Jornalismo

Ministro Antonio Patriota ganha título de cidadão norte-rio-grandense

O Rio Grande do Norte ganhou um novo “filho”, na manhã desta sexta-feira (27). O ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, natural do Rio de Janeiro, recebeu o título de cidadão norte-rio-grandense, solidificando, ainda mais, suas raízes com o Rio Grande do Norte. Filho do diplomata potiguar, Antonio Patriota -que deixou o RN ainda jovem para construir sua carreira no Rio de Janeiro -, o ministro falou, durante a cerimônia, da emoção em receber tal honraria, da herança cultural que recebeu do pai e, ainda, da vocação do RN em se projetar internacionalmente.

O presidente da Assembleia, o deputado Ricardo Motta disse que, ao homenagear o Ministro Antônio Patriota, o Legislativo potiguar expressa a gratidão de todo o Estado e seu povo a família Patriota, secularmente dedicada ao serviço de sua terra e sua gente. “O nosso homenageado é da família que já traz no nome, desde as raízes da mais legítima tradição, a marca indelével de obstinado patriotismo. Esta solenidade tem esse carinho do abraço de quem não nos deixou para sempre, porque volta cercado do afeto, da afeição e da respeitosa admiração de seus conterrâneos”, declarou Ricardo.

O parlamentar lembrou que a homenagem decorre da iniciativa do ex-deputado Álvaro Dias, que foi Presidente desta Casa, e do Doutor Murilo Barros, prontamente acolhida pela unanimidade dos Deputados e Deputadas. “Com essa homenagem, o RN manifesta especial estima à família Patriota, de tantos e tão relevantes serviços prestados ao Estado e ao Brasil. Digo a Vossa Excelência, que o seu novo Estado o recebe com muita alegria e com justo orgulho, na certeza de que, por seu intermédio, o RN vai continuar a servir ao Brasil, com total dedicação e comprovada e reconhecida competência”, declarou.

O homenageado destacou a herança cultural que recebeu de seu pai e dos laços que o ligam ao Rio Grande do Norte. “Esse título me sensibiliza de forma especial. Estou ligado ao RN pelos laços mais fortes, os da família. Ser diplomata me fez respirar ares de outros países, acumulei muitas experiências. Comecei a vivência internacional cedo, já que meu pai também é diplomata. No entanto, há uma herança cultural que se transmite pela família, uma sabedoria da terra, os hábitos, o jeito de falar. Meu pai sempre trouxe elementos fortes da cultura potiguar. Neste reencontro com minhas raízes, agradeço ao meu pai, que nunca deixou de nos ensinar que devemos ser patriotas no sentido nacional, mas principalmente no sentido norte-rio-grandense”, declarou.

O ministro falou, ainda, das oportunidades do Rio Grande do Norte no cenário internacional. “Pela posição estratégica, o RN sempre teve vocação de se projetar internacionalmente. É o local do Brasil que está mais próximo da África, um continente que está em desenvolvimento e que tem um forte dinamismo com a orla atlântica. O RN tem tudo para estar dentro desse processo. Trabalhamos para ampliar nossas oportunidades de investimentos. Acreditamos num mundo de soma positiva onde todos podem ganhar. Assim como lutamos pelo fim da pobreza, trabalhamos por um mundo menos assimétrico. Tenho certeza que o RN, com riqueza cultural, irá se posicionar na vanguarda desses esforços”, afirmou.

Homenageado

Antonio de Aguiar Patriota nasceu em 27 de abril de 1954. Foi Secretário-Geral das Relações Exteriores, de outubro de 2009 a dezembro de 2010; Embaixador do Brasil em Washington, de 2007 a 2009; Subsecretário-Geral Político do Ministério das Relações Exteriores, de 2005 a 2007; Chefe de Gabinete do Ministro das Relações Exteriores, em 2004; e Secretário de Planejamento Diplomático do Ministério das Relações Exteriores, em 2003.

No exterior, serviu também na Missão Permanente do Brasil junto aos Organismos Internacionais em Genebra (1999-2003), onde, por dois anos, foi Representante Alterno junto à Organização Mundial do Comércio; na Missão Permanente do Brasil junto às Nações Unidas em Nova York (1994-1999), onde integrou a Delegação brasileira ao Conselho de Segurança da ONU; nas Embaixadas do Brasil em Caracas (1988-1990) e em Pequim (1987-1988); e na Delegação Permanente em Genebra (1983-1987).

Entre 1992 e 1994, foi Subchefe da Assessoria Diplomática do Presidente Itamar Franco. Concluiu o Curso de Preparação à Carreira de Diplomata do Instituto Rio Branco em 1979. Sua tese para o Curso de Altos Estudos do Instituto Rio Branco, intitulada “O Conselho de Segurança após a Guerra do Golfo: a articulação de um novo paradigma de segurança coletiva”, foi publicada em 1988. É casado com Tania Cooper Patriota, Representante do Fundo de População das Nações Unidas (FNUAP) para Colômbia e Venezuela, e tem dois filhos, Miguel e Thomas.

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