Saúde

Estudo preliminar indica que anti-inflamatório para artrite reumatoide pode reduzir em 38% mortalidade de doentes graves de Covid-19

Foto: PILAR OLIVARES/Reuters/18-6-2021

Um medicamento para artrite reumatoide mostrou ótimos resultados em teste para tratar pacientes graves de Covid-19, reduzindo em 38% a mortalidade entre os infectados.

— Isso significa que, aproximadamente, a cada 20 pacientes, uma vida foi salva recebendo o remédio, conta Adilson Cavalcanti, infectologista que coordenou o estudo no Hospital Anchieta, de São Bernardo do Campo (SP), ligado à Universidade Federal do ABC (UFABC). Com isso, a droga passou a ser avaliada para autorização de uso permanente no Brasil.

Com o nome de baricitinibe, o medicamento atua primordialmente no controle do processo inflamatório desencadeado pelo vírus. O resultado foi anunciado por médicos que conduziram a pesquisa em 12 diferentes centros clínicos do país.

O trabalho foi patrocinado pela multinacional Eli Lilly, fabricante do medicamento. O braço brasileiro do estudo integrou uma colaboração internacional, que testou a droga em 1.525 voluntários. O resultado, que deve ser publicado em breve num periódico acadêmico, já foi divulgado como estudo preliminar.

No estudo, os pesquisadores administraram o remédio a alguns pacientes junto do tratamento de suporte padrão, que incluiu uso de medicações, como corticoides, dexametasona e ventilação mecânica quando necessário. No outro grupo, os pacientes receberam o mesmo tratamento, mas com um placebo no lugar da droga em teste.

Os profissionais também analisaram separadamente a resposta ao medicamento nos pacientes voluntários que precisaram do suporte da ventilação mecânica. A redução da mortalidade nesse subgrupo foi de 46%, ainda que o medicamento não tenha conseguido impedir a doença nesse estágio.

“Apesar de a redução da progressão da doença não ter atingido significância estatística, o tratamento com o baricitinibe junto da terapia padrão (incluindo a dexametasona) reduziu a mortalidade significativamente”, escreveram os autores do estudo internacional, liderado pela Universidade Emory, de Atlanta (EUA).

Uso nos EUA

Na opinião do infectologista Mauro Schechter, professor titular da UFRJ, o resultado do estudo ainda representa um estágio inicial de evidência, mas já justifica um pedido de uso para pacientes graves. Segundo ele, controlar a tempestade inflamatória provocada pela Covid-19 é uma das medidas mais importantes.

— O que me deixa intrigado é que não está totalmente claro ainda o mecanismo biológico do medicamento — diz Schechter.

O GLOBO apurou que a Anvisa deve dar uma resposta em poucos dias para o pedido. Cientistas estão otimistas porque o medicamento já tem autorização provisória da FDA (autoridade regulatória dos EUA) — o aval foi em 28 de julho.

Segundo a médica Raquel Stucchi, professora de infectologia na Universidade Estadual de Campinas, ainda não está claro o impacto que o baricitinibe pode ter na prática clínica em UTIs de Covid-19, onde já há algumas outras drogas em teste.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. E lá se vai o Dr. Albert Dickson em busca de publicidade. Já vejo o nobre cheirando “os ovos” da farmacêutica…

  2. A omissão proposital da mídia no Brasil é criminosa.
    Não tem 01 notícia sobre quantas pessoas que tomaram a coronavac, coronadória, coronaesquerda morreram de covid. Tudo que se fala é a necessidade da terceira dose e que, talvez, seja de outra vacina e não a chinesa.

    1. Ou o Uruguai, que usou e praticamente zerou os casos. Titia, quando não se conhece o assunto é melhor se calar, senão o efeito da postagem é justamente o inverso. A mentira é a prática que melhor caracteriza o bolsonarismo.

  3. Vou pedir ao presidente Bolsonaro que não defenda esse medicamento. Senão os esquerdopatas vão fazer campanha “negacionista” contra e a CPI dos corruptos vai acabar investigando quem é a seu favor. Kkkkkkkkk

    1. Pede que ele atende, gado seboso. Tudo que é absurdo você é eles acham bom. E porque o kkkkkkk? Rindo de desespero? Tá parecendo uma hiena.

  4. Que bom!!! Que venha!!! Precisamos de coisas boas, não dessas briguinhas esdrúxulas

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