Diversos

Shows online de strip-tease fazem sucesso durante pandemia do coronavírus

Foto: The New York Times

Nas últimas semanas, Justin LaBoy, de 29 anos, ex-jogador de basquete que se tornou famoso nas redes sociais, e o empreendedor Justin Dior Combs, 26, filho do rapper P. Diddy, vêm usando o Instagram para oferecer apresentações ao vivo de strip-tease improvisadas.

“Se não fosse por Justin e as lives que ele organiza, eu não sei o que teria feito, como teria mantido as contas em dia ou colocado comida em casa”, disse Sasha, uma dançarina que participa dos shows virtuais.

Em boa parte do planeta, muitos bares e casas de strip-tease foram forçados a fechar praticamente de um dia para o outro. Milhares de bartenders, garçonetes e dançarinos ficaram sem renda. E como muitas outras organizações, de escolas elementares a programas de sobriedade, as casas de strip também buscaram recriar por via digital as experiências que oferecem aos frequentadores.

O Magic City, um clube de strip em Atlanta, nos Estados Unidos, começou a oferecer “’lap dances’ virtuais” por meio do Instagram Stories. O rapper Tory Lanez também começou a comandar noitadas de dança virtuais para seus 7,5 milhões de seguidores, sob o título “Quarantine Radio”.

Mas os eventos de LaBoy têm atraído um grande número de fãs fervorosos.

Músicos como The Weeknd e Diplo e muitos jogadores famosos de futebol americano e basquete, assim como influenciadores de redes sociais, são espectadores constantes. Shaquille O’Neal, Meek Mill, YG, Casanova e Lil Yachty participaram dos programas como convidados especiais.

“A ideia cresceu muito”, disse Combs. “Começou com uma transmissão conjunta em lives e se transformou nessa loucura. As pessoas me perguntam toda noite se vamos ter uma live. Justin tem seguidores devotados, quase como se liderasse um culto, e a coisa está só começando.”

LaBoy disse que a ideia de recriar a atmosfera de uma casa noturna no Instagram surgiu à 1h de certa madrugada, quando ele se sentiu entediado com o streaming ao vivo que estava fazendo para seus mais de 60 mil seguidores. “Eu pensei que precisava convocar um demônio qualquer”, disse LaBoy. “Onde encontrar alguns demônios?”

Algumas mulheres pediram imediatamente para participar como convidadas de seu stream. Seus seguidores adoraram. “Ninguém acreditava que estivéssemos fazendo aquilo de graça”, disse LaBoy. “As meninas estavam dançando, ‘twerking’, tirando a roupa toda”.

Ele começou a colocar o nome de usuário das participantes como Cash App, na tela do feed, para que os espectadores pudessem lhes enviar dinheiro. LaBoy percebeu que tinha descoberto um filão. E assim nasceu o “Respectfully Justin Show”.

CADA NOITE UM CLUBE NOVO

Horas antes do show, LaBoy começa a divulgar o evento no Instagram, com o hashtag #respectfully. Como a rede proíbe conteúdo explícito, ele cria um novo nome de usuário para cada evento. Anuncia o nome da página no Twitter, mosrtrando o horário e a data da apresentação.

”Nunca tinha visto uma página conseguir 30 mil seguidores em uma hora”, disse Combs. “Ele está fazendo coisas que eu nunca tinha visto”.

LaBoy apresenta Combs e depois relaxa começando seu stream, com uma taça de vinho, o que já se tornou meme.

“As pessoas postam fotos de taças de vinho e escrevem coisas como ‘se sua garota sabe o que isso quer dizer, ela não é sua garota’’, disse Alexis, 24, dançarina em um clube de Atlanta que se apresentou em diversos dos streams de LaBoy. “Tornou-se um símbolo do show”.

Quando LaBoy aceita a proposta de uma mulher que quer dançar, ele coloca seu nome de usuária no Cash App no topo da tela e diz aos seus seguidores que, se eles gostam do que estão vendo, melhor pagar. “O pessoal ‘traço azul’ precisa pagar”, disse ele, em referência às pessoas que têm contas verificadas no Instagram.

HISTÓRIAS DE UMA IRMANDADE DEMONÍACA

Algumas dançarinas dizem ter recebido milhares de dólares em doações via Cash App. Alexis afirmou que faturou um total de US$ 18 mil (aproximadamente R$ 95 mil) dançando em lives do Instagram durante um período em que ela não teve outro trabalho. “Justin garante que as meninas ganhem um dinheiro substancial”, disse ela. LaBoy também divulga seu nome de usuário no Cash App, e distribui o dinheiro que recebe por essa via como bonificação para as dançarinas.

O dinheiro que Alexis conseguiu ganhar dançando na internet supera em muito o que ela faturava previamente dançando numa casa de strip, e com esforço muito menor. “No clube, trabalho por oito horas direto”, ela disse. “No Instagram, são cinco minutos. Cinco minutos comparados a oito horas de trabalho”.

As mulheres que se apresentam como convidadas também conquistaram maior número de seguidores para suas contas no Instagram. Alexis criou uma conta secundária de Instagram para suas lives pessoais no Instagram depois que usuários lhe enviaram mensagens com propostas.

“Pessoas me oferecem US$ 500 (R$ 2,6 mil) para dizer o nome delas em uma mensagem de voz”, disse ela. “Entram na minha página e me mandam o emoji dos olhos ou o do coração, e me perguntam de onde sou, onde vivo. Todo mundo está muito ativo nessa temporada de quarentena.”

Diversas mulheres que foram destaque nas noites de LaBoy se tornaram amigas. “Agora temos uma comunidade de demônios”, disse Sasha, 32, que normalmente trabalha como hostess em um restaurante fino de Los Angeles. “Entramos juntas nas lives. Somos uma pequena irmandade de demônios”.

As mulheres que se apresentam não mostram seus rostos e mantêm o anonimato, revelando apenas seus nomes de usuário no Instagram (o site The New York Times concordou em identificá-las apenas por seus prenomes). Algumas, como Sasha, usam uma máscara de esqui enquanto dançam, e outras simplesmente só se filmam da cintura para baixo.

Sasha disse que prefere manter sua identidade offline separada do trabalho que ela começou a fazer na internet acidentalmente.

“Das outras mulheres, uma tem filhos, e todas tínhamos empregos que nos foram tirados”, disse Sasha. “Todas temos problemas, e é por isso que estamos fazendo o que estamos fazendo. Estamos todas tentando manter o sigilo sobre nossas identidades e, ao mesmo tempo, conquistar fãs e ganhar algum dinheiro.”

Sasha afirmou também que faturou cerca de US$ 4 mil (aproximadamente R$ 21,1 mil) suas apresentações online, o que a inspirou a criar uma conta no OnlyFans, um serviço que lhe permite conquistar assinantes diretos.

“Meu número de seguidores não para de crescer”, disse ela. “Isso me mostrou que tenho de fazer outras coisas para faturar. Tenho de pagar minhas contas e preciso de dinheiro para as compras”.

MAIS EXCLUSIVIDADE

O sucesso do “Respectfully Justin Show” inspirou uma série de cópias, e muitos dos envolvidos buscam tirar vantagem de mulheres que estão enfrentando dificuldades. Outros usuários se fazem passar por LaBoy e Combs e pedem dinheiro às mulheres e fotos que as mostrem nuas.

“Há um milhão de páginas falsas que não são fechadas e tentam trapacear as garotas e tirar dinheiro delas”, disse Sasha.

Em 4 de abril, LaBoy decidiu que pararia de tuitar na opção aberta do Twitter o nome da conta de Instagram da festa de cada noite, tanto por motivos de privacidade quanto para evitar bloqueios. “É só para convidados, agora”, escreveu ele. “Deus me livre, os farsantes e os ‘haters’ arruinaram a coisa para todo mundo.”

As dançarinas dizem que não se incomodam pelos shows atraírem menos espectadores, desde que “os caras endinheirados” continuem a aparecer. Não é sempre que uma delas tem a oportunidade de dançar para alguém como Meek Mill ou Kevin Durant, e sem nem sair de casa.

Até agora, o número de espectadores não caiu muito. “Os homens compram mesas e seções do clube, isso fica mais em conta”, disse LaBoy. “Você pode ficar em casa, ver todo mundo que quer e gastar só US$ 5 ou US$ 10 (R$ 21 ou R$52).”

Diversas marcas já contataram LaBoy para patrocinar seus eventos, mas ele disse que não aceitou as ofertas até o momento e ainda está tentando decidir o que fazer. “Estou tentando descobrir. Quando a vida lá fora voltar ao normal, como é que algo assim vai gerar dinheiro?”, questionou.

Sasha também falou que recebeu muitas mensagens de outras mulheres que estão sem trabalho e encontraram sua conta no Instagram. Segundo ela, as mulheres costumam perguntar o que precisam fazer para ganhar dinheiro dançando online.

“As meninas perguntam como tomei coragem para fazer isso”, disse Sasha. “E eu respondo que basta colocar a máscara de esqui e pronto”.

F5 – Folha de São Paulo com THE NEW YORK TIMES

 

Opinião dos leitores

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Brasil

Padre Fábio de Melo diz ser vítima de ataques: “Polarização política”

Foto: Reprodução

O padre Fábio de Melo se manifestou nas redes sociais após ser envolvido em uma polêmica que resultou na demissão de um gerente de cafeteria. O religioso teria discutido com um funcionário do estabelecimento e gravado um vídeo, em seguida, expondo a situação. A situação gerou uma onda de críticas e ataques contra o religioso nas redes sociais.

Em um texto publicado nos stories do Instagram, padre Fábio comentou o episódio de forma indireta e atribuiu a hostilidade que vem recebendo à polarização política e ao ódio disseminado nas redes sociais.

“As pessoas querem odiar. A qualquer custo, querem odiar. Por qualquer motivo”, escreveu ele, afirmando que os ataques vêm tanto da direita quanto da esquerda. “Escolhi em não estar em nenhum deles. Por isso sou atacado pelos dois lados”, disse.

O padre criticou ainda o uso da palavra como ferramenta de violência. “O principal instrumento do ódio é a palavra, a pior de todas as armas. Ela fere, adoece, pesa tanto que prostra a alma”, desabafou. Ele lamentou que até uma homenagem feita à mãe tenha sido usada como motivo para questionar sua honra e caráter.

Sem mencionar diretamente o episódio na cafeteria, Fábio de Melo sugeriu que os ataques são fruto de insatisfações políticas e pessoais de quem esperava dele uma postura mais alinhada a determinadas posições ideológicas. “Os ataques são orquestrados pelos que não ficaram satisfeitos em não nos ter nos palanques de suas predileções.”

Metrópoles

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Geral

VÍDEO: Lula condecora Janja por mérito cultural ao lado de Xuxa e Chitãozinho & Xororó

 

A primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, está na lista dos 41 artistas e produtores que serão premiados com o maior grau da Ordem do Mérito Cultural (OMC), a principal honraria pública do setor cultural brasileiro. A homenagem será atribuída pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, nesta terça-feira.

Janja será reconhecida no grau Grã-Cruz, o maior de três graus, destinado a um seleto grupo de personalidades culturais. Além da primeira-dama, fazem parte da lista nomes como Alceu Valença, Aldir Blanc, Alcione, Beth Carvalho (in memoriam), Chitãozinho e Xororó, Xuxa, Marcelo Rubens Paiva, Walter Salles, Fernanda Torres e Paulo Gustavo (in memoriam).

“A escolha reflete a diversidade e riqueza cultural do Brasil, valorizando expressões artísticas de distintas regiões, trajetórias e linguagens”, afirma o Ministério da Cultura, em nota. A pasta define a primeira-dama como uma “socióloga com atuação destacada em causas sociais, direitos das mulheres e combate à fome”, além de “engajada na promoção da cultura e da participação popular”.

A primeira entrega da OMC foi feita em 1995, sendo suspensa a partir de 2019. O prêmio tem por finalidade condecorar personalidades, órgãos e entidades públicas e privadas, nacionais e estrangeiras, que tenham se distinguido por suas relevantes contribuições prestadas à cultura brasileira. Ao todo, 112 pessoas e 14 instituições serão condecoradas neste ano.

As indicações abrangeram diversos segmentos culturais, como acervo, arquitetura, artes cênicas (teatro, dança e circo), artes visuais, audiovisual, cultura digital, cultura indígena, cultura tradicionais e populares, culturas urbanas, fotografia, literatura, música e patrimônio cultural.

Em 2023, a primeira-dama também foi homenageada pelo governo com o mais alto grau da Ordem de Rio Branco, uma condecoração concedida pelo governo brasileiro para distinguir pessoas físicas, jurídicas e entidades “pelos seus serviços ou méritos excepcionais”.

Infomoney 

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Polícia

PF prende empresários com R$ 1,2 mi em mala no aeroporto de Brasília

Foto: PF/Divulgação

Durante fiscalização de rotina no Aeroporto Internacional de Brasília nesta terça-feira (20/5), três passageiros vindos de Manaus (AM) foram flagrados pela Polícia Federal (PF) transportando cerca de R$ 1,2 milhão em espécie. Eles foram presos por lavagem de dinheiro.

À polícia, os homens alegaram atuar como empresários no estado do Amazonas, utilizando suas empresas para a celebração de contratos públicos com diversos municípios. Questionados pelos policias, informaram somente que estavam se deslocando para o estado de Goiás com o objetivo de adquirir materiais para suas respectivas pessoas jurídicas.

Levantamentos preliminares indicam que os indivíduos são sócios de empresas com um extenso leque de atividades declaradas. No entanto, foram identificadas diversas inconsistências nas informações apresentadas à PF pelos passageiros.

As investigações serão aprofundadas, visando a possível ampliação do rol de crimes e de envolvidos na apuração.

Após as formalidades, o trio de empresários foi colocado à disposição da Justiça do Distrito Federal.

Metrópoles 

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Brasil

Projeto de censura do Executivo pode ser parceria com STF

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Acordamos nesta semana com os jornais anunciando um projeto do governo para regular as redes. A ideia, segundo a imprensa, pois o texto ainda é desconhecido, é autorizar o Executivo, por meio de uma autoridade escolhida por ele, a identificar “abusos” e determinar bloqueios de plataformas, sem precisar de decisão judicial.

A ideia surge em seguida a Lula ter admitido que     pediu ajuda à China, para o tema e ao STF anunciar a retomada do julgamento das redes. E isso tudo às vésperas de uma eleição em que o governo aparenta ter chances pequenas de ganhar.

A estratégia me soa articulada entre Executivo e STF –e tomara que eu esteja errado. O Marco Civil, atualmente, impede um projeto desse tipo, em razão do artigo 19, que exige decisão judicial para remoção de conteúdo. Então, o projeto necessita que o STF declare a inconstitucionalidade do referido artigo para existir. Não é esquisito o projeto ser anunciado contando com isso?

Com o projeto implantado, o poder de censura, que hoje é quase exclusivo do Judiciário, passaria para o colo do Executivo. Também não seria nada mal ao STF o governo tirar de suas costas uma censura cada vez mais incômoda, pois cada vez mais política.

A parceria entre Executivo e Judiciário nesse tema –antes fosse apenas nesse– também não seria nenhuma novidade: há semelhança de pensamentos entre eles e os palanques usados para louvar a derrota do bolsonarismo não me deixam mentir.

Outro ponto, e o que mais me assusta, é que o projeto pressupõe também a permanência do governo no poder. Afinal, qual sentido teria tanto esforço para no ano que vem entregar essa chave de ouro, esse bastão de poder, ao adversário que assumir? Faz muito mais sentido pensar que o governo pretende fazer do projeto de censura seu cabo eleitoral predileto, uma segurança de sucesso.

O Brasil, com ar democrático, está prestes a mais um mergulho profundo em práticas autoritárias. Deixaríamos uma censura conduzida por inquéritos sigilosos do STF para adotar uma censura do Executivo, chancelada pela própria Corte. Cabe à sociedade resistir. Ou quedar calada.

Poder 360

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Mundo

Domo de Ouro: Trump anuncia plano para construção de escudo de defesa aérea


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou seu plano para construção de um escudo de defesa antimísseis “Golden Dome”, Domo de Ouro na tradução livre, nesta terça-feira (20).

Segundo o presidente americano, o sistema custaria cerca de US$ 175 bilhões e deveria estar operacional até o final de seu mandato.

O Golden Dome “protegerá nossa pátria”, disse Trump no Salão Oval, acrescentando que o Canadá havia declarado seu desejo de participar. O gabinete do primeiro-ministro Mark Carney não estava imediatamente disponível para comentar.

Em declarações a repórteres na Casa Branca, Trump afirmou que o general Michael Guetlein,vice-chefe de operações espaciais, lideraria o projeto.

O presidente americano afirmou que “tudo” no escudo de defesa antimísseis que ele está planejando será fabricado nos Estados Unidos.

Encomendado inicialmente por Trump em janeiro, o Golden Dome visa criar uma rede de satélites para detectar, rastrear e potencialmente interceptar mísseis. O escudo poderia implantar centenas de satélites para detecção e rastreamento de mísseis.

Com o custo de US$ 175 bilhões, levará anos para ser implementado, já que o programa enfrenta tanto escrutínio político quanto incerteza de financiamento.

Parlamentares democratas expressaram preocupação com o processo de aquisição e o envolvimento da SpaceX, de Elon Musk, que surgiu como pioneira, juntamente com a Palantir e a Anduril, para construir componentes-chave do sistema.

“O novo ecossistema de defesa autônomo da era espacial tem mais a ver com o Vale do Silício do que com as ‘grandes empresas de metal’”, disse o senador Kevin Cramer, da Dakota do Norte, no evento na Casa Branca. “Então, o que é empolgante nisso é que torna a participação disponível para todos — para competir.”

“Grandes empresas de metal” refere-se a empreiteiras de defesa tradicionais.

CNN

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Brasil

Por unanimidade, STF torna réus 10 dos 12 denunciados do “núcleo 3

Foto: Rosinei Coutinho/STF

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para tornar réus 10 dos 12 denunciados do chamado “núcleo 3” da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

Pela primeira vez, o ministro Alexandre de Moraes, que é relator do caso, rejeitou a denúncia contra dois dos denunciados. Ele foi acompanhado, na íntegra, pelo ministro Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

“A tipicidade em relação a Cleverson Ney e Nilson Rodrigues não apresentam respaldo no documento probatório. Não se verifica aqui nos autos indícios mínimos da ocorrência do ilícito criminal em relação a ambos”, alegou Moraes.

De acordo com a Procuradoria-Geral, os 12 investigados do terceiro núcleo são responsáveis pelas ações táticas do suposto plano golpista, incluindo exercer pressão sobre o alto comando das Forças Armadas para aderirem ao golpe.

Eles são acusados de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

O núcleo 3 é formado por 11 militares do Exército e um policial federal.

  • Bernardo Correa Netto, coronel preso na operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal;
  • Cleverson Ney, coronel da reserva e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
  • Estevam Theophilo, general da reserva e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
  • Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército e supostamente envolvido com carta de teor golpista;
  • Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército e integrante do grupo “kids pretos”;
  • Márcio Nunes de Resende Júnior, coronel do Exército;
  • Nilton Diniz Rodrigues, general do Exército;
  • Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel e integrante do grupo “kids pretos”;
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel do Exército e integrante do grupo “kids pretos”;
  • Ronald Ferreira de Araújo Junior, tenente-coronel do Exército acusado de participar de discussões sobre minuta golpista;
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel;
  • Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federal.

Com a denúncia acatada, será instaurada a ação penal, com exceção de Cleverson Ney e Nilton Diniz Rodrigues, que não se tornaram réus. Serão ouvidas, por exemplo, as testemunhas de acusação e de defesa.

Depois, abre-se um prazo para que os advogados se manifestem e, ao final, marca-se a sessão que decidirá pela absolvição ou condenação dos réus.

CNN

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RN

VÍDEO: Contas de Fátima de 2019 tem 5 votos pela reprovação. Conselheiro George Soares pede vistas

 

Na sessão desta terça-feira (20), o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE-RN) iniciou o julgamento das contas da governadora Fátima Bezerra referentes ao exercício de 2019.

O relator do processo, conselheiro Gilberto Jales, votou pela reprovação das contas, apontando irregularidades na gestão fiscal.

Outros conselheiros seguiram o relator mas, a análise foi suspensa após o conselheiro George Soares, ex-líder do governo na Assembleia Legislativa e considerado aliado político da governadora, solicitar vistas do processo.

Com isso, a decisão foi adiada para uma data que ainda não foi divulgada pela corte.

Blog do BG

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Política

Marçal se torna réu por ter colocado 32 pessoas em risco de vida

Foto: RUBENS SUZUKI/ ESTADÃO CONTEÚDO

A Justiça de São Paulo aceitou denúncia do Ministério Público estadual e tornou réu Pablo Marçal (PRTB) por colocar em risco a vida de pelo menos 32 pessoas durante uma expedição ao Pico dos Marins, em Piquete (SP), em janeiro de 2022.

Na época, Marçal e um grupo de seguidores saíram da base do pico, numa escalada. Durante o trajeto, além de muita chuva e neblina, as pessoas foram expostas ao vento forte e pouca visibilidade.

Na decisão, a juíza Rafaela D’Assumpção Cardoso Glioche, destacou que a investigação da polícia, que acompanhou a denúncia do Ministério Público, tem elementos suficientes para a instauração do processo criminal. Marçal teve acesso aos autos, mas como não houve manifestação da defesa, a juíza avaliou e decidiu aceitar a denúncia contra ele.

O influencer foi denunciado com base com base no artigo 132 do Código Penal, que trata de expor a vida ou saúde de outro a perigo de morte direto e iminente.

Isso porque, ele sabia das condições climáticas perigosas, como rajadas de ventos de 100 km/h, além de não ter orientado o grupo com guias ou roupas apropriadas.

A juíza determinou que Marçal seja intimado da decisão e apresente resposta à acusação em um prazo de 10 dias. O influenciador poderá apontar provas e testemunhas que usará em sua defesa.

CNN

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Geral

Gripe aviária: trabalhador de granja no RS é isolado por possível infecção

Foto: Arquivo/Agência Brasil

A Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul (SES) informou que um trabalhador da granja em Montenegro, onde foi detectado um caso de gripe aviária, apresentou sintomas gripais após ter tido contato com aves infectadas.

Ele está em isolamento domiciliar e teve amostras coletadas para análise. O material foi enviado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. O resultado do exame é aguardado para esta semana.

Em nota, a secretaria diz que intensificou o monitoramento de pessoas após a confirmação de casos de influenza aviária em animais na região. A medida foi adotada após a detecção da doença em aves de uma granja em Montenegro e no Zoológico de Sapucaia do Sul. Desde a última sexta-feira, 16, trabalhadores desses locais estão sendo acompanhados pelas equipes de Vigilância em Saúde, conforme os protocolos oficiais.

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) esclarece que o risco de infecção por influenza aviária em humanos é considerado baixo.

A transmissão ocorre, principalmente, em casos de contato direto e frequente com animais doentes, vivos ou mortos.

Não há risco na ingestão de alimentos bem cozidos ou preparados adequadamente, e a transmissão entre pessoas continua sendo extremamente rara.

Segundo os protocolos adotados, indivíduos que tenham tido contato com animais infectados são monitorados por dez dias.

Para que um caso humano seja oficialmente considerado suspeito, é necessário haver sintomas clínicos combinados com evidência epidemiológica, como exposição a aves ou restos mortais contaminados.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre janeiro de 2024 e maio de 2025, foram registrados 72 casos de gripe aviária em humanos nas Américas, com ocorrências nos Estados Unidos, Canadá e México.
Metrópoles

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Geral

Prazo termina e mais de 5 milhões de eleitores perdem título

Foto: Arquivo/Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O prazo para evitar o título eleitoral cancelado terminou no domingo, 19 de maio. A Justiça Eleitoral confirmou que mais de 5,3 milhões de eleitores tiveram seus títulos cancelados por não votarem nem justificarem ausência nas três últimas eleições. A medida está prevista na Resolução TSE nº 23.737/2024 e no Provimento nº 1/2025 da Corregedoria-Geral Eleitoral.

Esses números incluem votações suplementares, além dos pleitos regulares. A regularização deveria ter sido feita até o fim do prazo, com justificativa ou pagamento das multas. Quem não realizou nenhum desses procedimentos, agora terá o documento cancelado.

O cancelamento não será informado diretamente aos eleitores. No entanto, qualquer pessoa pode consultar a situação do título no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Regularização ainda é possível

Apesar do cancelamento, os eleitores ainda podem regularizar o documento. A partir desta segunda-feira, 20 de maio, será possível solicitar a atualização no cartório eleitoral ou por meio do Autoatendimento Eleitoral.

Para isso, é necessário apresentar a documentação exigida e, se houver, quitar os débitos pendentes. No entanto, apenas o pagamento das multas não reativa o documento. A pessoa precisa também solicitar a regularização formalmente.

Ter o título cancelado pode impedir o cidadão de realizar diversas atividades. Entre elas estão: tirar passaporte, tomar posse em cargos públicos e se inscrever em instituições federais de ensino.

Por isso, a Justiça Eleitoral orienta os eleitores a não deixarem a situação irregular por tempo prolongado. Regularizar o título é essencial para exercer plenamente a cidadania.

Ponta Negra News

Opinião dos leitores

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