Política

‘Tratamento precoce é como se estivéssemos discutindo de qual borda da terra plana vamos pular’, afirma médica vetada pelo Governo à CPI da Covid

Foto: Jefferson Rudy / Jefferson Rudy/Agência Senado

A CPI da Covid ouve nesta quarta-feira a médica Luana Araújo, que ficou menos de duas semanas no cargo de secretária de Enfrentamento à Covid-19 no Ministério da Saúde. Crítica do tratamento precoce, a médica infectologista o comparou à ideia da terra plana. Ela chamou ainda a discussão sobre o uso de medicamento sem eficácia para tratar o coronavírus de “delirante”.

— Essa é uma discussão delirante, esdrúxula, anacrônica e contraproducente. Ainda estamos discutindo uma coisa sem cabimento. É como se estivéssemos discutindo de qual borda da terra plana vamos pular — disse, em respsota ao relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL).

Renan citou frases do presidente Jair Bolsonaro e questionou a médica sobre a defesa do mandatário pelo tratamento precoce e o estimulo à população em abandonar medidas não farmacológicas, como uso de máscara, distanciamento social, lavar as mãos. Luana respondeu:

— Eu vi declarações de muitas pessoas, também do presidente. A gente precisa multiplicar lideranças com informações corretas. Na hora que qualquer pessoa, independente do seu cargo, sua posição social, defende algo que não tem comprovação cientifica você expõe a população do seu grupo a uma situação de vulnerabilidade — disse Luana, completando: — Todo mundo que diz isso tem responsabilidade do que acontece depois.

Luana foi convidada pelo ministro para ser secretária de Enfrentamento à Covid-19. Dias depois, quando a nomeação dela sequer tinha saído, ela deixou o ministério. Em audiência na Câmara, Queiroga deu a entender que houve veto de Bolsonaro. A medica afirmou que “provavelmente não aceitaria” se fosse convidada hoje para o cargo, principalmente devido à exposição. Ela negou ter conhecimento de um “gabinete paralelo” no governo e também de ter conhecido o filho do presidente Carlos Bolsonaro ou outra pessoa da família.

Sobre as ameaças que recebeu, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) questionou se foram identificadas, Luana disse que elas sempre foram ligadas ao “pseudo tratamento precoce” e a medidas de tratamento não farmacológico que ela defende. A infectologista também lamentou qualquer a possibilidade do veto ao seu nome para o cargo no ministério estar ligado ao seu posicionamento em favor da ciência:

—- A mim só me resta lamentar. Se foi [o motivo] eu considero trágico.

Defensores do uso de remédios como a cloroquina contra a Covid-19 costumam citar a autonomia médica como justificativa. Luana disse, porém, que a autonomia é baseada em alguns pilares que precisam ser observado.

— Autonomia médica faz parte da nossa prática, mas não é licença para experimentação. A autonomia precisa ser defendida sim, mas com base em alguns pilares. No pilar da plausibilidade teórica do uso daquela medicação, do volume de conhecimento científico acumulado até aquele momento, no pilar da ética e no pilar da responsabilização. Quando junta tudo isso, você tem direito a uma autonomia e precisa fazer o melhor para seu paciente — disse Luana.

Em relação ao papel do Conselho Federal de Medicina (CFM), que também defende que o médico é autônomo e responsável pelos seus atos, Luana disse que é “bastante temerário colocar nas costas dos médicos” a responsabilidade de usar uma medicação que não tem eficácia. Ela citou, por exemplo, que muitos pacientes passaram a exigir medicamentos que não tem comprovação contra o coronavírus.

— Eu considero que a classe médica foi muito exposta. Exposta de uma maneira não positiva neste momento e foi grande parte dela colocada em oposição à população. Muitos médicos se sentiram coagidos.

Sobre o TrateCov, aplicativo desenvolvido pelo Ministério de Saúde para oferecer medicamentos do chamado tratamento precoce, Luana afirmou que ele nunca esteve em “seu radar”.

— Acho que algoritmos técnicos são importantes, mas não podem apontar para terapias que não funcionam — afirmou.

Luana também chamou a atenção para a vacinação da população de Serrana (SP), que alcançou resultados positivos, para dizer como é importante vacinar muita pessoas em pouco tempo. Toda a população adulta da cidade recebeu a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, como parte de um estudo. O resultado foi uma queda de 95% nas mortes, e a conclusão de que a pandemia pode ser controlada se 75% das pessoas forem vacinadas.

Já sobre a tese da imunidade de rebanho, que chegou a ser defendida por especialistas ligados a Bolsonaro, a médica infectologista afirmou que ela é impossível de ser atingida deixando o vírus circular entre a população. Ela destacou que isso é alcançado apenas pela vacinação.

‘320 dias de silêncio’

Em sua fala inicial, Luana disse que seriam necessários mais de 320 dias caso fosse feito um minuto de silêncio para cada vítima da Covid-19 no Brasil. Ela afirmou que, ao aceitar o convite para o cargo, pediu autonomia para agir de acordo com critérios técnicos e científicos, o que foi garantido pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

— Aliás, mais de 320 dias. Esse seria o tempo em que teríamos que ficar quietos para respeitar um minuto de silêncio para cada uma das mais de 460 mil mortes de Covid-19 no Brasil. Essa é a razão pela qual estou aqui hoje. Para mim, isso é intolerável e toda pessoa deve fazer o que estiver a seu alcance para evitar essa hecatombe — disse Luana, que declarou depois: — Ciência não tem lado. Ciência é bem ou mal feita. É ferramenta de conhecimento para servir a população, prezando a vida e a qualidade de vida.

Luana afirmou ainda, em sua fala inicial, que a pandemia do novo coronavírus é uma crise de confiança:

— A Covid-19 é uma doença ardilosa, mas a pandemia é uma crise e, acima de tudo, uma crise de confiança. Pelos nossos erros todos perdemos a confiança do povo. É imperativo que deixemos o que não presta de lado — disse a médica, criticando “a luta de um contra os outros”.

Luana avaliou que este não é o momento de realizar a Copa América no país. Ela destacou que o uso de protocolos rígidos ameniza os riscos, mas não os anula.

Luana disse que, apesar de não ter sido nomeada ao cargo no Ministério da Saúde, trabalhou como se tivesse sido, sem ter recebido nada por isso. Afirmou que, nesse tempo, viu que havia falha no programa de testagem e rastreamento de pessoas que tiveram contato com quem teve o coronavírus e observou gargalos no programa de vacinação. Ela disse que teve um contato muito rápido com a equipe, mas elogiou Queiroga.

— Meu diagnóstico [do Ministério da Saúde] é condizente com o convite. Encontrei um ministro competente, capaz, proativo. Alguns dias recebi mensagens dele às quatro e meia da manhã. O que eu vi foi um ministro comprometido, com uma equipe próxima dele também comprometido — disse Luana.

Ela também afirmou que o ambiente político no país hoje é tal que muitas pessoas que poderiam ajudar no combate à pandemia no Ministério da Saúde não têm interesse em fazer isso.

O ministro, que assumiu o cargo no fim de março, se esforça para chamar atenção ao que está sendo feito daqui para frente, mas a demissão de Luana poderá dar à oposição a oportunidade de mostrar que as coisas não mudaram tanto, e que Bolsonaro continua interferindo no ministério.

Ao ser indagada sobre quem a teria indicado, a infectologista disse que não sabia. O presidente do colegiado afirmou que “ninguém liga do nada para uma pessoa” para um convite a um cargo. A médica então respondeu que “imagina” que foi feita uma seleção e que foi escolhida por ser qualificada.

Omar Aziz elogiou o trabalho de Luana e disse que há duas razões para vetar a nomeação de um servidor: por envolvimento em corrupção, o que não era o caso dela, ou por questão política, por compactuar com a posição do governo.

— Não estão interessados em quem tem capacidade. Estão interessados em quem compactua com tratamento precoce e imunidade de rebanho — disse Omar.

Luana disse ser importante conscientizar a população com uma mensagem clara e única:

— Nós sabemos que a participação popular é fundamental em todos os países em que houve uma resposta decente à pandemia. Pode ser mobilizada de diversas formas. Em regimes democráticos, a gente faz isso por uma comunicação clara, de mensagem única. Do contrário, as pessoas ficam perdidas. Se cada um diz uma coisa, em quem eu acredito, principalmente se eu não tenho conhecimento técnico para avaliar esse tipo de informação?

Nomeação impedida

A médica, que comparou a hidroxicloroquina a um “neocurandeirismo”, como mostrou O GLOBO, deixou o cargo no Ministério da Saúde dez dias depois de ser anunciada. A saída, que não foi justificada pela pasta ou pela própria infectologista, teria sido motivada por pressões do governo no enfrentamento à pandemia, que não teriam sido aceitas por ela.

— Ele [Queiroga] disse que lamentava, mas que a minha nomeação não passaria pela Casa Civil — afirmou Luana sobre o anúncio que não continuaria na pasta.

O relator, Renan Calheiros (MDB-AL), perguntou se a oposição dela ao tratamento precoce sem eficácia comprovada foi o que impediu sua nomeação.

— Eu acho que essa pergunta deve ser direcionada ao ministro Queiroga. A minha posição pública não é uma opinião. Na medicina a gente tem opinião até o momento em que a gente substitui essa opinião por evidências. Não foi me dada nenhuma justificativa para a minha saída — disse Luana.

Indagada por que a nomeação não saiu antes de ela começar a trabalhar, Luana respondeu:

— O que me foi dito é que existe um período entre a criação da secretaria e o apostilamento de cargos para que minha nomeação pudesse ser publicada no Diário Oficial. Sairia na segunda-feira, não saiu. Sairia na terça, não saiu. Na quarta-feira eu entendi [que não haveria nomeação]. Trabalhei normalmente. À noite fui chamada e avisada que na nomeação não sairia.

Os requerimentos de convocação aprovados pela comissão foram apresentados pelos senadores Humberto Costa (PT-PE) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

— É uma pessoa qualificada, que tem condições técnicas para exercer qualquer função pública. Ela não chegou a ser nomeada. Nós encaminhamos para a instância do governo. Vivemos num regime presidencialista. Eu fui indicado por quem? Por quem de direito, o presidente da República. É necessário que exista validação técnica e validação política para todos os cargos — disse Queiroga no fim de maio.

Inicialmente, estava prevista nesta quarta-feira uma audiência com médicos para debater a cloroquina, mas o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), justificando que uma CPI é dinâmica, mudou o depoimento.

Aziz também anunciou, na sessão desta quarta-feira, que o governador do Amazonas, Wilson Lima, que prestaria depoimento dia 29 de junho, vai falar na quinta-feira da semana que vem.

Com O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Isso mesmo continuem tomando a dipirona para a febre e só voltem para o hospital quando estiverem com o pulmão contaminado a Tubalina estará a disposição de todos. Boa sorte !!!!

  2. Isso mesmo continuem tomando a dipirona para a febre e só voltem para o hospital quando estiverem com o pulmão contaminado a Tubalina estarão a disposição de todos. Boa sorte !!!!

  3. Negar tratamento a um doente é o verdadeiro negacionismo. Se não quer tomar, fique em casa esperando a falta de ar e deixe de encher o saco dos outros. Cuide da sua vida.

    1. Disponibilizar tratamento inócuo ao invés de providenciar o verdadeiro remédio (vacinas) é charlatanismo e o verdadeiro crime e precisa ser punido duramente. Essa direita delirante que se acha honesta mas governa com os mesmos cúmplices do governo PT é a principal responsável pelo retrocesso social, econômico, político. Bozo pessoalmente é o grande responsável pela destruição da estrutura de investigação e punição dos crimes de corrupção no país. O resto é conversa fiada desse desocupado, politicamente analfabeto.

  4. ” Discutir tratamento precoce é como escolher que lado da Terra Plana vamos pular”- dra Luana Araujo. Vai ficar para história. Por trás dos gritos de gadoo, não tem nenhum alienado!!! Muda Brasil!!!

  5. David Uip, renomado médico em SP, disse a mesma coisa. Quando teve Covid fez o tratamento precoce com todas as drogas, inclusive hidroxicloroquina. Ficou curado e está aí vivo para contar a sua história. Espero que essa doutora, caso contraia o vírus, tome dipirona ou ozônio no reto e somente procure o hospital quando estiver com falta de ar.

    1. Na época que David Uip teve covid, não havia tantos estudos comprovando que a hidroxicloroquina não tem efeito algum no tratamento a covid. Logo, David Uip tomou muita água quando doente, mas não quer dizer que a água o curou… Só mesmo animais como as emas do planalto que ainda tomam hidroxicloroquina para tratar covid…

    2. Ozonio no reto é ideia de quem acredita em tratamento precoce, isso quer dizer que o amigo usou ozonio no toba, ne? Hehehe

  6. “ Discutir tratamento precoce é como escolher que lado da Terra Plana vamos pular”
    Dra. Luana Araújo

  7. Entendem o motivo dela tee ficado apenas duas semanas neste governo? É lúcida, responsável e defende a ciência. Ela também exemplificou para um senador bolsodoidosta que não é porque o virus morre no microondas que ela iria mandar seus pacientes ficarem duas vezes por dia no forno. O que fizeram com o país nesses últimos anos vai servir de estudos para a comunidade científica de psquiatria. Quem sabe assim consigam explicar os bichos de chifres (gado)

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Educação

Professores da UFRN seguem em greve por tempo indeterminado

Foto: Reprodução Adurn

Os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) seguem em greve por tempo indeterminado. A decisão pela continuidade do movimento foi aprovada por ampla maioria em assembleia extraordinária que contou com a participação de mais de 340 docentes. O debate ocorreu na tarde desta quarta-feira (24), presencialmente, no auditório Otto de Brito Guerra, na reitoria da UFRN, e remotamente, através da plataforma Zoom.

Os docentes também rejeitaram a proposta apresentada pelo Governo Federal na 4ª Reunião da Mesa Específica e Temporária da Área da Educação, que aconteceu no último dia 19. O entendimento da categoria é de que, apesar de apresentar algum avanço, a proposta pode ser melhorada. Para o presidente do ADURN-Sindicato, Oswaldo Negrão, o movimento grevista está cumprido um importante papel, no sentido de pressionar o Governo Federal nas negociações.

Os professores e professoras ainda aprovaram que o comando de greve docente faça uma nova solicitação à reitoria pela suspensão do calendário acadêmico. Nesta quinta-feira (25), a categoria deve se unir ao alunado em ato promovido pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) para pedir essa suspensão. A manifestação acontecerá às 14h, no pátio da reitoria da UFRN.

Parte dos encaminhamentos sugeridos durante a atividade foram encaminhadas ao comando de greve docente, tais como: a ampliação do comando; uma moção de apoio à luta dos argentinos em favor da Educação pública, rumo a uma greve latino-americana; notas em resposta aos posicionamentos e orientações da administração da UFRN; apoio à luta dos bolsistas, pelo aumento das bolsas e pelo direito ao exercício da greve; e uma nota à comunidade acadêmica.

Tribuna do Norte

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Geral

Sinpol-RN diz que seguirá com paralisação mesmo após decisão da Justiça para encerrar

Foto: reprodução/Instagram

Após mais um dia de mobilização, os Policiais Civis deliberaram pela continuidade do movimento deflagrado nesta semana. Na noite desta quarta-feira, 24, a categoria se reuniu em Assembleia Geral e decidiu por reabrir apenas as plantões durante o resto da noite e madrugada. Já na manhã desta quinta-feira, 25, a concentração volta a ser feita na sede da Central de Flagrantes, a partir das 8h.

VEJA TAMBÉM: Desembargador determina encerramento da paralisação dos servidores da Polícia Civil do RN

A expectativa dos Policiais Civis é que o Governo do Estado finalmente apresente uma resposta em relação à pauta de valorização da categoria. A delegada-geral da Polícia Civil, Ana Cláudia Saraiva, assumiu compromisso de se reunir diretamente com a governadora Fátima Bezerra ainda nesta quarta-feira e discutir o pleito da categoria.

Com isso, ao longo de todo o dia, o SINPOL-RN aguardou uma resposta dessa conversa e, até o início da noite, não houve retorno. Dessa forma, foi deliberado pelos policiais civis a continuidade da mobilização nesta quinta-feira.

“A luta seguirá firme até que a governadora tenha um gesto de reconhecimento aos policiais civis. O que está sendo pedido é justo e, inclusive, o Governo já concedeu para outras categorias da Segurança Pública. Então, agora só falta a vontade política da chefe do Executivo para encerrarmos esse movimento”, destaca Nilton Arruda, presidente do SINPOL-RN.

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Geral

VÍDEO: Homem circula com camiseta do Hamas em evento na Câmara dos Deputados

Por proposição dos deputados João Daniel (PT-SE) e Padre João (PT-MG), a Comissão de Legislação Participativa da Câmara discutiu nesta quarta-feira (24) a “Crise Humanitária na Faixa de Gaza, Violações dos direitos humanos e do Direito Internacional pelo Estado de Israel”.

Chamou a atenção um homem vestido com camiseta do Hamas distribuindo panfletos para os parlamentares membros da comissão. Hamas é o grupo terrorista que promoveu verdadeira carnificina em Israel.

Ocasião em que o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) usou um keffiyeh palestino – lenço xadrez preto e branco que geralmente é usado em volta do pescoço ou da cabeça.

Representando o Itamaraty, o diplomata Antônio Carlos Antunes Santos falou sobre “A Soberania palestina, a relação diplomática Brasil-Palestina, perspectivas para a paz na região e a política de repatriação no conflito”.

Com informações de BZNotícias

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Geral

VÍDEO: Delegado diz que preso pela morte de psicóloga queria o celular dela para verifica mensagens com ex-namorada

Diretor da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), o delegado Márcio Lemos informou, em coletiva de imprensa nesta quarta (24), que o advogado João Carvalho, 41, preso pelo assassinato da psicóloga Fabiana Maia Veras, 42, não confessou oficialmente o crime, mas os indícios coletados na investigação levaram à autoria.

Disse que ele ameaçou os agentes da Polícia Civil no momento da prisão. O homem que dirigiu o carro em que ele chegou à casa de Fabiana, em Assú, foi motorista por aplicativo contratado e a participação dele no homicídio foi descartada.

Segundo o delegado, o advogado manteve contato com a psicóloga por meio de redes sociais, marcaram o encontro e ele planejou o assassinato. A intenção do homem era pegar o aparelho celular dela para verificar possíveis trocas de mensagens com a ex-namorada de suposto assassino. O celular estava desmontado no apartamento dele e será periciado.

BZNotícias

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Geral

Com Crispim Oliveira e Carlos Medeiros, Chapa 1 traz representatividade para eleição sábado do Sicoob Potiguar

Com o nome “Um novo tempo para renovar”, a chapa 1 formada por Crispim Oliveira (presidente) e Carlos Medeiros (vice-presidente) está inscrita para a eleição do Sicoob Potiguar, que acontece no próximo sábado (27) e será 100% online por meio do aplicativo Sicoob Moob disponível tanto na App Store quanto na Google Play.

Além deles, a chapa é formada por um time qualificado de conselheiros que, juntos, querem demonstrar mais representatividade junto aos associados e comprometimento com os resultados.

Os membros da chapa 1 também objetivam aumentar a transparência na instituição dentro do escopo de “conectar pessoas para promover justiça financeira e prosperidade e proporcionar a melhor experiência financeira aos nossos cooperados”, conforme informa a missão do Sicoob Potiguar.

Além de Crispim Oliveira para presidência e Carlos Medeiros para vice, a chapa 1 conta com os seguintes nomes para conselheiros: Ana Luiza Flor, Francisco Veloso, Neto Camelo, Djalma Barbosa da Cunha Júnior, Roberto Wagner e George Hasbun.

A eleição para o Sicoob Potiguar acontece no sábado (27) e será 100% online no aplicativo Sicoob Moob disponível tanto na App Store quanto na Google Play.

Opinião dos leitores

  1. Chapa 1 é da hora, renovação, honestidade e transparência. Nada de conchavos. Queremos uma cooperativa para todos.

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Geral

Defesa de Bolsonaro vai pedir novamente a Moraes liberação de passaporte para ir a Israel

Foto: REUTERS/Adriano Machado

Após a decisão do ministro Alexandre de Moraes (STF) de arquivar a investigação sobre a estada de Jair Bolsonaro (PL) na Embaixada da Hungria em Brasília, a defesa do ex-presidente vai pedir novamente a liberação do seu passaporte para que ele possa viajar a Israel a convite de Benjamin Netanyahu.

Os advogados Paulo Bueno, Daniel Tesser e Fabio Wajngarten vão pedir uma permissão para que Bolsonaro fique 6 dias no país.

“Vamos mostrar que ele atende sempre todas as cautelares vigentes e que tem agendas já programadas para depois da hipotética viagem para Israel. Não há nenhuma razão para que ele não autorize”, disse Wajngarten à CNN.

CNN Brasil

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Geral

VÍDEO: Minuto da Câmara Municipal de Natal – Comissão de Defesa do Consumidor

Minuto da Câmara de Natal no ar trazendo os assuntos mais importantes debatidos na última semana, na Casa.

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Política

CCJ da Câmara aprova projeto que autoriza estados a legislarem sobre posse e porte de armas

Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) aprovou, nesta quarta-feira, por 34 votos a 30, um Projeto de Lei que concede aos estados e ao Distrito Federal a competência para legislar sobre “a posse e porte de armas de fogo, tanto para fins de defesa pessoal, como também para as práticas esportivas, e de controle da fauna exótica invasora”. De acordo com o texto de autoria da deputada Caroline de Toni (PL-SC), que também é presidente da CCJ, os estados poderiam alterar a lei vigente por meio das assembleias locais.

Neste caso, os estados precisariam “comprovar a capacidade de fiscalizar quem possui a arma por meio de um sistema de controle integrado ao Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp)”.

O texto mantém a proibição da aquisição de armas de fogo e munições proibidas, além de restringir o alcance das leis locais aos estados em que forem aprovadas, além de delimitar que apenas pessoas nascidas naquele estado poderiam ser beneficiadas pela regulamentação.

A expectativa é que o projeto vá a plenário. Entretanto, não há previsão para que isto ocorra.

A sessão foi marcada por embate entre os favoráveis, que foram em maioria os opositores, e os contrários, representados pelos governistas. Aqueles que se opunham ao texto argumentavam que apenas a União pode legislar sobre materiais bélicos.

— Se querem mudar isso, mudem primeiro a Constituição, depois o Estatuto do Desarmamento. Mas, este projeto é inconstitucional. É um atalho para burl(”).

Já os favoráveis à constitucionalidade do projeto se apoiaram no artigo 22 da Constituição, que diz que “compete privativamente à União legislar sobre normas gerais de material bélico”.

— O cidadão de bem armado vai defender a sua família. Mas, para os governistas, é o MST que deve ficar armado. Quem é contra também defende drogas e abortos — disse o deputado Éder Mauro (PL-PA).

A deputada Fernanda Melchiona (PSOL-RS) disse que o discurso de Éder Mauro é “golpista”.

— Esse é um discurso golpista, que quer armar a população para fomentar atos golpistas, como o do dia 8 de janeiro. Não permitiremos isto.

Caroline de Toni, que por ser autora do projeto não pôde presidir a sessão, se manifestou.

— Em Santa Catarina, os javalis são uma praga agrícola que traz doenças e destrói lavouras. É errôneo falar que isto é inconstitucional. Não há uma lei complementar que verse sobre isto. É necessário valorizar a pluralidade cultural do nosso país, por isto peço a aprovação.

O Globo

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Política

PT lidera ranking dos partidos que mais receberam emendas na Câmara

Imagem: reprodução/GloboNews

Deputados do PT tiveram o maior volume de emendas liberadas na Câmara neste ano pelo governo. É o que mostra o Portal do Orçamento Federal.

Nos recursos distribuídos por partidos, deputados do PT já receberam R$ 617,8 milhões em emendas. Na sequência, vem o MDB, com R$ 450,1 milhões. Seguido do União Brasil com R$ 446 milhões.

Em relação aos deputados do PL – partido que tem a maior bancada da Câmara – foram liberados R$ 367,5 milhões em emendas – o menor valor dentre os sete maiores partidos da Casa.

A liberação de valores maiores a aliados tem gerado insatisfações. Parlamentares de oposição querem derrubar o veto parcial do governo à Lei de Diretrizes Orçamentárias, no artigo que previa a criação de um calendário para o pagamento de emendas. A sessão está prevista para ocorrer nesta quarta-feira (24).

Em uma semana de pautas-bomba, o governo acelerou a liberação de emendas. Nesta segunda-feira (22), foram empenhados R$ 2,7 bilhões.

Com isso, já foram autorizados R$ 5,5 bilhões a deputados e senadores neste ano. O valor inclui, além das emendas impositivas, as emendas de comissão e de bancadas da Câmara e do Senado.

As emendas individuais são impositivas, ou seja, o governo é obrigado a pagá-las. Mas o ritmo pode ser ditado pelo Poder Executivo. Parlamentares têm reclamado da lentidão na liberação dos valores.

Por se tratar de ano eleitoral, os empenhos precisam ser feitos no primeiro semestre ou então apenas após as eleições.

O interesse dos parlamentares é de que os valores sejam liberados logo, pois há interesse na aplicação dos recursos antes do início do processo eleitoral.

g1

Opinião dos leitores

  1. Aí cabe a pergunta.
    PRA ONDE ESSE DINHEIRO ESTÁ INDO???
    PRA ONDE??
    A ONDE ESTÁ AS OBRAS?
    AS AÇÕES??
    Com a palavra, Natália Bonavides e Fernando Mineiro.
    Fala!!!!!
    A onde está indo o nosso dinheiro??

  2. Que coisa horrível…era pra dar mais dinheiro para o PL da besta fera…👉👉👉🤡

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Mundo

Biden sanciona lei que pode banir TikTok nos EUA

Foto:  Dado Ruvic/Illustration/Reuters

O presidente dos EUA, Joe Biden, sancionou nesta quarta-feira (24) um projeto de lei que ordena que o TikTok, controlado pela empresa chinesa ByteDance, tenha um novo dono nos Estados Unidos.

Com isso, a ByteDance terá 270 dias (até meados de janeiro) para encontrar um comprador para a operações do TikTok no país. Esse prazo poderá ser renovado por mais 90 dias. Caso contrário, a rede social terá que deixar o mercado americano.

Após a assinatura de Biden, Shou Zi Chew, presidente-executivo do TikTok, disse que “os fatos e a Constituição estão do nosso lado” e que espera reverter a decisão.

“Esta proibição devastaria 7 milhões de empresas e silenciaria 170 milhões de americanos”, disse a empresa em comunicado no X, antigo Twitter.

A proposta de banir o TikTok nos EUA surgiu com o ex-presidente Donald Trump. Hoje, no entanto, em plena campanha eleitoral, o republicano tem outro discurso e diz que os “jovens podem ir à loucura” com a proibição. Segundo ele, “há muita coisa boa e muita coisa ruim” com a plataforma. Ele também diz que não deseja fortalecer o Facebook com o banimento da rede chinesa.

Os EUA alegam que o TikTok coleta dados confidenciais de americanos e que isso representa um risco à segurança nacional.

O país teme que a China possa usar as informações de mais de 170 milhões de usuários americanos da plataforma para atividades de espionagem. O TikTok, por sua vez, nega a acusação.

No sábado (20), a Câmara dos Estados Unidos aprovou a nova versão de lei por 360 votos a 58. O novo texto dava mais tempo para o TikTok encontrar um comprador. O Senado deu aval para o PL na noite desta terça-feira (23) e, para valer, só dependia da sanção de Biden.

Caso a empresa não cumpra a decisão americana e não encontre um comprador, as big techs Apple e Google terão que remover o TikTok de suas lojas de aplicativo, App Store e Play Store, respectivamente.

O presidente-executivo do TikTok, Shou Zi Chew, disse após a sanção de Biden que a empresa espera vencer uma contestação judicial contra a legislação.

“Fiquem tranquilos, não vamos a lugar algum”, disse ele em um vídeo postado momentos depois que Biden sancionou a lei. “Os fatos e a Constituição estão do nosso lado e esperamos prevalecer novamente”, completou.

g1

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