Saúde

A aposta no remdesivir, antiviral com ótimos resultados contra a Covid-19

ESPERANÇA - Ampola do composto: rápida recuperação de doentes Ulrich Perrey/Pool/Reuters

Lá no outro mundo em que vivíamos, em fevereiro, quando a Covid-19 começava a se espalhar, ainda silenciosa e sorrateiramente, o consultor sênior da Organização Mundial da Saúde (OMS), o canadense Bruce Aylward, alocado na China, mal foi escutado ao chamar atenção para um composto químico desenvolvido em um laboratório da farmacêutica Gilead, em Foster City, na Califórnia, ao sul de São Francisco. “Há apenas uma droga com real eficácia contra a Covid-19”, disse Aylward. “É o remdesivir.” Criado em laboratório há exatos oito anos — o primeiro estudo foi publicado na revista Bioorganic & Medicinal Chemistry Letters em 15 de abril de 2012 —, o antiviral foi aplicado em dois outros momentos. Inicialmente, nas pesquisas em torno de um possível tratamento do surto de Mers, a síndrome respiratória por coronavírus, identificada na Arábia Saudita, naquele mesmo ano do primeiro registro científico do medicamento. E, depois, como terapia em casos africanos de ebola, na Guiné, Serra Leoa e Libéria, entre 2013 e 2016. Nos episódios da Mers, verificou-se em laboratório uma freada na multiplicação do vírus. Com o ebola, houve testes em humanos, mas os resultados foram decepcionantes.

A segunda vida do remdesivir, celebrada agora nos corredores da OMS, veio à luz de forma quase anedótica, bem ao modo de nosso tempo, o das redes sociais, da internet. No dia 16, o conteúdo de um vídeo sobre um estudo da Universidade de Chicago com 125 doentes (113 deles com infecções graves) foi vazado pela Stat News, uma influente publicação americana do setor de saúde. Nele, Kathleen Mullane, especialista em doenças infecciosas e líder dos ensaios clínicos, informava que, depois de iniciado o tratamento com o remdesivir, os pacientes tiveram a febre diminuída rapidamente e alguns saíram dos ventiladores no dia seguinte. “Mas a melhor notícia é que a maioria dos nossos voluntários se recuperou e apenas dois morreram”, ela afirmou. A resposta pôde ser rapidamente medida em dólares. Pouco mais de quinze minutos após a celebração de Kathleen, as ações da Gilead, a fabricante da droga, saltaram até 14% nas bolsas de Chicago e Nova York. O índice financeiro Stoxx 600, que reúne pequenas e médias empresas de países europeus, registrou ganhos de 2,9%. O FTSE, de Londres, subiu 3,2%. Deu-se alguma oscilação natural nos dias seguintes, mas a Gilead cresceu e apareceu — e, tudo indica, definitivamente.

As curvas ascendentes dos papéis foram o eco financeiro, medida de interesse global, atrelado a um par de ótimas notícias. Além dos dados vazados, outro trabalho, cujas conclusões foram publicadas na reputada revista científica The New England Journal of Medicine (NEJM), apontou boas respostas com o remdesivir. Um grupo de 53 pacientes afetados pela Covid-19 recebeu por via intravenosa 200 miligramas do antiviral e, na sequência, foi tratado ao longo de nove dias com 100 miligramas da substância. Depois de dezoito dias, 68% dos doentes apresentaram melhora na condição clínica — entre os trinta casos mais graves, controlados por meio de ventilação mecânica, na UTI, dezessete pacientes deixaram o quarto de tratamento intensivo. Do grupo inicial, sete pessoas morreram. Parece muito, mas o medicamento foi ministrado quando a situação já era desesperadora, e, mesmo assim, mais da metade se recuperou.

O renascimento do remdesivir, que anima os mercados e representa uma esperança, muito além de uma quimera, é a tradução de um dos movimentos mais fascinantes da aventura histórica da medicina, em especial da epidemiologia: substâncias originalmente desenvolvidas para determinada enfermidade são aplicadas, com sucesso, em outra. A trajetória mais espetacular foi de outro antiviral, a zidovudina, mais conhecida pela sigla AZT, que se mostraria eficaz no combate ao vírus HIV, da aids. Desenvolvida em 1964 como fármaco contra a leucemia, foi deixada de lado depois do desempenho ruim em testes com ratos. O criador da medicação, o americano Jerome Horwitz (1919-2012), guardou as anotações numa gaveta e disse a seus colegas da Wayne State University, em Detroit, uma frase que se tornaria célebre: “Desenvolvemos um conjunto muito interessante de compostos que aguardam a doença certa”. A partir da eclosão da aids, a inesperada e triste “doença certa”, o AZT voltou a entrar na engrenagem dos laboratórios. Foi patenteado pela farmacêutica Burroughs Wellcome (Horwitz nada recebeu) e, em 1987, quase 25 anos depois dos passos iniciais, acabou aprovado oficialmente pela rigorosa FDA, a agência de controle de saúde dos Estados Unidos. Em São Francisco, com o anúncio, foram organizados bailes de rua pela comunidade de homossexuais, então o grupo de risco mais atingido pela síndrome, para celebrar a boa-nova, o prólogo de um coquetel que salvaria vidas. A bioquímica Janet Rideout, agora com 81 anos, envolvida na descoberta da relação do AZT com o HIV, lembra-se daqueles dias como quem esteve na frente de batalha de uma guerra, e a metáfora ainda hoje é pertinente. “Trabalhávamos em altíssima velocidade”, recorda. “Havia muito nervosismo quando chegava a hora de administrar o medicamento aos pacientes pela primeira vez. Era assustador pensar que poderíamos prejudicar as pessoas que queríamos socorrer.”

A velocidade que se impunha é a mesma que se exige atualmente — e, tanto para o AZT quanto para o remdesivir, a corrida autorizou e autoriza a supressão de algumas etapas, como ocorre com a criação de uma vacina (veja a reportagem na pág. 54). O motivo é simples: não há tempo a perder. A conduta é atrelada a riscos. Os próprios cientistas da fabricante Gilead admitem algumas fragilidades, ainda, embora tenham a anuência das autoridades de saúde para seguir em frente. As investigações divulgadas na semana passada foram ancoradas em uma metodologia conhecida como “teste aberto”, em que médicos e pacientes sabiam que o remdesivir estava sendo ministrado — o padrão acatado hoje é o “duplo-cego”, em que ambas as partes trabalham com desconhecimento sobre o remédio oferecido. Evidências estatísticas realmente válidas virão de levantamentos mais amplos. Nesses ensaios, os doentes são divididos aleatoriamente em dois grupos — um recebe remdesivir e o outro, placebo.

Um estudo mais detalhado, dentro dos rigorosos moldes exigidos pela boa medicina, está sendo conduzido pela universidade americana de Nebraska. Iniciado em meados de fevereiro, terá os primeiros resultados concluídos em três semanas. Trata-se da pesquisa com o mais curto tempo para aprovação das autoridades do governo na história dos Estados Unidos. Financiada pelos Institutos Nacionais da Saúde (NIH) americanos, ela investiga a ação do remdesivir em 500 infectados de setenta instituições de saúde de diversos países, acometidos pela doença, em estado clínico de média e alta gravidade. “Estou esperançoso, mas o ímpeto para a descoberta da bala de prata não pode comprometer a ciência séria”, disse a VEJA o infectologista e intensivista brasileiro André Kalil, um dos coordenadores do trabalho de Nebraska.

Na terça-feira 21, autoridades dos NIH informaram, claramente, a inexistência de remédios já aprovados para o controle da Covid-19 — mas puseram o remdesivir no grupo de substâncias que aguardam “dados definitivos de ensaios clínicos para identificar tratamentos ideais”. Faz parte do pacote outro antiviral, a famosa cloroquina, a droga da ideologia, desenhada originalmente contra malária, lúpus e artrite reumatoide. Cabe aqui fazer uma pergunta que não quer calar: por que, afinal de contas, apostar no remdesivir e não na cloroquina? “Os primeiros relatos que indicam a eficácia da cloroquina, um antiviral e anti-inflamatório disponível no mercado e barato, contra uma epidemia desconhecida nos entusiasmaram”, afirma a pesquisadora da molécula Ludhmila Hajjar, intensivista do Instituto do Coração (Incor), em São Paulo. “Mas o tempo tem mostrado que os resultados não representaram melhora real para os doentes.” Entre os problemas estão efeitos colaterais drásticos, como arritmia e defeitos visuais. Há relatos de mortes em decorrência das aplicações. São obstáculos que não foram identificados na trajetória do remdesivir com a Mers e o ebola, apesar da insuficiência de certezas. Ressalte-se, ainda, que o remdesivir atua de modo muito mais direto no controle da circulação do coronavírus no organismo (veja o quadro na pág. 50).

Não seria exagero dizer, portanto, que estamos hoje, com três décadas de avanços em tecnologia e ciência, em momento semelhante ao da véspera do bater de tambores com o AZT — talvez seja cedo ainda, talvez haja demasiado e humano otimismo, mas dados os investimentos em jogo (só nos Estados Unidos, despendem-se 8 bilhões de dólares, o equivalente a 44 bilhões de reais, em pesquisas com o remdesivir e similares) e o empenho da OMS, além da iniciativa privada, há uma avenida aberta, como a de uma cidade em isolamento. A disputa, paralela e positiva, é outra — o que virá antes, um medicamento poderoso, sem falsas promessas, como pode ser o remdesivir, associado a mecanismos de fortalecimento do sistema imunológico (veja o quadro na pág. 52), ou a vacina. É uma luminosa luta pela vida.

Veja

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Brasil

Homem que chamou Lula de “ladrão” fecha acordo de serviços comunitários

Foto: Reprodução

O morador de Campos dos Goytacazes (RJ) Igor de Oliveira Rodrigues fechou um acordo com o MPF (Ministério Público Federal) e a Justiça no processo contra ele por chamar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “ladrão”.

Em audiência na tarde de quinta-feira (18), ficou acordado que Rodrigues fará 60 horas de serviço comunitário. Ele se negou a pedir desculpas pelo ato.

O caso ocorreu durante a passagem da comitiva presidencial pela BR-101 em 14 de abril deste ano.

Na ocasião, Igor chegou a ser detido pela PF (Polícia Federal) na rodovia. A situação foi gravada por celular.

Igor Rodrigues é uma liderança da direita em Campos dos Goytacazes e integrante do movimento Amor pelo Brasil. Ele emparelhou seu carro com o comboio presidencial e proferiu palavras consideradas ofensivas contra Lula.

A Polícia Federal considerou a atitude suspeita pelo emparelhamento do carro e conduziu Igor até a delegacia local. Após prestar depoimento, ele foi liberado. O caso foi registrado como possível crime de injúria.

O acordo oferecido pelo MPF foi uma proposta de transação penal, que é para casos de crimes de menor potencial ofensivo nos Juizados Especiais Criminais.

Nesse acordo, o autor do fato (réu em potencial) aceita cumprir uma pena restritiva de direitos ou multa, em vez de responder a um processo criminal.

À CNN no mês passado, Igor Rodrigues diz que exerceu liberdade de expressão.

“Fui acusado de injúria, mas minha fala não teve a intenção de ofender a honra pessoal do presidente. Apenas exerci meu direito de liberdade de expressão, manifestando uma crítica política e minha indignação. O presidente foi descondenado, não inocentado, e essa é uma informação pública. Além disso, figuras públicas como Marina Silva, Geraldo Alckmin e Silas Malafaia já fizeram declarações semelhantes. Minha manifestação foi uma opinião política, não um ataque pessoal”, afirmou.

CNN

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Polícia

Homem que decapitou o pai em praça pública de Natal é condenado a 20 anos de prisão

Foto: Sérgio Henrique

A Justiça do Rio Grande do Norte condenou a 20 anos e 2 meses de reclusão em regime fechado Victor Wander Ribeiro de Souza Silva, de 31 anos, que matou e decapitou o próprio pai em uma praça pública de Natal.

O julgamento foi realizado nesta quinta-feira (18), em júri popular no Fórum Miguel Seabra Fagundes, na capital potiguar.

O crime
O crime aconteceu em 19 de novembro de 2024, por volta das 11h, no conjunto Potilândia, Zona Sul de Natal. O homem esfaqueou e arrancou a cabeça do pai em uma praça do bairro.

Em seguida, tentou fugir carregando a cabeça em uma mochila. Segundo a Polícia Militar, ele também portava um galão de gasolina e a faca usada no assassinato.

Moradores acionaram a PM, que encontrou o suspeito nas proximidades da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Durante a abordagem, ele resistiu e atirou rojões contra os policiais, que revidaram e o balearam na perna.

Ele foi preso em flagrante e levado para a Unidade de Pronto Atendimento de Cidade da Esperança, na Zona Oeste.

Após a prisão, a bolsa com a cabeça foi levada para junto do corpo da vítima, encontrado na praça Bauxita, próxima à marginal da BR-101. O Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) e a Polícia Civil realizaram a perícia e iniciaram a investigação no local.

Na audiência de custódia realizada no dia seguinte ao crime, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva. Na época, a Polícia Militar informou que vizinhos relataram desentendimentos frequentes entre pai e filho e que o homem já teria tentado matar o pai em outras ocasiões.

G1RN

Opinião dos leitores

  1. E a mulher que escreveu com Baton na estátua levou 17 anos de prisão isso sim é justiça ou titica escolha

  2. Menor do que a pena do Bolsonaro que supostamente entrou com o exército com tanques nos Palácios de Brasília sem estar la. Decapitar o próprio pai é menos grave.

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Saúde

Flordelis teve princípio de AVC na prisão, diz defesa

Foto: Reprodução

A ex-deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (RJ), 65 anos, sofreu um princípio de AVC (Acidente Vascular Cerebral) dentro da Penitenciária Talavera Bruce, em Bangu, no Rio, onde cumpre pena depois de ser condenada pelo assassinato do marido. As informações foram relatadas pela defesa da ex-congressista ao jornal O Globo.

Na 5ª feira (18.set.2025), Flordelis teria desmaiado e sido levada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) dentro do Complexo Penitenciário de Bangu. Depois de ser estabilizada, foi encaminhada de volta à cela.

A ex-congressista cumpre pena por ter sido indicada como mandante do homicídio de seu então marido, o pastor Anderson do Carmo, morto em 2019. Foi condenada em 2022 a 50 anos de prisão. Ela nega envolvimento na execução do crime.

Janira Rocha, que atua como advogada da ex-deputada, afirmou que vai entrar com um pedido na Vara de Execuções Penais para que Flordelis seja internada em um hospital particular, fora do sistema prisional, com urgência.

“Flordelis saiu da UPA ainda passando mal, com fortes dores de cabeça, vomitando e falando com a língua enrolada. Como é que dão alta para uma mulher nesse estado? A própria unidade já avisou que não tem recursos para tratá-la. Vão esperar que ela morra para tirá-la de lá?”, questionou a advogada.

Allan Soares, namorado de Flordelis, que a visitou no domingo (14.set), afirmou ao Globo que o quadro de saúde da ex-deputada é delicado. “Se não fizerem alguma coisa rapidamente, Flordelis vai morrer na penitenciária”, disse.

Segundo a defesa, Flordelis depende de medicamentos para controlar crises de ansiedade, insônia e convulsões, além de antidepressivos e estabilizantes de humor.

O AVC é uma das principais causas de morte no mundo. Trata-se de uma emergência médica grave provocada pela interrupção do fluxo sanguíneo no cérebro –seja por obstrução (isquemia) ou por rompimento de um vaso (hemorragia).

O tipo isquêmico, mais comum (responsável por 80% a 85% dos casos), se dá quando há obstrução de um vaso sanguíneo. O hemorrágico é causado geralmente por pressão alta ou aneurismas e envolve o rompimento de vasos.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Com tantos BANDIDOS de DIREITA E CENTRO que estão ou serão presos, o slogan já mudou de “bandido bom é bandido morto para bandido solto”! E os” direitos dos manos” já virou direitos humanos!

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Brasil

Jovem potiguar some após ser recrutado para guerra na Rússia atraído por promessas financeiras atraentes

Foto: Reprodução 

O potiguar José de Arimatéia do Nascimento de Melo, conhecido como Maicon, de 33 anos, está desaparecido desde o último dia 4 de agosto, sem nenhum tipo de contato com a família.

O jovem é natural de Natal, capital do RN, e morador da cidade de Bento Fernandes, ele havia se mudado em março para a Rússia acreditando que trabalharia com drones e tecnologia. No entanto, ao chegar, foi direcionado para a guerra contra a Ucrânia.

A denúncia foi feita por sua irmã, Maria Vanessa, que procurou o BNews Natal e usou as redes sociais para pedir ajuda às autoridades brasileiras na esperança de alguma tentativa para localizar o irmão.

Antes de aceitar a proposta, Maicon viveu em Portugal, onde trabalhou na área industrial. Mas em março de 2025 recebeu o convite para atuar na Rússia, supostamente em tecnologia, com promessa de salário elevado.

Ele nunca foi informado que seria colocado na linha de frente, nem recebeu treinamento com armas”, afirma a irmã.

O contrato, assinado em 29 de maio de 2025, em Tcheliabinsk, tem duração de um ano e determina que ele atue como atirador e ajudante de granadeiro em uma unidade de infantaria motorizada em Samara.

Apesar das promessas, relatos de combatentes e familiares mostram que a realidade é muito diferente: mortes não registradas, corpos não enterrados e soldados estrangeiros usados como linha de frente em batalhas intensas.

Família continua sem respostas

Vanessa relata que não recebe informações há mais de 40 dias, apesar de ter buscado apoio da Embaixada do Brasil. “Eles pediram a documentação, enviamos, mas nunca deram retorno”, afirma.

O Itamaraty informou que não pode divulgar dados pessoais de cidadãos que solicitam serviços consulares.

BnewsNatal

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Geral

Morada da Paz lança espaço inédito para guarda de urnas e memórias no RN

Foto: Divulgação 

O Morada da Paz, referência em serviços funerários no Rio Grande do Norte, lança o Relicário da Morada, um espaço inovador e pioneiro para a guarda de urnas cinerárias e objetos de valor afetivo. Neste primeiro momento, a novidade está disponível apenas na unidade de Emaús.

De acordo com dados recentes, cerca de 8% a 9% dos falecimentos no Brasil resultam em cremação, número que vem crescendo à medida que barreiras culturais são superadas e a infraestrutura se expande.

“O Relicário da Morada nasceu da escuta das famílias que optam pela cremação, mas não sabem onde guardar as cinzas com a dignidade e o carinho que a memória merece. Então, criamos altares individuais de memória, personalizáveis, em um espaço afetivo, bonito e respeitoso para visitar, lembrar e homenagear”, explica Danielle Benevenuto, coordenadora de produto do Grupo Morada.

O espaço foi pensado para atender a uma demanda crescente por práticas personalizadas de homenagem póstuma. Em cada lóculo, as cinzas podem ser guardadas ao lado de fotos, cartas e objetos significativos, criando verdadeiros altares de memória.

“Desenvolvemos uma conexão muito fina com nosso público, além da sensibilidade aliada à técnica do melhor design e conhecimento aprofundado na Psicologia do Luto. Assim, conseguimos inovar honrando símbolos e ritos que acolhem as famílias”, acrescenta Danielle.

O Relicário também acompanha tendências de sustentabilidade e acolhimento, oferecendo um ambiente seguro, íntimo e digno para visitas frequentes. Entre os diferenciais está a opção pet friendly, que permite às famílias reunir, se desejarem, as cinzas de animais de estimação junto às de seus tutores.

“Assim como o Relicário acolhe cada história, no tempo de cada família, seguiremos criando espaços que validam o luto. O propósito do nosso trabalho é cuidar das pessoas nesse momento de despedida e continuidade saudável dos vínculos”, reforça a coordenadora.

Com a iniciativa, o Morada da Paz reafirma seu compromisso em unir inovação e cuidado, oferecendo às famílias uma experiência de memória única no Nordeste.

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Geral

União Brasil cogita expulsão de Sabino se ministro decidir ficar no governo

Foto: Roberto Castro

Representantes da Executiva Nacional do União Brasil são categóricos em dizer: se o ministro Celso Sabino (PA), dirigente da sigla, escolher ficar no governo Lula, será expulso da legenda.

A cúpula do partido não trabalha com a ideia de que Sabino possa se licenciar para seguir no cargo e ir ficando até o limite da desincompatibilização, em abril do ano que vem, ou pelo menos até a COP-30, em novembro.

O ministro está em uma sinuca de bicoporque, no Ministério do Turismo, ele tem uma vitrine para se viabilizar politicamente em seu estado, o Pará, sobretudo por causa do engajamento da organização da conferência climática.

Dentro do União, a visão é de que Sabino tentava ganhar tempo para se manter no cargo e dá sinalizações claras sobre um alinhamento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vestindo a camisa – ou o boné – do governo até mesmo no 7 de setembro.

O que acirrou ainda o clima entre o partido e o governo foi a leitura de que o Palácio do Planalto tem digital na investigação e na veiculação de notícias que atrelam o presidente Antônio Rueda ao PCC (Primeiro Comando Capital).

Rueda teve o nome incluído em investigação da PF (Polícia Federal), sob suspeita de ser o dono oculto de jatos executivos usados para transportar integrantes do crime organizado, em voos domésticos e para fora do Brasil.

CNN

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Geral

Planalto aposta em permanência de Sabino no Turismo

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Alvo de um ultimato dentro do União Brasil, o único ministro da Esplanada filiado ao partido, Celso Sabino (Turismo), tem sinalizado ao Palácio do Planalto que pretende continuar no comando da pasta. O governo aguarda uma definição do ministro.

A aposta de auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é de que Sabino consiga uma licença da sigla para permanecer no cargo.

O ministro tem insistido, junto a dirigentes do União Brasil, que sua permanência até a COP30, marcada para o Pará, seu estado, seria importante para as ambições políticas dele e do partido na região.

Nessa quinta-feira (18), o União Brasil estabeleceu um prazo de 24 horas para que filiados nomeados para cargos no governo deixem suas funções, “sob pena de prática de ato de infidelidade partidária”. Sabino, que cumpria agenda em Belém, retornou a Brasília após o anúncio.

O ministro deve se encontrar com Lula ainda nesta sexta-feira (19) para comunicar sua decisão. Há, por um lado, confiança por parte do Planalto de que Sabino opte por permanecer no cargo; por outro, interlocutores do União Brasil acreditam que ele escolha seguir a legenda e deixar o governo.

O prazo foi definido em resolução assinada pelo presidente nacional do partido, Antônio Rueda.

Na mesma nota em que anunciou a medida, a direção do União manifestou “irrestrita solidariedade” a Rueda, depois que o nome dele passou a constar nas investigações da Polícia Federal (PF) sobre uma suposta infiltração da facção criminosa PCC nos setores financeiros e de combustíveis.

“Causa profunda estranheza que essas inverdades venham a público justamente poucos dias após a determinação oficial de afastamento de filiados do União Brasil de cargos ocupados no governo Lula — movimento legítimo, democrático e amplamente debatido nas instâncias superiores”, diz o comunicado.

“Tal ‘coincidência’ reforça a percepção de uso político da estrutura estatal, visando desgastar a imagem da nossa principal liderança e, por consequência, enfraquecer a independência de um partido que adotou posição contrária ao atual governo”, acrescenta a nota.

Saída do governo

Em 2 de setembro, União Brasil e PP haviam dado 30 dias para que ministros das duas siglas deixassem o governo, medida que também afeta o ministro André Fufuca (Esporte), filiado ao Progressistas.

Com a nova resolução, o União antecipa, na prática, o prazo de desembarque dos filiados que ocupam cargos federais.

Desde agosto, União e PP formam uma federação partidária que reúne 108 deputados federais e 14 senadores, configurando a maior bancada da Câmara e a segunda maior do Senado.

A condução do grupo é dividida entre Rueda e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI).

Apesar de uma ala mais próxima ao governo, o União Brasil abriga também lideranças oposicionistas, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, pré-candidato à Presidência em 2026 e crítico declarado de Lula.

CNN

Opinião dos leitores

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Saúde

Brasil atualiza diretrizes de hipertensão arterial e 12 por 8 passa a ser indicador de risco

Foto: Adobe Stock

As novas diretrizes brasileiras de manejo da hipertensão arterial, apresentadas nesta quinta-feira, 18, no 80° Congresso Brasileiro de Cardiologia, promovem uma alteração em relação à classificação da pressão 120 por 80, o famoso 12 por 8.

O valor deixa de ser o padrão almejado para ser enquadrado como um indicador de pré-hipertensão, em linha com a diretriz europeia lançada no fim do ano passado.

A nova classificação foi adotada visando à identificação precoce de indivíduos em risco. Outro objetivo é incentivar intervenções não medicamentosas para prevenir a progressão para a hipertensão, informam os cientistas.

Agora, para que o nível não seja considerado de risco, a pressão arterial sistólica deve ficar abaixo de 120 mmHg e/ou a pressão arterial diastólica deve ser inferior a 80 mmHg.

Já o nível de pressão arterial que leva ao diagnóstico de um quadro de hipertensão permanece sendo aquele igual ou superior a 140 por 90 (14 por 9). E a meta de pressão arterial a ser atingida pelos pacientes com a doença, segundo as diretrizes, é de 130 por 80 (13 por 8).

A atualização é essencial “para quem busca fazer medicina baseada em evidências e alinhada às recomendações mais recentes”, afirma a Sociedade Brasileira de Cardiologia, em publicação nas redes sociais.

Tratamento

As diretrizes indicam também que o tratamento da hipertensão arterial não deve ficar restrito ao uso de medicamentos

Idealmente, ele deve incluir não fumar, ter uma dieta saudável, praticar atividade física e ter um Índice de Massa Corpórea (IMC) entre 18 e 24 kg/m².

Em termos de alimentação, a recomendação é ter uma dieta saudável, diminuir a ingestão de sal e álcool, e aumentar a de potássio.

Estadão

Opinião dos leitores

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Geral

Lula embarca para NY após semana marcada por polêmicas sobre vistos

Foto: Brenno Carvalho/O Globo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem previsão de embarque para Nova York neste domingo (21) para participar 80ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), que acontece entre segunda-feira (22) e quarta-feira (24).

A semana, porém, foi marcada por polêmicas sobre vistos para os Estados Unidos. A revogação do documento para entrada no país é um dos tipos de sanções adotadas pelo governo de Donald Trump contra autoridades brasileiras.

Lula está com o visto vigente e tem presença confirmada no evento. No entanto, a comitiva que o acompanhará ainda não está definida e pode ser reduzida, a depender da emissão ou não de vistos pela parte norte-americana.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu na última quinta-feira (18) seu visto. Ele foi convidado para participar da conferência internacional da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), além do evento principal.

“Eu recebi o visto hoje daquilo que é uma obrigação de um país que tem um acordo sede com o organismo internacional da ONU e da Opas, que tem que garantir o acesso”, afirmou o ministro após visitar o Centro Especializado em Reabilitação II/CEAL-LP, em Brasília.

Padilha estava com seu visto vencido desde 2024. Em agosto, o governo norte-americano cancelou os vistos de sua esposa e filha de 10 anos. A medida também atingiu servidores federais que, em 2013, participaram da execução do programa Mais Médicos, criado durante a gestão da então presidente Dilma Rousseff (PT).

De acordo com a Casa Branca, médicos cubanos que atuaram no Brasil pelo programa teriam sido submetidos a condições de exploração semelhantes à escravidão.

No acordo de sede da ONU nos EUA existe uma obrigação para o país oferecer vistos para participação na Assembleia Geral. Segundo o Itamaraty, qualquer medida que não se conforme com o estabelecido no acordo é uma violação legal.

CNN

Opinião dos leitores

  1. Tomara que os Estados Unidos exija que ele só tenha acesso do hotel para a convenção e do hotel para o aeroporto

  2. E Janja partiu há uma semana. Pq ela gosta sempre de chegar primeiro do que Lula. Deve ter motivos…

  3. Lula e toda sua quadrilha, é o que existe de pior no mundo, é uma escória, é o supra sumo da bosta de gato, extrato de mijo de potó.

  4. Pois é ministro, se o Sr. tivesse vergonha, não devia ir, fazer o que nos EUA nesse país que vc tripudiou.

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Geral

Eleição para o CRO/RN acontece dia 3; chapa 2 propõe renovação, ética, transparência e valorização do SUS

Foto: Divulgação

No próximo dia 3 de outubro, os cirurgiões-dentistas do Rio Grande do Norte terão a oportunidade de escolher os novos representantes do Conselho Regional de Odontologia (CRO/RN). A Chapa 2, liderada pelo cirurgião-dentista Souza Júnior (CRO/RN 4345), surge como uma alternativa de renovação e compromisso com a ética, a transparência, a valorização da odontologia potiguar e o fortalecimento do serviço público de saúde.

A proposta da Chapa 2 é clara: transformar o CRO/RN em um órgão verdadeiramente representativo, que atenda às necessidades da classe e atue de forma independente, sem utilização política ou favorecimentos, com foco no fortalecimento da comunicação e no reconhecimento da importância do Sistema Único de Saúde (SUS) para a odontologia brasileira.

Entre os principais compromissos estão:

  • Transparência administrativa e financeira – publicando relatórios acessíveis para toda a categoria.
  • Apoio jurídico efetivo aos profissionais – garantindo orientação e defesa em situações que envolvam o exercício da odontologia.
  • Valorização científica e técnica – com cursos, ciclos de atualização e eventos voltados à qualificação, sem uso político.
  • Fortalecimento da fiscalização ética – para proteger a profissão e garantir respeito às normas.
  • Diálogo constante com a categoria – aproximando o CRO dos dentistas, TSBs e ASBs de todo o estado.
  • Defesa do SUS e dos serviços públicos – apoiando políticas que valorizem os profissionais que atuam na rede pública e garantindo que a odontologia seja reconhecida como parte essencial da atenção integral à saúde.

Souza Júnior, candidato à presidência, reforça que o momento é decisivo:

“O CRO precisa ser da categoria, e não de um grupo. Queremos devolver ao Conselho o papel que ele merece: o de fortalecer, representar e proteger a odontologia potiguar. Também defendemos a valorização do SUS e dos profissionais que atuam nele, pois é por meio do serviço público que milhões de potiguares têm acesso ao cuidado odontológico.”

A Chapa 2 é composta por cirurgiões-dentistas de diferentes regiões do estado, unidos pelo objetivo comum de modernizar o Conselho e torná-lo mais ético, acessível e democrático.

No dia 3, a categoria será chamada às urnas para votar. A Chapa 2 convida todos os colegas cirurgiões-dentistas, TSBs e ASBs a participarem ativamente e escolherem por um CRO renovado.

Esta eleição é mais do que uma escolha de nomes – é a chance de escrever um novo capítulo para a odontologia potiguar. A Chapa 2 acredita que cada profissional merece ser respeitado, ouvido e representado com ética. No dia 3, faça parte dessa transformação: vote Chapa 2 e ajude a construir um CRO/RN que seja motivo de orgulho para toda a nossa categoria e que valorize o serviço público e o SUS.

Vote CHAPA 2. Por um CRO/RN mais justo, ético, transparente e comprometido com a saúde pública.

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