Protesto se concentrou na Avenida Beira Rio e seguiu para Granja do Governador e para casa do prefeito de João Pessoa — Foto: Walter Paparazzo/G1
Profissionais da construção civil iniciaram um protesto na manhã desta segunda-feira (18) contra o novo decreto do governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), para prevenção da Covid-19, que entre outras medidas, estabelece a paralisação das atividades da construção civil pelo menos entre os dias 20 e 31 de maio. O movimento não tem ligação direta com o Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP).
O G1 solicitou um posicionamento do Governo da Paraíba via assessoria de comunicação do Estado e do governador, mas não houve retorno até o fechamento desta matéria. A Prefeitura de João Pessoa disse que não vai se pronunciar porque o protesto foi contra o decreto do governador.
O ato contraria as recomendações das autoridades da área de saúde no Brasil e da Organização Mundial da Saúde (OMS), que pedem para que as pessoas fiquem em casa como prevenção ao avanço do novo coronavírus, além do decreto estadual que proíbe aglomerações e carreatas na Paraíba.
Vários caminhões caçamba e carros particulares participaram do protesto. Primeiro, os veículos seguiram até a Granja Santana, residência oficial do governador. Com o acesso bloqueado, os profissionais retornaram seguindo em direção à residência do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV).
De acordo com o engenheiro civil e empresário Rafael Rabelo, que esteve na manifestação, o protesto era em defesa dos clientes, dos colaboradores e dos fornecedores, “entendendo que a construção civil é uma parte importante da cadeia produtiva do país e do estado”, disse.
De acordo com José William, presidente do Sinduscon-JP, o sindicato está, desde sábado, quando o decreto foi assinado, tentando dialogar com o Governo do Estado, “principalmente, mostrando e demonstrando a importância do segmento, os cuidados que temos tomado”, declarou.
As atividades da área foram paralisadas no início da pandemia, entre os dias 23 de março e 31 de março, após uma reunião que aconteceu junto com o Sinduscon e com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, Pesada, Montagem e Mobiliários (Sintricon).
“Fizemos isso espontaneamente. Sugerimos aos associados e à construção civil em geral que os canteiros de obras parassem por dez dias, substituindo por feriados futuros, para não prejudicar os colaboradores por perda de salário e também não punisse as empresas naquele momento”, declarou José William.
Entre outras medidas recomendadas pelo Sinduscon para os profissionais da construção civil, principalmente os que trabalham em canteiros de obras, esteve o aumento no número de lavatórios, aumento nas distâncias nos refeitórios, distâncias maiores nos dormitórios, além de orientações sobre higienização e prevenção não apenas no trajeto até o trabalho, mas também nas residências.
“Pedimos que [as autoridades do estado] examinem o decreto para que sejam revistas determinadas decisões. O Sinduscon não está alinhado com o protesto, mas vem tentando dialogar com as autoridades do estado mostrando que a melhor forma de resolver é dialogando”, declarou o presidente.
G1
Ninguém tá pedindo aglomerações não, estamos pedindo condições melhores de trabalho, ou vcs acham que 50 pessoas numa festa bancan os custos? Não paga nem um Tecladista!
Todos nós temos que nos readaptar, mudar nossa maneiráveis firma de trabalhar. Ou estes profissionais fazem isto ou irão desaparecer.
Só não tem como agora voltar a ter festas como anteriormente tínhamos.
Reinventar- se!
A palavra-chave é: "Reinventar"!
É fácil vir aqui conversar breboto com a refeição de amanhã dos filhos garantida. Não seria melhor ficar calado? Esses profissionais querem a liberação, ninguém vai obrigar ninguém a ir pra festa!!! Se tiver medo de uma doença que mata 0,02% dos adultos abaixo dos 49 anos, FICA EM CASA, MAS NÃO TENTE PERTURBAR NEM GOVERNAR A VIDA DOS OUTROS BASEADO NA SUA COVARDIA.
A prefeitura e o Governo do estado deveriam socorrer esse pessoal, já que os mandatários dos poderes falharam permitindo aglomerações durante a campanha eleitoral 5 milhões de reais que foram utilizados para compra dos respiradores, daria para socorrer esse pessoal.
É contraditório numa materia se falar em pico da pandemia, e na outra manifestação pra pedir aglomerações.