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TÓQUIO 2020 – GINÁSTICA: Rebeca Andrade fica em 5º lugar no solo com Baile de Favela nas Olimpíadas; Zanetti arrisca, erra saída na final e fica em oitavo lugar nas argolas

Foto: Ricardo Bufolin/ Panamerican Press / CBG

Um passo. Foi isso que separou Rebeca Andrade de uma terceira medalha olímpica em Tóquio. Nesta segunda-feira, a brasileira deu show com o Baile de Favela na decisão do solo das Olimpíadas. Não fosse um passo para fora do tablado na chegada da primeira acrobacia… Acabou na quinta posição em uma final de nível muito forte. Nada que ofusque o brilho da participação histórica da ginasta de 22 anos nos Jogos, com a prata no individual geral e o ouro no salto.

O Baile de Favela de Rebeca Andrade levantou o Centro de Ginástica Ariake mais uma vez. Foi uma grande apresentação, mesmo com o passo para fora que lhe tirou um décimo. Tirou 14,033 pontos. Por apenas 0,133 pontos não veio o pódio, mas a ginasta saiu do tablado com o sorriso no rosto de uma campeã olímpica.

Mesmo sem Simone Biles, a final do solo teve um nível muito elevado. A americana Jade Carey, que havia falhado no salto, deu a volta por cima com uma série cravada para ficar com o ouro, com 14,366 pontos. A veterana italiana Vanessa Ferrari conseguiu a prata, sua primeira medalha olímpica em sua quarta participação, conseguindo 14,200 pontos. A japonesa Mai Murakami e a russa Angelina Melnikova empataram na terceira posição, com 14,166 pontos.

Zanetti arrisca, erra saída na final e fica em oitavo lugar nas argolas

Foto: Mike Blake/Reuters

Arthur Zanetti tentava sua terceira medalha olímpica consecutiva nas argolas. Fez a série na final do aparelho no Centro de Ginástica Ariake nesta segunda-feira com sua solidez habitual – teve levíssima instabilidade em uma inversão. Tinha guardada na manga, porém, uma saída mais arriscada e que lhe poderia garantir uma nota final mais alta do que os 14.900 que havia obtido na fase classificatória.

O ginasta, primeiro a se apresentar, queria ser premiado pela coragem por executar um triplo mortal grupado. Embalou uma grande série, mas uma falha na aterrissagem fez com que perdesse o equilíbrio. Zanetti, de 31 anos, ainda conseguiu se segurar para não cair de face no chão, só que sua briga por medalha já estava condenada.

O impacto no colchão fez com que o público presente à arena reagisse com um “Oh”, em uníssono. Ao cumprimentar a arbitragem e a “torcida”, recebeu muitos aplausos.

O primeiro campeão olímpico da ginástica artística nacional terminou a decisão no oitavo lugar, com nota de 14.133. A medalha de ouro ficou com o chinês Liu Yang (15.500) e a prata com outro chinês, You Hao (15.300). Campeão na Rio 2016, o grego Eleftherios Petrounias deu um passo na saída e por isso acabou com o bronze, com 15.200 pontos.

Mesmo com o resultado frustrante, o brasileiro saiu sorridente do equipamento, como se tivesse feito todo o possível. Quando sentou-se no banco da área de espera, tirou da mochila um macacão do filho, Liam, de apenas dez meses.

A meta do ginasta e de seu treinador, Marcos Goto, era chegar a uma terceira medalha olímpica consecutiva, um feito inédito na prova das argolas em toda a história dos Jogos.

Zanetti foi vice-campeão mundial do aparelho em Tóquio em 2011. Um ano mais tarde, se sagrou campeão olímpico do aparelho em Londres 2012. No ano seguinte, unificou títulos com o ouro no Campeonato Mundial em Antuérpia, na Bélgica.

Depois disso, ainda foi ao pódio nas Olimpíadas do Rio (prata) e em outros dois Mundiais (em ambos, Nanning 2014 e Doha 2018, também foi prata).

Além da galeria de conquistas em Jogos Olímpicos e Mundiais, Zanetti também foi ouro nas argolas no Pan de Toronto, em 2015, e nas Universíades de Shenzhen 2011 e Kazan 2013.

O ciclo olímpico rumo a Tóquio 2020(21) foi de mudanças para Zanetti. Em novembro de 2018, ele se casou com Jéssica Coutinho. Em setembro de 2020, ambos deram à luz Liam. O campeão olímpico teve de conciliar os cuidados com o rebento com as obrigações como atleta.

Com Globo Esporte

 

Opinião dos leitores

    1. Pelo contrário, marcaram o nome na história do atletismo. Viva nossos atletas! Por mais medalhas e viva o Brasil!!!

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Arthur Zanetti faz história e conquista o ouro nas argolas em Londres

Foto: Mike BaKe/Reuters
A ginástica artística brasileira promoveu momentos de altos e baixos na Arena de North Greenwich. Frustração com o fraco desempenho da equipe feminina; alegria com a inédita final e o 10° lugar de Sergio Sasaki no individual geral. Emoções que apenas prepararam a torcida para o que estava por vir nesta segunda-feira. Na última prova da modalidade com presença de um atleta nacional, Arthur Zanetti fez história. Recebeu a nota 15.900 nas argolas e conquistou a primeira medalha de um ginasta do Brasil nos Jogos Olímpicos. A bandeira verde e amarela está no topo novamente em Londres. É ouro.

Arthur Zanetti comemora ouro na prova de argola  (Foto: Reuters)

Último a se apresentar, Arthur Zanetti ignorou o favoritismo do então campeão olímpico e tricampeão mundial, o chinês Yibing Chen. O atleta asiático já assustava os outros competidores antes mesmo da prova começar. No telão da arena, imagens de grandes momentos da ginástica mostravam Chen ao lado de ídolos do esporte, como a romena Nadia Comaneci, primeira ginasta a conquistar a nota 10 na história, nos Jogos de Montreal, em 1976.

Chen foi o primeiro a se apresentar e estabeleceu uma nota a ser batida: 15.800. Seis competidores tentaram chegar a esse número. Não conseguiram. A última performance seria de Zanetti. Com a melhor apresentação da carreira, o brasileiro deixou as argolas comemorando. Sabia que em minutos faria história. E fez. Nota no telão: 15.900. Medalha inédita para o Brasil. Medalha de ouro. O chinês ficou com a prata, e o italiano Matteo Morandi (15.733) terminou com o bronze.

Zanetti já tinha feito uma boa apresentação na prova classificatória. Terminou com a quarta maior nota ao somar 15.616. À sua frente, apenas Chen (15.858), o italiano Matteo Morandi (15.766) e o russo Aleksandr Balandin (15.666).

Arthur Zanetti na prova de argola ginástica  (Foto: Reuters)

Dono do melhor resultado da ginástica brasileira nos Jogos Olímpicos, Zanetti, de 22 anos, começou a se destacar na prova de argolas em 2011. O paulista de São Caetano do Sul foi medalhista de prata no Pan-Americano de Guadalajara e no Mundial. Já em 2012, ganhou o ouro nas etapas de Maribor (Eslovênia) e Ghent (Bélgica) da Copa do Mundo.

Confira a classificação final da prova de argolas:

1° – ARTHUR ZANETTI (BRA) – 15.900
2° – Yibing Chen (CHN) – 15.800
3° – Matteo Morandi (ITA) – 15.733
4° – Aleksandr Balandin (RUS) – 15.666
5° Denis Ablyazin (RUS) – 15.633
6° – Tommy Ramos (PRI) – 15.600
7° – Iordan Iovtchev (BUL) – 15.108
8° – Federico Molinari (ARG) – 14.733

Fonte: G1

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