Finanças

Viúva perde herança milionária após provas colhidas no Instagram

Fotos compartilhadas no Instagram serviram como prova em batalha judicial pela herança de Johnny Hallyday — Foto: Foto: Nicolly Vimercate/TechTudo

Uma polêmica envolvendo o Instagram causou uma reviravolta no julgamento do processo de herança do cantor francês Johnny Hallyday na última terça (29). Isso porque, usando as fotos publicadas pelo roqueiro na rede social, os filhos dos primeiros casamentos do astro, David Hallyday e Laura Smet, conseguiram derrotar a viúva do pai, Laeticia Hallyday, e ganharam direito a partilhar a herança milionária deixada por ele, de acordo com o The New York Times.

Hallyday tinha 74 anos quando morreu, vítima de um câncer de pulmão, no ano de 2017. O cantor deixou dois testamentos em um cofre e, em um deles, nomeou a esposa como única herdeira de uma fortuna avaliada em dezenas de milhões de dólares. Acontece que a lei francesa proíbe que filhos sejam excluídos da herança dos pais. Para ter acesso aos bens, David e Laura tiveram que provar que o pai passou a maior parte da vida na França e não nos Estados Unidos, como alegava Laeticia.

Durante cinco anos, o cantor postou em seu Instagram fotos profissionais e pessoais, mostrando para os fãs um pouco da sua rotina. Com base no perfil do pai, David montou um gráfico dos locais frequentados por ele e a madrasta entre 2012 e 2017. O levantamento mostrou que em 2015, por exemplo, o casal passou 151 dias na França. Em 2016, foram 168 dias. Em resumo, Johnny Hallyday permaneceu oito meses sem interrupção no país.

Já a viúva alegou que o astro se estabeleceu em Los Angeles no ano de 2007 e ganhou um green card em 2014. Ela disse ainda que o marido era fã de Elvis Presley e amante da cultura americana. Na disputa, o tribunal aceitou os argumentos apresentados pela defesa de David e Laura e considerou que os filhos deveriam ter acesso à herança deixada pelo pai. Laeticia, porém, planeja recorrer da decisão que ordenaria a partilha de direitos autorais de mais mil músicas e de propriedades na França, na ilha francesa de St. Barthélémy, no Caribe e na Califórnia.

Confira outras polêmicas envolvendo redes sociais

Com a popularidade das redes sociais, não são raros casos polêmicos envolvendo usuários. Relembre alguns que marcaram e ganharam repercussão no Brasil e no mundo.

Bloqueio do WhatsApp em 2016

Em 2016, o WhatsApp ficou fora do ar por 24 horas por determinação da Justiça de Sergipe. O bloqueio aconteceu porque a empresa se recusou a quebrar o sigilo de usuários, não fornecendo informações úteis para uma investigação criminal. Em 2015, o app já havia ficado 48 horas sem funcionar no Brasil também por problemas com a justiça, com base no Marco Civil da Internet.

Prisão do vice-presidente do Facebook na América Latina

Também em 2016, o vice-presidente do Facebook na América Latina, Diego Jorge Dzodan, foi preso. Posteriormente, a Justiça Federal abriu um processo contra o argentino por desobediência de ordem judicial após a empresa continuar se recusando a abrir os dados de usuários do WhatsApp para a Polícia Federal.

Limite de encaminhamento de mensagens

A grande quantidade de ‘fake news’ compartilhadas no WhatsApp causou mais de 20 mortes e inúmeros episódios de agressão na Índia, onde mais de 200 milhões de pessoas usavam o app em 2018. Diante disso, a empresa limitou o número de compartilhamento de conteúdo no país passando de 20 para 5 pessoas.

Cambrigde Analytica

Em 2018, os dados de cerca de 50 milhões de usuários do Facebook vazaram para a empresa de marketing político Cambrigde Analytica. As informações foram coletadas de forma ilegal após um número revelante de pessoas receber dinheiro para responder uma pesquisa e permitir que as informações fossem usadas para fins acadêmicos.

O problema foi que o aplicativo coletou mais informações do que o autorizado, não apenas dos entrevistados como também de perfis de amigos destes usuários. Os dados foram usados para abastecer um sistema de favorecimento da campanha de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos nas eleições de 2016. Para isso, foram distribuídas de propagandas políticas compatíveis com a personalidade do usuário.

Globo, via Techtudo e The New York Times

 

 

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