Quem saiu às ruas cedo da manhã desta segunda-feira chuvosa em Natal teve uma grata surpresa: em vez da lentidão de sempre, com inúmeros pontos de trânsito atravancado pelo excesso de veículos e falta de investimentos na malha viária, encontrou ruas incrivelmente desafogadas.
Explicação para tal fenômeno: as férias escolares, que retiram das ruas os veículos que fazem o transporte de alunos e também muitos pais e mães que correm loucamente para garantir a chegada dos filhos.
O titular deste blog, que costuma fazer o trajeto casa/ribeira em 25 minutos, realizou a façanha em apenas 8 minutos. Ou seja, um terço do tempo gasto normalmente.
Tal redução de tempo mostra que é possível, sim, fazer um trânsito melhor nas ruas de Natal. Talvez não haja apenas uma solução, mas um conjunto de ações – maior fiscalização, definição de faixas exclusivas em determinados horários – possa ser adotado para fazer o trânsito fluir mais rápido.
Isto garantiria mais comodidade para os motoristas, além de menos estresse e acidentes. Trânsito humanizado, uma necessidade de todos, exige investimentos, fiscalização, e acompanhamento permanente.
Exige, sobretudo, o uso da inteligência e inspiração em experiências bem-sucedidas em outras cidades
E não apenas o uso de blocos de concreto para fechar retornos.
Deve ser por isso que a Rosa continua sem negociar com os professores do Estado, com a rede pública em greve o trânsito da cidade também melhora.
Olha ai a afinidade entre Estado e Prefeitura…
Em algumas ruas foi importante fechar retornos como p. exemplo nos cruzamentos da Salgado Filho com Amintas Barros, Nascimento de Castro, Antônio Basílio, Bernardo Vieira e Alexandrino de Alencar.
A prática de "arrodeio de quarteirão" já existe em capitais que inclusive são menores que Natal, como é o caso de João Pessoa.
Agora acho que o fechamento desses retornos poderia ser feito de maneira provisória, apenas nos horários de pico.
Outro ponto que tbm precisa ser visto para ontem é a qualidade dos transportes coletivos. Os ônibus são sucatas ambulantes, as paradas estão abandonadas.
Falta também uma política educacional e um investimento no transporte cicloviário. Ciclovia representa o futuro e na Europa as principais cidades estão sendo readaptadas para priorizar os transportes cicloviários e coletivo. Aqui no RN e mesmo no Brasil, ciclistas são tratados como gado.
Se não for feita essas medidas, chegará um ponto que Natal terá que adotar o indesejado rodízio de veículos, principalmente na Cidade Alta e em bairros onde os bolsões de estacionamento encontram-se saturados.