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Bancários realizam paralisação de 24 horas em agências da Caixa Econômica em protesto contra abertura de capital da Caixa Seguridade

FOTO: MARCOS VIDAL/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Os funcionários da Caixa Econômica Federal realizam paralisação de 24 horas a partir desta terça-feira, 27. O estado de greve anunciado pelo Sindicado dos Bancários é motivado, principalmente, pela abertura de capital da Caixa Seguridade, que deve acontecer no dia 29 de abril, próxima quinta-feira. Os representantes da categoria defendem a manutenção da instituição “100% pública” e pedem pela contratação de mais empregados, especialmente os candidatos aprovados no concurso de 2014. Além disso, eles reivindicam o pagamento integral da PLR Social, pedem maior proteção contra a Covid-19 e a inclusão dos funcionários nos grupos prioritários para a vacinação contra a doença. “Estamos fechando um dia para continuarmos abertos no futuro”, diz cartaz da mobilização. A interrupção das atividades bancárias vale para agências de todo o país, bem como para funcionários que estão em trabalho remoto.

Em nota, o Sindicato dos Bancários afirmou que a greve também acontece em protesto “contra os sucessivos ataques do governo Bolsonaro aos trabalhadores e ao banco”. Em entrevista à Jovem Pan, o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e funcionário da Caixa, Dionísio Reis, afirmou que a paralisação buscar denunciar o IPO da Caixa Seguridade que, segundo ele, representa a privatização do banco. “Isso vai reduzir a rentabilidade, dando espaço para o desmonte do banco, com redução de empregados, fechamento de agências, redução da estrutura. Vai ser usado depois como argumento [para a privatização] a baixa rentabilidade do banco. Hoje, a Caixa é um banco altamente lucrativo, tem dado lucro todos os anos”, afirmou.

O presidente do Sindicado dos Bancários de Belo Horizonte e Região, Ramon Peres, também reforçou o desmonte do banco e falou sobre “os ataques da equipe do governo federal aos bancários”, citando o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o próprio presidente da Caixa, Pedro Guimarães. “A gente tem visto movimento do governo federal em sucatecar a Caixa para que ela seja privatizada, dando, inclusive, uma rasteira no Congresso Nacional e na legislação, que só permite a privatização do banco público se for aprovado no Congresso e no Senado. Mas o Pedro Guimarães junto com o governo federal tem feito esse sucateamento para que a Caixa seja entregue ao capital privado”, reforçou, destacando que a paralisação é em defesa “da Caixa como banco importante para economia brasileira.”

A previsão é que a paralisação aconteça apenas nesta terça-feira. Segundo Dionísio Reis, a mobilização conta com “variáveis níveis de adesão dos funcionários”, com índice médio entre 30 a 40% de participação. A categoria espera que o estado de greve seja efetivo para interromper o processo de IPO da Caixa Seguridade, assim como atender às demandas da categoria. Caso contrários, novas paralisações podem acontecer. “É uma luta por contratações, melhores condições de atendimento à população, vacinação já. Os bancários que estão na linha de frente, no ano passado, pagaram mais de 120 milhões de brasileiros só pelo auxílio emergencial, sem falar no Fundo de Garantia e no Bolsa Família. Estamos cobrando essa prioridade, vacinação para todos e o reconhecimento no trabalho dos empregados.”

Jovem Pan

 

Opinião dos leitores

  1. esse “presidentinho” pensa em se reeleger com quais votos? sem vacina morrendo milhares de pessoas todo dia, o dia todo … já não tem os votos dos trabalhadores dos correios e familiares, porque ceifou 90% dos benefícios, vem sucateando a empresa, agora ataca os funcionários da CEF, já ameaçou os do Banco do Brasil, o auxílio emergêncial não dar sequer pra comprar alimentos que dure uma semana … pense numa burruce!!

  2. É o aparelhamento estatal falando alto. A CEF registrou um dos maiores lucros de sua história, bem diferente dos resultados em seus balanços nos tempos gloriosos da esquerda no poder. Por pouco a CEF não tinha o mesmo resultado desastroso dos correios, faltou pouco, pois ela também foi saqueada de 2004 a 2016.

    1. O lucro foi maior mas é não operacional. Se deu em função da venda de ativos. Portanto, não ocorrerá nos anos vindouros da mesma forma, visto que não se terá mais o que vender.

  3. Achei que estavam de greve desde março/2020.

    Esse é com certeza o pior atendimento bancário do Brasil.

  4. Não querem perder as “boquinhas”. Toda estatal é uma fonte de dinheiro ilícito e cabide de empregos, facilmente transformado num antro de vagabundos que custam caríssimo aos pagadores de impostos. Governo algum deveria ter banco.

    1. Custa caro? Os bancos publicos tem extraordinarios lucros por ano, os bancarios tudo doido de tanto trabalhar… deixa de falar bosta, alienado…

    2. Tá com raivinha, “cumpanhero”? É sindicalista? Toda estatal deve ser privatizada. O Estado deve se ocupar com suas atividades próprias, que estão sendo muito mal desempenhadas: saúde, educação e segurança. E sem sindicatos.

    3. Estatal é através de concurso público, cabide de emprego é empresa privada! Passem primeiro em um concurso público, depois vcs falam.

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