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Estudo diz que exercitar apenas um braço pode ajudar a aumentar a força do outro; entenda

(Foto: Unsplash)

Uma nova pesquisa da Universidade Edith Cowan, na Austrália, revela que treinar apenas um braço pode melhorar a força e diminuir a perda muscular no outro — sem nem mesmo movê-lo. A descoberta foi publicada na edição de setembro do Scandinavian Journal of Medicine and Sports Science.

O estudo envolveu 30 participantes que tiveram um braço imobilizado por no mínimo oito horas por dia, durante quatro semanas. O grupo foi então dividido em três, sendo que uma parte não realizava exercícios, outra misturava exercícios excêntricos (que alongam os músculos) e concêntricos (que contraem os músculos) e uma última que treinou apenas movimentos excêntricos.

De acordo com os pesquisadores, o grupo que usou halteres pesados ​​para realizar apenas exercícios excêntricos com o braço ativo mostrou um aumento na força e uma diminuição na atrofia muscular no membro imobilizado. “Os participantes que fizeram exercícios excêntricos tiveram o maior aumento de força em ambos os braços, por isso tem um efeito de transferência cruzada muito poderoso”, explicou Ken Nosaka, um dos estudiosos, em comunicado. “Esse grupo também teve apenas 2% de perda muscular no braço imobilizado, em comparação com aqueles que não fizeram exercícios e tiveram uma perda de 28% de músculo.”

Os estudiosos acreditam que a descoberta pode ajudar a resolver o desgaste muscular e a perda de força frequentemente experimentados em quem tem um dos braços imobilizados após uma lesão, por exemplo. “Ao começar a reabilitação e exercícios no membro não lesionado imediatamente, podemos prevenir danos musculares (…) e também aumentar a força sem mover [o membro imobilizado]”, explicou Nosaka.

A equipe planeja continuar estudando o fenômeno para outros músculos e movimentos do braço. “Esperamos ver como o exercício excêntrico pode ajudar a melhorar a função motora, o movimento e o controle dos músculos finos”, pontuou Nosaka. “Isso é particularmente importante para pacientes que tiveram um acidente vascular cerebral (AVC) e estão em reabilitação”, exemplifica.

Galileu

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