O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Seção Natal/Sinasefe-Natal) emitiu nota à imprensa sobre o professor do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) de Pau dos Ferros, Dhiego Fernandes, que chamou a cidade de cabaré. Confira na íntegra:
O Sinasefe Natal, diante dos últimos acontecimentos envolvendo professor vinculado ao Campus Pau dos Ferros e seus comentários sobre aquela cidade, repudia com veemência a postura adotada pelo referido docente, ao mesmo tempo em que lamenta a exposição negativa que este fato tem trazido ao IFRN.
Entendemos que a ação do docente fere de maneira frontal a conduta ética que se espera de um professor, assim como nem de perto condiz com o papel de servidor público no exercício do cargo. Além disso, seus comentários ofendem de maneira reprovável o distinto povo de Pau dos Ferros, que traz consigo a força de luta comum a todos os nordestinos, os quais precisam aprender a lidar desde cedo tanto com as adversidades regionais quanto com a ineficácia das políticas públicas implantadas.
Consideramos imprescindível, por fim, que sejam tomadas todas as providências cabíveis por parte da Reitoria do IFRN, no sentido de apurar os fatos com rigor e imparcialidade, adotando medidas que busquem evitar casos lamentáveis como este.
Nossa solidariedade ao povo de Pau dos Ferros!
Foto: Reprodução
A educação brasileira faliu faz tempo, só alguns arrogantes ufanistas se recusam a reconhecer tal fato. A antiga ETFRN foi grande diferencial na história do ensino médio norte-rio-grandense, mas isto já remonta bastante tempo. Desde a sua transformação em Cefet, em meados dos anos 90 do século passado, que a atmosfera de qualidade tornou-se rarefeita ali. Houve aumento exponencial do público assistido, do corpo funcional e no número de unidades descentralizadas, porém a qualidade do conjunto da obra caiu verticalmente. É diante desse cenário que o professor Dhiego faz – sim – jus ao cargo que ocupa, até porque para ele deve ter sido concursado e submetido a provas de aptidão rigorosas. Por outro lado, todo e qualquer cidadão é responsável pleno pelo que diz ou acusa. Mesmo numa democracia precária e por vezes maquiada, como a que se vive no Brasil, felizmente não há mais ambiente institucional adequado à perpetuação do crime de opinião ou ao exercício da censura à liberdade de expressão. Lógico que ninguém tem obrigação de concordar com as opiniões do professor Dhiego, mas o bom senso também não autoriza quem quer que seja a promover seus mais primários instintos inquisitivos com o desejo de puni-lo ou persegui-lo funcionalmente. Mister se faz distinguir o cidadão individual do funcionário público. Ele nada reverberou em nome da instituição à qual tem vínculo empregatício. O desrespeito que porventura tenha ele dispensado a seus concidadãos não confere à anacrônica Lei do Talião qualquer exemplo de dignidade humana. A intolerância, sob qualquer aspecto e pretexto, foi e sempre será um apanágio das piores ditaduras, sejam elas disfarçadas ou mesmo assumidas e juramentadas.
Pode ter a certeza que esse rapaz está querendo mesmo com isso é viabilizar sua transferência para um campus mais próximo a cidade deste!
Tempestade em copo d'água…
Apenas um pequeno acréscimo na frase: Tempestade em copo d'água… SUJA.