Judiciário

Ex-assessor de Flávio Bolsonaro fez saques em 14 bairros, aponta relatório do Coaf

O policial militar Fabrício Queiroz , ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), fez um tour pelo Rio de Janeiro para sacar dinheiro vivo , segundo os dados contidos no relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) analisados pelo GLOBO.

Entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, o subtenente da PM fez 176 saques. Desse total, o levantamento conseguiu descobrir o endereço das agências bancárias onde 120 deles foram feitos.

Ao longo do período analisado pelo Coaf, Queiroz fez saques em 30 diferentes agências bancárias localizadas em 14 bairros cariocas. Também há registros de retiradas em Belo Horizonte, capital mineira, e Piraí, no Sul Fluminense.

O local com saques mais recorrentes foi o centro do Rio, onde está localizada a sede da Alerj. Queiroz utilizou sete agências para realizar 53 saques, num total de R$ 212,9 mil, em média mais de R$ 4 mil por operação. Em quatro oportunidades, o PM percorreu as ruas do Centro para fazer saques em dois ou mais endereços. Nos dias 19 e 20 de dezembro, foram feitas retiradas de R$ 5 mil em três agências, distantes 2,7 quilômetros entre si.

Em seguida vem a Barra da Tijuca, onde o ex-assessor parlamentar frequentou cinco unidades, tendo feito nelas 19 saques. Dois deles foram feitos na Avenida Lúcio Costa, há 400 metros do condomínio onde vive o presidente eleito Jair Bolsonaro, amigo de Queiroz há mais de 30 anos.

Queiroz ainda fez seis saques em áreas da Grande Jacarepaguá. Também utilizou agências de bairros da Zona Norte – como Bento Ribeiro, Irajá, Jacarezinho, Madureira e Méier.

O Globo

 

Opinião dos leitores

    1. Se for provado terá que responder. Mas ANTES tem uma FILA QUILOMÉTRICA de outras figuras que respondem a vários processos por CORRUPÇÃO ATIVA e PASSIVA que precisa andar e ser processada e julgada. Antes tem que responder pelo rombo na petrobras, falência dos fundos de pensões, compra de apoio político, desvios e mais desvios de recursos públicos, enfim, a fila é gigantesca.

  1. Enquanto o COAF viu essa movimentação do assessor de Flávio Bolsonaro, a PF cumpre mandatos de busca e apreensão contra Gilberto Kassab, ex ministro do PT.
    Sabem a razão? Ter recebido R$ 350.000,00 por mês entre os anos de 2010 a 2016 e o mesmo COAF não viu, não tomou conhecimento, não achou estranha a movimentação financeira.
    Tem mais, sabem o motivo do recebimento dessa quantia irrisória? Segundo a PF – COMPRA DE APOIO POLÍTICO A DILMA ROUSSEFF. Precisa dizer mais alguma coisa?

  2. Um saque perto do condomínio do amigo é apenas um favor, saques perto da assembléia são favores. Esse povo fica querendo colocar coisa onde não existe. O que são 24 mil contos? 5 mil? É nada, só uma rachadinha casual. Vão arrumar o que fazer e prestem atenção no Temer que ainda é presidente.

    1. Eis o problema do brasileiro, não saber compreender a informação e fazer juízo de valor sem analisar a mensagem. Concorda Papo Reto?

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Tecnologia

WhatsApp é o meio favorito para disseminação de “fake news”, aponta relatório

As “fake news” já impactaram 8,8 milhões de pessoas no Brasil só no primeiro trimestre de 2018 — e o principal culpado disso parece ser o WhatsApp, segundo o Relatório de Segurança Digital do dfndr lab, laboratório de cibercrime da PSafe. O estudo, compartilhado em primeira mão com o Olhar Digital, aponta que 95,7% das notícias falsas detectadas pelo sistema da empresa no período de janeiro a março deste ano tiveram como meio de disseminação o app de mensagens.

Em comparação com o quarto trimestre de 2017, os primeiros meses deste ano tiveram um crescimento de quase 12% na propagação de conteúdos falsos. O tema favorito dessas notícias enganosas é saúde, pauta de 41% dos artigos encontrados pelo laboratório. Política, um assunto que deve ficar ainda mais em evidência em 2018, vem em seguida (38%), com celebridades aparecendo logo atrás (18%).

Já em termos demográficos, o relatório do dfndr lab mostra que cerca de 75% dos usuários que acessaram notícias falsas estão no sudeste (47%) e no nordeste (28%) do Brasil. Só os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco são responsáveis por 55% dos acessos bloqueados por uma ferramenta da empresa.

Pode ficar pior

Com Copa do Mundo e eleições acontecendo em breve, a expectativa é de que o volume de “fake news” aumente ainda mais no decorrer dos próximos meses. Diretor do laboratório, Emilio Simoni prevê “um crescimento de mais de 50% no número de bloqueios a acessos” feitos pelo sistema do laboratório só no próximo trimestre.

O problema é especialmente perigoso quando falamos das eleições. Nos Estados Unidos, acredita-se que as notícias falsas publicadas no Facebook tiveram um papel crucial na votação para presidente em 2016. “Repassadas em uma escala industrial, elas podem interferir nos processos decisórios de uma sociedade democrática”, acredita Eugênio Bucci, professor da Escola de Comunicação e Artes da USP, consultado pelo dfndr lab para o relatório.

No caos da rede social, medidas mais acertadas começaram a ser tomadas ainda no final de 2016. O WhatsApp, no entanto, ainda não conseguiu domar a propagação de “fake news”. Mas, consultada pelo Olhar Digital, a empresa dá recomendações para os usuários, que podem ser adotadas mesmo fora da plataforma: desconfie de mensagens com erros gramaticais, evite clicar em links desconhecidos, cheque as informações e promoções recebidas e, principalmente, não confie nas mensagens que pedem para você compartilhar o conteúdo com seus contatos — as ditas correntes de WhatsApp. É possível também denunciar esses conteúdos ilegais pela opção “Fale Conosco” no aplicativo.

Olhar Digital 

 

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Diversos

RN tem uma mulher assassinada a cada dois dias em média, aponta relatório

A cada dois dias em média, uma mulher é assassinada em algum lugar do Rio Grande do Norte. Os dados são do Observatório da Violência do Rio Grande do Norte (OBVIO-RN) que divulgou relatório neste mês de novembro. Os números, inclusive, deverão impulsionar o debate na audiência pública sobre os 16 dias de Ativismo pela Não Violência contra Mulher, a ser realizado na próxima segunda-feira (27), a partir das 14 horas, no auditório da Assembleia Legislativa.

A proposição do debate é da socióloga e deputada estadual Márcia Maia que mostra preocupação quanto aos números apresentados pelo relatório que retrata os casos de assassinato contra mulheres cometidos entre 1 de janeiro e 17 de novembro de 2017 e que confirma o crescimento da violência contra a mulher no estado.

Em 2015, por exemplo, entre 1° de janeiro e 17 de novembro, ocorreram 99 assassinatos de mulheres no RN. No ano seguinte foram registrados no mesmo período 99 casos. Já em 2017 foram 140 casos, sendo a maior parte deles na região da Grande Natal, ou seja, um crescimento de quase 49% em relação ao ano de 2016 dentro do período pesquisado.

Dentre as 140 mulheres assassinadas do início do ano até as primeiras semanas de novembro de 2017, 86 delas tinham entre 12 e 30 anos, com a maior parcela das vítimas na faixa entre 18 e 30 anos – este último, segmento responsável por mais da metade do total de mulheres mortas em crimes violentos.

Para Márcia Maia, as dificuldades na rede de atendimento e acolhimento à mulher vítima de violência precisam ser superadas para garantir a preservação de vidas, mas é fundamental promover a mudança do paradigma cultural machista para garantir que o fortalecimento do sentimento de igualdade de gênero e de oportunidades.

“Além da impunidade e a cultura machista existentes em nossa sociedade, outros fatores como a ausência de políticas públicas para fortalecer a cultura de paz, estruturas públicas adequadas para atender às vítimas de violência, programas de ressocialização e acompanhamento dos agressores, além da falta de aparelhamento e capacitação das polícias Civil e Militar para dar atendimento aos casos de violência doméstica colaboram para o crescimento contínuo desses números. Se superarmos essas dificuldades, teremos de fato um caminho para vencer a violência contra a mulher”, afirmou a socióloga e deputada estadual.

A audiência pública contará com a participação de representantes da Justiça Estadual, Ministério Público, Governo do Estado, titulares das Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMs), ONGs, UFRN e integrantes da rede de proteção e defesa dos direitos da mulher no Rio Grande do Norte.

16 dias de ativismo

A Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres é uma mobilização anual, praticada simultaneamente por diversos atores da sociedade civil e poder público engajados nesse enfrentamento.

Desde sua primeira edição, em 1991, a iniciativa conquistou a adesão de cerca de 160 países. Mundialmente, a Campanha inicia em 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, e vai até 10 de dezembro, o Dia Internacional dos Direitos Humanos, passando pelo 6 de dezembro, que é o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.

 

Opinião dos leitores

  1. Infelizmente esta estatística tende a aumentar, hoje algumas mulheres se sentem atraídas por homens que vive em conflito com as leis, principalmente mulheres jovens.

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