Judiciário

Aras diz que delação da JBS foi ‘marcada por traços de deslealdade de rara gravidade’

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Como noticiado nessa segunda-feira(04), Augusto Aras enviou ao STF um parecer pedindo a extinção dos acordos de colaboração premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista, além dos executivos Ricardo Saud e Francisco de Assis.

No documento ao qual O Antagonista teve acesso, Aras destaca a ajuda que a JBS teve do ex-procurador Marcelo Miller.

“A PGR deparou-se com evidências de uma situação constrangedora, marcada por traços de deslealdade de rara gravidade: os então colaboradores cooptaram um Procurador da República, ex integrante da equipe da Lava-Jato, para lhes auxiliar na negociação da colaboração premiada que viria a ser firmada no futuro, certamente por suporem que esse Procurador poderia ajudá-los a obter condições mais favoráveis junto à PGR.”

Aras afirma, ainda, que “restou evidenciado” que os irmãos Batista “fizeram uso privilegiado de informações” (…), “a fim de obter vantagens indevidas no mercado financeiro”.

Mais adiante no parecer, o procurador-geral acrescenta:

“No âmbito do acordo de colaboração premiada não há espaço para espertezas, ardis e trapaças, na exata medida em que estas não são aptas a conviverem com a necessária cooperação, lealdade e confiança mútua que devem reger as relações entre as partes acordantes.”

O Antagonista

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