Jornalismo

“Precisamos de um Senado mais ágil. As matérias passam no Congresso e travam no Senado”, declara candidata do PSTU

A candidata ao Senado, do PSTU, Ana Célia, disse em entrevista na manhã desta terça-feira (29), no Jornal 96, da 96 FM, que é contra a redução da Maioridade Penal e de Leis que criminalizam quem participa de protestos nas ruas. A professora defende uma maior participação das mulheres no cenário político do Rio Grande do Norte e avalia o Senado como conservador, no que diz respeito,  ao travamento de  matérias importantes que são aprovadas pela Câmara dos Deputados mas ‘estacionam’ na Casa Legislativa.

“Não vemos muito avanços no Senado, muito conservador, as matérias passam no Congresso e travam no Senado. Precisamos de um Senado mais ágil, precisamos renovar, infelizmente ele é conhecido por retardar as coisas, por isso, propomos uma mudança nesse cenário”, ressaltou.

Durante entrevista ao jornalista Diógenes Dantas, na 96 FM, a candidata do PSTU, declarou ser contra a redução da Maioridade Penal e o endurecimento da Lei aos participantes de protestos nas ruas.

“Hoje vivemos o momento da criminalização dos movimentos sociais. O capitalismo é violento, ficar numa fila para ser atendido em um hospital é uma violência. Os moradores de Mãe Luiza não poder ver uma chuva que temem o desabamento das casas, isso é uma violência. Agora, dentro dos protestos, existia  um setor com ações deslocadas, ações isoladas que não compartilhamos. Até porque essas ações invertem o objetivo das nossas manifestações, nossa idéia é trazer o povo para as reivindicações. Mas, no momento que existe uma Lei severa, nós sabemos pra quem é aplicada as Leis no nosso país”, criticou Ana Célia.

Sobre a redução da Maioridade Penal, a candidata não acredita que a mudança de faixa etária possa amenizar a criminalidade.

“Não achamos que reduzir a maioridade penal vai resolver a criminalidade. O problema passa por uma política do país, passa pela perspectiva que a juventude precisa ter. Mas uma vez, serão penalizados os jovens negros e mais pobres”, ressaltou.

Em relação ao público feminino, a professora acredita que ainda há muitos avanços para alcançar e, na opinião da candidata, as mulheres ainda dependem muito do poder público para investir na educação e profissionalismo pessoal.

“Infelizmente, as mulheres ainda precisam ficar em casa para cuidar dos filhos e maridos. E, ainda não vemos medidas que contribuam para acelerar a mudança desse quadro. É preciso discutir a questão da mulher, do machismo, que leva a agressão física e até mortes, que é o mais grave. Mas precisamos discutir também a diferença salarial entre homens e mulheres que chega a 80%. Além da necessidade de creches para que a mulher possa trabalhar, estudar, são problemas do ponto de vista de estrutura do estado que precisam ser visto, é necessário mudar essa lógica de funcionamento, onde os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres sem nada”, disse Ana Célia.

Questionada sobre o diferencial do partido, com pouca representação política no Legislativo, na disputa pela vaga ao Senado, a candidata lembrou o discurso da legenda.

“Nosso diferencial é falar a verdade, falar o que o trabalhador sente. falar a verdade aos trabalhadores e dialogar sobre os problemas que eles sabem tão bem. Não temos que agradar ninguém no nosso palanque, mas voltar a política para o trabalhador”, destacou.

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