Diversos

A cada cinco garrafas de vodca vendidas no Brasil, uma é falsificada, diz estudo

Foto: Arquivo

O mercado ilegal de bebidas alcóolicas movimentou pelo menos 112 milhões de litros de cachaça em 2017. A cada cinco garrafas de vodca, uma é falsificada. Uma a cada quatro garrafas de uísque não é regularizada. Os dados fazem parte de um estudo divulgado nesta segunda-feira pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) sobre o impacto da clandestinidade no setor.

De acordo com o levantamento, a comercialização de produtos ilegais fez com que o Brasil deixasse de arrecadar R$ 10 bilhões em impostos em 2017, último ano com dados disponíveis. O valor seria suficiente para pagar salários de 83 mil enfermeiras ou construir mais de 5,2 mil escolas, estimam os autores da pesquisa. O estudo foi realizado pela consultoria Euromonitor International, a pedido de quatro empresas do setor.

Na avaliação do diretor-executivo do Ibrac, Carlos Lima, a ilegalidade no setor tem relação com a alta carga tributária no setor, que chega a 60% — quase o dobro da média nacional, hoje em 34%. A entidade está divulgando o estudo para sensibilizar o governo e a sociedade num momento em que o Congresso discute uma reforma tributária.

As duas propostas em discussão hoje preveem a criação de um imposto seletivo, voltado a produtos como cigarro e bebidas alcoólicas. O temor do Ibrac é que isso se traduza em aumento da carga e, consequentemente, em mais sonegação.

— A principal preocupação é em relação ao Imposto Seletivo. Há uma discussão se o IS será regulatório ou arrecadatório — afirma Lima. — Nossa preocupação é que, se a modulação dessa alíquota não for muito bem feita, o governo possa aumentar a tributação. A tributação de destilados no Brasil já passou há muito tempo do ponto ótimo de tributação.

O estudo estimou que o mercado geral de bebidas no Brasil representa 1,1 bilhão de litros de álcool puro — uma métrica que leva em consideração o teor alcoólico dos produtos pesquisados. Desse total, 14,6% é de bebidas ilícitas, considerando falsificação, sonegação, contrabando e produção ilegal.

Só na produção de cachaça, o número de agentes ilegais é superior a 9 mil produtores no país. Esses podem ser os responsáveis pelas 112 milhões de litros do produto.

Segundo Lima, com tanta bebida ilegal no mercado, o consumidor deve ficar atento para evitar comprar produtos ilegais.

— Primeiro, buscar no rótulo as informações sobre o produto, tentar entender a procedência. Qual é a questão do preço, o local. Às vezes você acha que vai encontrar determinada de uísque por um preço ou num lugar que não necessariamente aquele preço teria — pondera.

O Globo

 

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Segurança

Uma em cada 45 compras on-line no Brasil é de origem fraudulenta

Foto: Pixabay

A taxa de tentativas de fraudes contra lojas virtuais brasileiras é de 2,20%, segundo relatório “Raio-X da Fraude”, publicado pela Konduto, empresa de antifraude para pagamentos on-line.

Isso significa que 1 a cada 45 compras feitas pelos consumidores brasileiros na internet é de origem fraudulenta.

Em 2017, a taxa de tentativas de fraude foi de 3,3%, portanto, houve um queda 27,3% das tentativas de lesar o comércio on-line no país.

“O comércio eletrônico e o mercado de pagamentos digitais estão crescendo muito no Brasil ano após anos, então acreditamos que a diminuição desta taxa representa uma ‘diluição’ da atividade criminosa em meio a tantas transações legítimas”, explica Tom Canabarro, co-fundador da Konduto.

Ao longo de 2018, as lojas virtuais brasileira foram alvo de 573 tentativas de fraudes a cada hora, não necessariamente a fraude foi efetiva.

O estudo identificou que compras de origem criminosa não ocorrem durante a madrugada, como muitas pessoas imaginam. A maioria dos pedidos suspeitos é feita entre 12h e 18h, quase 35%, contra apenas 14% de investidas entre 0h e 6h.

O dia da semana em que ocorreram mais tentativas de fraudes contra as lojas virtuais foi quarta-feira, cerca de 16% desses casos foram realizados neste dia.

Os computadores foram responsáveis por mais de 63% das tentativas das fraudes, contra 36% dos smartphones. O motivo dessa preferência seria porque os computadores oferecem mais praticidade para automatizar algumas atividades.

“No Raio-X da Fraude é possível identificar que estes estelionatários agem em horários bastante comuns, utilizando máquinas simples, com sistemas operacionais e navegadores de internet bastante comuns”, comenta Canabarro.

O relatório Raio-X da Fraude analisou o risco de mais de 128 milhões de pedidos, de mais de 2 mil lojistasde transações realizadas entre 1º de janeiro e 31 de dezembro 2018.

R7

 

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