Política

“O Brasil está vendo que os machões da internet ficam caladinhos na CPI”, diz Renan Calheiros

Foto: Reprodução

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), provocou na sessão desta quarta-feira (30) o depoente Carlos Wizard, empresário. Diante da opção de Wizard de não responder perguntas de senadores na comissão, Renan disse que “machões da internet” ficam calados na CPI.

“O Brasil está vendo que os machões da internet ficam caladinhos na CPI”, afirmou o relator.

Wizard foi chamado a depor na CPI para esclarecer as suspeitas de que faz parte de um gabinete paralelo. Segundo a cúpula da comissão, esse grupo, que funcionava paralelamente ao Ministério da Saúde, aconselhou o presidente Jair Bolsonaro sobre a pandemia com ideias ineficazes e contrárias à ciência.

O empresário deveria ter comparecido à CPI inicialmente no dia 17 de junho. No, entanto, ele não foi à comissão, alegando que estava nos Estados Unidos, acompanhando o tratamento de saúde de uma familiar.

Wizard negou ter conhecimento de ‘gabinete paralelo’

No começo da sessão desta quarta, ele fez uma fala de 15 minutos, na qual disse que nunca participou e não tem conhecimento do gabinete paralelo.

Em seguida, ele disse que ficaria em silêncio e não responderia a nenhuma pergunta dos senadores, se valendo de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Mesmo assim, Renan fez questionamentos a Wizard. O empresário retrucava, seguidas vezes, apenas que se reservava ao direito de ficar em silêncio.

Ele fez o mesmo diante de perguntas de senadores que o questionaram depois de Renan.

‘Não vai vender livro aqui’

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), em determinado momento, quis saber de Wizard qual é a religião dele. O empresário chegou ao Senado carregando uma placa com um versículo da Bíblia. Ele também citou mensagens religiosas em sua fala inicial.

Mas, diante da pergunta da senadora sobre a religião, Wizard disse que permaneceria em silêncio. Ela insistiu. O empresário então levantou um livro sobre seu trabalho com imigrantes venezuelanos em Roraima:

“Eu gostaria de sugerir a todos que têm interesse em conhecer um pouco mais da obra humanitária que realizei em Roraima…”, afirmou Wizard, segurando o livro.

Ele foi interrompido pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM):

“Não vai vender livro aqui, não”, disse Omar.

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) também se manifestou contrariamente à atitude do empresário.

“Se o depoente não se dispõe a falar, ele não tem direito a fazer proselitismo, auto-propaganda, auto-promoção, porque isso é um escarnio e um desrespeito a esta comissão”, disse Carvalho.

G1

Opinião dos leitores

  1. Que vergonha essa CPI, estão se aproveitando da investida de poder prender, acessar contas bancárias e telefônicas de pessoas de bem, isso seria compreensível se a CPI fosse dirigida e relatada por senadores honrados e respeitados.

  2. Realmente, em tempos de pandemia, os circos fechados, ou com poucas pessoas, essa cpi diverte um pouco, a diferença, e que no circo, os palhaços não roubam, e ali são a cpi e os sete ladrões

  3. E o Brasil todo sabendo que os ladrões de colarinho Branco igual a vc Rena calhorda, roubam, faz corrupção, pratica extorsão, se protegendo da imunidade parlamentar. Seu corruPTo safado.

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