Saúde

Anvisa aprova 1º spray nasal para a depressão; maior avanço em 60 anos em medicamentos contra a doença

Foto: Arte/Veja

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta terça-feira, 3, o primeiro spray inalável contra a depressão. O cloridrato de escetamina é indicado para o tratamento de adultos com depressão resistente, ou seja, pessoas que não responderam a duas terapias anteriores, ou que tenham comportamento ou ideação suicida.

O Spravato, nome comercial do produto, é considerado o maior avanço da ciência contra a depressão em meio século.  “Esse é o primeiro tratamento com um mecanismo de ação realmente inovador aprovado em décadas e oferece uma nova opção para responder às necessidades não atendidas dos pacientes e da comunidade médica”, explica o psiquiatra Pedro do Prado Lima, do Instituto do Cérebro da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Desenvolvido pela Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, o spray nasal tem ação no cérebro mais rápida que a de qualquer outra medicação no mercado, o que é um fator fundamental para pacientes com intenções suicidas. A droga começa a fazer efeito em poucas horas. Os antidepressivos comuns mostram seus primeiros resultados depois de cerca de um mês de tratamento.

O medicamento funciona de maneira diferente das terapias atualmente disponíveis para a doença. Os antidepressivos existentes atualmente agem nas monoaminas, como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina. Já a escetamina intranasal age nos receptores de glutamato N-metil-D-aspartato (NMDA), que ajudam a restaurar as conexões sinápticas em células cerebrais de pessoas com depressão. A indicação é que ele seja usado em conjunto com um antidepressivo oral.

Os resultados de dois estudos clínicos de fase 3 mostraram que a escetamina em conjunto com a terapia padrão reduziu os sintomas depressivos em até 24 horas após a primeira dose. Após um mês de tratamento, 70% dos pacientes apresentaram melhora nos sintomas mais graves. No entanto, produto não foi capaz de prevenir o suicídio ou reduzir a ideação ou comportamento suicida. Dessa forma, o uso do medicamento não dispensa a necessidade de hospitalização em pacientes com indicação clínica.

Os principais efeitos colaterais observados durante o tratamento com escetamina incluem dissociação, tontura, náusea, sedação, sensação de girar, visão embaçada, sentido reduzido de toque e sensação, ansiedade, falta de energia, pressão arterial elevada, vômito, parestesia e sensação de embriaguez.

“Estamos muito orgulhosos em disponibilizar a escetamina intranasal para pacientes brasileiros com tipos de depressão bastante incapacitantes, para os quais as opções de tratamento eram escassas”, diz o psiquiatra Fabio Lawson, diretor médico da Janssen Brasil.

Para assegurar seu uso correto, a escetamina intranasal será administrada em hospitais e clínicas autorizadas, sempre sob supervisão de um profissional de saúde. O preço ainda não está definido no Brasil.

Veja

 

Opinião dos leitores

  1. Será que cura fanatismo mitológico???? ……Cegueira mitológica e incapacidade de raciocínio lógico mitológico???

  2. Remédio ideal pra os petralhas, pois maioria estão numa abstinência de praticar a famosa corrupção sistêmica, tendo em vista hoje existirem poucos mandatários de sua laia, assim ficam numa depressão profunda, alguns até ficam destilando seu ódio do amanhecer até altas horas da madrugada através desse blog.

    1. Fale por você, que para criticar uma suposta "destilada de ódio", encharcam essa postagem com mais ódio.

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