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TCU chama equipe econômica para apontar risco em medidas parafiscais

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O Tribunal de Contas da União (TCU) vê um risco de que medidas “parafiscais” na gestão orçamentária do governo levem à perda de credibilidade nas contas públicas, com efeitos adversos sobre indicadores macroeconômicos já no curto prazo, como desvalorização do real e maiores expectativas de inflação.

A CNN teve acesso a quatro achados preliminares de uma auditoria do tribunal, ainda em curso, para identificar e analisar o financiamento e a execução de gastos públicos com recursos extraorçamentários.

O ministro Bruno Dantas, relator do processo no TCU, convidou integrantes da equipe econômica e parlamentares diretamente envolvidos na elaboração do orçamento de 2026 para uma audiência pública na próxima quarta-feira (23). As conclusões preliminares já foram compartilhadas com os convidados.

O objetivo do ministro é apresentar os principais achados da auditoria, que tem término previsto para maio, e discuti-los com as autoridades. São quatro pontos:

  • Não recolhimento de receitas públicas à Conta Única do Tesouro. Dois exemplos foram identificados:
    * O PL 3.335/2024, que propõe o repasse direto à Caixa Econômica Federal de recursos oriundos da exploração de petróleo e gás, no valor estimado de R$ 13,6 bilhões, para custeio do Novo Auxílio Gás, sem passar pelo Orçamento Geral da União (OGU).
    * Honorários advocatícios de advogados públicos: desde 2017, esses valores vêm sendo tratados de forma extraorçamentária, totalizando aproximadamente R$ 14,9 bilhões até o momento, conforme dados do Portal da Transparência.
  • Utilização de fundos privados ou entidades para execução de políticas públicas. Exemplos identificados:
    * Programa Pé-de-Meia: financiamento com recursos de fundo privado, sem dotação autorizada na Lei Orçamentária Anual (LOA).
    * Fundo Rio Doce: acordo para repasse de R$ 29,75 bilhões à União, com destinação direta ao BNDES para implementação de políticas públicas, sem trânsito pelo OGU.
  • Utilização de fundos públicos em políticas de concessão de crédito. Exemplos:
    * Repasses de recursos de fundos públicos ao BNDES: repasse de mais de R$ 30 bilhões ao banco, em 2024, para políticas de crédito subsidiado.
    * Faixa 4 do Programa Minha Casa, Minha Vida: recursos transferidos como receitas financeiras, sem impacto direto no resultado primário, mas com potencial repercussão na dívida líquida do setor público.
  • Falta de transparência na gestão de fundos públicos e privados. Exemplos: inexistência de uma plataforma centralizada e acessível ao público, com informações completas e atualizadas sobre os fundos utilizados para financiar políticas públicas.

A apuração preliminar do TCU indica que essas “práticas heterodoxas” comprometem a integridade, a transparência e a sustentabilidade do regime fiscal.

Os riscos, segundo a auditoria, são de “conflitos” entre as políticas fiscal e monetária.

Para o tribunal de contas, a perda de credibilidade tem uma série de “consequências adversas”: elevação das expectativas de inflação, aumento das taxas de juros básicas, desvalorização cambial, descontrole da dívida pública, encarecimento do crédito para o consumidor.

Entre as autoridades convidadas pelo TCU para a audiência pública de quarta-feira estão os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, os presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira.

Também foram chamados o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senador Efraim Filho (União-PB), e os deputados Carlos Zaratini (PT-SP) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL), respectivamente relatores da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026.

A investigação do TCU é conduzida Conduzida pela Unidade de Auditoria Especializada em Orçamento, Tributação e Gestão Fiscal (AudFiscal). Ela teve início em novembro de 2024 e estava sob a relatoria do ministro Vital do Rêgo.

Como Vital assumiu a presidência do órgão de controle, a relatoria passou para Dantas.

CNN

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Ministro de Lula faz uso político da internação de Bolsonaro

Foto: Redes sociais/Reprodução

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, usou o atendimento prestado ao ex-presidente Jair Bolsonaro como oportunidade para exaltar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) nas redes sociais, nesta sexta-feira, 11.

Em publicação no X, Padilha compartilhou uma imagem de Bolsonaro transportado por profissionais do Samu e ressaltou que o serviço foi implementado durante o primeiro governo Lula. “Todo mundo sabe: na hora da emergência, chama o Samu 192!”, escreveu o ministro. “Atendimento de urgência para salvar vidas de norte a sul.”

Bolsonaro é hospitalizado no Rio Grande do Norte

Bolsonaro sofreu um mal-estar durante uma viagem ao Nordeste e foi hospitalizado em Santa Cruz, no Rio Grande do Norte, nesta sexta-feira. Pessoas próximas informaram que Bolsonaro está com a barriga muito inchada e relatou sentir muitas dores ao dar entrada no hospital.

Ele foi transferido de helicóptero para Natal, capital do Estado. O desconforto está associado ao atentado sofrido por Bolsonaro em 2018, quando Adélio Bispo, ex-militante do Psol, tentou assassinar o então candidato à Presidência com uma facada.

Bolsonaro estava no Estado para iniciar uma caravana do Partido Liberal, mas a viagem foi cancelada. O projeto percorreria o Nordeste do Brasil com visitas, oficinas e seminários a fim de fortalecer o PL para as eleições de 2026.

Samu foi saqueado durante o governo Lula 1

O Escândalo dos Sanguessugas, revelado pela Polícia Federal em 2006, expôs um esquema de corrupção que envolvia fraudes em licitações para a compra de ambulâncias para o Samu com recursos federais.

Sócios de uma fornecedora de equipamentos médico-hospitalares, em conluio com servidores e políticos, direcionavam emendas parlamentares para contratos superfaturados, mediante o pagamento de propinas. Estima-se que mais de R$ 110 milhões tenham sido desviados e que mais de cem políticos tenham participado diretamente ou indiretamente do esquema.

Como resposta, foi instaurada a CPI dos Sanguessugas e diversos envolvidos foram investigados, com algumas cassações e condenações judiciais. Contudo, apesar do impacto inicial e da ampla repercussão, muitos parlamentares escaparam de punições mais severas, e alguns até retornaram à vida pública.

Revista Oeste

Opinião dos leitores

  1. A popularidade e o carinho do povo com o Mito, deixam os esquerdopatas loucos. Quer um lenço ministro?

  2. O SAMU FOI SAQUEADO E ESSE SAFADO DO PADILHA, ERA O MINISTRO DA SAÚDE, NO GOVERNO DO DESCONDENADO LADRÃO E CORRUPTO. FOI PROCESSADO POR ESCÂNDALOS DE CORRUPÇÃO E PROPINAS. MAS É DO PT, NADA ACONTECEU! 🤬🤬🤬🤬🤬🔰🔰🔰🔰

  3. Bolsonaro foi de SAMU e ainda passou no Walfredo. Lula já pegaria o jatinho e voaria direto para o Albert Einsten.

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Câmara Municipal de Parnamirim realizará audiência pública para debater indícios de negligência na Maternidade Divino Amor

Diante dos recentes debates sobre a Maternidade Divino Amor, os vereadores Gabriel César, Thiago Fernandes e Jonas Godeiro propuseram uma audiência pública para discutir a negligência e a falta de atenção no atendimento e nos cuidados prestados pelos profissionais de saúde durante procedimentos médicos e ambulatoriais na unidade.

O evento ocorrerá na próxima segunda-feira (31), no Plenário Dr. Mário Medeiros, na sede da Câmara Municipal, às 18:30. Representantes do governo, profissionais da saúde, imprensa e população em geral estão convidados a participar da audiência.

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Projeto que limita supersalários analisado no Senado aumenta gastos em R$ 3,4 bi, em vez de reduzir

Foto: Wilton Junior/Estadão

Um manifesto assinado por 10 entidades divulgado nesta quarta-feira, 9, aponta que o projeto de lei que busca limitar os supersalários deve aumentar os gastos com as remunerações acima do teto em R$ 3,4 bilhões, em vez de reduzir. O número considera somente quatro das 32 exceções ao teto previstos pela proposta. Deste número, 14 estão classificadas incorretamente no texto como indenizatórias segundo as instituições.

A cifra de R$ 3,4 bilhões considera o pagamento em dobro do adicional de um terço de férias, a gratificação por exercício cumulativo de ofícios, o auxílio-alimentação e o ressarcimento de despesas com plano de saúde.

Os números fazem parte de uma pesquisa divulgada em dezembro do ano passado pelo Movimento Pessoas à Frente e elaborada pelo economista Bruno Carrazza. O levantamento também mostrou que os supersalários custaram R$ 11,1 bilhões aos cofres públicos em 2023.

O teto constitucional do funcionalismo público é de R$ 46,3 mil, equivalente à remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A partir de verbas indenizatórias como auxílios e gratificações (que não entram no abate-teto), as remunerações dos servidores podem ultrapassar a barreira.

No posicionamento das entidades, é destacado que os R$ 11,1 bilhões poderiam ser utilizados para “fortalecer a infraestrutura de atendimento à população em diversos setores prioritários”.

“A título de comparação, ele corresponde à construção de 4.582 Unidades Básicas de Saúde, o atendimento anual de 1,36 milhão de famílias no Programa Bolsa Família e de 3,9 milhões de alunos do ensino médio no Programa Pé-de-Meia”, destacam.

O posicionamento foi assinado pelas seguintes instituições: Movimento Pessoas à Frente Fundação Tide Setubal, Transparência Brasil, Plataforma Justa, Instituto Democracia e Sustentabilidade, Movimento Brasil Competitivo, Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades, Associação Livres, Centro de Liderança Pública e República.org.

Ao Estadão, a diretora-executiva do Movimento Pessoas à Frente, Jessika Moreira, afirmou que uma das consequências do pagamento bilionário para remunerações acima do teto constitucional é o enfraquecimento da democracia. Para Jessika, os supersalários ajudam a minar a credibilidade do setor público.

“O recurso que sai para pagamento desses auxílios sai do mesmo cofre do pagamento das principais políticas públicas. Além disso, isso contamina a credibilidade das instituições e do setor público por parte da população”, afirmou Jessika Moreira

Na manifestação, as dez entidades consideraram que o projeto de lei além de perpetuar, deve ampliar privilégios e desigualdades. “Se aprovada, legitima o pagamento de benefícios remuneratórios a título de indenização, cuja consequência imediata é ser livre de incidência de Imposto de Renda, além de banalizar as exceções ao teto constitucional”, afirma o posicionamento.

As entidades também exigem que o projeto de lei classifique adequadamente as verbas remuneratórias, indenizatórias e outras vantagens eventualmente recebidas. No caso das indenizatórias, as instituições defendem que sejam seguidos três critérios:

  • Ter natureza reparatória, ressarcindo o servidor de despesas incorridas no exercício da função pública;
  • Ter caráter eventual e transitório, não sendo incorporadas em bases mensais, devendo possuir um horizonte temporal limitado, e requerendo uma análise caso a caso;
  • Ser expressamente criadas em lei, não podendo ser instituídas por ato administrativo.

O projeto criticado pelas entidades é o n°2721/2021, e está atualmente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Como mostrou o Estadão, a proposta, que busca combater os supersalários, contém 14 regras que abrem brechas para manter esses rendimentos.

Essas 14 exceções ao teto, segundo outro estudo do Movimento Pessoas à Frente, são verbas remuneratórias, e não indenizatórias. “Se mantidas como estão no texto original, elas podem, além de manter os supersalários, criar um efeito em cascata, já que abre espaço para que servidores do Executivo que ganham menos do que o estabelecido peçam equiparação, o que pode provocar um rombo de R$ 26,7 bilhões nas contas públicas”, diz um trecho da pesquisa.

A proposta veio do Senado e foi aprovado pela Câmara em junho de 2021 com a lista de 32 exceções ao teto que desidratou o projeto que, inicialmente, buscava fazer uma maior restrição às verbas que não são abatidas pelo teto constitucional. Por conta das mudanças, o texto teve que voltar à Casa Alta.

Estadão

Opinião dos leitores

  1. Preocupante, o que já era uma ofensa a sociedade, causa de desordens nos planos de cargos e salários, ainda pode ser PIORADO …

  2. Queri ver algum politico ou outra pessoa forte mobilizar a população para um evento no sentido de coibir essa esculhambação que são os privilégios no Brasil.

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Café já fica atrás das grades em supermercados de São Paulo

Foto: Gabriela Cecchin/Folhapress

Café, bacalhau, picanha e azeite passaram a ser protegidos com grades, lacres e etiquetas antifurto em supermercados de São Paulo. O café foi o produto que teve maior alta no acumulado de 12 meses no último levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A reportagem da Folha visitou 15 supermercados nas zonas sul, oeste e central da capital paulista, nos dias 11 e 14 de abril, e observou o fenômeno antifurto em unidades das redes Carrefour, Extra e Pão de Açúcar.

O Mini Extra do largo do Arouche e uma unidade do Carrefour Express no bairro da Saúde guardavam embalagens de café popular atrás de grades na prateleira —mas não as marcas mais caras ou as versões de cápsula. Os funcionários de ambas as lojas disseram que medida era para evitar furtos.

“Só hoje de manhã, duas pessoas já tentaram furtar os sacos de café. É muito constrangedor, porque a gente precisa parar e abordar os clientes”, disse um funcionário.

A rede Carrefour informou que a prática é comum para produtos de alto valor, e que o café se encaixaria nesta categoria. “É uma regra do varejo, nós só seguimos o mercado”, diz.

O Grupo Pão de Açúcar, dono das redes de supermercados Pão de Açúcar, Extra e Assaí Atacadista, não respondeu à Folha até a publicação desta reportagem.

A mais recente pesquisa Datafolha mostrou que quase metade dos brasileiros reduziram o consumo do café devido à inflação. Produto teve alta de 8,14% nos preços de fevereiro a março e de 77,78% no acumulado de 12 meses, segundo o IBGE.

Um promotor de merchandising da marca Pilão disse à Folha que, em uma das unidades do Extra no Grajaú, foram roubadas 300 unidades de café da marca, e que por isso o supermercado adotou os lacres antifurto.

“Uma época, não estavam nem abastecendo alguns supermercados, porque quanto mais abasteciam, mais roubavam. Pilão é mais fácil de roubar porque não é a vácuo e faz menos volume, é mais fininho, mais fácil de esconder.”

A JDE Peet’s, empresa dona das marcas de café Pilão, Caboclo, Damasco, Café Pelé e Café do Ponto, diz que as decisões relacionadas à exposição e comercialização dos produtos em loja são de responsabilidade exclusiva dos varejistas, e que não tem acesso a qualquer informação relativa aos índices de roubo nas redes varejistas.

Outros itens também têm sido alvos de proteção. Em duas unidades do Pão de Açúcar na zona sul, bacalhau, picanha, azeite e bebidas alcoólicas estavam com lacres. Um Mini Extra da região vendia azeites e bebidas em locais fechados perto dos caixas. Já em redes como Dia, Hirota Food e Oxxo, nenhuma proteção foi observada.

“Tem que lacrar mesmo, porque tem muito furto e está muito caro. Não é porque o mercado é mais elitizado, é em qualquer mercado que está caro”, diz o empresário Giovani Ribeiro, 32, que comprava picanha lacrada na unidade da Chácara Klabin. “Café está valendo mais que ouro agora.”

Em uma unidade do Pão de Açúcar em Perdizes, na zona oeste, o café não estava com lacre, mas uma funcionária relatou que a loja vinha enfrentando furtos do produto. “Comprei três pacotes de café e já foi o valor todo da minha compra”, comentou uma consumidora para um repositor. No caso do azeite, apenas as marcas em promoção —posicionadas próximos aos caixas— estavam expostas sem proteção.

Folha de SP

Opinião dos leitores

    1. Não sabia que Lula tinha poderes de influencia no clima. Todos sabem que a safra do café foi prejudicada por geadas no sul e sudeste do país.
      Pesquise na Colombia, grande exportador de café… estão passando pelas mesmas dificuldades.

    2. @FRASQUEIRINO, a “safra” de ovos, carne, leite, pão, gasolina, do dólar, a desvalorização do salário mínimo, a falta de reajuste do teto do MEI e de reajuste do teto do IR, o prejuízo bilionário dos Correios e outras estatais que estavam dando lucro no governo anterior, etc, etc, etc, e principalmente os novos impostos sobre o que compramos e os atuais que aumentaram, tudo isso foi culpa das geadas no Sul e Sudeste também?

    3. Acho q Você pediu demais, essa turma fazer uma pesquisa? pra lerem algo e saber se tem fundamento ou não? é difícil, muuuuito difícil.

    4. Frasquerino, defender o errado mentindo? O Brasil é exportador de café desde o Brasil Imperial, as oscilações da safra seriam absorvidas se o Real não tivesse virado papel higiênico pela irresponsabilidade fiscal desse governo.

    5. Pior cego é aquele que não q ver , ou é ainda está encantado com promessas de 9dedos

    6. Frescurino, Geada sempre teve, até mais intensas, agora café nesse preço, nunca vimos antes na história desse pais

    7. Frescurindo, quer hostentar??
      Dependure um pacote de café no pescoço e saia por aí andando pela cidade.
      Kkkkkk.
      Tá a preço de ouro o café no governo do amor.
      Kkkkkk.

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Saúde

Novo Complexo de Saúde Unimed integra tecnologia, sustentabilidade e atendimento completo

A Unimed Natal entrega, nesta sexta-feira (14), o Complexo de Saúde Unimed (CSU), um marco na assistência médica do Rio Grande do Norte. A nova unidade foi planejada para oferecer um cuidado completo aos beneficiários, reunindo atendimento clínico, centro cirúrgico, pronto-socorros adulto, infantil e obstétrico, além de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). O espaço também se destaca pela implementação de tecnologias avançadas e práticas sustentáveis, reforçando o compromisso da cooperativa com a inovação e a eficiência.

O CSU foi estruturado para garantir um fluxo de atendimento otimizado, facilitando a comunicação entre os profissionais e proporcionando maior conforto e segurança aos pacientes. A tecnologia terá papel fundamental na operação da unidade, com sistemas integrados que fortalecem a segurança de dados, automatizam processos e permitem um atendimento mais eficaz.

Além disso, práticas sustentáveis foram incorporadas ao projeto, incluindo soluções de eficiência energética e gestão de resíduos, alinhadas às diretrizes de responsabilidade ambiental da Unimed Natal.

O diretor de Recursos Próprios da Unimed Natal, Dr. Emerson Oliveira, enfatiza a importância do novo complexo para a modernização dos serviços de saúde. “Cada detalhe deste espaço foi pensado para ampliar o acesso aos serviços de saúde, garantindo um atendimento coordenado e eficaz aos nossos beneficiários. É muito bom ver tudo isso ficando pronto e perceber a satisfação dos nossos profissionais em contar com tecnologia, modernidade e eficiência.”

Para Dr. Fernando Pinto, presidente da Unimed Natal, o CSU representa um avanço estratégico para a cooperativa, beneficiando cooperados e clientes. “É muito bom ver que nosso novo complexo incorpora tecnologia e práticas sustentáveis que fortalecem nossa gestão, oferecem aos médicos cooperados instalações e equipamentos modernos e inovadores e aprimoram a experiência de atendimento. Esse é um passo essencial para a evolução dos nossos serviços e para garantir um cuidado de excelência para todos.”

Com a inauguração, os serviços do Hospital da Unimed começam a ser transferidos gradualmente para o novo complexo. Durante esse período de transição, os beneficiários devem acompanhar as atualizações nos canais oficiais da Unimed Natal (app, site e redes sociais) para informações sobre o funcionamento dos serviços.

Opinião dos leitores

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Geral

Na GloboNews, Lewandowski volta a dizer que ‘a polícia prende mal’

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, voltou a dizer que “a polícia prende mal e a Justiça é obrigada a soltar”. Ele deu a declaração nesta quarta-feira, 9, durante entrevista ao programa Estúdio i, da emissora GloboNews.

O ministro considerou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, apresentada pelo governo federal ao Congresso nesta semana, busca solucionar esses desafios.

O projeto inclui a criação de um Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), similar ao Sistema Único de Saúde. O objetivo, de acordo com o governo, é integrar e coordenar as forças policiais do país. Um dos principais elementos da PEC é a criação de um cadastro nacional de pessoas envolvidas em atividades criminosas.

Lewandowski defende a proposta

Segundo Lewandowski, isso reduzirá erros policiais e facilitará o intercâmbio de informações entre os Estados. A medida, conforme o ministro, garantiria “que crimes em uma região sejam devidamente comunicados a outras jurisdições”.

O ministro explicou que o texto final da PEC resulta de longas negociações com governadores. A versão inicial, apresentada em 2024, foi criticada.

Para Lewandowski, contudo, a nova versão “respeita a autonomia dos Estados enquanto promove a coordenação entre as diversas forças de segurança”.

A PEC da Segurança Pública inclui:

  • a constitucionalização do SUSP;
  • o compartilhamento obrigatório de informações de segurança entre os Estados;
  • a ampliação das funções da Polícia Rodoviária Federal para ferrovias e hidrovias; e
  • a concessão de poderes de polícia ostensiva às Guardas Civis Municipais.

Deputados criticam a PEC de Lula

Deputados da oposição criticaram a PEC de Lula. Para o primeiro vice-líder da oposição, deputado federal Sanderson (PL-RS), a proposta quer concentrar todo o poder em Brasília.

De acordo com o parlamentar, o presidente quer “centralizar as diretrizes e as operações que envolvem o crime organizado no Ministério da Justiça”.

“Algo impossível de ser efetivado”, afirmou Sanderson. “Seja por falta de efetivo policial federal, seja por falta de capilaridade territorial das forças federais, seja por alijar as forças de segurança dos Estados de ações de combate às facções criminosas.”

O deputado ainda afirmou que vai “analisar com bastante atenção a íntegra da proposta para deliberar com responsabilidade sobre o tema”.

Para o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM), Lula quer usar a proposta para “mexer nas prerrogativas dos Estados na questão da segurança pública em seus territórios”.

“Com a PEC da Segurança, querem tirar a autonomia dos Estados e criar algo para perseguir os policiais”, afirmou Neto. “Será a PEC da insegurança.”

Revista Oeste

Opinião dos leitores

  1. Tú é doido!??
    Policiais militares arriscam a própria vida para prender delinquentes e o caba ainda solta uma pérola dessas??
    Sei não!
    Vou arriscar a dizer o seguinte, a Justiça é que solta mal com aval dos congressistas, que não melhoram as leis em favor da população de bem desse país.
    Tem inúmeros casos aí pra quem quiser vêr.
    É imoral o que agente tem visto, fica os policiais coitados, arriscando a vida e enxugando gelo, prendem de manhã, mas meio dia os delinquentes, já estão em casa pro almoço e voltar aterrorizar tarde e noite.
    Lamento muito a fala do dr Ministro.
    Ao mesmo tempo, me desculpe se eu estiver errado, é apenas uma opinião, de fato mesmo quem manda são os senhores, as autoridades brasileiras.
    Eu e muitos brasileiros só aguentamos as porradas, não tem o que fazer.

  2. Concordo com esse ministro no que diz que a polícia prende mal, e acrescento também que a policia trabalha mal. Acompanhei os anos 60,70. que naquela época não existia violência em Natal, havia alguns casos de arrombamento de residências, porém nem sempre existia, era mais quando os moradores deixavam a cidade, e feriados, etc. e até alguns casos a polícia prendia alguém que estava fazendo um xixi, por traz do Clube Municipal da Cidade da Esperança, segundo a própria polícia dizia que só prendia essas pessoas porque não haviam ocorrência, portanto era para mostrar serviço.Hoje existem tantos casos que a policia torna-se insulficiente para policiar a cidade toda. E a policia de trânsito, quando fazia as brites forjavam, em alguns casos para tirar dinheiros dos condutores de veículos. Isso é Brasil, isso é Natal, onde tudo pode acontecer.

  3. O MINISTRO ESTA CORRETÍSSIMO.
    A POLICIA AINDA VIVE NO TEMPO DA PEDRA.
    MAL EDUCADOS E PREPOTENTES.

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Saúde

Pacientes do RN apresentam manchas vermelhas e coceira, e Secretaria de Saúde investiga possível nova doença

 

Foto:reprodução

A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) investiga o possível surgimento de uma nova doença no Rio Grande do Norte. Os principais sintomas apresentados pelos pacientes são corpo empolado e manchas vermelhas, além de coceira intensa, sem febre.

De acordo com o secretário de Saúde, Alexandre Motta, a doença está circulando em Natal e é transmitida por vírus. Ele disse ter sido alertado sobre o assunto pelo infectologista potiguar Kleber Luz, que é um dos principais especialistas em infectologia do País.

A Sesap não confirmou quantos pacientes já apresentaram os sintomas e se há algum público mais atingido pela doença, como crianças, idosos ou portadores de alguma outra condição.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o secretário pediu para que, em caso de apresentação de sintomas, o paciente peça ao médico para que faça a notificação para o setor de Vigilância da Secretaria de Saúde, para que com isso possa ser investigada que doença é essa.

“A segunda coisa é que peça ao seu médico que solicite os exames para doenças exantemáticas e encaminhe esse material colhido para o Lacen (Laboratório Central)”, afirmou Motta.

De acordo com o secretário, que também é infectologista, com as amostras, o Lacen “vai fazer as investigações necessárias e tentar descobrir se já é uma doença comum, com características diferentes, ou se isso pode ser uma nova enfermidade”.

98FM Natal 

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Nova diretoria da Unimed Natal toma posse em cerimônia no Teatro Alberto Maranhão

Foto: Divulgação

Em solenidade realizada na noite desta quarta-feira (9), no Teatro Alberto Maranhão, a Unimed Natal deu posse à nova Diretoria Executiva e ao Conselho de Administração, eleitos para o quadriênio 2025–2029, bem como para o Conselho Fiscal (2025-2026). O evento reuniu médicos cooperados, colaboradores, lideranças do setor da saúde e convidados em um momento simbólico de continuidade, transição e compromisso com o fortalecimento do sistema cooperativista.

Durante a cerimônia, os gestores eleitos foram oficialmente empossados e assinaram o termo de posse no palco. A recepção do evento contou com a apresentação musical do projeto Tocando a Vida com D’Amore, da ONG Atitude Cooperação, braço social da Unimed Natal.

Em nome da gestão que encerrou o ciclo anterior, o então vice-presidente, Dr. Carlos Medeiros, destacou a importância do trabalho coletivo e desejou sucesso à gestão. “À nova diretoria, desejamos uma gestão saudável e inspiradora. Que possam seguir fortalecendo o legado da Unimed Natal com inovação e diálogo. Estamos certos de que a experiência, a competência e a sensibilidade de cada integrante dessa nova equipe manterão a cooperativa em um caminho de crescimento sólido, com foco no cuidado e no bem-estar das pessoas”, pontuou.

Foto: Divulgação

Já o novo diretor-presidente, Dr. Márcio Rêgo, reforçou o tom de união. “Estamos iniciando uma nova gestão, que se propõe a ser receptiva, inovadora e, acima de tudo, sustentada pelo amor ao que fazemos. Queremos trazer o cooperado de volta ao centro da cooperativa, onde ele se sentirá parte essencial desta história que estamos escrevendo juntos”, afirmou.

A vice-presidente empossada, Dra. Carla Karini, também expressou seu sentimento de responsabilidade e confiança. “Os médicos cooperados são os verdadeiros donos da cooperativa. A Unimed tem mais de 200 mil beneficiários, além de vários colaboradores que fazem parte da história da empresa. Então é um sentimento de missão cumprida até aqui e de início de uma nova história. Uma história onde a gente quer perpetuar e avançar o sucesso da Unimed Natal”, afirmou.

A nova Diretoria Executiva é composta por Márcio Rêgo (presidente), Carla Karini (vice-presidente), Auxiliadora Rocha (diretora técnica) e Robinson Dias (diretor de Recursos Próprios). Também foram empossados os conselheiros administrativos Marcus Passos, Kallyandre Medeiros, Marcos Doti, Flávio Rocha e Jeyson Miranda.

O Conselho Fiscal conta com os médicos Alexandre Sales, José Lucena e Bianca Macário como membros titulares, além de Bruno Medeiros, Flávio Bezerra e Bruno Muniz como suplentes.

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Geral

Primeira edição do projeto “Prefeitura Itinerante 2025” leva serviços e cultura ao Golandim

Foto: Divulgação

“O dono da Prefeitura é o povo, e a gente tem sempre que estar prestando contas aos donos.” Com essa declaração, o prefeito Jaime Calado resumiu o espírito da primeira edição do projeto Prefeitura Itinerante, realizada neste sábado (5), no bairro Golandim. A iniciativa levou uma série de serviços, ações sociais e atividades culturais à população, reunindo centenas de moradores, mesmo com a chuva.

A solenidade de abertura contou com a presença da senadora e primeira-dama Zenaide Maia, da deputada estadual Terezinha Maia, do vice-prefeito Flávio Henrique, do presidente da Câmara Municipal, Nonato Queiroz, além de vereadores e de todo o secretariado municipal.

Instalada na praça em frente à Unidade Básica de Saúde do Golandim — recém-restaurada e entregue à comunidade —, a estrutura do evento ofereceu atendimentos gratuitos, como corte de cabelo, consultas médicas, exames, testes de glicemia, emissão de documentos e distribuição de mudas de árvores frutíferas e ornamentais.

Foto: Divulgação

Ao todo, foram realizados 1.300 atendimentos ao longo do dia, reforçando o compromisso da gestão em facilitar o acesso da população aos serviços públicos.

“O que normalmente distancia o Poder Executivo da população são os protocolos. O projeto Prefeitura Itinerante faz o contrário: aproxima e leva a gestão até onde o povo está”, destacou o prefeito.

E não faltou cultura! A Secretaria de Assuntos Extraordinários promoveu um animado concurso de passinho, enquanto a Secretaria de Cultura organizou a tradicional A Mais Bela Voz e uma sessão de filme infantil no Cinema Itinerante.

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Polícia

[VÍDEO]Atentado em Petrópolis: Ex-prefeito e mais duas pessoas são alvejadas em frente ao Colégio Atheneu


O BLOG DO BG recebeu mais imagens do atentando da noite desta segunda-feira (03) contra o ex-prefeito de São Pedro, Miguel Cabral. Ele e mais duas pessoas foram alvejadas em frente ao Ateneu.

Moradores relataram mais de 10 tiros ouvidos. Ainda não se sabe o estado de saude das vitimas.

Informações iniciais, de acordo com a PM, apontam que criminosos chegaram em um carro atirando contras as vítimas. Uma equipe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, foi mobilizada ao local para iniciar a investigação sobre o caso. Até o momento, ninguém foi preso.

A tenente Tatiana, da Polícia Militar, que foi acionada para a ocorrência, informou que capsulas de diferentes calibres foram encontradas no local do crime.

Opinião dos leitores

  1. em quanto isso o governo anuncia cidade mais segura do nordeste ! queria morar nessa cidade anunciada ! palhacada ! kkkkk

    1. BO não vale nada, porque o governo não divulga os índices de investigação feitas e concluída, é menos de 3 porcento elucidado

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Saúde

Médicos da UTI do Walfredo Gurgel ameaçam paralisar atividades após seis meses de salário atrasado

Foto: MPRN

Médicos que trabalham na UTI do Hospital Walfredo Gurgel, maior hospital de traumas do Estado, ameaçam paralisar os atendimentos. A categoria reclama que está com seis meses de salário atrasado. Em assembleia no Sindicato dos Médicos (Sinmed-RN), os profissionais decidiram que vão interromper a prestação do serviço caso o repasse não seja regularizado até 25 de março (terça-feira).

De acordo com a categoria, contratada através da empresa de Serviço de Assistência Médica e Ambulatorial (Sama), os repasses financeiros não são feitos pelo Estado desde o mês de outubro de 2024.

Diante do descumprimento do acordo, os médicos decidiram em assembleia apresentar um prazo para pagamento dos meses de outubro e novembro de 2024 até o dia 25 de março, às 16h. Caso o pagamento dos dois meses não seja efetuado, uma nova assembleia da categoria será realizada no mesmo dia para decidir sobre a possibilidade de uma paralisação a partir do dia 26 de março.

O presidente do Sinmed-RN, Geraldo Ferreira, lembra que existe um acordo pré-processual feito em audiência de conciliação, realizada pela Justiça Federal, com a participação do sindicato, do Conselho Regional de Medicina (Cremern), da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) e da Sama. O acordo prevê que os atrasos salariais não podem ultrapassar três meses.

Além das UTIs do Walfredo Gurgel, os hospitais da Polícia, Santa Catarina, Giselda Trigueiro e Deoclécio Marques (todos em Natal, sendo apenas o último localizado em Parnamirim) também podem ter os atendimentos paralisados, totalizando 9 UTIs, caso o repasse financeiro do Estado não seja efetuado até o dia 25.

O que diz a Sesap

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) disse que “mantém negociações” com a empresa prestadora de serviço médico e busca efetuar o pagamento até a próxima terça-feira (25), evitando assim a paralisação. “A gestão está adotando todas as medidas cabíveis e urgentes para garantir a continuidade dos serviços essenciais”, diz a nota.

A Secretaria enfatiza que “segue enfrentando dificuldades financeiras decorrentes da queda significativa na arrecadação do ICMS em 2024”, proveniente das leis federais 192 e 194, de 2022, que reduziram a cobrança do imposto dos estados sobre combustíveis, telecomunicações e energia elétrica.

“O efeito do reajuste da alíquota do ICMS, aprovado para 2025, só acontecerá a partir de abril, quando a gestão estadual iniciará gradativamente o reequilíbrio das contas”, afirmou a pasta.

98 FM Natal

Opinião dos leitores

  1. Quero ver um empresário atrasar 6 meses o ICMS e continuar funcionando. O governo é bom cobrador e péssimo pagador.

    1. isto tem sido comum para todos os fornecedores do estado em todas as secretarias.
      A única coisa em dia até o presente momento é o salário dos servidores

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Geral

STF decide vetar revista íntima ‘vexatória’ em visitantes de presídios

Foto: Antonio Augusto/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu, nesta quarta-feira (2), o julgamento do recurso que discute a validade da revista íntima em presídios. Os ministros consideraram que o procedimento feito de forma vexatória, para humilhar as pessoas, é inadmissível.

Os ministros também estabeleceram uma espécie de guia para a aplicação de suas conclusões.

Na revista íntima vexatória, proibida pelo STF, o visitante precisa ficar parcialmente ou totalmente nu e, por vezes, tem que se agachar e expor os órgãos genitais à observação de agentes penitenciários.

A revista íntima ainda pessoal pode ser feita, na impossibilidade de uso de equipamentos eletrônicos, por exemplo. Nestas situações, deverá ser motivada, depende da concordância do visitante e será feita preferencialmente por profissionais de saúde.

A chamada “tese” foi construída em consenso pelos ministros, com a participação de todos os magistrados na elaboração do texto. O resumo será aplicado em casos de revista íntima pelo país.

Principais pontos

  • Os ministros diferenciaram o procedimento vexatório da revista íntima pessoal, que está dentro da legalidade, e pode ser feita em situações previstas no resumo de entendimentos.
  • a revista íntima feita em visitantes de presos de forma a humilhar as pessoas não é admissível. Provas obtidas com esta irregularidade não serão usadas em processos judiciais, a partir da decisão do Supremo.
  • autoridades nos presídios podem impedir a visita se houver indícios robustos de que a pessoa tem itens irregulares consigo;
  • União e estados vão ter prazo de 24 meses para comprar equipamentos eletrônicos para fazer a revista nos visitantes.
  • a revista íntima — que não seja humilhante — poderá ser feita em casos excepcionais, de forma motivada em cada caso.
  • Além disso, o procedimento depende da concordância do visitante, deve ser feito em local adequado e apenas em pessoas maiores. A preferência é de que a revista seja feita por profissionais de Saúde. Se o visitante não concordar, as autoridades podem impedir a visita.
  • excessos e abusos podem levar os agentes públicos a serem responsabilizados.

O tema começou a ser julgado em 2020, em ambiente virtual. Na ocasião, um pedido de vista do ministro Dias Toffoli interrompeu a análise.

Novo pedido de vista, desta vez do ministro Nunes Marques, adiou a deliberação em 2021.

O recurso voltou à pauta em maio de 2023, quando chegou a cinco votos pela proibição da revista íntima vexatória.

Seguiram, na ocasião, a posição do ministro Edson Fachin, relator do caso — o presidente Luís Roberto Barroso, as ministras Rosa Weber (aposentada), Cármen Lúcia e o ministro Gilmar Mendes.

A maioria foi alcançada em outubro do ano passado, com o voto do ministro Cristiano Zanin. Mas um pedido de destaque do ministro Alexandre de Moraes trouxe o caso para o plenário presencial.

g1

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Acidente

Potiguar de 6 anos e irmã que morreram em acidente de ônibus em MG iam visitar a avó em SP

Foto: Reprodução

A potiguar Laura Costa de Negreiros, de 6 anos, e a irmã dela, Lorena Costa de Negreiros, de 2 anos, estão entre as 11 pessoas que morreram em um acidente de ônibus que aconteceu nesta terça-feira (8) em Minas Gerais.

Segundo a família, elas estavam indo a São Paulo com a mãe e o irmão mais novo, de 6 meses, para visitar a avó.

A mãe das crianças, também potiguar, está internada junto com o filho mais novo, de 6 meses. Ela teve uma clavícula e um braço quebrados e deve passar por cirurgia nesta quarta-feira (9).

Prima do pai das crianças, Alexandra Vidal explica que os pais das meninas são de Parnamirim, na Grande Natal, mas se mudaram para Trindade (GO) há pouco mais de dois anos. Os dois filhos mais novos do casal nasceram em Goiás.

O acidente aconteceu na rodovia MG-223, entre Araguari e Tupaciguara, no Triângulo Mineiro, por volta das 3h40 desta terça (8). O veículo da Real Expresso saiu de Anápolis (GO), por volta das 20h30 da segunda (7), e seguia para São Paulo (SP) com 53 passageiros, quando o motorista perdeu o controle da direção, o ônibus capotou e ficou tombado.

“Elas estavam indo para São Paulo para visitar a avó delas. O pai não estava no ônibus. Quem estava era só ela (a mãe) com as crianças. Assim que entraram em contato, ele foi para lá”, afirmou Alexandra.
Ainda de acordo com ela, familiares estão fazendo uma “vaquinha online” para custear as despesas da família.

Segundo o Corpo de Bombeiros de MG, as duas crianças ficaram presas às ferragens. De acordo com a família, os corpos permanecem no Posto Médico-Legal.

Feridos
O Corpo de Bombeiros de Araguari informou que dos 36 feridos, 18 foram levados para hospitais. Os outros 18 tiveram ferimentos leves e recusaram atendimento.

Pelo menos 17 passageiros foram encaminhados para a UPA de Araguari, de acordo com a secretária municipal de Saúde, Thereza Griep. Desses, 4 ainda estão na UPA e os outros quatro foram transferidos para hospitais da região.

O Samu confirmou que cinco sobreviventes também foram levados em estado grave para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), dentre eles está uma gestante.

O HC-UFU confirmou o atendimento a nove pacientes feridos no acidente, um deles não resistiu e acabou morrendo após dar entrada na unidade.

G1RN

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