vivido pela promotora de vendas Linda Inês, moradora da cidade de Cajazeiras, no sertão da Paraíba, no final de 2022 parece até roteiro de filme: o filho dela, Pedro Henrique, de 10 anos, acertou as seis dezenas da Mega da Virada. O problema foi que a mãe não registrou a aposta numa lotérica. Resultado: quando a mulher viu os números sorteados começou a chorar.

“A gente pegou um baque de surpresa. A gente chorou muito. Até ele chorou muito, não queria mais se alimentar”, contou ela à TV Diário do Sertão.

De acordo com Linda, ela havia sonhado que ganhava na Mega da Virada e chorava de emoção com o bilhete nas mãos. Os números, porém, não foram revelados nesse sonho. A promotora de vendas, então, fez dois jogos sozinha e deu a Pedro alguns bilhetes para que ele marcasse os números. O menino gostou da ideia, já que queria comprar uma tela nova para seu celular.

No início, sem saber como fazer uma aposta, o menino marcou números em sequência, como 01, 02, 03, 04, 05 e 06. A mãe, então, explicou que ele deveria variar as dezenas. Pedro assim o fez e, num dos bilhetes, marcou 04, 05, 10, 34, 58 e 59, os números que seriam sorteados na noite de 31 de dezembro, momento em que mãe e filho sofreram juntos.

Foto: Reprodução / TV Diário do Sertão

“Perdemos a noite porque eu nunca imaginei que uma criança de 10 anos ia ficar milionária com um pedaço de papel que veio o aviso, eu tive um sonho, ele me entregou o papel… A pessoa se sente culpada. Mas foi à vontade de Deus, né?”, disse Linda em outro trecho da entrevista à TV Diário do Sertão.

Cinco apostas ganharam o maio prêmio da Mega da Virada: R$ 541.969.966,29. O prêmio foi o mair da história. As apostas vencedoras são das cidades de Florestal (MG), Arroio do Sal (RS), Santos (SP) e São José da Bela Vista (SP). Um dos ganhadores apostou pela internet.

O Globo

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Finanças

Imposto de Renda 2022: Receita Federal divulga regras para declaração esta semana; Saiba quem deve declarar e quais documentos são necessários

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A Receita Federal vai divulgar esta semana as regras e o prazo para a declaração do Imposto de Renda 2022. Mas o contribuinte não precisa esperar para ir separando os documentos para preencher a declaração que poderá ser enviada a partir de 2 de março.

As empresas, bancos e instituições financeiras precisam entregar o informe de rendimentos até 28 de fevereiro. O extrato para o Imposto de Renda 2022 dos aposentados e pensionistas já está disponível no site e no aplicativo do Meu INSS ou no banco em que recebe a aposentadoria ou pensão.

Além das regras, até a sexta-feira 25, as pessoas vão pode fazer o download do programa IRPF 2022. O prazo para a entrega do Imposto de Renda 2022 deve ser até 30 de abril, lembrando que em 2021 foi extendido até o fim de maio por conta da pandemia do novo coronavírus.

Quem deve declarar o Imposto de Renda 2022?

As regras vão ser anunciadas até sexta-feira (25), mas como nada mudou – a reforma tributária segue parada no Congresso – todo contribuinte que teve renda tributável (salário, bônus na empresa etc) maior que R$ 28.559,70 em 2021 deve ser obrigado a fazer a declaração do IRPF 2022.

Para empresas e Microempreendedor Individual (MEI), o prazo para enviar a Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf) acaba em 28 de fevereiro.

Também deve precisar preencher o formulário do leão aqueles que tiveram rendimentos isentos, como pagamento de dividendos de empresas ou de retorno de fundo imobiliário, que somem mais de R$ 40 mil.

Investimentos e ações

Quem teve, em qualquer mês de 2021, ganho de capital na venda de bens ou direitos sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas também deve declarar.

A declaração que começa neste ano se refere ao ano fiscal de 2021. Portanto, quem teve, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terreno sem construções de valor total superior à R$ 300 mil também deve preencher a declaração de Imposto de Renda.

Também devem enviar a declaração até o fim do prazo aqueles que:

  • na atividade rural, aqueles que obtiveram receita bruta em valor superior à R$ 142.798,50, ou que pretenda compensar, no ano-calendário de 2020 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2020;
  • passaram à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nesta condição se encontrava em 31 de dezembro, ou;
  • optaram pela isenção do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no país, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da celebração do contrato de venda, nos termos do art. 39 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005.

A seguir, veja quais são os documentos necessários para declarar o Imposto de Renda 2022. Você deve guardar os papéis por no mínimo cinco anos, caso a Receita Federal peça para você comprovar a veracidade das informações.

CPF dos dependentes

Opinião dos leitores

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Política

Senadores incham gabinetes e contratam até 82 assessores sem concurso público

Foto: Reprodução.

Após três mandatos como deputado federal, Eduardo Gomes (PL-TO) começou seu mandato de senador em 2019 com 54 servidores comissionados (sem concurso público). Em quatro anos, aumentou o gabinete para 82 assessores. Gomes emprega tanto quanto uma empresa de porte médio no ramo de serviços. Segundo o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), uma empresa média tem de 50 a 99 funcionários. O número de funcionário não corresponde a atuação legislativa: em 2023, o senador apresentou três projetos de lei.

O “inchaço” do gabinete é permitido por “brechas” nas regras do Senado, que possibilitam a multiplicação de cargos. Levantamento do Estadão identificou que outros 12 senadores também tem mais de 50 assessores pagos com dinheiro público. É o caso, por exemplo, de Rogério Carvalho (PT-SE) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), com 77 e 67 comissionados, respectivamente. Os parlamentares dizem que precisam dos funcionários para o trabalho legislativo, mas o fato é que os postos acabam servindo para nomeação de aliados e cabos eleitorais.

O regulamento administrativo do Senado estabelece o limite de 12 comissionados por senador, mas permite um rearranjo que pode levar o gabinete a ter 50 assessores. Se o parlamentar assumir outras funções na Casa, como presidência de comissão, liderança de partido ou cargo na Mesa Diretora tem o direito de fazer mais nomeações e multiplicá-las. O presidente do Senado, por exemplo, pode ter até 260 comissionados, se quiser. Rodrigo Pacheco (PSD-MG) tem 36 assessores.

A “brecha” no regulamento não obriga que todos os senadores rearranjem a equipe em cargos menores. Caso o parlamentar opte por essa mudança, ele precisa fazer com que o valor total dos salários seja o mesmo, independentemente da quantidade de funcionários. Com isso, ele consegue empregar mais gente, mas com salários menores. Os gastos com vale-alimentação desses novos assessores não são considerados nesse limite, o que resulta em despesa extra para o Senado.

Confira mais detalhes na matéria de Natália Santos, Estadão.

Opinião dos leitores

    1. Só PILANTRAGEM!!! Além dos cargos comissionados, tem residência, correios, veículo a disposição e emendas constitucionais, POVO verdadeiro idiota diga a moralização tem essa PETELHA e todos são HIPÓCRATES.
      O maior exemplo está no ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, funcionalismo na miséria, FUNDEB vem cozinhando ou seja nada funciona em relação os PELEGAS. ELA VEM AÍ…. ELA VEM AÍ….. FAÇA O L .

    2. Esses infelizes vão afundar o Brasil> Quem fez o L é culpado. Digo Nada.

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Política

Lula deveria reparar o Brasil e os brasileiros dos prejuízos causados por Dilma, diz Aécio Neves

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O ex-presidenciável e deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou neste domingo, 27, ao Estadão, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deveria reparar o Brasil dos prejuízos causados durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

A declaração foi uma resposta à afirmação de Lula sobre ser necessário discutir como “reparar” a sua correligionária, que sofreu impeachment em 2016. O debate voltou à tona após o arquivamento da ação de improbidade pelas “pedaladas fiscais” no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Em 2014, Dilma e Aécio foram adversários diretos nas eleições presidenciais, que resultaram na vitória, nos dois turnos, da petista.

LEIA TAMBÉM: Lula diz que vai discutir como reparar Dilma após decisão sobre pedaladas

VEJA MAIS: VÍDEO: Entenda por que arquivamento de ação no TRF-1 por improbidade contra Dilma Rousseff não se contrapõe ao impeachment

“Lula agora fala em reparar a ex-presidente Dilma pelo suposto ‘golpe’ do impeachment, ignorando decisões do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele deveria canalizar sua energia para reparar o Brasil dos prejuízos que sua pupila causou ao país e aos brasileiros”, disse.

No governo Dilma o Brasil lidou com uma grave crise econômica. Ao assumir o primeiro mandato, Dilma recebeu a taxa de desemprego em 5,30%, segundo o critério critério (PME/IBGE) e, ao ser afastada, em maio de 2016, a taxa estava 8,20%. A inflação foi de 5,90% a 9,28% no mesmo período de tempo. O PIB mudou de um crescimento de 7,53% ao ano para uma retração de 3,90% anual.

Dilma deixou o governo em 2016 após sofrer um impeachment. A justificativa do processo defendia que a petista infringiu a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) ao editar decretos para abertura de crédito suplementar sem autorização do Congresso Nacional e atrasar, de maneira proposital, o repasse de dinheiro da União para bancos com o objetivo de melhorar artificialmente as contas. A manobra, batizada de “pedaladas fiscais”, foi revelada pelo Estadão.

 

Opinião dos leitores

  1. As vezes eu penso que estou vivendo um pesadelo quando vejo lula como presidente. Castigo grande danado!!

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Polícia

Após reunião com o Governo, policiais civis decidem continuar paralisação

No final da tarde desta terça-feira, 8, os representantes dos policiais civis se reuniram com o Governo do Estado para novamente tratar sobre a situação do ADTS da categoria. No entanto, sem avanço, a categoria se reuniu em Assembleia Geral e decidiu pela continuidade da paralisação.

Durante o dia, o SINPOL-RN chegou a participar de reuniões com o Judiciário e com o Ministério Público, que externaram a manutenção do entendimento de continuidade da ação de retirada do ADTS.

Por esse motivo, a categoria espera que o Governo do Estado resolva a situação. “No ano passado, as entidades representativas pediram ao TJRN e ao MP uma suspensão da ação. O pedido foi acatado e um prazo de 180 dias foi dado para que pudéssemos negociar com o Governo do Estado uma solução”, explica Edilza Faustino.

No entanto, mesmo diante de apelos das entidades, o Governo não quis negociar no ano passado e somente em janeiro deste ano, após uma paralisação, abriu mesa de negociação.

Na reunião desta terça-feira, o vice-governador afirmou que o Estado quer esperar a decisão do Tribunal de Justiça para então articular com o Ministério Público possíveis modulações no processo, ao invés de analisar uma proposta de envio de projeto à Assembleia Legislativa já de imediato.

Inclusive, em nota divulgada à imprensa, o próprio TJRN afirma que: “O governo pode resolver o impasse com o envio de um projeto de lei a respeito do tema para a Assembleia Legislativa, disciplinando o assunto. Essa providência poderia regularizar o valor pago a título de ADTS, implicando em eventual perda de objeto da ação judicial”.

Ou seja, no entendimento das entidades e da categoria, o Governo não quer resolver a situação e prefere lavar as mãos para deixar a Justiça decidir se a categoria perde ou não o ADTS.

“O Governo quer que os policiais civis paguem pra ver uma decisão judicial totalmente imprevisível, que poderá sim resultar em perda do ADTS e em grandes prejuízos financeiros. Então, a categoria decidiu manter a paralisação e continuar cobrando a negociação de uma proposta que venha a evitar qualquer retirada de direito. Está mais que claro que a questão é de vontade política do Governo”, completa.

Opinião dos leitores

  1. Se fosse outras policias o desembargador Dilermando Mota já tinha considerado a greve ilegal e já tinha multado! A polícia civil já possui uma tabela salarial muito boa! Se governo conceder o ADTS para civil, terá que conceder também para as demais policias! O quê não pode existir é ” dois pesos e duas medidas” As demais policias são tão polícia quanto a cívil! Não pode existir essa babação toda do judiciário e do Governo!

    1. Contínua com a G R E V E, que a sociedade está dando do apoio.
      Cadê, S I N T E, vai ficar no silêncio que SINDICATO é esse fazendo jogo de quem vem TRAINDO desde dos primeiros dias de GOVERNO DO PT.
      Quem ensinou fazer GREVE foi o PT, PROFESSORES, vão a luta G R E V E sem negociação com essa PETELHADA , os recursos financeiros do FUNDEB, já foram repassados se a GOVERNADORA DO PT, não queser pagar devolva os recursos financeiros ao MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, ficar recursos e não repassar aos PROFESSORES isto está fazendo parte de desonestidade que muito peculiar desde PARTIDO.

  2. “O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública.” (Supremo Tribunal Federal, Repercussão Geral, Tema 0541). “A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisação decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em virtude da suspensão do vínculo funcional que dela decorre, permitida a compensação em caso de acordo. O desconto será, contudo, incabível se ficar demonstrado que a greve foi provocada por conduta ilícita do Poder Público.” (Supremo Tribunal Federal, Repercussão Geral, Tema 531)

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Política

Câmara rejeita urgência para deliberação de projeto de lei das fake news

Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados

A Câmara rejeitou nesta quarta-feira (6) a urgência para a deliberação do projeto de lei das fake news, que estabelece regras para o uso de redes sociais por autoridades públicas, determina penalidades para quem disseminar informações falsas e estipula que empresas jornalísticas sejam remuneradas por conteúdo publicado na internet.

Foram 249 votos a favor, 207 contrários e 1 abstenção. Era necessário ter maioria absoluta para a aprovação, ou seja, 257 votos porque se tratava de “urgência urgentíssima”. Na urgência apenas, o requerimento poderia ter sido aprovado por maioria simples. Faltaram 8 para a aprovação.

Um novo requerimento de urgência pode ser apresentado ou o projeto pode ser analisado por comissões. Se a urgência tivesse sido aprovada, ele poderia ser votado diretamente em plenário.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tentou fechar um acordo com os partidos para que, pelo menos esta etapa fosse vencida. Mas partidos da base do governo acabaram por orientar contra o avanço da proposta . Durante a discussão, muitos deputados alegaram que é preciso fazer diversos ajustes ao texto.

Durante a sessão, Lira reclamou do que chamou de “politização” em torno do projeto durante o encaminhamento da votação. “Eu estou dizendo que nós deveríamos discutir o assunto, não politizar o assunto. Esse é um assunto sério, que vai influenciar para o bem ou para o mal a vida de todo mundo”, disse.

O PL, Novo, PTB e Cidadania orientaram contra a votação da urgência. O líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), também orientou contra a urgência para a proposta. O PP liberou a bancada. Alguns partidos, como o PSDB e Republicanos, defenderam a aprovação da urgência, mas ressaltaram que não há compromisso da bancada com a aprovação do conteúdo da proposta.

O relator, deputado Orlando Silva (PC do B), deve continuar trabalhando para construir maioria pela aprovação do texto. Ele deve promover mudanças ao relatório já apresentado.

Ao defender a proposta, Silva afirmou entender que o período pré-eleitoral possa contaminar a discussão, mas negou que tenha foco nas eleições. “O texto não é para a eleição. São regras para o funcionamento da internet, para uma internet mais saudável, conexão entre pessoas, estímulo da atividade econômica”, disse.

Silva também afirmou que o Congresso precisa se posicionar sobre o tema, sob o risco de a omissão do Legislativo gerar maior “judicialização da política”“Nós não podemos ser omissos em não fixar parâmetros, regras, para o funcionamento na internet. Se não fizermos isso, o poder Judiciário fará, tomará decisões interpretando a Constituição Federal”, disse.

O deputado afirmou ainda que o objetivo do texto é “encontrar um caminho para identificar quem é o autor da fake news que se espalha por aí”.

“Nós criamos mecanismos para que haja não só o direito de contraditório, para impedir a vitalização das mentiras e que as plataformas cumpram com determinadas regras que farão com que a internet ajude o desenvolvimento econômico, mas que os impostos captados que deveriam ser pagos no Brasil sejam pagos no Brasil, que hoje muito fica no mundo afora”, disse.

Deputados da base bolsonarista, principalmente, se opuseram ao mérito da proposta. A deputada Bia Kicis (PL-DF) afirmou que o teor do projeto é “preocupante”.

“Porque o que se diz é um projeto de combate às fake news é um projeto que, na verdade, entrega o monopólio da informação aos grandes veículos, como O Globo, por exemplo”, disse.

Investigado por atos antidemocráticos e fake news, o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) discursou contra a proposta representando o PTB, partido para o qual migrou na janela partidária. Para ele, o texto não pode ser aprovado em ano eleitoral. “Vai suprimir toda a liberdade de expressão da sociedade. […] Se aqui nessa Casa for aprovado com toda certeza neste ano teremos uma caça às bruxas de todos os conservadores”, disse.

Para o deputado Giovani Cherini (PL-RS), o tema deveria ser discutido após as eleições deste ano. “Agora ele está contaminado. é a forma que a esquerda tem para tentar voltar ao poder”, disse.

As chamadas big techs, grandes empresas de tecnologia como Google e Facebook, também têm se posicionado contra o projeto. No sábado (2.abr.2022), o Google lançou uma campanha publicitária em que alega que texto pode “obrigá-la” a financiar notícias falsas.

É a mais recente manifestação pública das empresas com duras críticas ao projeto. As plataformas têm feito forte lobby para evitar que a proposta avance, ao menos com a redação atual.

Silva alterou seu parecer em relação ao que tinha sido apresentado em um grupo de trabalho, mas a nova redação ainda não agradou às empresas e aos bolsonaristas.

“Eu tenho feito reuniões com as plataformas. E realmente o projeto tem muitos pontos que precisam ser discutidos, debatidos, alterados, sob pena de realmente acabarmos tendo um monopólio da notícia, da informação, acusando os outros de desinformação”, afirmou Kicis.

Leia algumas mudanças previstas:

  • remuneração para mídia – big techs que se beneficiam ao divulgar material jornalístico de terceiros (como resultados em buscadores) passam a ter que remunerar veículos de comunicação;
  • representação no Brasil – obriga provedor de serviços digitais a ter representante legal no país;
  • LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) – permite o uso de dados de usuários de redes sociais para a venda de publicidade direcionada nos termos da lei já em vigor;
  • imunidade parlamentar – estende a imunidade às redes sociais de congressistas;
  • multas – estabelece punições para as empresas que não seguirem as regras.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Antenado e José Macedo, como bons cabos eleitorais de Bolsonaro, são apologistas das Fake News.

  2. Walter Alves e Benes Leocadio, votaram SIM pela urgência do projeto de lei. Outubro vem aí….

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Cidades

Após denúncia do MPRN, vice-prefeita e presidente da Câmara de João Dias são afastados dos cargos; políticos estão foragidos

Reprodução 

O prefeito eleito em 2020, temendo pelas ameaças que vinha sofrendo da vice-prefeita e do presidente da Câmara Municipal, renunciou em 27 de julho de 2021. As ameaças de morte eram dirigidas ao prefeito e à família dele. Em outubro passado, após o prefeito eleito entrar com pedido para retomar o cargo, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte determinou o retorno dele à chefia da gestão de João Dias.

Além da vice-prefeita e do presidente da Câmara, as ameaças sofridas pelo prefeito eleito eram formuladas por três irmãos dela. Dois deles morreram em confronto com a polícia durante o cumprimento de mandados de prisão. Um outro está preso.

O crime de extorsão cometido pelo núcleo familiar é investigado pelo MPRN na operação Omertà. O MPRN também apura o envolvimento da família com outros crimes. Na segunda-feira (19), o MPRN deflagrou a operação Omertà II, com o objetivo de combater o crime de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas e de outros crimes, com várias movimentações bancárias em empresas de fachada. A Justiça determinou o sequestro de R$ 1.770.090 de integrantes do grupo investigado. A ação cumpriu dois mandados de prisão e outros seis, de busca e apreensão no RN, e ainda nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

A vice-prefeita e o presidente da Câmara Municipal de João Dias são considerados foragidos de Justiça. O MPRN disponibiliza o Disque Gaeco (84) 98863-4585 e o e-mail [email protected] para quem tiver informações sobre o paradeiro deles. O sigilo é garantido pelo MPRN.

Omertà II

A operação Omertà II apura o envolvimento do grupo investigado com lavagem de dinheiro, entre outros crimes. A pedido do MPRN, a Justiça potiguar determinou o sequestro de R$ 1.770.090 de integrantes do grupo investigado na operação Omertà II. A ação foi deflagrada na segunda-feira (19).

De acordo com as investigações, o grupo é suspeito de lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas e de outros crimes, com várias movimentações bancárias em empresas de fachada. Uma dessas empresas é uma revendedora de veículos da cidade potiguar de Água Nova, que não possui mais do que 3.500 habitantes. Essa revendedora possui apenas um veículo cadastrado junto ao Detran/RN, mesmo tendo movimentado mais de R$ 6 milhões em apenas 2 anos.

Segundo já apurado pelo MPRN, a empresa de fachada recebeu entre os anos 2020 e 2021 um total de 238 depósitos no valor de R$ 2.000, totalizando R$ 476.000, e ainda 109 depósitos bancários no valor fechado de R$ 5.000, o que totalizou R$ 545.000 no mesmo período. Para o MPRN, esse dinheiro é proveniente de crimes cometidos pelo grupo e era lavado nessa empresa.

No Rio Grande do Norte, foram cumpridos mandados nas cidades de João Dias, Água Nova e Nísia Floresta.

A operação Omertà II contou com o apoio dos Ministérios Públicos dos Estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul e também das Polícias Civil e Militar do Rio Grande do Norte. O nome da operação é uma referência ao termo que define um código de honra de organizações mafiosas do Sul da Itália, que apregoa as regras do silêncio e da solidariedade entre criminosos do mesmo grupo.

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Judiciário

STF trava ações de delatores da Lava Jato que tentam reaver bens confiscados

Foto: Nelson Jr./STF

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) travaram o andamento de ações movidas por sete antigos executivos da Odebrecht que decidiram colaborar com a Operação Lava Jato há seis anos e, agora, tentam recuperar bens que foram confiscados pela Justiça.

O patriarca da família que controla o grupo empresarial, Emílio Odebrecht, é um dos que moveram essas ações. Ele tenta se livrar da obrigação de devolver recursos que recebeu em contas secretas na Suíça ao longo dos anos em que esteve à frente dos negócios da família.

Os acordos de colaboração premiada assinados pelos executivos da Odebrecht preveem o perdimento de valores recebidos ilegalmente no exterior, além do pagamento das multas impostas como punição pelos crimes que eles reconheceram quando decidiram cooperar com a Lava Jato.

Mas a maioria dos delatores até hoje não foi processada por esses crimes, nem cumpriu as penas previstas pelos acordos. Vários recorreram ao STF para tentar se livrar também do perdimento e assim preservar os bens que aceitaram entregar às autoridades.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo que todos fossem obrigados a cumprir imediatamente a cláusula de perdimento, mesmo os que não tivessem sido processados nem condenados. Os sete executivos recorreram e até hoje tentam rediscutir o acordo.

O ministro Edson Fachin, relator das ações da Lava Jato no STF, deu razão ao Ministério Público e determinou o pagamento imediato dos valores em todos os casos, mas os recursos apresentados pelos sete delatores ainda não foram julgados. As petições tramitam sob sigilo.

O caso de Emílio está na Segunda Turma da corte. Em março de 2020, o ministro Ricardo Lewandowski divergiu de Fachin e a ministra Cármen Lúcia pediu vistas para analisar melhor o processo. Como ela não devolveu os autos, o julgamento está suspenso desde então.

Os outros seis casos foram encaminhados por Fachin para o plenário do tribunal em fevereiro deste ano, mas nenhum deles foi julgado. Os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes pediram vistas em março, deixando o exame dos questionamentos em suspenso.

Para Fachin, os delatores concordaram com o perdimento ao negociar com o Ministério Público e isso independe do desfecho das ações movidas contra eles. Na opinião de Lewandowski, o pagamento é complementar à pena, e por isso deve esperar o fim dos processos.

Dos 78 executivos que se tornaram colaboradores quando a Odebrecht negociou seu acordo de leniência com a Lava Jato, 18 declararam recursos para perdimento. Em geral, os recursos depositados ilegalmente no exterior são referentes a bônus pagos pela empresa.

Todos os delatores com condenação aceitaram pagar o perdimento para garantir progressão a regimes de cumprimento de pena mais brandos. É o caso de Marcelo Odebrecht, filho de Emílio que presidiu o grupo até a eclosão da Lava Jato e rompeu com a família depois.

Marcelo, que atualmente é obrigado a ficar recolhido em casa em fins de semana e feriados, deve ficar livre de restrições no fim do ano. Ele ainda discute a parte de sua mulher nos valores declarados para perdimento. Os dois são casados em regime de comunhão de bens.

A Odebrecht entrou em processo de recuperação judicial em 2019 para negociar dívidas de R$ 98 bilhões com bancos e outros credores. Emílio se afastou de funções executivas, e Marcelo foi demitido pela empresa. O grupo mudou seu nome para Novonor em 2020.

Na época das negociações com a Lava Jato, Emílio declarou ter recebido R$ 148 milhões irregularmente no exterior e afirmou ter gasto a maior parte do dinheiro com viagens, imóveis e obras de arte. Cálculos posteriores apontaram valores maiores em suas contas.

Emílio foi condenado por lavagem de dinheiro na ação que tratou das reformas feitas pela Odebrecht e pela empreiteira OAS num sítio de Atibaia (SP) que era frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas o STF anulou o caso no ano passado.

A Odebrecht admitiu o pagamento de US$ 788 milhões em propina e contribuições políticas no Brasil e no exterior. A empresa concordou em pagar multa de R$ 3,8 bilhões para voltar a fazer negócios com o setor público, além de R$ 535 milhões em multas dos executivos.

Na época em que o acordo foi fechado, os procuradores calcularam que seria possível recuperar mais R$ 584 milhões com os valores pagos aos executivos no exterior. Até agora, a Justiça só recebeu R$ 21 milhões, segundo balanço divulgado por Fachin em fevereiro.

Durante as negociações com a Lava Jato, os colaboradores que tinham dinheiro fora do país declararam as contas à Receita Federal e regularizaram a posse dos recursos, recolhendo impostos devidos e a multa prevista pelo programa de repatriação aberto nessa época.

Para Fachin, não há questionamento sobre a legalidade das contas, porque a Receita só aceitou regularizar depósitos cuja origem tenha sido declarada lícita pelos contribuintes. Mesmo assim, diz o ministro, os acordos com a Lava Jato obrigam a devolução dos recursos.

FolhaPress

Opinião dos leitores

  1. Tem que devolver os 25 bilhões já recuperados, e esquecer esses outros um 1 trilhão e meio roubado pela quadrilha do rato 🐀 LULADRAO, só tem almas boas compondo essa quadrilha.

  2. Absurdo um negócio desses , país com corrupção os ladrão tem 100 anos de perdão!!!! A aparelhagem do judiciário só dar nisso, uma mão lavando a outra !

  3. Como é que estes inocentes vão pagar pelo crime que não houve? Pois não foi este o entendimento do STF? Se Lula foi inocentado porque não os demais?

  4. Eita Brasil bom da gota, rouban milhões, confessam sem pressão, e agora querem o dinheiro tombado de volta, no mais, tem menino que rouba celular tomar tomar cerveja e não devem sofrer sanção nenhuma, estamos no paraíso da justiça, para fazer valer “pau que não bate em Chico, não deve bater em Francisco”.

  5. Tudo isto porque Faquim liberou o corrupto ladrão de nove dedos.
    Só ele foi beneficiado!

  6. STF ditador, roubando is bens das pessoas, eles que não venham mexer no meu Crossfox nem no meu ap!!!!!!

  7. Existe dúvida,caso 2022 não fosse ano de eleição que os semideuses aceitariam o pedido dos querelantes.

  8. Tem de devolver a grana..já que foi tudo nulo.Libera a grana pra os caras.. País de ladrões é assim mesmo.
    .

  9. A lava jato a protesto de conseguir delaçôes premiadas para tirar o Lula das eleições, fez acordo com auto declarados ladrões, confessos de roubar dinheiro e tornou legal o dinheiro roubado. Ou seja, lavou o dinheiro roubado. Hoje, esses ladrões confessos estão ricos e com o seu dinheiro legalizado e livres. Agora ainda tentam recuperar o dinheiro que confessaram ter roubado. A operação lava jato foi mais corrupta que os próprio corruptos. Por isso, o moro e o dallagnol precisam pagar por seus crimes.

  10. Os nomes dos Iluministros citados já são suficientes para sabermos quais serão os resultados. Pseudos garantistas idolatram a bandidagem.

  11. Devolvam os milhões recuperados por moro, dos honestos, não livraram o comandante lula da condenação? Bando de pilantras.

  12. Tinha era que devolver tudo com juros e correção, pra mostrar como esses juizecos são sem moral. Esse é um dos únicos países do mundo onde roubar vale a pena e a pessoa é considerada um eroi, auma mais onesta do paíz, quase zantu, exemplo disso é o rato 🐀 de nove dedos LULADRAO.

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Economia

Valor de cobrança extra na conta de luz pode cair até 36,9%

Foto: Divulgação

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) inicia nesta terça-feira (21.ago.2023), às 9h, julgamento para definir os parâmetros para acionamento das bandeiras tarifárias e os novos valores que vão vigorar no próximo ano. A proposta que está na mesa é para reduzir a cobrança adicional na conta de luz em até 36,9%, conforme nota da área técnica do órgão a qual o Poder360 teve acesso.

Os valores devem ser menores para todas as bandeiras. Pela proposta, a amarela deve ter a maior redução, com valor adicional caindo dos atuais R$ 2,99 para R$ 1,88 a cada 100 KWh (quilowatt-hora) consumidos. A verde seguirá sem cobrança adicional. Cada bandeira é acionada de acordo com o cenário de geração de energia, que varia de favorável (verde) a desfavorável (vermelha patamar 2).

Eis os valores propostos na nota técnica por bandeira:

  • verde – segue sem cobrança adicional;
  • amarela – dos atuais R$ 2,99 a cada 100 KWh para R$ 1,88 (-36,9%);
  • vermelha patamar 1 – de R$ 6,50 a cada 100 KWh para R$ 4,46 (-31,3%);
  • vermelha patamar 2 – de R$ 9,79 a cada 100 KWh para R$ 7,87 (-19,6%).

A agência ainda vai abrir consulta pública para discutir os valores antes de tomar uma decisão final. O processo é relatado pelo diretor Fernando Mosna.

Poder360

Opinião dos leitores

  1. Quando o rombo ficar insustentável vAi sobrar pra quem ? Atirar com pólvora alheia é bom demais !!!

  2. Não teria que ter nenhum adicional de bandeiras isso é uma vergonha hj.no Brasil se produz muito energia solar

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Geral

MPF denuncia 54 pessoas do RN por tráfico e posse de pelo menos 14 toneladas de drogas

Foto: reprodução

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou 54 pessoas que atuavam no Rio Grande do Norte pelo envio de, pelo menos, oito toneladas de cocaína para a Europa. O grupo também estava em posse de outras seis toneladas, a maior parte encontrada em Areia Branca em julho deste ano pela Polícia Federal.

A denúncia tem 403 páginas e foi enviada ao juiz federal da 2ª Vara da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte. De acordo com o documento, a organização criminosa era formada, em sua maioria, por paulistas, mas estava com atuação concentrada no Rio Grande do Norte e em outros quatro portos do país (Santos/SP, Salvador/BA, Fortaleza/CE e Belém/PA).

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a organização criminosa era liderada por João Paulo Ribeiro, conhecido como “Bokinha” ou “BK”. O esquema aproveitava contêineres com diversos tipos de produtos e incluíam drogas em meio a cargas lícitas.

A conclusão do MPF foi que a organização trabalhava com funcionamento em três núcleos. O primeiro funcionava na Grande Natal, tendo base em São José de Mipibu; o segundo tinha base em Areia Branca e o terceiro era formado por pessoas ligadas a uma empresa responsável pela logística necessária para que as drogas fossem enviadas à Europa.

A denúncia é de autoria do procurador da República, Fernando Rocha. Os envolvidos foram acusados dos crimes de tráfico internacional de drogas; constituição e participação em organização criminosa voltada para o tráfico internacional de drogas; e lavagem de dinheiro.

Apreensões

As investigações tiveram início em julho de 2021. Meia tonelada de cocaína foi apreendida em um contêiner com carga de limão, no Porto de Natal. O caminhão desviou da rota, passando por São José de Mipibu, e o registro de temperatura do contêiner dava indícios de ter sido aberto mesmo depois de lacrado.

O motorista Jefferson dos Santos havia sido réu em um processo de 2018 que o acusava de ser responsável pela entrega de uma carga semelhante em Santos, com destino ao porto da Antuérpia, na Bélgica, em meio à qual foram apreendidos 760 kg da droga.

A Polícia Federal obteve a quebra do sigilo telefônico e de dados de parte dos envolvidos e montou uma ampla investigação, coletando imagens, mensagens, gravações, informações bancárias, entre outras pistas. O MPF concluiu que os criminosos já atuavam em diversos estados e, em 2021, se estabeleceram no Rio Grande do Norte, para onde veio João Paulo Ribeiro.

Em São José de Mipibu ficava, além da base operacional, a empresa transportadora de frutas Transderi, cujo proprietário, Derinaldo dos Santos, utilizava tanto para a “contaminação” dos contêineres, quanto para recrutar motoristas interessados no esquema.

Um dos seus empregados, José Heriberto de Oliveira, foi o responsável por entregar um contêiner de mangas no Porto de Natal, em 25 de março de 2021, em meio ao qual foram encontrados 398 kg de cocaína, após chegar em Roterdã, na Holanda.

Outro motorista, José Alves Neto, entregou um contêiner no Porto de Mucuripe/CE, também destinado a Roterdã, em maio de 2021. Escaneado durante o transbordo no porto de Le Havre, na França, em maio de 2021, foram encontrados 640 kg de cocaína, inseridos entre caixas de manga. Mais uma apreensão ocorreu nesse mesmo mês, já em Roterdã, e incluía 550 kg de cocaína, em um contêiner enviado de Natal com uma carga de jerimum.

g1-RN

Opinião dos leitores

  1. Essa semana um juiz soltou um marginal que tinha sido com 300kg de drogas, ele disse que não tinha prova suficiente para manter preso o criminoso, portanto logo logo, estarão todos soltos. Sinceramente não sei quem é pior, inclusive no stf tem um desses ministros que eram defensores do PCC, não lembro o nome mas ele tinha a cabeça que parecia um Ovo. Kkkkk

  2. Parabéns a polícia! Mas sinto informar que já ja algum juiz ou “juiz” de tribunal superior vai soltar as vítimas da sociedade, e ainda repreender os policiais que atrapalharam o comércio dos traficantes

    1. Tem perigo de algum ficar na cadeia? Dá forma que as coisas andam pelas terras brasilis, aqui ninguém fica não.

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