Jornalismo

Jovem que dirigia o carro é indiciado por homicídio culposo por acidente que matou Alan Almoedo

Fred Carvalho e Marco Carvalho para a Tribuna do Norte:

A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava as circunstância do acidente com um veículo na avenida Hermes da Fonseca, que resultou na morte do jovem Alan Almoedo Moura. O delegado Sérgio Leocádio, da Delegacia Especializada em Acidentes de Veículos (Deav), indiciou Danilo Gomes de Farias Alves Bila por homicídio culposo. “Indiciei o Danilo Alves Bila me baseando nos depoimentos dos próprios envolvidos no acidente e nas imagens de circuitos de segurança que obtivemos. Constatamos que ele dirigia o veículo em alta velocidade e que, devido a isso, acabou perdendo o controle do automóvel. Infelizmente, o acidente resultou na morte do Alan Almoedo Moura”, explicou o delegado.

A colisão com vítima fatal foi registrada no dia 27 de fevereiro de 2011 e desde então vinha sendo investigada pela Polícia Civil. Danilo Alves Bila foi indiciado no artigo 302 – “Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor”. A pena para este tipo de crime pode resultar em detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Sobre a demora na conclusão do inquérito, o delegado ressaltou que se deveu ao fato de somente no início deste mês ter recebido o laudo pericial do Itep. “Tivemos apoio dos peritos do Itep. Mas, infelizmente, aquela instituição não atende à demanda de periciais que são solicitadas”, afirmou.

A equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE teve acesso ao relatório que detalha o teor dos depoimentos dos envolvidos e a conclusão do delegado da Polícia Civil. O acidente chamou atenção na época em que ocorreu pela violência da batida. O veículo C4 Pallas, de placas NNK-0850, atingiu alta velocidade e, após o condutor perder o controle, colidiu em um imóvel na avenida Hermes da Fonseca, no bairro do Tirol.

O carro ficou destruído, tendo o motor sido separado após a forte colisão. Na oportunidade, havia oito passageiros no veículo. Alan Almoedo Moura veio a falecer ainda no local. Outros registraram ferimentos, tendo sido deslocados a unidades médicas. Além de Alan e Danilo, também estavam no carro: André Araújo Medeiros, Guilherme de Negreiros Diógenes Reinaldo, Matheus Macedo Costa, Albert Felipe Oliveira, Galbê Maia Neto, Mateus Alves Barreto da Costa.

No documento da Polícia Civil remetido à Justiça, o delegado Sérgio Leocádio destaca que concluiu “pela culpabilidade de Danilo Gomes de Farias Alves Bila (…) por trafegar em velocidade excessiva, perdendo, por conseguinte, o controle de veículo e colidindo violentamente de forma semi-frontal  contra uma parede de alvenaria de um imóvel situado na av. Hermes da Fonseca, (…) conduta que culminou com a morte do passageiro Alan Almoedo Moura”.

O documento de investigação segue agora para a Justiça. A partir daí, haverá o encaminhamento para vistas do Ministério Público. O promotor de Justiça analisará o caso e decidirá ou não pela denúncia. Caso seja denunciado, o caso passa para a fase de julgamento.

O Caso

De acordo consta em depoimentos, os amigos saíam do bar Esquina 14, na av. Hermes da Fonseca, e se dirigiam à boate Maranello. Com duas pessoas no banco da frente e seis no banco traseiro, o condutor não teve controle do veículo e acabou colidindo com uma parede próximo ao clube AABB.

Um dos ocupantes do veículo, André Araújo de Medeiros, chegou a relatar a preocupação dos amigos com a velocidade que estava sendo registrada pelo condutor. “André Araújo declarou que todos os ocupantes do veículo conversavam, porém como Danilo começou a aumentar a velocidade, todos ficaram apreensivos e pararam de conversar, tendo Mateus Alves pedido para ele diminuir a velocidade”.

Os ocupantes do carro ressaltaram que um táxi forçou a manobra de Danilo, que conduzia o C4 Pallas, e logo depois perdeu o controle. O delegado concluiu, a partir de análise de imagens de câmeras de segurança, que o táxi trafegava em velocidade normal e compatível com a via. Em depoimento, Mateus Alves Barareto da Costa relatou que observou o velocímetro marcar mais de 100 km/h, “sem saber precisar a que velocidade o mesmo chegou a alcançar”.

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