Saúde

Maternidade Januário Cicco firma parceria para atender bebês com língua presa

Reprodução

Referência no atendimento à mulher e ao recém-nascido no estado, a Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), vinculada à rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), deu mais um passo importante na assistência prestada aos bebês. No começo do mês de maio foi estabelecida uma parceria com o Departamento de Odontologia da UFRN, dando início ao serviço que viabiliza a realização das frenotomias, liberação do frênulo lingual alterado.

A técnica consiste em realizar um pequeno corte na membrana abaixo da língua (pique na língua) quando, após o Teste da Linguinha, é detectado que o recém-nascido tem a língua presa. Dados do serviço indicam que 6% dos bebês nascidos na MEJC possuem este problema.

A fonoaudióloga e preceptora da MEJC, Luiza Aline Costa Monteiro, explica que a anquiloglossia – alteração no frênulo lingual – pode trazer dificuldades na amamentação, causando o desmame precoce e impedindo o bebê de usufruir de todos os benefícios do aleitamento materno exclusivo. “Quando o frênulo apresenta alterações, ocasiona restrições no movimento da língua, levando a problemas de fala, mastigação e insatisfações sociais”, diz.

Teste da linguinha pode identificar necessidade de correções no frênulo lingual – Foto: João Pedrosa

Foi o que aconteceu com o pequeno Levi, filho da dona de casa Adeilma Bezerra. A mãe relata que o filho apresentava dificuldades para mamar, engasgava, fazia longas pausas durante a amamentação e demonstrava cansaço. “No teste da linguinha identificamos que ele tinha a língua presa e hoje vimos aqui realizar o procedimento”, afirma.

Segundo a professora do Departamento de Odontologia da UFRN e tutora da Residência Multiprofissional em Saúde da Criança, Isabelita Duarte Azevedo, a ação é fruto da parceria do departamento com a MEJC, por meio do serviço de Fonoaudiologia. “O serviço de Fonoaudiologia da Maternidade realiza o diagnóstico prévio dos bebês que possuem freios encurtados e, posteriormente, são agendados os procedimentos do pique na língua, favorecendo a amamentação, a nutrição desta criança e o ganho de peso”, explica.

Para a gerente de ensino e pesquisa da Maternidade, Maria da Conceição Cornetta, a parceria firmada possibilita ganhos para ensino, pesquisa, extensão e assistência. “Este é um modelo de projeto no qual é possível por meio do ensino e da extensão, transformar o cuidar, melhorando ainda mais o nosso atendimento, e trazendo uma maior produção de conhecimento em relação à pesquisa”, assegura.

Os procedimentos estão sendo realizados às quartas-feiras com os recém-nascidos da MEJC previamente agendados.

Com informações da UFRN

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Juizado do Aeroporto firma parceria com empresas aéreas para agilizar conciliações

A coordenadora do Juizado do Aeroporto, Maria Amélia Chaves, foi até São Paulo (SP) reunir-se com os departamentos jurídicos das companhias aéreas que operam no Aeroporto Internacional Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, com o objetivo de abrir um canal de comunicação direto entre o posto avançado dos Juizados Especiais e as empresas. Tudo para aprimorar a política de conciliação das companhias aéreas e aumentar a chance de sucesso nas conciliações feitas pelo Juizado.

Maria Amélia explica que teve a iniciativa após constatar que prepostas das companhias aéreas estavam reticentes a entrar em contato com as empresas durante as audiências de conciliação para negociar valores pecuniários, principalmente quando ficava configurado o dano moral decorrente de falha na prestação do serviço.

“Alguns prepostos estavam indicando que os passageiros entrassem em contato com o SAC [Serviço de Atendimento ao Consumidor] para tratar das demandas, o que não dava solução aos conflitos”, aponta a coordenadora.

Após a reunião, foi firmado um acordo para que as aéreas disponibilizem um contato direto por telefone, possibilitando que as conciliadores busquem, quando necessário, diretamente os departamentos jurídicos durante as audiências e possam viabilizar propostas de acordo mais razoáveis.

Maria Amélia Chaves destaca que passageiros, companhias e o próprio Judiciário são beneficiados: o primeiro com o reconhecimento ágil do direito do consumidor, cujo direito lesado poderá ser reparado em no máximo 30 dias; as empresas com a redução de custos com novas demandas e a Justiça com a economia proporcionada pela redução de ajuizamento de demandas.

Trabalho preventivo

A coordenadora do Juizado do Aeroporto lembra que o ambiente do aeroporto muitas vezes gera um estado de ansiedade nos passageiros e que problemas com voos podem acarretar dano moral, além do prejuízo material. Daí a importância da presença do Judiciário para mediar conflitos e buscar soluções naquele momento.

“Fazemos um trabalho de prestação de serviço à sociedade, possibilitando que os passageiros resolvam seus problemas com rapidez e evitem a necessidade de ajuizar uma ação. É um trabalho pré-processual que evita demandas e gera economia para o Poder Judiciário”, afirma Amélia Chaves.

Amélia Chaves afirma que a presença do Juizado também estimula as companhias aéreas a cumprirem a Resolução nº 141 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que trata dos deveres das empresas aéreas em relação aos passageiros nos casos de atrasos e cancelamentos de voos e de preterição de passageiros.

Além das conciliações, o posto avançado presta informações aos passageiros sobre seus direitos e deveres, orientando e conscientizando os usuários também sobre suas obrigações, como a necessidade de pontualidade para o check in, despacho de bagagem, embarque ou os documentos obrigatórios o procedimento.

Um dos objetivos futuros da Coordenação é fazer um trabalho de divulgação dos serviços dos Juizado do Aeroporto, para que os usuários possam resolver eventuais conflitos de forma pacífica, no momento do fato, mediante uma conciliação pré-processual, evitando recorrer ao Judiciário e gerar assim novas demandas.

Outro serviço é relativo à autorização para que o menor viagem desacompanhado. O próprio Juizado passou a dar início ao procedimento da autorização, recolhendo a documentação necessária e encaminhando-a para o Juízo de Plantão, o qual concede o alvará. Para este procedimento, é necessário que os interessados se apresentem ao Juizado Especial do Aeroporto com uma antecedência de 3 horas antes do voo.

Serviço:
Aeroporto Internacional Aluízio Alves / São Gonçalo do Amarante
Localização: Piso 1 do Mezanino, vizinho ao posto da ANAC
Horário de funcionamento: 8h às 20h
Telefone: (84) 3343-6287

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *