Judiciário

Mello libera denúncia de racismo contra Bolsonaro para julgamento no STF

Jair Bolsonaro participa de formatura na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende – Brenno Carvalho/Agência O Globo/18-08-2018

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou para julgamento na Primeira Turma a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, pelo crime de racismo. Cabe agora ao presidente do colegiado, ministro Alexandre de Moraes, marcar uma data para o julgamento.

A acusação contra Bolsonaro foi baseada em uma palestra que ele deu no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, em abril do ano passado. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, considera que ele demonstrou preconceito contra quilombolas e refugiados, e pediu o pagamento de uma multa por danos morais, no valor de R$ 400 mil.

Na ocasião, o parlamentar afirmou:

— Eu fui em um quilombo em Eldorado Dourado Paulista. Olha, o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada! Eu acho que nem para procriador eles servem mais.

Em relação aos estrangeiros, Bolsonaro disse que o Brasil não pode virar “casa da mãe Joana”.

— Não pode a decisão de um governo acolher todo mundo de forma indiscriminada.

Em resposta à denúncia, apresentada em agosto, a defesa de Bolsonaro alegou que as afirmações não foram preconceituosas ou discriminatórias e que, mesmo que sejam consideradas dessa forma, seriam protegidas pela imunidade parlamentar.

Por suas declarações no evento, Bolsonaro já foi condenado, plea Justiça Federal do Rio de Janeiro, a pagar R$ 50 mil por danos morais coletivos para comunidades quilombolas e à população negra em geral, em uma ação movida pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro.

O criminalista Antonio Sérgio Pitombo, que representa Bolsonaro neste caso, afirmou que a defesa do deputado aguarda o julgamento.

— Será a primeira oportunidade dada para que os fatos sejam esclarecidos e para que seja feita a justiça — afirmou o advogado.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. O condenado corrupto e lavador de dinheiro já disse uma porção de coisas verdadeiramente preconceituosas e ninguém sequer fala nisso. A imprensa ignora totalmente. Por exemplo, disse que a cidade de Pelotas era "exportadora de veados", que as mulheres do PT tinham o "grelo duro", elogiou Hitler explicitamente e, segundo sua finada mulher, detestava negros. Está tudo na internet, uma bênção contra os mentirosos e canalhas. Mas o "racista", "homofóbico" e "misógino" é o Bolsonaro? A perseguição é implacável.

  2. a esquerda está desesperada mesmo né?
    vejam como está a venezuela seus burros, as idéias da esquerda não dão certo!

  3. Independente do candidato ou nome envolvido, onde existe racismo no que foi falado? O que tem é perseguição, pois se essa palavras tivessem saído da boca de algum líder da esquerda, não seriam considerada ofensa nenhuma.
    Mas nesse país onde tudo está invertido, onde nada da direita vira ofensa grave e tudo da esquerda é nada, testemunhamos coisas desse tipo.
    Quando o ex presidente se referiu as mulheres com: "… do grelo duro", ficou por isso mesmo, gerou até risadas e aplausos.
    Se essa acusação, descabida, imprópria e desnecessária fosse contra medalhão da esquerda, será que o ministro Marco Aurélio, que teve a filha nomeada desembargadora por Dilma, tomaria a mesma atitude?
    Bolsonaro vai ter defesa efetiva ou será apenas cumprir o protocolo para condená-lo???

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Judiciário

Celso de Mello libera ação de Gleisi Hoffmann para julgamento no STF; presidente nacional do PT é acusada de receber 1 milhão de reais em propinas da Petrobras

Por interino

Foto: (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O ministro Celso de Mello liberou para julgamento pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação penal contra a presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PR), no âmbito da Operação Lava Jato.

A acusação contra Gleisi no STF tem base nas delações premiadas do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. Eles revelaram que, em 2010, 1 milhão de reais do esquema de propinas da Petrobras foi destinado à campanha eleitoral da petista ao Senado. O ex-deputado Pedro Corrêa (ex-PP) também corrobora, em delação, com os depoimentos do doleiro e do ex-diretor da Petrobras.

Se for considerada culpada pelos cinco ministros que compõem a Turma (Celso de Mello, o relator Edson Fachin, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Dias Toffoli), Gleisi será a segunda pessoa política condenada na Corte em processos da Lava Jato. O primeiro, no último dia 29, foi o deputado federal Nelson Meurer (PP-PR).

Em manifestação ao Supremo, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu a condenação da senadora e o pagamento de uma multa de 4 milhões de reais para reparação dos danos. A chefe do Ministério Público Federal (MPF) sustenta que a suposta propina “deturpou” a eleição disputada pela petista.

“Além do enriquecimento pessoal, os crimes de corrupção visaram ao enriquecimento ilícito para finalidade eleitoral (motivo), deturpando o sistema representativo e desequilibrando (consequências) a indispensável lisura, paridade e isonomia das concorrentes forças políticas no processo eleitoral do regime democrático. Basta se ver que o valor de RS 1.000.000,00 corresponde a quase 50% do montante de receitas declaradas de Gustavo Fruet, candidato ao Senado no Paraná em 2010. Assim, o desequilíbrio que o valor causou às eleições é concreto”, anota.

Roteiro da propina

No final de outubro, VEJA revelou com exclusividade um vídeo produzido pela Polícia Federal em que, acompanhado por um investigador, o advogado Antônio Carlos Pieruccini percorreu as ruas de Curitiba para mostrar como fez chegar a Gleisi quatro pacotes de dinheiro derivados do esquema de subornos montado na Petrobras. No vídeo, o advogado, que era contratado por Alberto Youssef para entregar propina e fez delação premiada, vai com o agente aos locais onde fez as entregas, cada uma de 250.000 reais. Ele conta detalhes sobre o que conversava quando contava o dinheiro da senadora.

O advogado da senadora, Rodrigo Mudrovitsch, diz que o delator mentiu com o único propósito de obter imunidade penal e que confia na absolvição de sua cliente.

Veja

Opinião dos leitores

  1. ATÉ TU NARIZINHO, A PTRALHADA NÃO ESCAPA NIMGUEM É INCRÍVEL, REALMENTE FORAM ESCOLHIDOS A DEDO
    E O MARIDO DELA QUE ROUBAVA ATÉ APOSENTADOS

  2. Peeeeeeegue Gleyse Lula. Agora vai deixar de esbravejar como uma louca, Cadeia nessa figura sem qualificação ética e mora.l

  3. O povo brasileiro não vê a hora dessa “ senhora “ ser presa e abaixar bem esse nariz empinado

    1. O povo que a senhora fala, deve ser dois ou três comentários de bestas aqui. Acorda, mané! É o fumo entrando e o besta achando bom.

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