Saúde

Hackers atacam rede logística de vacina, diz IBM

Foto: Hans Pennink/AP Foto

Empresas associadas a uma rede de refrigeração administrada pela Aliança Global de Vacinação (Gavi) para armazenar e distribuir futuras vacinas contra a covid-19 estão sendo alvo de ataques de hackers, em uma operação sofisticada provavelmente apoiada por um país.

Um relatório produzido pela força-tarefa de inteligência da IBM, divulgado pelo jornal “Financial Times”, afirma que os ataques cibernéticos estão tentando roubar informações ou interromper processos vitais para manter as vacinas resfriadas enquanto elas viajam dos laboratórios onde foram produzidas para hospitais.

Muitas das vacinas que lideram a corrida contra a covid-19 necessitam de um sistema de refrigeração complexo. A desenvolvida por Pfizer e BioNTech, por exemplo, precisa ser mantida a menos 70 graus Celsius. Já a da Moderna, também prestes a ser aprovada por vários países, deve ser transportada em temperaturas inferiores 20 graus Celsius negativos.

Em entrevista ao “FT’, o chefe global de ameaças de inteligência da IBM, Nick Rossmann, disse acreditar que os hackers estão tentando atrapalhar a entrega das vacinas ou roubar propriedade intelectual.

“Um lado disso é a espionagem cibernética: Como você transporta as vacinas? Como está funcionando o processo de refrigeração? Como você está gerenciando toda a cadeia logística?”, explicou ele. “Também há potencial para interrupção, de lançar ataques que atrapalham as vacinas e sua distribuição para minar a confiança nelas em todo o mundo.”

Rossmann afirmou que a cadeia de abastecimento de vacinas deve ser tratada como “um novo tipo de infraestrutura crítica global”. Empresas envolvidas nesse processo, segundo ele, deveriam receber ajuda para garantir que poderão entregar as doses necessárias para enfrentar a pandemia.

“Essas empresas de refrigeração não terão as mesmas ferramentas de segurança que as instituições financeiras avançadas possuem”, explicou o especialista da IBM.

EUA e Reino Unido alertaram no início deste ano que hackers patrocinados por Rússia e China estavam tentando atacar farmacêuticas e grupos de pesquisas que desenvolviam vacinas e medicamentos contra a covid-19. Em julho, os EUA acusaram dois hackers chineses de roubar segredos comerciais, em uma ação que supostamente visava empresas americanas
que faziam estudos sobre o novo coronavírus.

Além disso, o “The Wall Street Journal” noticiou nos últimos dias que a Coreia do Norte coordenou ataques contra seis fabricantes de vacinas, incluindo Johnson & Johnson e AstraZeneca, além de também ter escolhido como alvo outros vários grupos sul-coreanos.

Os pesquisadores da IBM não sabem se os hackers tiveram sucesso em ganhar acesso às redes das empresas de refrigeração. O FBI foi notificado dos ataques. A Gavi disse que tem “processos fortes” em vigor para evitar tais ações e que continuaria a fortalecer sua segurança.

O relatório da IBM foi revelado depois de a Interpol ter emitido um alerta global ontem, pedindo que as forças de segurança de todo o mundo se preparem também para lidar com ações criminosas relacionadas às vacinas.

Valor

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Tecnologia

Inteligência artificial da IBM promete descobrir quem está prestes a pedir demissão

IBM AFIRMA QUE “PROGRAMA DE ATRITO PREDITIVO” EM 95% DE EFICÁCIA (FOTO: PEXELS)

A IBM recebe mais de 8 mil currículos por dia e é a companhia mais buscada por profissionais da geração Z, afirma Ginni Rometty, CEO da gigante de tecnologia. Mesmo sendo referência entre os jovens, a empresa investe em inteligência artificial para reter os talentos e — acredite — sabe com precisão quando um de seus 350 mil profissionais está buscando um novo emprego.

Segundo Ginni, a IBM desenvolveu e patentou o “Programa de Atrito Preditivo”, com base na plataforma Watson, para prever as chances de saída de funcionários e prescrever ações para os gerentes engajarem a equipe. A eficácia do sistema é de 95%, disse ela à CNBC.

“A melhor hora para conversar com um funcionário é antes de ele ir embora”, afirma a CEO.

Cálculos da IBM indicam uma economia de US$ 300 milhões com a retenção de funcionários após a implantação da tecnologia. “Levei um tempo para convencer a administração da empresa de que o sistema é preciso”, recorda Ginni.

O programa faz parte de um conjunto de produtos da IBM projetado especificamente para a gestão de recursos humanos. O setor, na avaliação de Ginni, precisa de mudanças e é um dos que mais pode se beneficiar da inteligência artificial.

Época Negócios

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *