Política

Senador Styvenson Valentim fala que existem policiais que usam drogas como crack e cocaína e defende exame toxicológico, destaca UOL

O capitão Styvenson Valentim (Podemos-RN) é o senador mais votado do Rio Grande do Norte nas eleições de 2018. Imagem: Diego Bressani/UOL

“Defendo que todos os policiais façam exame toxicológico”, afirma o senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) em entrevista ao UOL. “Sabe por quê? Você sabe quantos policiais hoje estão segurando um fuzil 5.56, uma calibre 12, que usam crack? Que cheiram cocaína? Sabe por que não sabemos qual é esse número? Porque não é feito o exame toxicológico obrigatório. Pode acreditar que não são poucos.”

Para provar que não fala da boca para fora, Styvenson, que é capitão da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, publicou recentemente seu exame toxicológico em suas redes sociais (os resultados foram negativos), e defende que seus colegas façam o mesmo. “Falo por mim, mas qual o motivo de quem não quer fazer isso? Qual o problema? O que tem para esconder? “, questiona.

“Fiz para mostrar que não sou usuário de drogas e tenho capacidade de trabalho. Eu defendo que a população exija retidão e capacidade e moralidade de todos os seus representantes. Agora, ninguém me exigiu isso não”.

“Como que você vai atuar na rua, no policiamento, muito doido? Primeiro que o policial que está na rua lidando com o público não pode estar alterado, drogado, para não colocar a população em risco. Segundo, é que um cara desse pode ser também corrupto. vai prender um traficante e tomar a droga dele”, afirma o capitão da PM, que atuou na força por 15 anos. Na opinião dele, um antidoping por amostragem, como é feito entre os atletas em competições oficiais, poderia ser estabelecido entre os policiais.

Exame toxicológico na escola

Ele conta que quando codirigiu uma escola militarizada (gerenciada em parceria entre estado e militares) na periferia de Natal, implantou o exame toxicológico por amostragem entre os alunos. “Se você sabe que vai ser testado, isso já tem um efeito de dissuasão né”, acredita. Ele diz que na época a ideia causou polêmica — a medida não tem amparo legal e nenhum estudante pode ser obrigado a fazer um exame do tipo em escolas públicas — mas no final a comunidade aprovou o estilo dos PMs na cogestão da escola. O resultado é incerto. “Nunca pegamos ninguém no teste.”

“Robocop” apreendeu carteira do próprio chefe

Famoso no Rio Grande do Norte como o “Robocop da Lei Seca”, apelido que ganhou pelo porte físico aliado ao rigor na aplicação de multas e apreensão de carteiras de habilitação quando comandava as blitz da Lei Seca em Natal, o capitão Styvenson é um fenômeno da chamada “nova política” — parlamentares e governantes eleitos no ano passado, notoriamente pregressos da área de segurança pública, que nunca tinham disputado uma eleição e nem tinham experiência na administração pública.

O capitão chegou a apreender a carteira de motorista do ex-ministro Henrique Eduardo Alves (MDB-RN) e do próprio comandante dele na PM.

O mais votado do estado

Styyvenson abandonou a PM e elegeu-se o senador mais votado do Rio Grande do Norte, com 745.827 votos pela Rede (já trocou a legenda pelo Podemos, após conversar com o senador Álvaro Dias). Na disputa, desbancou nomes tradicionais e fortes da política no estado, como o ex-ministro e ex-governador Garibaldi Alves Filho.

“Quando eu ganhei fiquei apavorado. Pode parecer arrogância e presunção, mas eu sabia que era o que a população queria. Eu praticamente fui obrigado a concorrer, na rua, nas redes sociais, todo mundo me pedia, foi algo natural”.

Projetos de lei

Montado no discurso da moralidade, o capitão elegeu como suas bandeiras no Senado a segurança pública e a educação — apresentou 18 Projetos de Lei em pouco mais de quatro meses, um volume expressivo.

A maioria relacionada a esses temas, mas não somente: melhora no rastreamento de projéteis de munição vendidos; uso do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para pagar faculdade, tratamentos médios e cirurgias; criação de critérios objetivos para penalizar empresas por crime ambiental; cotas para estudantes carentes no ensino técnico federal; condicionar a devolução da carteira de habilitação a motoristas que a perderam a avaliação médico-psicológica; entre outros medidas.

Por hora, o exame toxicológico para os policiais ainda não está entre os projetos do capitão. Mas o combate às drogas é feito em outras frentes.

Nova legislação para drogas

A prioridade de Styvenson neste início de mandato é o PLC 37/2013, já aprovado na Câmara e que tramita há seis anos no Senado. O texto endurece a legislação brasileira sobre drogas aumentando penas. O senador assumiu a relatoria nas comissões de Assuntos Econômicos e Assuntos Sociais da Casa.

Entre os pontos mais polêmicos, o projeto traz a previsão de internação compulsória de viciados e regulamenta a atividade das comunidades terapêuticas, criando políticas para tratamento e acompanhamento das vítimas de abusos de substâncias.

Para tentar evitar a aplicação de pena de tráfico a usuários, a proposta cria um atenuante na lei. O projeto prevê a redução da pena quando o acusado não for reincidente e não integrar organização criminosa, ou se as circunstâncias do fato e a quantidade de droga apreendida demonstrarem o menor potencial lesivo da conduta. Nesse caso, a pena deverá ser reduzida de um sexto a dois terços. A norma, contudo, continua sem estabelecer critérios objetivos. Segundo o relator, caberá ao juiz avaliar caso a caso.

Para Styvenson, definir uma quantidade aceitável para o usuário seria, na prática, legalizar as drogas. “Esse projeto não se trata do quantitativo, mas do acolhimento, do cuidado, de onde serão cuidados e como serão reinseridos. Eu entendo que colocar um quantitativo seria uma permissão hoje para o uso de drogas no nosso país”, afirma.

A matéria foi aprovada na quarta-feira (8) nas duas comissões onde é relatada por Styvenson, e agora segue para o plenário da Casa. “Foi uma vitória importante por que havia muita resistência a passar o texto original, como conseguimos. O principal deste projeto não é o endurecimento de penas e outros pormenores, e sim a criação de um sistema de tratamento que funcione e seja aplicado visando o bem das pessoas afligidas pelo problema do vício”, diz.

Discussão sobre FGTS e universidade particular

Esse começo de mandato também não foi livre de polêmicas: em reportagem da “Veja” publicada em abril, Styvenson foi apontado como representante do lobby das universidades privadas por conta do PL 1539/2019, apresentado por ele e que prevê o uso do FGTS para o pagamento de mensalidades universitárias — a família de sua mulher é dona de uma Universidade particular em Natal.

A permissão é uma reivindicação antiga da Anup (Associação Nacional de Universidades Privadas). De acordo com a reportagem da revista, o PL é uma articulação da associação.

Styvenson refuta a ligação. “Meu sogro é dono de uma universidade sim, mas não precisa da minha ajuda e isso não tem nada a ver. O projeto trata, principalmente, do uso do FGTS para cirurgias”, diz ao UOL.

O senador subiu ao plenário da casa para se defender. “A quem interessa impedir um maior acesso do trabalhador ao seu FGTS se o dinheiro já é dele? A quem interessa impedir que o FGTS seja utilizado para educação do trabalhador, como meu projeto prevê? A quem interessa, deixar o trabalhador sempre à mercê — agora falando de saúde — de uma impossibilidade, de uma insuficiência ou baixa produtividade de resposta do SUS? A quem interessa ver o trabalhador cada vez mais vulnerável?”, questionou ele no discurso.

O projeto ainda não tem prazo para ser apreciado no Senado.

UOL

 

Opinião dos leitores

  1. O capitão cumprindo à risca seu papelão em Brasília. Aliás, nas últimas eleições o RN elegeu sua pior bancada de todos os tempos. E de quebra ainda ganhou de presente um João da Prata.

  2. Tenho algumas perguntas caro SENADOR de onde saíra o dinheiro para a realização destes exames? Do SUS? Da sua cartola?
    Bem, todos os potiguares sabem bem do sucesso midiatico deste SENADOR. A segurança potiguar está na UTI a anos esperavamos açoes mais efetivas da bancada potiguar. A pm potiguar não conta com orçamento proprio, estrutura ineficiente, efetivo nanico, material de uso individual inexistente ai me aparece este senhor dando declarações bombasticas.
    Outro fato curioso se o EX CAPITÃO fala com tanta propriedade presenciou algum fato que deveria ter coibido com rigor, nas entrelinhas fica duvida se foi omisso.

    1. Vc tem que concordar que entre um drogado com arma na mão e a falta desse, mais prudente e menos arriscado é que ele não esteja na rua, pois drogado com uma arma letal, cresce enormemente o risco de cometer uma insanidade.

  3. Agora que está na Corte em Brasília,resolveu dedurar os colegas de farda, que no mais das vezes por causa dos baixos salários e condições adversas de trabalho devem utilizar uma cervejinha ou whisky para relaxar do stress. Agora chegar a dizer que os colegas utilizam crack e cocaína,ele deveria nominar quem conhece e que faz uso dessas drogas,pois ele era um comandante e tinha a obrigação de fazer. Ou não tinha?

    1. Corretíssimo senador, tem que defender a sociedade de um doente, se é viciado em drogas ou álcool, tem que ser afastado pra se tratar. Com uma limpeza dessa, com certeza, o nível da aprovação da instituição irá subir. Credibilidade só com policiais sadios.

  4. Pelézão, já começou fazendo o exame por vontade, como mesmo se falou, é válido se forem testes supresas e aleatórios. Sabemos que o que você curte não é drogas, é mais fama e dinheiro. Isaac Leão assumiu a lei seca, faz diversas blitzs, e não tem 10% da tua mídia, isso é que é ser servidor.

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Diversos

Natalense cria rede de cuidadores de idosos que fatura R$ 1,1 milhão por mês, destaca UOL

Izabelly Miranda criou a Cuidare ao sair da faculdade de enfermagem. Imagem: Divulgação

Izabelly Miranda, 30, nascida em Natal (RN), estava quase se formando em enfermagem aos 24 anos quando percebeu que não queria a rotina de hospitais para si. Trabalhando nas UTIs de hospitais, ela percebeu uma carência no segmento de cuidadores de pessoas.

“Lá, vi que o paciente de internação prolongada é o idoso. As famílias estavam esgotadas com a rotina de visitas e cuidados e tinham uma dificuldade de encontrar pessoas qualificadas para ajudar essas pessoas”. Pensando nisso, ela decidiu empreender e criou a Cuidare, que hoje é uma rede de cuidadores de idosos que fatura cerca de R$ 1,1 milhão por mês. Em 2018, o faturamento total foi de R$ 14,2 milhões.

Antes de se formar, ela começou a pesquisar sobre a diferença entre cuidador de idoso e profissional de “home care”. “O cuidador só ajuda o paciente. Ele faz procedimentos básicos como dar banho, auxiliar na alimentação, fazer companhia. O técnico de ‘home care’ trabalha com pacientes de alta complexidade e faz procedimentos mais invasivos, como administrar medicação na veia, o que gera um risco maior”, explica.

Decidida a trabalhar com cuidadores, Izabelly e o marido, que é advogado, decidiram guardar dinheiro para empreender. “Ele investiu comigo porque queria que eu tivesse algo só meu. O investimento inicial foi de R$ 75 mil, contando com estruturação da sede, uniformes, site, material de marketing, protocolos de atendimento”, conta. Assim nasceu a matriz da Cuidare, em Natal.

Expansão

A enfermeira se lembra que conseguiu seu primeiro cliente com dois meses de negócio. Depois disso, a empresa expandiu rapidamente. “No primeiro ano, com sete meses de Cuidare, eu tirei o capital investido. Ainda não era um faturamento tão grande, mas já estava dando lucro. Um ano e meio depois, quando a gente estava mais seguro, meu marido se juntou a mim e planejamos a expansão. Assim veio a primeira franquia, em Belo Horizonte (MG)”, lembra.

A empresa fornece serviços de cuidador de pessoas em domicílio, hospitais e casas de repouso, com profissionais contratados pela pessoa assistida ou pela família. “Apesar dos idosos serem maioria dos que contratam os cuidadores, também atendemos também mães no puerpério, deficientes e outras pessoas que precisam de ajuda”, explica Izabelly.

Ela afirma que todos os franqueados passam por um “rígido processo seletivo”, passando por treinamentos periódicos. Os franqueados passam três dias fazendo um curso ministrado por ela, em Natal, para que recebam todo o material padronizado.

Atualmente, a Cuidare possui 49 franquias espalhadas por 20 estados –Izabelly comemora que 70% delas são comandadas por mulheres. “Foi totalmente espontâneo, até tem mais procura masculina hoje, mas, na maioria das vezes, a diretoria é das mulheres”. Ela afirma que está estudando propostas de levar a empresa para o exterior. Para se tornar franqueado, o investimento inicial oscila entre R$ 25 mil e R$ 38 mil, dependendo do tamanho da cidade.

Universa – UOL

Opinião dos leitores

  1. Ola Izabelly, tudo bem com voce…
    Olha li sua reportagem sobre a Cuidadre e fiquei bem interessada numa franquia. Atualmente moro em Toronto, Canada e sou cuidadora (PSW – Personal Support Worker) e ja tenho inclusive a cidadania Canadense aqui . Moro na cidade de Toronto, mas pretendo me aposentar logo e voltar a morar no Brasil, em Jundiai.SP. Eu nasci em Caico RN, fui criada em Jundiai porque meus pais se mudaram pra la, quando eu era bem pequena, 5 anos de idade . Tambem vi que voce tem interesse em abrir (expander) sua franquia a nivel internacional. Toronto eh uma cidade muito grande, e realmente aqui precisa de cuidadores ( que trabalhem com o coracao), pois tem muitos que trabalham somente POR DINHEIRO.. infelizmente. Mas, o custo/beneficio nao sei se eh viavel, visto que a moeda canadense e 3 Reais ( ou mais) por 1 CD$. Caso se interesse em conversar mais comigo, estarei a disposicao. Graca Alcantara.

  2. Como faço para conhecer o trabalho da Cuidare, moro em Natal e gostaria de conhecer esse projeto que deu certo.

  3. O empreendedorismo e a criatividade são motivo de orgulho em qualquer lugar, inclusive neste encalacrado (administrativamente) RN.

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Televisão

Quem gosta de “BBB” tem a obrigação de salvar a potiguar Isabella no paredão desta terça, destaca UOL

Isabella conversa com brothers na cozinha. Imagem: Reprodução/Globoplay

O público do “BBB19” continua fazendo o possível para eliminar qualquer possibilidade de entretenimento do programa. Depois de mandar para longe de Curicica personagens sui generis como a Vegana YouTuber, o Oftalmologista Micareteiro e Dieguinho Mutação Fracassada, quem está correndo risco é Isabella.

Disputando a permanência na casa com Alan e Tereza, creio que qualquer outro ser humano deveria ter a preferência da audiência. Alan é incapaz de formular um pensamento crítico, procurando sempre o muro mais alto para subir. Tetetetereza de Ilhéus é uma repetitiva representante do antijogo. Sem condições.

Mas é Isabella quem aparece como a mais cotada para cair fora no paredão de hoje. Outra possível injustiça promovida pelos telespectadores do “BBB19”.

Claro que isso não quer dizer que a Miss seja algum oásis de bom divertimento em uma temporada tão desprovida de qualquer coisa. Mas pelo menos ela tem uma inimiga declarada lá dentro.

A relação entre Elana e Isabella é uma das poucas disputas estabelecidas. Apesar de toda a falsidade que impera na casa, as duas nunca conseguiram disfarçar as rusgas.

Isabella ganhou o anjo e entregou o castigo do monstro para Elana, a líder da casa. Foi a desculpa perfeita para enfiar a loira no paredão. Como bem observou Mauricio Stycer, a Globo ainda fez o favor de colocar essa história no centro dos acontecimentos com o formato do jogo da discórdia de ontem. Não é por acaso: trata-se do único fiapo de história acontecendo no “BBB19”.

Não há qualquer garantia de que essa treta continuará a ganhar corpo caso Isabella permaneça depois de mais uma ida à berlinda, mas as chances são infinitamente menores caso ela seja eliminada.

Em nome do bom entretenimento e da esperança em um futuro melhor, o amigo leitor deveria aproveitar essa terça-feira chuvosa para puxar diversos mutirões a favor de Isabella.

Chico Barney – UOL

Opinião dos leitores

  1. Quem diabo é Isabella, hein? Alguma filantropa? Alguém com relevante trabalho social /assistencial na cidade? Têm mais brio, mais dignidade têm as profissionais do maus baixo do chamado baixo meretrício.

  2. Galera, vamos deixar o preconceito com a rede Globo de lado!
    Se fosse em outra emissora todos iriam votar. O BBB veio para ficar! Não perco um só dia.
    Ajudem nossa conterrânea.

  3. Mais interessante seria ela voltar e ir estudar. Para poder contribuir com a sociedade com a profissão em que faz graduação.
    Um programa como esse aqui no Brasil não era para existir mais.
    Infelizmente ainda há público para tal.
    Para ajudar, vou votar para ela SAIR.
    Ainda bem q vc lembrou!!!

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Diversos

Banda escocesa Franz Ferdinand será atração do festival Mada em Natal, destaca UOL

Imagem: José Manuel Ribeiro/AFP Photo

A banda Franz Ferdinand, que na última semana anunciou dois shows no Brasil, fará uma terceira apresentação no país. O encontro acontece no dia 13 de outubro em Natal (RN), no festival Mada, que será realizado na Arena das Dunas.

Os ingressos para o evento, que este ano comemora 20 anos, custam de R$ 50 a R$ 220 reais. Pitty, Nação Zumbi, BaianaSystem, ÀTTØØXXÁ, Rincon Sapiência e a cantora uruguaia Alfonsina também estão entre as atrações confirmadas.

Os dois outros shows do Franz Ferdinand no Brasil acontecem nos dias 11 de outubro, em Curitiba (Ópera do Arame), e 12 de outubro, em São Paulo (Tom Brasil), como parte festival Popload Gig.

É a oitava passagem da banda escocesa pelo país, que desta vez divulga o álbum “Always Ascending”, lançado em fevereiro. Um dos principais expoentes do rock anos 2000, o Franz Ferdinand tem cinco discos de estúdio e emplacou hits “Take me Out”, “Do You Want to” e “No You Girls”.

*Ingresso Social: quem não é estudante ou não está em nenhum grupo com direito a meia-entrada e está longe dos 60 anos, terão um desconto também para participarem do Mada2018, basta levar 1 kg de alimento não perecível no dia do evento. As doações serão direcionadas a instituições da cidade de Natal, que atendem crianças, idosos e pessoas com necessidades especiais.

Para comprar on-line, clique aqui ou aqui

Permitido a partir de 16 anos

UOL

Opinião dos leitores

    1. Elogie não que quem vai pagar essa despesa depois somos nós!

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Diversos

Com salários atrasados, servidores do RN sofrem com dívidas e indefinição de pagamento, destaca UOL

“O dinheiro está faltando”, diz o policial civil Francisco Valderedo Filho. Foto: Beto Macário/UOL

Em meio à crise que tirou policiais das ruas, os servidores do Rio Grande Norte sofrem com o atraso de salários e a falta de perspectiva para a regularização. Há funcionários públicos sem os pagamentos de novembro e do 13º. O salário de dezembro, que deveria ser depositado até a próxima segunda (8), não tem previsão para cair na conta. VEJA MAIS: Governo propõe pagar salários de dezembro dos servidores da segurança no dia 12

Enquanto isso, os servidores acumulam dívidas e recorrem à família e a amigos para fazer frente a necessidades básicas. O pano de fundo da crise de segurança enfrentada pelo Estado é justamente o atraso no pagamento dos policiais civis e militares e dos bombeiros.

O governo vinha atrasando salários há meses, mas a situação se agravou no fim do ano — pediu então a liberação de R$ 600 milhões ao governo federal, mas teve o pleito negado. O Rio Grande do Norte conta com 56 mil servidores ativos e 50 mil aposentados e pensionistas.

Vivemos realmente um momento difícil, é um atraso muito grande”, lamentou Ubiratan Barbosa Barros, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta do Estado do Rio Grande do Norte. “Nós estamos fazendo audiência, são vários sindicatos. Estamos sempre convocando o pessoal do governo, fazemos debates com secretários, mas não se define nada.”

A pensionista Francina da Silva, 48, recebe R$ 3.750, e com esse dinheiro sustenta três casas: uma em Natal, onde mora as filhas; outra na cidade, onde mora; e a terceira no pequeno sítio, onde cria animais e planta.

“Estou em muita dificuldade mesmo. Esse mês atrasei contas e boletos. Quando o salário de novembro caiu, dia 29, foi só para cobrir os gastos do cheque especial. Nunca passei um momento assim na vida”, contou a pensionista, que tem duas filhas desempregadas.

“Além do mais, tem a crise de empregos e a seca, que impede que ganhe algo mais com o trabalho no campo”, disse.

“Quando o salário de novembro caiu, só cobriu os gastos do cheque especial”, disse a pensionista Francina da Silva. Foto: Beto Macário/UOL

Filhos ajudam policial aposentado

O 2° sargento da reserva Fernando Luiz Filgueira, 64, presidente da Associação Policiais Militares Inativos e Pensionistas, contou que só não está em situação mais difícil por ajuda dos filhos.

“Está difícil demais. A alimentação de uma pessoa de 20, 30 não é a mesma de um velho. Não cortaram minha luz porque os filhos ajudaram. Fiquei 32 anos na ativa e 15 na reserva e nunca passei por uma situação dessas”, disse ele, que mora com a mulher.

O policial civil Francisco Valderedo Filho, 53, também encara uma rotina de problemas. “Minha dificuldade é principalmente alimento, porque foi muito tempo sem salário e o dinheiro está faltando. As contas a gente atrasa também, não tem o que fazer”, afirmou o servidor, casado e pai de dois filhos, mas o único a ter renda em casa.

“Nunca passamos uma dificuldade como essa”, definiu o policial.

Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Nilton Arruda, é comum policiais pedirem ajuda. “A gente dá uma cesta básica, ajuda a pagar uma luz cortada. É uma situação que realmente nos impede de trabalhar”, afirmou.

Atrasos de salários refletem nas vendas

A crise do Estado também afeta o comércio. “Temos sentindo nos últimos tempos em relação aos governos estadual e municipal, pois vêm atrasando com mais frequência os pagamentos. Esses atrasos refletem diretamente nas vendas. Não temos uma proporção exata de quanto, mas nosso termômetro sempre foi a data do pagamento dos servidores. Quando eles [os servidores] recebem, o comércio fica mais movimentado e as vendas melhoram”, explica Augusto Vaz, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal.

“Os atrasos geram também inadimplência no comércio, consequentemente cai o crédito e as pessoas param de consumir. O dinheiro para de circular, e o Estado e município param de crescer. É uma bola de neve”, completou.

O UOL tentou entrevistar o governador Robinson Faria (PSD), mas a assessoria de imprensa informou que ele não está concedendo entrevistas porque está focado em resolver os problemas do Estado.

O RN tenta aderir ao RRF (Regime de Recuperação Fiscal) do governo federal. “Técnicos do Tesouro já estiveram no RN levantando informações sobre as finanças e retornarão ao Estado no próximo dia 25 para dar andamento aos entendimentos”, explicou o governo, em nota.

Na quarta-feira (3), Faria se reuniu com chefes de todos os Poderes e apresentou “iniciativas que o governo vem adotando para o reequilíbrio fiscal do Tesouro estadual e o quadro de austeridade no controle dos gastos com custeio e investimentos, controlados desde 2015”.

Ainda segundo o governo, os gastos com Previdência estadual aumentaram 78% nos últimos três anos. Para sanar o deficit, o governo propõe uma pacote de medidas para ajuste fiscal e o aumento da alíquota de pagamento da Previdência dos servidores, de 11% para 14%.

“Com os projetos e outras iniciativas conjuntas, o esforço deverá adequar o Estado, o mais rápido possível, ao limite da Lei de Responsabilidade Fiscal”, informou.

Sobre os salários, o governo diz ter pagado os vencimentos de novembro de quem recebe até R$ 4.000 e terminará de quitar a folha neste sábado (6).

UOL

Opinião dos leitores

  1. Pior estou eu desempregado e sem espectativa de arranjar um. Esse povo reclama de barriga cheia, tem emprego garantido e só um mês de salário atrasado.

    1. vai abrir concurso agora em 2018 para PM, tenta… mais estuda que as provas não está nada fácil…

  2. Não sei por que tanta mídia pra PM.
    Nessa situação tem tantos outros que trabalham em outras pastas que são tão importantes quanto. Exemplo: saúde, que a centenas de anos trabalham nessas condições. Igualdade de tratamento já!

    1. Isso é verdade, estão na mesma situação praticamente todos os servidores do estado, sejam ativos ou inativos, mas estes estão sendo ignorados, parece que só quem tem barriga são os PMs.

    2. Nem parece que o restante do funcionalismo está com salários atrasados, estão tão caladinhos!!!!
      Concordo que todos são importantes e receber seus proventos é direito de todos, por isso mexam-se !!!!

  3. O funcionalismo, tem que agradecer o GOVERNADOR, o maior endividamento já registrado na história do RN.
    Já estamos perto da linha da pobreza, com salários atrasados, oito anos de congelamento, e também com devidamente bancário sem perspectivas futuras.

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