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Região da “Cracolândia”: dias de protestos, presos, queda de muro, feridos, e Alckmin e Doria chamados de fascistas; entenda

Alckmin e Doria antes de deixarem entrevista coletiva interrompida por protesto (Foto: Tatiana Santiago/G1)

A entrevista coletiva marcada para a manhã desta quarta-feira (24) na região da Cracolândia com o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), e o governador do estado, Geraldo Alckmin (PSDB), terminou em confusão na região da Cracolândia. Os dois acabaram abandonando o local sem concluir a entrevista.

Doria e Alckmin iam começar a falar sobre uma parceria público-privada para a construção de moradias populares na região da Cracolândia, quando manifestantes entraram no estacionamento onde eles estavam. Houve confusão e empurra-empurra, e Alckmin e Doria deixaram o local em carro oficial.

Os manifestantes protestavam contra as ações da Prefeitura e do governo do estado na Cracolândia nos últimos dias. No domingo, (21) operação contra o tráfico de drogas na região, no Centro da capital paulista, deixou 51 pessoas detidas e afastou usuários de drogas dos quarteirões onde eles ficavam, próximo à Luz. Nesta terça-feira, uma demolição de muro na região atingiu um imóvel vizinho e deixou três pessoas feridas.

Nesta quarta-feira, manifestantes chegaram ao local onde estavam Alckmin e Doria aos gritos de “fascistas”. Eles criticaram a derrubada dos prédios da região sem diálogo com a comunidade que mora nas proximidades.

“Eles dão terrenos públicos para várias instituições privadas, não conversam com os usuários, não conversam com os moradores, vem tudo de cima pra baixo, entregando todos os terrenos públicos para especulação imobiliária, construindo prédio em cima de sangue”, disse um manifestante que vaiou o prefeito e o governador e não quis se identificar.

Devido aos gritos, vaias e xingamentos dos manifestantes, o governador e o prefeito falaram rapidamente no palanque. O eventou não durou mais que três minutos, e os dois saíram sem falar com a imprensa. “Está muita confusão, não dá pra falar aqui”, disse Doria.

A coletiva ocorreria uma dia após nova ação na região da Cracolândia contra o tráfico de drogas, que teve disparo de bombas de efeito moral e barricadas feitas por moradores. Desde o último domingo (21), quando uma operação terminou com 51 pessoas presas na região, a Prefeitura vem chamado a área de Nova Luz e vem prometendo a revitalização da área. Usuários de drogas que viviam na Cracolândia têm se espalhado por várias partes do Centro nos últimos dias.

G1

Opinião dos leitores

  1. BG
    Ao que parece só uma intervenção militar para por ordem e progresso no Brasil, os políticos estão desmoralizados completamente só sabem fazerem falcatruas e não vejo uma solução fácil para nossa Nação Brasileira onde está operando a roubalheira o crime em todas as suas vertentes e as drogas INUTILIZANDO uma grande parte das pessoas.

  2. Constroi um muro em volta da Cracolandia, deixa o acesso livre (apenas para entrar) os viciados, dentro da Cracolandia deixem disponiveis 50kg de crack e cachimbos, não saíra um verme de lá.
    Simples, mata logo dando o que o usuarios querem.

    1. Pelo menos esta fazendo algo de concreto, mesmo que seja indesejado as vistas dos traficantes, usuarios (muitos inconscientes dos seus atos) e petistas (pensam apenas na eleicao). De tudo ja foi feito e esta cada vez pior naquele lugar; se falhar, perdeu; se der certo, meus parabens. Bom deixar ele tentar do que criticar. Em toda obra, ha problemas.

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