Esporte

As redes e a Brazuca: até agora, união perfeita

Análises prematuras, feitas no calor da hora, são casca de banana, campo minado para cronistas. Grande, portanto, a chance de ver tudo invertido lá adiante e quebrar a cara. Mas, no balanço geral, elaborado após o encerramento da competição, equivale a chover no molhado. Com a obra pronta, todos acertamos na mosca.

Feita a ressalva introdutória, aviso que escolho a primeira opção. Melhor do que empolgar-se, indignar-se, preocupar-se, elogiar, indagar tão logo os fatos ocorram. Caso contrário, qual o sentido de rodar pelo Brasil neste bate-papo diário?

Então, de voleio, lá vai: que início bacana tem o Mundial. A organização, com um senão aqui, um problema ali, um desencontro acolá, dá conta do recado. O caos não prevalece, e tomara continue assim.

Mas o que me interessa, na crônica de hoje, fica dentro de campo. A qualidade do futebol apresentado pelas equipes supera expectativas. Se não há excelência, pelo menos não prevalece a mediocridade, assim como não vingam a monotonia, a mesmice, a caretice tática e técnica de outras edições. Treinadores e jogadores resolveram se mexer. Ganha o espetáculo.

A bola corre, os gols saem, as plateias vibram. Isso é Copa, taí a festa que se pretende no maior evento do futebol. A Brazuca e as redes revelam, até agora, união perfeita, uma não evita as outras. Só nos dez primeiros jogos da rodada inaugural (sem contar o da Argentina, ontem à noite) foram marcados 34 gols, nove a mais do que nas 16 partidas de abertura dos grupos em 2010. Uma arrancada espetacular.

Você pode alegar que se trata de exceção, pois a tendência de várias Copas tem sido a do predomínio dos sistemas defensivos, das sopas de números, de 3-5-2, 4-3-2-1, 4-1-4-1, ou sei lá que outros esquemas. Não enxergo o joguinho de bola como duelo de xadrez, complexa operação matemática ou bem arquitetada manobra militar. Vejo jogadores menos como soldados submetidos à estratégia rígida de um general e mais como artistas que ensaiam e decidem com imaginação. Gosto do imprevisível.

A ousadia pautou o comportamento de diversos times. A Costa Rica, por exemplo. Caiu numa chave com campeões do mundo – Itália, Inglaterra e Uruguai. Ou seja, desembarcou por aqui já desclassificada. Como não tinha nada a perder, fez o que lhe cabia: avançou pra cima dos uruguaios e venceu por 3 a 1. Agora, sonha com uma vaga.

Ingleses e italianos não decepcionaram em Manaus. Os britânicos se dispuseram a ir para o ataque, a Azzurra não apelou para o tradicional (e estereotipado) ferrolho. Prevaleceu o talento de Pirlo e de Balotelli na vitória por 2 a 1. Uma seleção em ascensão.

A Holanda abusou do atrevimento sobre a Espanha, o que não é novidade. Já fez em outros carnavais – ops, Mundiais -, ótimo que se repita. A Costa do Marfim se superou diante do Japão, o Brasil, com alguma dificuldade, confirmou favoritismo. Até Suíça 2 x 1 Equador foi legal.

Que o aperitivo apetitoso se estenda ao prato principal, à sobremesa e ao cafezinho.

Antero Greco para Agência Estado

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Esporte

"Brazuca" será o nome oficial da bola da Copa do Mundo de 2014

“Brazuca” será o nome da bola oficial da Copa do Mundo de 2014. A escolha, feita por meio de uma votação na internet e anunciada neste domingo, teve a duração de três semanas e contou com mais de um milhão de votos.

A segunda opção “Bossa Nova” teve 14,6% dos votos, enquanto “Carnavalesca”, a terceira e última possível escolha, teve 7,6%. Nenhuma das duas, no entanto, chegou perto dos 77,8% conquistados por “Brazuca”.

Na época da divulgação das três opções de voto, a ausência do nome “Gorduchinha”, referência a um bordão criado pelo narrador Osmar Santos, chamou a atenção. A campanha “Gorduchinha 2014” ganhou apoio de personalidades das mais diversas áreas, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o apresentador Fausto Silva, o capitão da Copa do Mundo de 2002, Cafu, e Guga, tricampeão do torneio de Roland Garros.

A produtora oficial da bola alegou que “Gorduchinha” já estaria registrada oficialmente como propriedade intelectual e que, portanto, o termo não poderia ser utilizado. Afirmação rebatida pelos organizadores de “Gorduchinha 2014”, revelando que o nome pertencia oficialmente ao próprio Osmar Santos, com quem a empresa não teria feito contato em busca de um acordo.

 

Fonte: gazetaesportiva.net

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