Saúde

Hong Kong anuncia quarentena de 14 dias para quem chegar da China continental

Lojistas usam máscaras em Hong Kong nesta quarta-feira (5) — Foto: Anthony Wallace / AFP

O governo de Hong Kong vai impor uma quarentena de 14 dias para quem chegar da China continental por causa da epidemia do novo coronavírus, conhecido por 2019-nCoV. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (5) pela administradora do território semiautônomo, Carrie Lam.

Hong Kong tem 21 casos confirmados de infecção pelo vírus, sendo que três pessoas não chegaram a viajar para a China, o que sugere que houve transmissão local.

Confira a situação até a manhã desta quarta-feira (5):

491 mortes por coronavírus na China
1 morte nas Filipinas
24.363 casos confirmados na China
182 casos confirmados em outros 24 países
No Brasil, há 13 casos suspeitos e 16 descartados até as 16h dessa terça (4)
Senado deve votar nesta quarta o projeto de lei sobre quarentena de brasileiros

A principal companhia aérea de Hong Kong, a Cathay Pacific, pediu a seus 27 mil funcionários que tirem três semanas de licença não remunerada para evitar a propagação do novo coronavírus.

Mais de 24 mil casos da doença foram confirmados em vários países. Na terça-feira (4), subiu para 492 o número de mortes. Dessas mortes, 491 ocorreram na China (incluindo uma em Hong Kong) e uma nas Filipinas, a primeira fora do país onde surgiu o surto.

No Brasil, foram registrados 13 casos suspeitos: no Rio de Janeiro (1), São Paulo (6), Rio Grande do Sul (4) e Santa Catarina (2).

Governo chinês admite falha

Cientistas acreditam que a doença surgiu em dezembro em um mercado de Wuhan, capital de Hubei, que vendia animais selvagens e se propagou rapidamente por ocasião das viagens pelas férias do Ano Novo Lunar em janeiro. A maioria das mortes aconteceu em Hubei.

Na terça, o governo chinês reconheceu que houve falha na resposta à epidemia e admitiu a necessidade de melhorar o gerenciamento do sistema de saúde de emergência no país.

As autoridades destacam que a taxa de mortalidade, ao redor de 2%, está abaixo da registrada durante a epidemia de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), outro coronavírus que matou mais de 900 pessoas entre 2002 e 2003.

G1

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