Polêmica

Grupo usa histeria com aplicativo Lulu para conseguir investimento de R$ 1 milhão

Em cinco dias, mais de 2.000 pessoas pagaram entre R$ 24,90 e R$ 99,90 para melhorar artificialmente suas notas no Lulu, um aplicativo para celular em que mulheres classificam o comportamento dos homens e que pode servir de base para alguém interessado nos sujeitos –eles recebem hashtags como #RespeitaAsMulheres e #ApaixonadoPelaEx e uma nota.

A informação sobre a demanda por notas artificiais é de Breno Masi, 30, um dos responsáveis pelo Lulu Fake, serviço que promete melhorar a avaliação dos homens no polêmico aplicativo.

Criada por quatro sócios brasileiros, o Lulu Fake oferece pacotes de boas notas, dadas por garotas contratadas para o serviço: entrar no perfil do usuário no Lulu e fazer boas avaliações. O empresário não diz quanto paga a elas pelo trabalho.

Hoje, há cerca de 75 meninas encarregadas de subir a nota dos homens no Lulu. Elas estão sendo recrutadas do banco de dados do site Namoro Fake, que oferece aos internautas a possibilidade de contratar alguém para servir de companheiro falso no Facebook. Flavio Estevam, idealizador do Namoro Fake, também é sócio do Lulu Fake.

De acordo com Masi, que também é diretor da produtora de aplicativos Movile, o grupo fechou um acordo com investidores individuais que vão colocar R$ 1 milhão na empresa deles –esses apoiadores vão ficar com 35% do negócio.

O SERVIÇO REAL

Mas o dinheiro não vai ser destinado a esse serviço, que serviu apenas como um chamariz para um outro produto que eles estão desenvolvendo e querem lançar no ano que vem.

Trata-se de um sistema que vai se conectar a sites como Instagram e Facebook para monitorar a reputação do usuário –se a fotos que ele posta geram impacto positivo ou negativo, por exemplo. A ferramenta, cujo nome o executivo não revela, deve mostrar métricas sobre o assunto.

Ele afirma que o interesse dos homens por melhorar a nota recebida das mulheres mostra que há uma “demanda reprimida” pelo serviço.

“A galera fica preocupada com a reputação, ainda mais em rede social como o Lulu, que na realidade não faz nada. Não faz diferença nenhuma para a vida de um homem ou uma mulher. Mas mostrou como o pessoal é preocupado”, conta.

Masi afirma que já tinha o projeto do sistema de medição de reputação e usou o Lulu Fake como uma forma de provar para investidores que há uma demanda por esse tipo de serviço. Dois dos investidores que vão colocar dinheiro na empreitada acompanharam o processo de desenvolvimento do aplicativo, algo que durou 72 horas, diz o empreendedor.

DINHEIRO DE PINGA

O Lulu Fake vai ficar no ar no máximo mais uma semana. Masi afirma que não vai usar o dinheiro obtido com as avaliações artificiais na própria empresa.

“Vamos usar para beber na balada. Os meninos estão querendo fechar um camarote”, afirma.

Folha

Opinião dos leitores

  1. Ou seja, em outras palavras, o cara aí do texto diz é mais ou menos isso: "Vamos pegar a grana desses manés, que só fazem merda com a mulherada, e tomar uns porres no camarote". Bem-feito. Um cara bacana, em todos os sentidos, não precisa disso. Aliás, até para ser cafajeste é preciso ter competência. O resto e mau caratismo mesmo.

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