Segurança

Novos termos do WhatsApp para 2021 desagradam usuários e provocam aumento de popularidade do mensageiro Signal

Foto: Montagem

O número de downloads do Signal, mensageiro “ultrasseguro” e rival do WhatsApp, cresceu consideravelmente nesta semana. A plataforma veio ao Twitter nesta quinta-feira (7) dizendo estar entusiasmada com o grande número de cadastros, e ciente de atrasos no envio de códigos de verificação do mensageiro, dado o grande número de contas criadas nos últimos dias.

A popularidade do Signal ficou em evidência após o CEO das companhias multimilionárias Tesla e SpaceX Elon Musk publicar para seus mais de 41,5 milhões de seguidores no Twitter a mensagem “Usem Signal”. O tuíte de Musk foi postado logo depois do WhatsApp divulgar suas novas e controversas políticas de privacidade. A mudança nos termos de uso do app obriga que usuários aceitem o compartilhamento de suas informações com o Facebook, caso queiram continuar utilizando o mensageiro.

O bilionário Elon Musk publicou dois tuítes em sequência, nesta quarta-feira (6), em alusão às empresas do Facebook. O primeiro alfinetou a rede social, e o segundo, o mensageiro. Sem mencionar as companhias diretamente, Musk publicou um meme com peças de dominó que relacionavam a proposta inicial do Facebook de classificar mulheres em “gostosas ou não” na universidade aos acontecimentos recentes da invasão de extremistas ao Congresso dos Estados Unidos. Logo em seguida, Musk publicou “usem o Signal”.

Como enfatiza o site americano The Verge, não está claro se o bilionário está ciente das mudanças de privacidade do WhatsApp, que passam a vigorar dia 8 do próximo mês. Dentre as novas políticas do mensageiro estão uma maior integração entre o Facebook e o WhatsApp, deixando claro a intenção do app de mensagens em compartilhar dados de usuários com empresas parceiras do Facebook.

Alguns dos dados que poderão ser compartilhados pelo mensageiro com a rede social são o endereço de IP do usuário, número pessoal de telefone, foto de perfil, informações como o “visto por último” dos status, atividades realizadas no WhatsApp — incluindo como o usuário interage com outras contas e empresas no mensageiro —, além de sua lista de contatos.

Não está claro se o número de usuários do Signal cresceu por conta do tuíte de Musk ou em resposta às novas políticas de privacidade adotadas pelo WhatsApp. Vale lembrar que tanto o Facebook quanto o WhatsApp se envolveram em atritos com a Apple recentemente, depois que a companhia da maçã divulgou melhorias em privacidade na atualização do iOS. Dentre as melhorias estão novas regras anti-rastreamento, além de exigências que determinam que apps na App Store deixem em evidência as permissões requeridas e quais dados dos usuários são coletados.

Em resposta enviada para o site americano The Verge, o WhatsApp diz que “continua profundamente comprometido em proteger a privacidade das pessoas” e que as novas políticas de privacidade do mensageiro não vão afetar “a forma como as pessoas se comunicam em particular com amigos ou familiares” no WhatsApp.

Globo, via Techtudo, The Verge, Bloomberg, TechCrunch e Arstechnica

 

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Tecnologia

Apontado como um dos mais seguros que existem, o tímido aplicativo Signal agora quer tirar você do WhatsApp

Apps: Signal deve brigar por espaço em mercado competitivo (Pixabay/Thomas Ulrich/Divulgação)

aplicativo Signal, reconhecido por especialistas em segurança digital como um dos apps de comunicação mais seguros que existem, agora quer atingir as massas.

O Signal sempre foi um aplicativo de pequeno porte, mas vem crescendo desde 2018. Nesse ano, ele recebeu um aporte de 50 milhões de dólares de Brian Acton, o cofundador do WhatsApp que havia deixado a empresa que criou ao lado de Jan Koum. Desde então, a equipe do app passou de três para 20 pessoas e novas funções foram criadas, como compatibilidade com o iPad, figurinhas como as do WhatsApp, modernização na codificação de mensagens em grupos e a possibilidade de compartilhar imagens que desaparecem após serem visualizadas.

Em entrevista para a revista americana Wired, Moxie Marlinspike, fundador da Open Whisper System, organização sem fins lucrativos responsável pelo Signal, contou que planeja deixar o aplicativo mais simples de ser usado para buscar atingir uma maior quantidade de usuários. Apesar do objetivo de crescimento, a organização almeja manter a premissa de segurança na troca de mensagens que sempre foi uma missão declarada do aplicativo – e um dos pontos elogiados, no passado, até mesmo por Edward Snowden, ex-agente de inteligência que trouxe à tona o programa de monitoramento on-line Prism, mantido pelo governo dos Estados Unidos.

Um dos planos do Signal para o futuro é criar uma forma de conversar com outras pessoas sem fornecer o seu número de celular.

O Signal não reporta o número recente de usuários, mas lutará por espaço em um mercado competitivo. O WhatsApp recentemente atingiu 2 bilhões de usuários ativos mensalmente e o Facebook Messenger tem 1,3 bilhão. Para efetivamente atingir as massas, Brian Acton terá que repetir o sucesso que teve com o seu primeiro aplicativo de mensagens.

Exame

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    1. Usa para falar com o corrupto o cachaça o encantador de jumentos.

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