Política

Moro já condenou 33 na Lava Jato; confira as condenações de cada um

O Portal G1 fez um balanço geral dos condenados da Operação Lava Jato. Interessante o levantamento que o blog reproduz: Até esta segunda-feira (17), 33 pessoas haviam sido condenadas em processos derivados da Operação Lava Jato. Três suspeitos foram absolvidos. As ações foram julgadas pelo juiz federal Sérgio Moro na primeira instância.

As últimas condenações foram de Nestor Cerveró, ex-diretor da Área de Internacional da Petrobras, do lobista Fernando Baiano e de Júlio Camargo, ex-consultor da Toyo Setal. Eles foram acusados de envolvimento no esquema de fraude, corrupção, desvio e lavagem dinheiro descoberto na estatal.

Outras sentenças foram dadas a ex-executivos e funcionários das construtoras OAS e Camargo Corrêa e a diversos criminosos que atuavam no esquema de lavagem de dinheiro operado por Alberto Youssef – ele é, até agora, o condenado a mais anos de prisão.

Veja a lista completa de condenados e, ao final, os absolvidos:

Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da Área Internacional da OAS
– 16 anos e quatro meses de reclusão por organização criminosa, corrupção ativa, lavagem de dinheiro.

Alberto Youssef, doleiro acusado de ser o operador do esquema de corrupção
– 16 anos, 11 meses e 10 dias de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
– 8 anos e 4 meses por corrupção passiva
– 9 anos e 2 meses de prisão por lavagem de dinheiro
– 5 anos em regime fechado por lavagem de dinheiro
– absolvido em dois processos por lavagem de dinheiro

Devido ao acordo de delação premiada, ele deve ficar 3 anos em regime fechado.

André Catão de Miranda, ligado a Youssef
– 4 anos em regime semiaberto por lavagem de dinheiro

Carlos Alberto Pereira da Costa, ligado a Youssef
– 2 anos e 8 meses por lavagem de dinheiro, substituída por restrição de direitos

Carlos Habib Chater, ligado a Youssef
– 4 anos e 9 meses de prisão em regime fechado por lavagem de dinheiro
– 5 anos e 6 meses em regime fechado por lavagem de dinheiro

Cleverson Coelho de Oliveira, ligado a Youssef
– 5 anos e 10 dias de prisão por evasão de divisas, operação de instituição financeira irregular e pertinência a organização criminosa

Dalton dos Santos Avancini, ex-presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa
-15 anos e 10 meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e pertinência à organização criminosa

Ediel Viana da Silva, ligado a Youssef
– 3 anos em regime fechado por lavagem de dinheiro e uso de documentos falsos

Eduardo Hermelino Leite, ex-vice-presidente da Camargo Corrêa
– 15 anos e 10 meses de prisão por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e pertinência à organização criminosa

Esdra de Arantes Ferreira, ligado a Youssef
– 4 anos e 5 meses de prisão por lavagem de dinheiro

Faiçal Mohamed Nacirdine, ligado a Youssef
– 1 ano e 6 meses por operar instituição financeira irregular

Fernando Antônio Falcão Soares, lobista conhecido como Fernando Baiano
– 16 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro

Fernando Augusto Stremel Andrade, funcionário da OAS
– 4 anos de reclusão por lavagem de dinheiro (a pena privativa de liberdade foi substituída por prestações de serviços à comunidade e pagamento de multa de 50 salários mínimos).
– Absolvido de corrupção ativa e organização criminosa, por falta de provas.

Iara Galdino da Silva, doleira
– 11 anos e 9 meses de prisão por evasão de divisas, por operar instituição financeira irregular, corrupção ativa e pertinência à organização

Jayme Alves de Oliveira Filho, acusado de atuar com Youssef na lavagem de dinheiro
– 11 anos e 10 meses por lavagem de dinheiro e pertinência à organização criminosa

João Ricardo Auler, ex-presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa
– 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção e de pertinência à organização criminosa

José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS
– 16 anos e quatro meses de reclusão por organização criminosa, corrupção ativa, lavagem de dinheiro

José Ricardo Nogueira Breghirolli, apontado como contato de Youssef com a OAS
– 11 anos de reclusão por organização criminosa, lavagem de dinheiro. Absolvido de corrupção ativa, por falta de provas.

Juliana Cordeiro de Moura, ligada a Youssef
– 2 anos e 10 dias de prisão por evasão de divisas e de operação de instituição financeira irregular

Júlio Gerin de Almeida Camargo, ex-consultor da Toyo Setal
– 14 anos de prisão por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Devido ao acordo de delação premiada, deve pegar 5 anos, em regime aberto

Leandro Meirelles, ligado a Youssef
– 6 anos e 8 meses de prisão por lavagem de dinheiro

Leonardo Meirelles, ligado a Youssef
– 5 anos, 6 meses e 20 dias por lavagem de dinheiro

Luccas Pace Júnior, ligado a Youssef
– 4 anos, 2 meses e 15 dias de prisão por evasão de divisas, por operar instituição financeira irregular e pertinência a organização criminosa. Devido a acordo de delação premiada, teve a pena reduzida pela metade

Marcio Andrade Bonilho, ligado a Youssef
– 11 anos e 6 meses de prisão por pertencer a organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ele foi absolvido em outro processo.

Maria Dirce Penasso, ligada a Youssef
– 2 anos, um mês e 10 dias de prisão por evasão de divisas e de operação de instituição financeira irregular

Matheus Coutinho de Sá Oliveira, ex-funcionário da OAS
– 11 anos de reclusão por organização criminosa, lavagem de dinheiro.
– Absolvido de corrupção ativa, por falta de provas

Nelma Mitsue Penasso Kodama, doleira
– 18 anos de prisão por evasão de divisas, operação de instituição financeira regular, corrupção ativa e pertinência a organização criminosa

Nestor Cunat Cerveró, ex-diretor da Àrea de Internacional da Petrobras
– 12 anos e 3 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
– 5 anos de prisão por lavagem de dinheiro

Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras
– 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
– 7 anos e 6 meses de prisão por pertencer a organização criminosa e por lavagem de dinheiro
– 6 anos e 6 meses no regime semiaberto por corrupção passiva. Confisco de bens fruto de crime até o valor de R$ 29.223.961,00

Devido à delação, deve ficar 3 anos em regime domiciliar e o restante em regime aberto.

Pedro Argese Júnior, ligado a Youssef
– 4 anos e 5 meses de prisão por lavagem de dinheiro

Renê Luiz Pereira, acusado de tráfico de drogas, era ligado a Youssef
– 14 anos em regime fechado por tráfico de drogas

Rinaldo Gonçalves de Carvalho, ligado a Youssef
– 2 anos e 8 meses de reclusão por corrupção passiva

Waldomiro Oliveira, “laranja” de Youssef em empresas de fachada
– 11 anos e 6 meses de prisão por pertencer a organização criminosa e lavagem de dinheiro

Opinião dos leitores

  1. O Brasil é uma mãe.
    Não me referindo especificamente a esse caso, a pessoa amealha bilhões de reais em dinheiro, fruto da corrupção ou do desvio de dinheiro público, devolve uns trocados, faz uma delaçãozinha, fica preso em regime fechado por três anos e após isso vai curtir o outro pedaço da fortuna que possivelmente ficou guardado em algum lugar.
    Depois ainda escreve um livro sobre ocaso, que pode vir a se tornar um best-seller.

  2. Só está faltando agora o Dom Jaime dizer que o juiz Sérgio Moro, ao prender a ladroagem que financia de maneira criminosa as campanhas do PT, está comprometendo a instabilidade institucional e conspirando contra a democracia.

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