Educação

Confira o que pode e o que não pode no Enem

Foto: Arte EBC

Neste domingo (3) será aplicada a primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em mais de 1,7 mil cidades de todo o país. O exame segue no próximo domingo (10). Quase 5,1 milhões de candidatos estão inscritos na edição deste ano. Desses, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 2,4 milhões, o que representa quase metade do total, farão a prova pela primeira vez.

É importante, portanto, estar atento às regras para não correr o risco de ser eliminado, nem de perder a prova. Uma das primeiras medidas é verificar o local do exame, disponível na Página do Participante e no aplicativo do Enem, disponível para que possa ser baixado nas plataformas Apple Store e Google Play. O local de prova está no Cartão de Confirmação da Inscrição.

No dia do exame, é preciso tomar alguns cuidados. Antes de entrar na sala, os estudantes receberão um envelope porta-objetos, onde deverão guardar tudo que não é permitido na hora da prova. Esse envelope deve ser fechado e lacrado e deve ficar debaixo da cadeira até o fim da aplicação.

Neste ano, se qualquer aparelho eletrônico emitir algum som durante a prova, mesmo estando dentro do envelope, o participante será eliminado.

A medida é novidade em relação às edições anteriores do Enem. A recomendação é que as baterias dos celulares sejam retiradas. Alguns aparelhos tocam o alarme mesmo desligados.

Já dentro da sala, cada participante receberá a prova e deverá conferir os dados no cartão de resposta e na folha da redação. A dica é destacar, com muito cuidado, o cartão-resposta e a folha de rascunho do caderno de questões, pois eles não poderão ser substituídos se forem danificados.

Nos dois dias de prova, os estudantes deverão estar nos locais de aplicação antes das 13h, no horário de Brasília, quando os portões serão fechados. A prova só começará a ser feita às 13h30, mas quem conversar a partir das 13h, será eliminado. Só é possível falar com o aplicador ou o fiscal de prova.

Para fazer o Enem, os estudantes passarão por uma revista. Lanches e artigos religiosos também serão vistoriados. Caso o participante não permita essa revista, também será eliminado. Na página do Enem, há uma lista completa de todas as atitudes que determinam a eliminação no exame.

Veja o que é permitido e proibido no Enem:

O que é obrigatório levar para a prova do Enem:

– caneta esferográfica de tinta preta e fabricada em material transparente;

– documento oficial de identificação, original e com foto. A lista dos documentos aceitos no Enem está disponível na internet.

O que é aconselhável levar para a prova:

Cartão de Confirmação de Inscrição

Declaração de Comparecimento impressa.

O que é proibido:

borracha

corretivo

chave com alarme

artigo de chapelaria

impressos e anotações

lápis

lapiseira

livros

manuais

régua

óculos escuros

caneta de material não transparente

dispositivos eletrônicos (wearable tech, calculadoras, agendas eletrônicas, telefones celulares, smartphones, tablets, iPods, gravadores, pen drive, mp3, relógio, alarmes);

fones de ouvido ou qualquer transmissor, gravador ou receptor de dados imagens, vídeos e mensagens.

Veja o que determina a eliminação:

Prestar declaração falsa ou inexata

Perturbar a ordem no local de aplicação

Comunicar-se, de qualquer forma, com pessoas que não sejam o aplicador ou o fiscal, a partir das 13h

Utilizar, ou tentar utilizar, meio fraudulento em benefício próprio ou de outras pessoas

Usar livros, notas, papéis ou impressos durante a aplicação

Sair da sala, a partir das 13h, sem acompanhamento de um fiscal

Sair da sala, definitivamente, antes das duas primeiras horas de prova

Não entregar ao aplicador o cartão-resposta/folha de redação e a folha de rascunho

Não entregar ao aplicador o caderno de questões, caso saia da sala definitivamente antes dos 30 minutos finais

Recusar-se a entregar ao aplicador o cartão-resposta, a folha de redação e a folha de rascunho após 5 horas e 30 minutos de prova, no primeiro dia, e 5 horas, no segundo dia, com exceção das salas com tempo adicional

Ausentar-se da sala com o cartão-resposta ou qualquer material de aplicação, com exceção do caderno de questões, ao deixar a sala definitivamente nos 30 minutos que antecedem o término das provas

Realizar anotações no caderno de questões, no cartão-resposta, na folha de redação, na folha de rascunho e nos demais documentos do Exame, antes do início das provas

Descumprir as orientações da equipe de aplicação

Recusar-se a ser submetido à revista eletrônica, a coletar o dado biométrico e a ter os objetos revistados eletronicamente

Não aguardar na sala de provas, entre as 13h e 13h30, os procedimentos de segurança, exceto para a ida ao banheiro acompanhado por um fiscal

Iniciar as provas antes das 13h30 ou da autorização

Não permitir que o lanche seja vistoriado

Não permitir que artigos religiosos (burca, quipá e outros) sejam revistados pelo coordenador

Portar, na sala de provas, objetos proibidos pelo edital

Usar óculos escuros e/ou artigos de chapelaria (boné, chapéu, viseira, gorro ou qualquer acessório que cubra os cabelos ou as orelhas)

Não permitir que materiais próprios (máquina Perkins, reglete, punção, sorobã ou cubaritmo, caneta de ponta grossa, tiposcópio, assinador, óculos especiais, lupa, telelupa, luminária e/ou tábuas de apoio) sejam revistados

Portar arma de qualquer espécie

Receber informações referentes ao conteúdo das provas

Realizar anotações em outros objetos ou qualquer documento que não seja o cartão-resposta, o caderno de questões, a folha de redação e a folha de rascunho

Permanecer no local de provas sem documento de identificação válido

Utilizar qualquer dispositivo eletrônico no local de provas

Ingressar na sala com o telefone celular e/ou quaisquer outros equipamentos eletrônicos fora do envelope porta-objetos

Não manter, debaixo da carteira, o envelope porta-objetos lacrado e identificado, desde o ingresso até a saída definitiva da sala provas

Não manter aparelhos eletrônicos (celular e tablet) desligados no envelope porta-objetos desde o ingresso na sala de provas até a saída definitiva da sala de provas

Permitir que o aparelho eletrônico, mesmo dentro do envelope porta-objetos, emita qualquer tipo de som, como toque ou alarme.

Agência Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Comportamento

Traição: casais contam como definiram limites do que é infidelidade

Imagem: iStock

A palavra traição tem o poder de estremecer relacionamentos dos mais sólidos. Para muita gente, basta imaginar uma possível infidelidade que vem aquela mistura de raiva, medo e decepção. Mas você já parou para pensar que as fronteiras que delimitam uma traição são diferentes para cada casal?

Segundo a psicóloga e sexóloga Yris Souza, nos baseamos em nossas experiências de vida para poder definir o que consideramos adultério.

“Há pessoas que entendem traição apenas quando caracterizada pelo contato físico, outras já associam a conversas com segundas intenções ou até mesmo pensamentos”, explica. Já a psicóloga Khristian Barbalho Fragoso de Sequeira define como traição o desrespeito à relação. “É ferir com imaturidade a quem está sendo leal”.

Mas só quem pode chegar a um veredito é o casal por meio de um acordo. Para Yris, o ideal é que o par defina conjuntamente o entendimento do que é infidelidade para evitar futuros desentendimentos. “Isso nem sempre é algo pactuado inicialmente –o que evitaria muitos conflitos–, mas por vezes são direcionamentos que vão se desenvolvendo no decorrer do relacionamento e a partir das vivências do casal”, comenta.

As regras têm de valer

O casal Tuy Potasso e Biel Vaz, do canal de Youtube Sensualise Moi, acredita que traição é mesmo descumprir esse acordo citado pela psicóloga, “seja ele qual for”. “A questão do chifre não está relacionada a uma pessoa, mas como você trata as regras dentro do seu relacionamento. É quebra de contrato”, opina Biel.

Tuy e Biel são casados e costumam convidar terceiros para participar de sua vida sexual. Em seu canal, os dois falam sobre sexo e das experiências que têm com outras pessoas. “Quando falamos que nosso relacionamento tem regras, as pessoas acham que estamos nos prendendo. Pelo ao contrário, as regras libertam, pois sei até onde posso ir sem magoá-lo. E vice-versa. Isso dá uma liberdade gigantesca”, conta Tuy.

A principal a regra que norteia o romance dos dois é de que eles não podem “ficar sexualmente com outra pessoa” se ambos não estiverem presentes. “Num relacionamento monogâmico, quando um dos dois sai com outro é traição. Para nós não. Vou me sentir traído se algo que eu deixei claro e explícito não for cumprido”, diz Biel.

Uma maioria monogâmica

Uma pesquisa do aplicativo Ashley Madison mostra que, para 55% das pessoas, ter ligação emocional com alguém que não seja o parceiro já é um um tipo de traição. Os mais de 3 mil entrevistados apontaram como infidelidade desde um flerte pelo WhatsApp até o envio de nudes.

Para Tuy, todo casal deve ser sincero na hora de estabelecer o seu código de conduta, caso contrário, haverá arrependimento futuro, desconforto ou até mesmo traição. “O que falta é cada relacionamento se entender como individual e não como parte da sociedade”.

É o caso do colorista Rafael Cesar Ocker, que afirma saber ser um homem “mais antigo”. Casado há 8 anos com a técnica em segurança do trabalho Karini Nunes, ele acredita que o casal não precisa ter as mesmas opiniões, mas não devem esconder questões relacionadas à fidelidade. “A base de uma relação, para mim, é o respeito. Tenho que aceitar suas qualidades e defeitos porque comprei um pacote completo”, diz.

Paquera pode ser problema

Rafael considera traição desde o contato físico até o contato verbal, como conversas em WhatsApp e flertes virtuais. “Considero traição tudo que acaba envolvendo mentiras. A partir do momento que a pessoa se sente disposta a conversar e a dar abertura para conversas que não podem ser reveladas ao parceiro ou agir por suas costas escondendo opiniões desejos”.

Karini acredita que só o simples desejo, ou seja, o interesse por uma pessoa fora da relação, já configura traição. “Claro que o ato físico, o sexo e o beijo também estão nessa conta”. Todavia, para ela, o fato de “dar abertura” para conversas não é infidelidade para ela. “Mas entendo que possa, sim, levar à traição”. Segundo a psicóloga, um evento que é visto como “pequeno” por um, pode ser um desastre na vida de outro. Isso porque a paquera em si promove aspectos como interesse, atração, atenção e disponibilidade. “São fatores que podem (ou não) estar ausentes no relacionamento, uma vez que estão sendo direcionados a outra pessoa, mesmo que virtualmente”, explica.

“Não é uma questão física”

“Considero traição quando existe um envolvimento emocional maior”, comenta o editor de vídeos Tiago Barbosa. Namorando há um ano com o videomaker Daniel Alfaya, ele diz que os dois conversaram sobre fidelidade para acertarem os ponteiros. “O combinado é que se não abalou, não precisa nem contar”, diz.

Para eles, se rolar beijo em balada, por exemplo, e for apenas aquela coisa momentânea, não é preciso dizer ao outro. “Se um dia eu souber que ele ficou bêbado e deu um beijo em alguém, não ia ser o fim do mundo, mas minha confiança poderia ficar abalada”, afirma. Daniel concorda: “Se ele quiser ficar alguém, quero que fique e perceba que, ainda assim, eu sou a melhor coisa para ele”.

Para eles, a traição pinta quando há algo maior que o tesão. “Existem pessoas que ficam em um flerte eterno pelas redes sociais. Pode parecer inofensivo, mas já é uma semente que está sendo plantada”, comenta Tiago. Daniel considera infidelidade “aquele momento que você fica de papinho no Instagram depois de dar três curtidinhas”. “Me sentiria traído se a pessoa não quer mais estar comigo e fica me ocupando simplesmente por apego, daí acho muito triste”, finaliza.

Universa – UOL

 

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *