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Nova tarifa de Água e Esgoto em 4,42% é homologada pelo Conselho Municipal de Saneamento Básico de Natal

Foto: Divulgação Arsban/Elisa Elsie

A Agência Reguladora de Serviços de Saneamento Básico do Município do Natal (ARSBAN) apresentou ao Conselho Municipal de Saneamento Básico de Natal (COMSAB) na manhã desta quarta-feira (25) o índice dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário para a capital potiguar que foi homologado pelo Conselho. O aumento da tarifa foi aprovado por unanimidade pelos conselheiros e fechado em 4,42%.

A reunião, que foi realizada de forma virtual, e contou com a presença de órgãos governamentais e representantes da sociedade civil organizada, apresentou o estudo realizado pela Comissão de Regulação criada pela ARSBAN e reavaliada após as contribuições da Companhia de Águas e Esgotos do RN (CAERN) e representantes da sociedade civil apontadas na Consulta Pública e Audiência Pública.

Essa revisão considerou aspectos de composição da tarifa como gastos com pessoal, produtos químicos, energia elétrica, serviços contratados, tributos, capital e investimentos. Foi contemplada a previsão dos investimentos considerando o conceito de eficiência, necessários para os próximos 4 anos, presentes nas metas do Plano Municipal de Saneamento Básico.

O novo valor será atribuído de forma linear, disposto a todas as classes de consumo que significará um acréscimo de R$ 1,77 no consumo Residencial da Tarifa de Água, que representa a maior parcela da população atendida na capital. Os valores das outras classes estão apresentados na tabela abaixo:

Para finalização do processo de Revisão Tarifária, o novo valor aprovado segue para publicação nesta quinta-feira no Diário Oficial do Município, entrando em vigor após 30 dias. Todo esse processo busca subsidiar uma tarifa mais justa e participativa, bem como o equilíbrio econômico-financeiro, assegurando os custos e despesas de operação, a melhoria na prestação dos serviços oferecidos hoje e buscando garantir os investimentos necessários para se atingir a universalização do saneamento na capital potiguar.

 

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Menos de 1% da população de Natal tem acesso à tarifa social de água e esgoto

Segundo levantamento feito pelo Instituto Cidades, grande parte da população mais carente não usufrui do benefício. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Criada para favorecer a população mais pobre das cidades, a tarifa social da Caern (Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte) tem alcançado um número reduzido de famílias em Natal. Um levantamento feito pelo Instituto Cidades aponta que menos de 1% da população da capital (menos de 9 mil habitantes) é beneficiada com a tarifa social, que é de R$ 8,07, e menos de 2% têm direito à tarifa popular, no valor de R$ 25,40. A maior parte dos usuários da Caern paga a taxa normal, de R$ 39,99.

“Eu acho um absurdo. Uma casa tão pequena como a minha, ter uma taxa tão abusiva”, questiona a recepcionista Sueleide Dantas, que mora em um imóvel alugado, de dois quartos e um banheiro, com o marido e três filhos, no bairro de Mãe Luiza. Apesar de a casa ser pequena, e a renda da família girar em torno de dois salários mínimos, ela paga a taxa normal: R$ 39,99 para a água e 70% desse valor – R$ 27,99 – para o esgoto. Um total de R$ 68 por mês.

Segundo o especialista em Gestão Pública do Instituto Cidades, Alexandre Teixeira, há um desequilíbrio entre o valor das tarifas e a capacidade financeira da população. Esse problema traz prejuízos não só para os clientes que deixam de ser beneficiados. “Quando a população não consegue arcar com as taxas, o que se vê é uma bola de neve: aumenta a inadimplência, a interrupção dos serviços, agravamento da crise social e de saúde pública no estado. A companhia fatura menos e consequentemente, investe menos”, explica o especialista.

Essa situação de desinvestimento contribui para o estímulo às ligações clandestinas de água sem o correto tratamento do esgoto, que passa a ser lançado em riachos, rios e mar, com poluição do lençol freático e agravamento do problema de saúde ambiental. Com as praias urbanas de Natal constantemente impróprias para o banho, os prejuízos se estendem ao turismo, justamente em uma região que depende tanto desse setor para a sobrevivência da economia.

Para minimizar esses efeitos, o economista propõe mudanças na política de tarifas da Caern, desde o consumo médio, tamanho da residência, a renda da família, como forma de atingir uma tarifa justa. “É preciso adaptar as cobranças à realidade das pessoas e a partir disso, ampliar a capacidade de investimento da companhia na melhoria dos serviços, afinal, é preciso garantir direitos que são fundamentais à vida: água e saneamento”, conclui Alexandre.

Comparativo da conta de energia de Sueleide no RN e se ela morasse na Paraíba e em Alagoas:

RN – R$ 116,09
PB – R$ 33,13
AL – R$ 27,87

Opinião dos leitores

  1. É lógico que não irá ter favorecido, contemplado com essa tarifa social. As regras o enquadramento que a companhia de águas e esgotos CAERN nós exige é que a pessoa tenha apenas um ponto de água. Aí é difícil viu, não tem quem consiga o benefício dessa tarifa social da água!!!! Pra conseguir o indivíduo tem que ser MISERÁVEL só pode. Como é que uma pessoa de baixa renda que mora em uma casa com três vão vai ter só um ponto de água (Uma torneira). Me responda aí BG? Ridículo esse enquadramento essas exigências da CAERN

  2. Só para lembrar que o valor tarifário é definido entre a agência reguladora, neste caso a ARSBAN, mas vamos lá quanto pagamos pela tarifa de Luz, quais os impostos, custos envolvidos?

  3. Sem condições uma mãe de família morando numa casa pequena ter que pagar R$ 68 reais mensal! A população tem que tomar conhecimento e ir atrás dos seus direitos.

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