Nesta segunda-feira (7), Natal inicia a Campanha de Imunização contra a Influenza 2025. O imunizante vai estar disponível para os públicos prioritários nas 60 salas de vacinação da capital, além dos pontos extras de vacinação localizados nos shoppings Midway Mall e Partage Norte Shopping. O Dia D Nacional da campanha acontece em 10 de maio.
A partir deste ano, a vacinação contra a gripe passa a ser de rotina para três grupos, entrando para o Calendário Nacional de Vacinação de crianças de seis meses a menores de seis anos; gestantes e idosos com idade acima de 60 anos. “Este ano, a vacinação passa a ser de rotina para esses públicos e vai ser disponibilizada de forma contínua nas salas de vacinação. Vamos receber o ano inteiro vacina suficiente para garantir a imunização de quem passou a fazer parte do calendário”, explicou Veruska Ramos, chefe do Núcleo de Agravos Imunopreveníveis (NAI), reforçando que as demais vacinas em atraso também podem ser colocadas em dia junto com a vacinação contra a gripe.
A meta do Ministério da Saúde é que 90% dos grupos prioritários recebam a dose e se protejam contra a doença. Na capital potiguar, a estimativa é que cerca de 128 mil idosos estejam aptos a receber o imunizante. Para crianças de até seis anos, o número é de 8 mil, e para gestantes, 7 mil. O município já recebeu a primeira remessa com 50 mil doses da vacina contra a gripe. O imunizante trivalente protege contra as cepas da influenza B, H1N1 e H3N2, sendo capaz de evitar entre 60% e 70% dos casos graves e óbitos.
A vacina estará disponível também para grupos prioritários, como trabalhadores da saúde; puérperas; professores dos ensinos básico e superior; povos indígenas; pessoas em situação de rua; profissionais das forças de segurança e de salvamento; profissionais das forças armadas; pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade); pessoas com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso); trabalhadores portuários; trabalhadores dos correios; funcionários do sistema de privação de liberdade; população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
Para se vacinar, o munícipe pode comparecer a um posto de vacinação apresentando documento de identificação, cartão de vacinação e documentação que comprove a sua situação de inclusão em algum dos grupos prioritários (caso necessário). A vacina contra a gripe vai estar disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS), de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e de 13h às 15h, e também nos pontos extras de vacinação localizados nos Shoppings Midway Mall e Partage Norte Shopping, que funcionam de segunda a sexta-feira das 13h às 20h, e aos sábados das 10h às 15h.
A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocada pelo vírus da influenza, com grande potencial de transmissão. Existem quatro tipos de vírus influenza/gripe: A, B, C e D. Os vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias. Alguns dos principais sintomas da doença podem ser: febre, dor de garganta, tosse, dor no corpo, dor de cabeça.
Professora por quase 15 anos e servidora pública federal. Paula Vergara da Silva, que morreu na última sexta-feira (4) após sofrer uma descarga elétrica em um hostel onde morava em São Miguel do Gostoso, tinha escolhido deixar a estabilidade garantida por meio de concurso público para viver uma vida mais simples, após passar por uma série de problemas de saúde física e mental.
A própria Paula relatou a mudança nas suas redes sociais em 2023. Ela era professora do Instituto Federal de Santa Catarina.
Segundo a série de postagens, por volta de 2020, ela passou por uma “coleção” de intolerâncias alimentares. Ela ainda escreveu que em 2022 sua saúde mental degradou, apresentando transtorno de ansiedade generalizada e depressão.
“Euzinha, uma apaixonada por comer e cozinhar, química de alimentos por formação e paixão, professora na área por quase 15 anos, vi minha paixão murchar um tanto. Mas o que também vi é que minha escolha profissional da época estava me matando. Literalmente. Meu corpo e mente em 2022 entraram em colapso”, relatou em uma publicação.
“Decidi passar o ano me tratando afastada do trabalho. No final desse ano decidi que tinha que mudar de rumo, que aquela função não me cabia mais e estava me adoecendo. Pedi para sair de um emprego estável, concursada federal, cheia de ‘benesses'”, escreveu em uma postagem nas redes sociais.
Na transição de carreira, ela decidiu se dedicar a ensinar pessoas, principalmente o público infantil, a ter uma relação de carinho com o alimento, produzindo pratos vegetarianos e veganos e utilizando alimentos orgânicos.
Foi dessa forma que Pauli, como era chamada pelos amigos, chegou a São Miguel do Gostoso, no litoral Norte do Rio Grande do Norte, com interesse em promover cursos para crianças.
Amiga da professora, a jornalista Anne Caroline Medeiros conta que a conheceu em outubro do ano passado, quando matriculou sua filha em um dos cursos.
“Ela veio para ficar. Estava atrás de mais tranquilidade, de uma vida mais simples, e aí ela veio para cá. Ela era uma pessoa muito generosa, muito inteligente, muito criativa, extremamente criativa”, conta Anne.
Ainda segundo a amiga, ambas estavam planejando a realização de um novo curso para o período da Páscoa e se encontraram pela última vez na quinta-feira (3). Na sexta (4), elas ainda se falaram por telefone cerca de 1 hora e meia antes do choque elétrico.
Anne conta que Paula enfrentava problemas financeiros e, por isso, aceitou o convite de uma outra amiga para morar no hostel.
Ainda de acordo com a amiga, Paula estava só e ninguém teria presenciado o choque. Ela já foi encontrada sem vida.
Afundados em uma crise financeira, os Correios já gastaram 38,4 milhões de reais em patrocínios neste terceiro governo Lula, incluindo 6 milhões de reais para o festival Lollapalooza e 4 milhões de reais para a turnê Tempo Rei, de Gilberto Gil, desembolsados no ano passado.
Segundo a estatal, o contrato com o Lollapalooza buscou fortalecer a “imagem de inovação junto a um público jovem, que não teve tanta experiência com a empresa”, com potencial de “agregar valor à marca, possibilitando associar sua marca a um dos maiores eventos de música do país e do mundo”.
Com o patrocínio aos shows de Gilberto Gil, por sua vez, a empresa afirma querer “agregar valor à sua marca considerando se tratar da última turnê do artista, (com a) expectativa que a mesma atraia a atenção de um público estimado em aproximadamente 800.000 pessoas em shows realizados no Brasil, Europa e Estados Unidos”.
Os Correios são comandados desde agosto de 2023 pelo advogado Fabiano Silva dos Santos, ligado ao Grupo Prerrogativas. Formalmente, a indicação para o cargo partiu do Ministério das Comunicações, e o mandato atual do executivo vai até 6 de agosto de 2025.
Os Correios afirmaram que a atual gestão trabalha para “reposicionar” a marca da estatal por meio de patrocínio de negócios, esportivos e culturais depois de o governo Bolsonaro ter “zerado” o investimento nessa área como parte de um processo de privatização, revertido pelo presidente Lula.
A estatal registrou déficit de 3,2 bilhões de reais no ano passado e não faz repasses para a Postal Saúde desde novembro, deixando um rombo de 400 milhões de reais na operadora de autogestão em saúde Vários hospitais pararam de atender os planos de funcionários da empresa.
Em 2023, os Correios direcionaram 3,3 milhões de reais para patrocínios, incluindo 400.000 reais para a apresentação dos bois Caprichoso e Garantido, no Festival de Parintins, no Amazonas, 500.000 reais para a Orquestra Criança Cidadã, em Pernambuco, e 350.000 reais no Festival CoMA, em Brasília.
Esse tipo de despesa disparou no ano passado, chegando a 33,8 milhões de reais. Além do Lollapalooza e da turnê de Gilberto Gil, a estatal fechou contratos de 4,5 milhões de reais com a Confederação Brasileira de Ginástica, 3 milhões de reais com os jogos universitários em todo o país e 2 milhões de reais com a feira de design Casa Brasil.
Ainda em 2024, os Correios também desembolsaram, entre outros contratos, 1,9 milhão de reais para exibir sua marca no Funn Festival, em Brasília, e 1 milhão de reais para patrocinar a festa de São João organizada pelo governo do Maranhão.
A estatal justifica a maioria dos patrocínios classificando-os como “projetos planejados” em seus planos anuais de comunicação, voltados a “posicionar os Correios como empresa concorrencial e sustentável, que possui importante papel de integração do Brasil e de inclusão de todos os brasileiros, por meio de sua ampla presença no território nacional e de seu amplo portfólio de produtos e serviços”.
Já em 2025, o único patrocínio divulgado pela empresa até o momento foi um repasse de 1,3 milhão de reais ao Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas 2025 com o presidente Lula, justificado, segundo os Correios, “pela oportunidade de ampliação do alcance de seu público-alvo, ao mesmo tempo que fortalece sua imagem e relevância no cenário nacional”.
O relatório indica que a gestão estadual não utilizou os dados das condicionalidades — como frequência escolar, vacinação, acompanhamento nutricional e pré-natal — para subsidiar políticas públicas de saúde e educação. As secretarias operaram de forma isolada, sem coordenação intersetorial efetiva, e não houve ações sistemáticas para apoiar famílias em situação de descumprimento.
Na saúde, a CGU constatou que a Secretaria Estadual (SESAP) não estruturou respostas organizadas para atender as famílias não localizadas. Além disso, apenas uma servidora dedicava parte de sua carga horária à coordenação do programa, o que foi considerado insuficiente. Já na educação, a Secretaria Estadual (SEEC) não analisou os dados consolidados enviados pelos municípios, deixando de extrair diagnósticos que poderiam orientar intervenções estratégicas.
Conselhos ausentes e silêncio institucional
A CGU também apontou inoperância completa dos conselhos estaduais de Assistência Social, Saúde e Educação. Os órgãos, responsáveis por exercer controle social e fiscalizar a execução das políticas públicas, não pautaram o Bolsa Família em nenhuma reunião ao longo de 2023, nem fiscalizaram a aplicação dos recursos do IGD (Índice de Gestão Descentralizada), que totalizaram R$ 270.404,71 no estado.
Na prática, isso significa que nenhum mecanismo de controle social funcionou, mesmo diante de falhas graves na execução das condicionalidades. Segundo a CGU, a ausência de atuação dos conselhos fragiliza a transparência e compromete a qualidade da gestão pública.
Resposta do governo
A Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (SETHAS) foi a única a responder formalmente ao relatório. A pasta reconheceu a necessidade de capacitação de seus técnicos e apontou que retomou reuniões intersetoriais e treinamentos em 2024. Também afirmou ter clareza sobre o uso dos recursos do IGD.
As Secretarias de Educação e Saúde, bem como os conselhos estaduais, não apresentaram manifestação.
Quantos são os beneficiários no RN
Segundo o relatório da CGU:
400.230 beneficiários tinham perfil para acompanhamento das condicionalidades educacionais até setembro de 2023.
Desses, 321.304 foram efetivamente acompanhados (80,28%) — e, entre eles, 96,77% cumpriram a frequência escolar exigida.
Na saúde, apenas 46,77% das crianças com até 7 anos foram acompanhadas pelos serviços básicos.
Em relação ao pré-natal, 13.675 gestantes foram identificadas e 99,96% cumpriram a condicionalidade.
Os dados indicam que, apesar de bons índices entre os acompanhados, há um contingente significativo de famílias sem qualquer acompanhamento efetivo — e sem suporte do Estado para superar sua vulnerabilidade.Rio Grande do Norte tourism
O que a CGU avaliou no RN?
A Controladoria-Geral da União (CGU) avaliou se o Governo Fátima e seus conselhos estaduais de assistência social, saúde e educação estavam cumprindo suas obrigações no acompanhamento das condicionalidades do Programa Bolsa Família (PBF) durante o ano de 2023.
O que são condicionalidades do Bolsa Família?
São compromissos que as famílias beneficiárias devem cumprir para permanecer no programa. Incluem:
Frequência escolar mínima de 60% a 75% (conforme a idade da criança/adolescente);
Vacinação e acompanhamento nutricional de crianças até 7 anos;
Pré-natal para gestantes.
Quais foram as principais falhas identificadas?
Falta de articulação entre as Secretarias Estaduais de Saúde, Educação e Assistência Social.
Não utilização dos dados das condicionalidades para formular ou ajustar políticas públicas.
Ausência de ações sistemáticas para atender famílias não localizadas.
Conselhos Estaduais inoperantes, sem qualquer fiscalização ou posicionamento sobre o programa.
O que são os Conselhos Estaduais e qual é o papel deles?
São órgãos colegiados com representantes do governo e da sociedade civil. Devem fiscalizar e deliberar sobre políticas públicas. No caso do Bolsa Família, têm a obrigação de:
– Acompanhar a execução do programa;
– Fiscalizar o uso dos recursos do IGD;
– Promover o controle social.
No RN, não pautaram o programa em nenhuma reunião em 2023.
O que é o IGD?
O Índice de Gestão Descentralizada (IGD) é um mecanismo que mede a eficiência da gestão local do Bolsa Família e do CadÚnico. Com base nesse índice, o governo federal repassa recursos para estados e municípios. Em 2023, o RN recebeu R$ 270.404,71.
Esses recursos do IGD são para distribuir aos beneficiários?
Não. Os recursos do IGD não são usados para pagar benefícios diretamente às famílias. Eles servem exclusivamente para melhorar a gestão do programa, incluindo:
– Capacitação de técnicos e gestores;
– Articulação entre saúde, educação e assistência social;
– Supervisão, monitoramento e uso adequado dos sistemas de registro;
– Apoio técnico aos municípios e deslocamentos para visitas de campo.
Ou seja, esse dinheiro serve para garantir que o programa funcione bem — e alcance quem mais precisa.
Quantas pessoas recebem o Bolsa Família no RN?
Em setembro de 2023, o relatório apontou:
400.230 beneficiários elegíveis para acompanhamento educacional;
85.901 crianças com acompanhamento na saúde;
505.929 mulheres acompanhadas, sendo 13.675 gestantes.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, busca apoios além do Congresso para conseguir fazer avançar a PEC da Segurança Pública. Neste domingo (13), esteve em São Paulo com advogados, magistrados e especialistas na área para explicar os principais pontos da proposta e defender a necessidade de se aprovar a mudança constitucional.
O evento foi promovido pelo grupo Prerrogativas e pelos advogados Pierpaolo Bottini e Sérgio Renault, ambos com passagens pelo ministério em governos anteriores.
Em um discurso no qual apresentou a PEC, Lewandowski abordou as resistências ao projeto e disse, sem citar nomes, que há governadores que pensam que os estados são soberanos, mas na verdade o que o federalismo brasileiro estabeleça seja autonomia. A diferença, como explicou o ministro, é que o modelo adotado no país prevê cooperação entre os diferentes níveis de governo – é o que já ocorre em áreas como saúde, educação e assistência social.
“São diretrizes gerais sem prejuízo às competências locais. As competências da União não alteram o comando dos governadores sobre as polícias”, disse Lewandowski.
Ao defender a necessidade de diretrizes nacionais para o enfrentamento à criminalidade, o ministro descreveu como facções organizadas atuam não mais no nível local apenas, mas de forma interestadual e até mesmo transnacional. Por isso, argumentou Lewandowski, as mudanças na Constituição previstas na proposta permitiriam maior eficiência nas políticas de segurança e integração maior entre os estados.
“Tenho segurança do ponto de vista técnico de que é uma boa PEC. Vamos debater os diferentes pontos de vista, podemos melhorar. O que não podemos é piorar a situação”, afirmou o ministro a jornalistas após o evento.
Guardas municipais e prefeituras
O titular da Justiça e Segurança Pública também abordou as mudanças em relação à atuação das guardas municipais – em fevereiro, o Supremo Tribunal Federal julgou constitucional as ações de policiamento ostensivo comunitário pelas forças ligadas às prefeituras, sem que se avancem em atribuições das outras policiais, como cumprimento de mandados judiciais e investigações criminais.
Lewandowski defendeu padronização de atuação dessas forças, como tipo de armas usadas, protocolos de abordagem, entre outros. O ministro também considera possível que os prefeitos, principalmente de capitais e cidades com guardas, podem ajudar na mobilização política para a PEC ser aprovada.
“A PEC é um começo para discutir. Abrimos ao Congresso a oportunidade de revisitar o art. 144 da Constituição (que trata da segurança pública e das polícias no país) depois de 36 anos. Se não houvesse essa provocação, ficaria a discussão no varejo, e nós queremos discutir no atacado”, definiu Lewandowski.
Assim como os estados não são soberanos, o governo não é um Reinado, não pode ter todo o poder como já está tentando. Não podemos cair na conversa igual a do judiciário, que quer dominar tudo. Isso é uma “pegadinha “. Se os estados aderirem vão ficar dependendo da liberação de verbas, mendigando orçamento.
Vice-presidente da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Distrito Federal (Coopanest-DF), o médico José Silvério Assunção é apontado como o principal articulador do suposto cartel que, segundo as investigações, controla há anos o mercado de anestesiologia na capital federal.
Ele foi um dos principais alvos da operação “Toque de Midaz”, deflagrada nesta quinta-feira (10), que cumpriu sete mandados de busca e apreensão em sua residência de alto padrão em Brasília. A investigação, conduzida pela Draco com apoio do MPDFT, aponta que o grupo adotava práticas anticompetitivas, manipulação de honorários, coerção a médicos dissidentes e lavagem de dinheiro.
Em 2006, ele foi condenado por erro médico grave após deixar uma paciente em estado vegetativo durante um procedimento cirúrgico no Hospital Santa Lúcia. A paciente permaneceu nesse estado por 12 anos, até sua morte, em 2018. A Justiça reconheceu que houve negligência no caso, já que o anestesista não acompanhou a paciente durante a recuperação anestésica — etapa considerada crítica no processo. A condenação foi confirmada por todas as instâncias, incluindo o Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Segundo as investigações, a cooperativa impedia a atuação de anestesistas que não faziam parte do grupo, controlando escalas em hospitais públicos e privados e firmando contratos exclusivos com operadoras de saúde — com valores acima da média do mercado e sem margem para negociação.
A estrutura operava com organização estável, divisão de funções entre os integrantes e estratégias sistemáticas para eliminar concorrência. Outro nome citado na investigação é o do médico Pablo Pedrosa Guttenberg, também da Coopanest-DF.
Em nota oficial, a cooperativa negou qualquer irregularidade e afirmou que irá comprovar a legalidade de suas atividades. O CRM-DF informou que acompanha o caso, que também pode gerar processos nas esferas civil, criminal e administrativa.
Os investigados poderão responder por organização criminosa, formação de cartel, constrangimento ilegal e lavagem de dinheiro.
Os vereadores Subtenente Eliabe (PL) e Thabatta Pimenta (PSOL) tiveram uma discussão, gerada pela proposta de título de cidadão natalense para o ex-presidente Jair Bolsonaro, durante sessão ordinária da Câmara de Municipal de Natal na terça-feira (8).
A proposta foi aprovada pela Comissão de Legislação, Justiça e Redação FInal, mas ainda deverá ser votada no plenário da Cãmara.
A parlamentar criticou a concessão do título para Bolsonaro, e afirmou que a honraria não é merecida por ele, devido sua gestão na pandemia da Covid-19. Pimenta lembrou que sua mãe faleceu durante o período, em decorrência da doença.
“Minha mãe era uma profissional da saúde, e estava lá lutando pela vida de outras pessoas que queriam ser vacinadas, e o presidente da República se negou a dar a vacina quando eles queriam. Ele pensou que poderia dar na hora em que ele quissesse, mas essas pessoas morreram. Esse homem foi responsável pela morte de tantas pessoas. A minha mãe é uma prova disso”, disse.
Após Thabatta terminar sua fala, o vereador disparou a frase “o choro é livre”, o que deu início a discussão. A fala foi interpretada como uma provocação pela vereadora, que criticou a fala de Eliabe. “Eu chorei porque a minha mãe morreu, e foi por causa desse homem”, disse.
Após a discussão, a vereadora se pronunciou nas redes sociais e voltou a criticar a fala de Eliabe, afirmando que ele “desrespeitou a memória das milhares de vidas perdidas para a COVID-19”. Ela classificou a fala como “desrespeitosa”, em tom de deboche com as vítimas da pandemia.
Lamentável vereador Sub Eliabe, vendeu a alma ao diabo qdo se rendeu ao bolsonarismo. Está jogando história e sua trajetória de lutas na lata do lixo. Não vai valer a pena.
Estamos vivendo um mundo muito cruel e feio, o vereador Eliabe não discutiu ação alguma, ele atacou a vereadora Thabatta e a sua falecida mãe de forma desonrosa e de baixo nível, quem teve familiares mortos pela a Covid19 também se sentiram agredidos, muito feio e lamentável o q o vereador fez, mas daqui a pouco ele estará por ai bradando palavras de ordens onde por muitas vezes usará “respeito e honra” bom seria ele não só vomitar essas palavras, mas entender o significado de cada uma delas.
Tristeza. Ao invés de tratar sobre temas do tipo: Mais turismo para Natal; Licitação do transporte público; alfabetização das nossas crianças até no 2 ano; Ficam debatendo posições… Lamentável.
O Brasil foi um dos países que mais rápido comprou as vacinas. E não faltou para ninguém. Profissionais da saúde que estavam na linha de frente morreram, mas não por falta de vacina. A raiva dessa vereadora de Bolsonaro é ideológica. Seria bom ela tomar a vacina da dengue que está matando milhares de brasileiros. Será que tem disponível?
Já que a nobre vereadora se preocupou tanto com a COVID, inclusive, inventando histórias, será que ela sabe o paradeiro dos 5O milhões desviados NA COMPRA DOS RESPIRADORES?
Na verdade essa frase ficou famosa quando uma apresentadora da globo disse em um jornal se referindo a quem queria trabalhar pra sobreviver, mas não podia por causa do “fique em casa”.
O vereador Eliabe perdeu uma enorme possibilidade de ficar calado, muito feio e desumano o que o comportamento dele, não foi apenas uma “discussão” algo que é comum em qualquer parlamento, ele desrespeitou a memória da mãe da vereadora, e dessa forma nojenta de falar tb atacou a cada um que teve um ente querido morto pela a pandemia da COVID-19, em minha família perdemos dois entes queridos e não gostaria de ouvir um deboche desse tal vereador atacando a honra da minha família.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, nesta quinta-feira, 10, com vetos, a Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2025. O texto prevê que as contas públicas terão superávit primário de 14,5 bilhões de reais neste ano.
Superávit primário é o resultado positivo de todas as receitas e despesas do governo federal, excluindo gastos com pagamentos de juros.
A LOA para 2025 estabelece que o salário mínimo será de 1.518 reais. Para a educação, estão previstos 226,4 bilhões de reais, e para a saúde pública, 245,1 bilhões de reais.
São reservados 158,6 bilhões de reais para o Programa Bolsa Família e 113,6 bilhões de reais para os Benefícios de Prestação Continuada (BPC) e a Renda Mensal Vitalícia (RMV). Já a despesa com benefícios do Regime Geral de Previdência Social alcançam 972,4 bilhões de reais; é a maior despesa primária do Orçamento de 2025.
Além disso, são alocados 57,6 bilhões de reais para o Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC). Em relação às emendas parlamentares, há 50,4 bilhões de reais no Orçamento deste ano, sendo 24,6 bilhões de reais para as emendas individuais, 14,3 bilhões de reais para as de bancadas estaduais e 11,5 bilhões para as de comissão.
O Congresso Nacional aprovou o projeto da LOA para 2025 no mês passado, com três meses de atraso.
Vetos
O primeiro veto de Lula, no valor de 40,2 bilhões, foi sobre novas programações orçamentárias que tinham localizações específicas, incluídas por meio de emendas de modificação em despesas primárias discricionárias do Executivo, o que, diz o governo, é vedado por lei complementar de 2024 que trata da proposição e a execução de emendas parlamentares na LOA.
“Também foi necessário vetar 2,97 bilhões de reais em despesas financeiras do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que seriam destinadas a financiamentos com retorno, em razão da inobservância ao limite máximo para operações reembolsáveis do Fundo”, informa o governo.
Jay North, famoso por interpretar Dennis, O Pimentinha, morreu no último domingo (6/4), aos 73 anos. O ator morreu ao lado da família, em em casa, em Lake Butter, na Flórida, Estados Unidos, por conta das consequências de um câncer colorretal.
Laurie Jacobson, amiga de longa data do artista, revelou ao TMZ que a saúde de North piorou em março. Ele foi diagnosticado com a doença anos atrás. O ator era casado e tinha duas enteadas. “As meninas deram a ele uma família que ele nunca teve”, descreveu, acrescentando que o famoso era filho único e nunca conheceu o pai.
Ainda em sua infância, Jay North se tornou famoso ao interpretar Dennis, O Pimentinha. A série foi ao ar entre 1959 e 1963. Durante as gravações, ele foi alvo de agressões físicas por parte da tia quando errava e nunca revelou o que sofria.
“Ele teve uma vida difícil em Hollywood. Ele não gostou da experiência. Ele estava muito bravo e amargo porque os adultos que o cercavam não fizeram nada para ajudá-lo ou tornar sua vida mais fácil”, descreveu Laurie.
A última obra feita por North foi Dickie Roberts: Ex-estrela infantil (2003), antes de abandonar a carreira artística. Nos últimos anos, o ator trabalhou como agente penitenciário na Flórida.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva garante renda extra a 323 aliados que nomeou para conselhos de estatais ou de empresas privadas das quais a União é acionista. Esses cargos rendem remunerações apenas pela participação em reuniões dos colegiados, realizadas periodicamente em intervalos que variam de acordo com normas de cada organização.
Com os adicionais, os valores dos contracheques podem chegar a mais de R$ 80 mil. O benefício alcança ministros, secretários-executivos, chefes de gabinete, assessores do Palácio do Planalto, servidores comissionados, dirigentes do PT, ex-parlamentares do partido e até apadrinhados do Congresso.
Procurado, o Planalto disse que as nomeações seguem exigências da Lei das Estatais e passam por avaliação dos comitês de elegibilidade das empresas que verificam a conformidade dos processos de indicação.
Para mapear o tamanho da “turma dos conselhos”, o Estadão fez, ao longo do último mês, mais de 40 pedidos com base na Lei de Acesso à Informação, cruzou dados das empresas e analisou documentos de ministérios da gestão petista.
Foram contabilizados conselheiros cujos mandatos estavam em vigência até o último dia 15 de abril e que têm ou já tiveram cargos de indicação política no Executivo federal durante o atual mandato de Lula. Também foram incluídos aqueles ligados aos partidos da base e às principais lideranças do Congresso, como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), seu antecessor, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).
Conselhos fiscais e de administração são responsáveis por decisões estratégicas. Em negócios privados, seus integrantes costumam ser pessoas com larga experiência em gestão e com conhecimento específico sobre os setores em que atuam. Nas companhias sob influência do governo, por outro lado, parte desses postos é distribuída a figuras sem credenciais técnicas em razão de seu apadrinhamento político e como forma de complementar salários.
É o caso de Débora Raquel Cruz Ferreira, chefe de gabinete da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), vinculada ao Ministério da Gestão. Formada em jornalismo, ela é conselheira da Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPROM). A companhia, fundada em 1982, é gerida pelo Comando da Marinha e tem como atribuição “promover a indústria militar naval brasileira”.
Antes de assumir o cargo na pasta comandada por Esther Dweck, Débora era assessora de imprensa do Ministério dos Esportes. Cumpriu essa função também em outros órgãos, como a Câmara, o governo do Distrito Federal e um sindicato de trabalhadores da saúde da capital.
Já Lucas Monteiro Costa Dias, diretor de programa na Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) é bacharel em história e tem experiência profissional restrita ao assessoramento de políticos de esquerda. Mesmo assim, tornou-se conselheiro fiscal da Caixa Cartões, uma subsidiária da Caixa Econômica Federal. O posto lhe rende renda extra mensal de R$ 5.430,87. Essa remuneração extra é chamada de “jeton” e complementa salários de servidores públicos com assentos em conselhos.
No currículo, Costa Dias destaca sua expertise em “relações públicas, mediação de conflitos, demandas de entidades da sociedade civil e planejamento e execução de projetos de organizações não governamentais”. As atividades são bem distintas daquela anunciada pela empresa em que ele trabalha, dedicada à gestão de participações societárias e exploração do mercado de meios de pagamentos.
O Ministério de Portos e Aeroportos indicou para a Companhia das Docas do Rio Grande do Norte (Codern) Felipe Matos, secretário de Desenvolvimento Econômico da prefeitura de Recife (PE), que não tem qualquer relação com a gestão da estatal.
Chefe da pasta, Silvio Costa Filho (Republicanos) é de Pernambuco e um dos principais aliados do prefeito da capital, João Campos. Matos é uma indicação que o Republicanos, partido do ministro, fez para a administração municipal.
Em resposta a pedido de esclarecimentos do Estadão, o governo defendeu que “é cada vez mais recomendado que os conselhos tenham profissionais de diferentes formações”, mesmo em companhias privadas. “Essa pluralidade está em consonância com as melhores práticas de governança corporativa e tem papel estratégico para que essas empresas sigam sendo sustentáveis e cumprindo seu papel no desenvolvimento do país.”
A Prefeitura de Recife alegou que Matos tem conhecimento na área de concessões, tendo atuado em estudos de viabilidade para diversos tipos de infraestrutura, inclusive portuária.
O Ministério de Portos e Aeroportos disse que a indicação seguiu todos os requisitos técnicos e legais e que o conselheiro não precisa pertencer ao Estado onda e CODERN opera.
Professor de estratégias e gestão pública do Insper, Sandro Cabral vê brechas na legislação que permitem ao governo indicar aliados, mas questiona a qualidade das decisões para a administração pública.
“A questão é: essas pessoas ocupariam cargos similares em empresas privadas sem ingerência do governo? Acho que em alguns casos sim. Mas, no final das contas, boa parte desses conselhos acaba servindo para complementação de salários e apoio político, para agradar a base aliada.”
Ele também avalia que a quantidade de políticos em conselhos é, em parte, consequência de iniciativas de indução da economia pelo setor público.
“É um pouco consequência do modelo de desenvolvimento do Brasil. Apesar das privatizações que houve no passado, a participação do Estado na economia não necessariamente diminuiu. O governo manteve sua atuação em empresas via golden shares e participações do BNDES e de fundos de pensão.”
Para o professor de direito da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) Luis André Azevedo, as indicações devem observar também o princípio da eficiência, além de apenas atender a balizas legais.
“Apesar de não haver na Lei das Estatais a exigência de experiências profissionais ou acadêmicas específicas, o melhor é que a pessoa tenha atuação prévia ou formação na área em que a empresa trabalha. Uma regra muito rígida pode engessar a administração, mas é preciso ancorar a escolha (dos conselheiros) no princípio da eficiência.”
Ele reconhece que, em negócios privados, é comum a composição de conselhos acomodar diferentes perfis, mas alerta para a falta de critérios mínimos. “Os conselhos de administração são cargos de senioridade, o que se traduz em experiência e formação. Gera estranheza ver pessoas que não têm uma coisa nem outra nesses cargos.”
A preferência por aliados em detrimento de lideranças técnicas também se repete no primeiro escalão. Um exemplo é a nomeação da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que é formada em letras, para o conselho de administração da Tupy, uma metalúrgica multinacional privada da qual o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é acionista.
No ano passado, a companhia distribuiu aos integrantes do colegiado R$ 4,28 milhões em remunerações, o equivalente, na média, a R$ 39 mil por mês para cada um deles. Antes de ir para o governo, Anielle atuava como professora de inglês em colégios do Rio de Janeiro e como diretora do Instituto Marielle Franco, uma ONG que milita no campo dos direitos humanos.
Procurada, a pasta afirmou que “Anielle Franco tem experiência em gestão institucional, é referência nos debates sobre diversidade, ações afirmativas e direitos humanos nacional e internacionalmente e é ministra de estado da agenda da Igualdade Racial no Brasil, tendo, portanto, condições de promover reais e ricas contribuições ”
Além dela, como revelou o Estadão, ganharam assentos na empresa os titulares da Previdência, Carlos Lupi, e da Controladoria-Geral da União, Vinícius Marques de Carvalho, que também está no conselho de administração da Brasilcap, subsidiária do Banco do Brasil. Somados o salário de ministro, de R$ 44 mil, e os jetons da Tupy e da Brasilcap, seu contracheque pode chegar a R$ 83 mil em um único mês.
A Justiça de Minas Gerais autorizou a prisão do deputado federal André Janones caso o parlamentar descumpra as medidas protetivas estipuladas em ação movida pela prefeita de Ituiutaba (MG), Leandra Guedes. A ex-companheira de Janones denunciou ser vítima de ameaças e chantagens por parte do político, que teria enviado foto íntima de Leandra a um secretário municipal.
Caso Janones descumpra alguma das determinações, o juiz Paulo Fernando Naves de Resende decidiu que está “autorizada a requisição de apoio policial para cumprimento das medidas ora fixadas, servindo cópia do mandado ou desta decisão como requisição”. “Igualmente deverá o ofendido ser cientificado de que o descumprimento das medidas protetivas constitui crime, art. 24-A da Lei n.º 11.340/2006, autorizando sua prisão em flagrante.”
A denúncia apresentada pela prefeita se enquadra na Lei Maria da Penha como violência doméstica. Janones foi notificado em janeiro sobre as medidas protetivas e a possibilidade de prisão. O caso foi revelado pela coluna do Paulo Cappelli na última quinta-feira (10).
O deputado está proibido de entrar em contato com Leandra Guedes ou seus familiares por qualquer meio e de se aproximar dela a uma distância inferior a 300 metros. Janones também não pode frequentar os mesmos lugares que a prefeita, nem “divulgar, transmitir ou propagar fotografias, vídeos ou qualquer mídia a respeito da intimidade da ofendida”.
“A narrativa descortina um possível contexto de violência psicológica e moral, com ameaças que não se inserem apenas na vida profissional da vítima; ao contrário, afetam diretamente sua vida pessoal, antes mesmo do cargo que ocupa, com atemorização pela propagação de fotografias íntimas a terceiros, as quais não se inserem em nenhuma pauta política, pelo contrário, envolvem exclusivamente sua vida privada”, argumentou o magistrado.
Denúncia
Na denúncia, a prefeita Leandra Guedes acusa André Janones de cometer o crime de “pornografia de revanche”. No processo movido na Justiça mineira, ela alega que o deputado enviou a um secretário municipal uma foto íntima tirada na época em que os dois mantinham um relacionamento. A imagem foi anexada à ação e mostra Leandra usando lingerie preta.
A chamada “pornografia de revanche” está prevista no artigo 218 do Código Penal, que proíbe a divulgação de conteúdo íntimo — como fotos, vídeos ou outros registros audiovisuais — sem consentimento. A pena, em casos menos graves, varia de 1 a 5 anos de prisão. Um agravante também previsto em lei pode elevar a pena em 1 ano e 6 meses, no caso de ameaça com intuito de causar dano grave.
Segundo o processo, a suposta ameaça teria sido motivada por um desentendimento entre Carla Janones, irmã do deputado e então secretária de Administração de Ituiutaba, e a procuradora do município. Na imagem enviada ao secretário de Saúde, Conrado Henrique Nascimento, Leandra aparece deitada de bruços, vestindo lingerie preta. Sobre sua nádega está a mão de um homem, supostamente de André Janones. Nas mensagens enviadas ao secretário, também incluídas no processo, o parlamentar exige a exoneração da procuradora.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostra que os preços subiram 0,56% em março, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Inicialmente, o IBGE informou que esse era o maior patamar do IPCA para um mês de março desde 2003, há 22 anos. Depois, no entanto, corrigiu a informação, dizendo que é o maior índice para o mês desde 2023, há dois anos, quando os preços subiram 0,71%.
O resultado representa uma desaceleração de 0,75 ponto percentual (p.p.) da inflação em relação a fevereiro, quando a alta foi de 1,31%. No ano, o IPCA acumula alta de 2,04%.
Já no acumulado em 12 meses, a inflação registra um avanço de 5,48%. O número está acima do teto da meta do Banco Central do Brasil (BC), que é de 3% para a inflação anual, e será considerada cumprida se ficar em um intervalo entre 1,50% e 4,50%.
Imagem: g1
A inflação de março veio totalmente em linha com as expectativas do mercado financeiro, que esperavam exatamente essa alta de 0,56% nos preços.
Todos os nove grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta nos preços no mês, com destaque para Alimentação e bebidas, que subiu 1,17% e foi o responsável pelo maior impacto (0,25 p.p.) no índice, respondendo por cerca de 45% do IPCA de março.
Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (22,55%), do ovo de galinha (13,13%) e do café moído (8,14%).
Com isso, o índice de difusão do IPCA de março foi de 61%, o mesmo observado em fevereiro, e uma redução em relação à janeiro. Esse índice mostra quanto a inflação está espalhada ou concentrada em determinados itens — e uma redução demonstra que a pressão inflacionária foi mais concentrada que no período anterior.
Em 2 anos neh? Pra 3 não dá pq pega 2022 aí, a inflação era bem maior. kkkkkkkkkkk olhe, tem jeito não. Está provado que o governo atual é infinitamente melhor que o desgoverno anterior.
Integrantes da diretoria da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Distrito Federal (Coopanest-DF) são alvo da Operação Toque de Midaz deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), em ação conjunta com o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), nesta quinta-feira (10/4). O grupo é suspeito de liderar um esquema criminoso de cartel no setor de anestesiologia.
Segundo as investigações, o grupo coordenava um esquema estruturado e estável que, há anos, vem monopolizando o mercado de anestesias no Distrito Federal, por meio de práticas ilegais como intimidação, ameaças e coerção contra médicos que tentam atuar de forma independente.
As investigações que ocorrem no âmbito da Operação Toque de Midaz revelam que a Coopanest-DF se vale de sua posição dominante para impor uma série de restrições: impede a entrada de novos profissionais em hospitais estratégicos, fecha acordos exclusivos com operadoras de saúde para fixação de honorários acima da média de mercado e persegue médicos autônomos com ameaças físicas e psicológicas.
A operação cumpre sete mandados de busca e apreensão contra os principais integrantes da cooperativa e anestesiologistas envolvidos nos atos de constrangimento ilegal. Os suspeitos poderão responder por formação de organização criminosa, cartel, constrangimento ilegal e lavagem de dinheiro.
O nome da operação
“Toque de Midaz” — faz referência ao rei Midas, figura da mitologia grega que transformava tudo em ouro, simbolizando a ganância do grupo. O “Z” no final remete ao medicamento Midazolam, usado em procedimentos anestésicos, numa clara alusão ao setor médico envolvido.
Por meio de nota, a cooperativa informou que “nunca houve e não há cartel ou qualquer outra irregularidade ou ilegalidade por parte da Coopanest-DF e seus diretores.”. A defesa também acrescentou que “irá comprovar, mais uma vez, a integral regularidade e o compromisso ético dos trabalhos prestados aos seus cooperados por mais de 40 anos.”
A Prefeitura de Parnamirim realizou nesta quarta-feira (9) mais uma etapa da elaboração da proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias 2026: a audiência pública junto à população. Os cidadãos parnamirinenses já participaram sugerindo melhorias e soluções para os próximos anos no site do município e, nesta manhã, esses apontamentos puderam ser discutidos junto ao poder público.
Durante o evento, o secretário Kelps Lima (Seplaf) disse que a população precisa entender a importância do planejamento, tanto na vida quanto na gestão pública. “A LDO participativa é o primeiro documento que vamos planejar visando o ano de 2026, por isso esse projeto é tão importante”, disse para o Auditório Clênio José completamente lotado. O gestor ainda complementou dizendo que o orçamento em execução (2025) é extremamente desafiador, visto que foi elaborado pela gestão anterior, que tinha outra visão de gestão pública e prioridades diferentes das que a nova administração possui.
O projeto de LDO deve ser enviado pela Prefeitura ao Legislativo até o dia 15 de abril para análise, retificações e depois retorna ao Executivo para a sanção da prefeita Nilda Cruz. Até lá, mais uma audiência pública aberta à população ainda deve ser realizada, desta vez na Câmara Municipal.
O secretário adjunto da Seplaf, Rummenigge Souza, disse que essas audiências públicas são o momento de ouvir as demandas e aproximar o povo do poder público. “Queremos a população dentro do governo para construir um documento robusto [referindo-se à LDO] e que leve em consideração as reais necessidades da cidade”, pontuou.
Nas discussões, muitos assuntos foram abordados, como melhorias nas áreas da saúde, assistência social e esporte. Todos serão catalogados e considerados na elaboração do projeto de lei que será enviado à Câmara Municipal. A prefeita de Parnamirim participou do momento importante. Nilda disse que a participação de todos na elaboração da LDO é muito importante para resolver os problemas da cidade. “Queremos ouvir cada sugestão, cada proposta, porque é com o olhar da população que vamos construir um orçamento mais justo, mais eficiente e que verdadeiramente atenda os anseios da população de Parnamirim”, disse.
A Audiência Pública da Câmara Municipal deve ser divulgada já nos próximos dias. O comparecimento de todos os setores da sociedade parnamirinense é extremamente importante.
O Tribunal de Contas da União (TCU) vê um risco de que medidas “parafiscais” na gestão orçamentária do governo levem à perda de credibilidade nas contas públicas, com efeitos adversos sobre indicadores macroeconômicos já no curto prazo, como desvalorização do real e maiores expectativas de inflação.
A CNN teve acesso a quatro achados preliminares de uma auditoria do tribunal, ainda em curso, para identificar e analisar o financiamento e a execução de gastos públicos com recursos extraorçamentários.
O ministro Bruno Dantas, relator do processo no TCU, convidou integrantes da equipe econômica e parlamentares diretamente envolvidos na elaboração do orçamento de 2026 para uma audiência pública na próxima quarta-feira (23). As conclusões preliminares já foram compartilhadas com os convidados.
O objetivo do ministro é apresentar os principais achados da auditoria, que tem término previsto para maio, e discuti-los com as autoridades. São quatro pontos:
Não recolhimento de receitas públicas à Conta Única do Tesouro. Dois exemplos foram identificados:
* O PL 3.335/2024, que propõe o repasse direto à Caixa Econômica Federal de recursos oriundos da exploração de petróleo e gás, no valor estimado de R$ 13,6 bilhões, para custeio do Novo Auxílio Gás, sem passar pelo Orçamento Geral da União (OGU).
* Honorários advocatícios de advogados públicos: desde 2017, esses valores vêm sendo tratados de forma extraorçamentária, totalizando aproximadamente R$ 14,9 bilhões até o momento, conforme dados do Portal da Transparência.
Utilização de fundos privados ou entidades para execução de políticas públicas. Exemplos identificados:
* Programa Pé-de-Meia: financiamento com recursos de fundo privado, sem dotação autorizada na Lei Orçamentária Anual (LOA).
* Fundo Rio Doce: acordo para repasse de R$ 29,75 bilhões à União, com destinação direta ao BNDES para implementação de políticas públicas, sem trânsito pelo OGU.
Utilização de fundos públicos em políticas de concessão de crédito. Exemplos:
* Repasses de recursos de fundos públicos ao BNDES: repasse de mais de R$ 30 bilhões ao banco, em 2024, para políticas de crédito subsidiado.
* Faixa 4 do Programa Minha Casa, Minha Vida: recursos transferidos como receitas financeiras, sem impacto direto no resultado primário, mas com potencial repercussão na dívida líquida do setor público.
Falta de transparência na gestão de fundos públicos e privados. Exemplos: inexistência de uma plataforma centralizada e acessível ao público, com informações completas e atualizadas sobre os fundos utilizados para financiar políticas públicas.
A apuração preliminar do TCU indica que essas “práticas heterodoxas” comprometem a integridade, a transparência e a sustentabilidade do regime fiscal.
Os riscos, segundo a auditoria, são de “conflitos” entre as políticas fiscal e monetária.
Para o tribunal de contas, a perda de credibilidade tem uma série de “consequências adversas”: elevação das expectativas de inflação, aumento das taxas de juros básicas, desvalorização cambial, descontrole da dívida pública, encarecimento do crédito para o consumidor.
Entre as autoridades convidadas pelo TCU para a audiência pública de quarta-feira estão os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, os presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira.
Também foram chamados o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senador Efraim Filho (União-PB), e os deputados Carlos Zaratini (PT-SP) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL), respectivamente relatores da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026.
A investigação do TCU é conduzida Conduzida pela Unidade de Auditoria Especializada em Orçamento, Tributação e Gestão Fiscal (AudFiscal). Ela teve início em novembro de 2024 e estava sob a relatoria do ministro Vital do Rêgo.
Como Vital assumiu a presidência do órgão de controle, a relatoria passou para Dantas.
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