Judiciário

Advogados ligados ao PT tentam adiar o julgamento do Mensalão

Um grupo de advogados ligados ao PT encaminhou uma petição à presidente do TSE, Cármen Lúcia. Na peça, os doutores encarecem à ministra que pondere junto aos seus colegas do STF sobre o quanto é inoportuno julgar o processo do mensalão em período eleitoral.

Recordam a Cármen Lúcia, que também é ministra do Supremo, que os embates entre defesa e acusação serão televisionados. Pior: serão também noticiados pela imprensa. Tudo isso em período coincidente com o calendário eleitoral. A certa altura do texto, os advogados anotam o seguinte:

“O desequilíbrio, em desfavor dos partidos envolvidos, é evidente. Tem-se o pior dos mundos: a judicialização da política e a politização do julgamento. Perde a Democracia, com a realização de uma eleição desequilibrada. Perde a República, com o sacrifício dos direitos dos acusados ao devido processo legal.”

Entre os signatários da petição está Marco Aurélio Carvalho. Vem a ser o coordenador jurídico do PT. Afora o pedido para que Cármen Lúcia interceda em favor de uma improvável protelação, Marco Aurélio e seus parceiros tentam inibir o uso de matéria prima relacionada ao mensalão na propaganda eleitoral dos antagonistas do petismo.

A propaganda eletrônica da campanha começa em 2 de agosto, no mesmo dia em que o STF leva à bancada de julgamentos a ação penal do mensalão. O principal receio do PT é o de que as cenas do plenário do Supremo sejam reprisadas no horário eleitoral da campanha de São Paulo, onde o partido é representado por Fernando Haddad, o pupilo de Lula.

A despeito de sua vinculação com o PT, Marco Aurélio tenta negar a inspiração petista da iniciativa. “Isso não é uma deliberação partidária, não estou falando pelo partido.” Heimmm?!? “Trata-se de um grupo de advogados preocupados para que não se permita que haja desequilíbrio nas eleições.” Ah, bom!!!

O doutor acrescenta: “A preocupação que externamos é com a possível politização dos processos judiciais e com a judicialização dos processos políticos. Havia um desejo, que virou frustração, de que o julgamento não coincidisse com o momento eleitoral. Agora, esperamos que haja celeridade no julgamento dos eventuais abusos [cometidos na propaganda eleitoral].” Hã, hã…

Desde logo, o advogado petista avisa: “Se tiver algum abuso, vamos pedir para retirar. É preciso permitir que seja mantido o equilíbrio no processo eleitoral.” Ele soa ameaçador: “Até porque, pau que bate em Chico, bate em Francisco.”

O lero-lero de Chico e Francisco orna com uma movimentação observada nos subterrâneos do PT. Ali, coleciona-se material sobre o mensalão mineiro do PSDB. De resto, a legenda aguarda com certa avidez pelo depoimento de Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, na CPI do Cachoeira. Ex-diretor da Dersa, estatal rodoviária de São Paulo, o personagem é apontado como coletor das arcas tucanas de 2010.

A petição dos advogados companheiros é extemporânea, deslocada e inconveniente. Extemporânea porque o julgamento da “quadrilha”, como a Procuradodria denominou os mensaleiros, já foi agendado. Deslocada porque o improvável adiamento depende do STF, não ao TSE. Inconveniente porque a Justiça Eleitoral não precisa de avisos sobre o trabalho que lhe cabe executar.

Se fosse condicionar o julgamento à ausência de eleições, o Supremo talvez não deliberasse nunca. No Brasil, as urnas são abertas de dois em dois anos. O que diriam se o caso fosse a plenário em 2010? Formulada pela Procuradoria da República em 2006, a denúncia do mensalão foi convertida em ação penal em 2007.

Em todo esse período, não há vestígio de petição dos doutores pedindo pressa na sentença. Agora, o pedido de protelação confunde-se com o desejo de prescrição. A platéia agradece pelo televisionamento das sessões do STF e pelo noticiário que virá a seguir. O contrário da transparência seria a censura.

No mais, a arquibancada só teria a ganhar se Chicos e Franciscos levassem adiante a ideia de expor na propaganda eleitoral os respectivos podres. Que se esfolem! O dono do voto talvez não consiga distinguir os sujos dos mal lavados. Mas pelo menos a vitrine eletrônica será mais mais divertida e menos hipócrita.

Josias de Souza

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Geral

VÍDEO: Motorista por aplicativo é baleado após corrida terminar em comunidade de Felipe Camarão

 

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Vídeo: Via Certa Natal

Um motorista por aplicativo de 54 anos foi baleado na madrugada desta quinta-feira (20) ao entrar na comunidade do Fio, em Felipe Camarão, zona Oeste de Natal. De acordo com familiares, o caso teve início após a saída de uma festa na Arena das Dunas, quando ele pegou duas passageiras com destino ao local onde ocorreu o ataque. Ao chegar à comunidade, o condutor foi surpreendido por vários disparos — um deles atingiu sua perna.

Com quase três anos de experiência na plataforma, ele seguia as recomendações de segurança: vidros baixos e identificação visível de Uber. Mesmo assim, não conseguiu entender o motivo para os tiros nem identificar quem atirou. As passageiras abandonaram o veículo, e o motorista conseguiu dirigir até a UPA da Cidade da Esperança. De lá, foi transferido para o Hospital Walfredo Gurgel, onde passou por cirurgia.

O Via Certa Natal ouviu o filho da vítima, que relatou a insegurança enfrentada diariamente pela categoria. “Faz uns 15 dias que ele passou por uma ocorrência em Mãe Luiza. Tenho certeza que não é só com meu pai — muitos motoristas convivem com situações parecidas no dia a dia”, afirmou.

Esse já é o segundo caso em que um motorista é baleado durante uma corrida de aplicativo. No domingo (16), um outro condutor foi atingido após entrar, por engano, em uma rua considerada de risco na Vila de Ponta Negra, na zona Sul de Natal. Ele transportava um casal de turistas de Currais Novos quando o GPS indicou a rota, levando o veículo para uma área dominada por criminosos.

Assim que entrou na rua, o carro foi alvo de disparos. O motorista foi atingido e recebeu atendimento do Samu, sendo encaminhado para uma unidade de saúde.

Com informações do Via Certa Natal

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Geral

Fila do INSS bate recorde e se aproxima de 3 milhões de processos parados

Foto: Agência Brasil

A fila do INSS chegou ao maior volume já registrado: 2,862 milhões de pedidos aguardam análise, entre aposentadorias, pensões e benefícios por incapacidade. O acúmulo, embora virtual, representa um gargalo histórico que afeta cidadãos como Danice Matheus de Oliveira, que espera há cinco anos por uma aposentadoria por invalidez. O processo demorou tanto que ela já reúne tempo suficiente para se aposentar por serviço.

De janeiro a novembro, o número de novos requerimentos cresceu 23%, com média mensal de 1,3 milhão. Metade dos pedidos é de benefícios por incapacidade temporária. Já a fila do BPC supera 897 mil processos, com tempo médio de espera de 193 dias — represados desde junho, após decisão judicial que impôs novas regras para o cálculo da renda familiar.

O INSS admite o colapso, mas atribui dois terços do problema a fatores externos, como a perícia médica federal e a adaptação do sistema às novas exigências, incluindo biometria e mudanças nos cálculos. O Nordeste concentra a maior retenção, e servidores de outras regiões devem reforçar a análise dos processos. Para o presidente do órgão, Gilberto Waller Júnior, a chegada de 500 novos médicos deve aliviar parte da fila.

A partir desta sexta-feira (21), a biometria passa a ser obrigatória para solicitações de aposentadoria. Para outros benefícios — como seguro-desemprego, pensão por morte, Bolsa Família e salário-maternidade — a exigência foi adiada para maio de 2026.

Com informações do G1

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Política

Após derrota no PL Antifacção, base de Lula admite ruptura com Hugo Motta

Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

A vitória expressiva do PL Antifacção na Câmara — aprovado por 370 votos a 110 — aprofundou a crise entre o governo Lula e o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). O episódio consolidou não apenas a derrota do Planalto, mas também a percepção de desconfiança sobre a condução política do deputado paraibano.

Logo após a votação, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), admitiu publicamente que se instalou uma “crise de confiança” entre o Executivo e o comando da Câmara. Governistas afirmam que a escolha de Guilherme Derrite (PP-SP), secretário de Segurança de Tarcísio de Freitas, para relatar o projeto, foi interpretada como gesto hostil — classificado por aliados como “provocação” e até “traição”.

Em reação às críticas, Hugo Motta acusou o governo de ter adotado uma estratégia equivocada durante a tramitação. Nas redes sociais, afirmou que o Planalto “optou pelo caminho errado ao não compor essa corrente de união para combater a criminalidade”.

Apesar de estar há poucos meses no comando da Câmara, Hugo acumula atritos com o governo em outros episódios recentes. Um deles ocorreu em julho, quando colocou em votação, em plenário esvaziado, o projeto que derrubou o decreto de aumento do IOF. A posterior recusa em garantir apoio às medidas fiscais alternativas enviadas pelo governo irritou a equipe econômica e resultou na caducidade da MP.

Somam-se a isso movimentos que elevaram ainda mais o desgaste, como a tentativa de acelerar a anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro e o avanço da cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP). Para governistas, o conjunto desses episódios reforça a percepção de que o presidente da Câmara atua de forma imprevisível e, em momentos-chave, desalinhada com o Planalto.

Com informações da CNN

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Política

Lula sonha em convencer Trump sobre gravidade da crise climática e salvar o planeta

Foto: Divulgação/Gov.br

Durante a COP30 em Belém (PA), o presidente Lula disse que pretende convencer o presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a gravidade da crise climática durante a COP30, em Belém. Em tom otimista, Lula afirmou que sonha em resolver a guerra na Ucrânia e alcançar o “melhor resultado que uma COP já pôde oferecer ao planeta Terra”.

No discurso, o petista exaltou a importância do chamado “desenvolvimento verde” e insistiu que cuidar do clima é cuidar da própria existência da humanidade. Ele destacou que, em negociações como a COP, não se pode impor regras, apenas buscar consenso entre os países participantes.

Apesar da fala confiante de Lula, Trump não participou do evento nem enviou representantes oficiais, após ter retirado os EUA do Acordo de Paris no início do ano. Entidades americanas e governos subnacionais, como o governador da Califórnia, Gavin Newsom, marcaram presença na conferência.

A COP30 ainda enfrenta impasses sobre financiamento climático, lacunas nas metas e relatórios de transparência, enquanto Lula tenta acelerar negociações para fechar a conferência até sexta-feira (21). O otimismo do presidente brasileiro contrasta com a ausência de Trump, deixando dúvidas sobre a efetividade dos acordos.

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Política

Lula confirma favorito e prepara Messias para vaga no STF

Foto: Agência Brasil

O presidente Lula deve oficializar nesta quinta-feira (20) a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para a vaga de Luís Roberto Barroso no STF. O encontro acontece no Palácio da Alvorada antes de Messias embarcar para compromissos em São Paulo e África do Sul.

A vaga está aberta desde 18 de outubro, quando Barroso se aposentou antecipadamente. Messias é dado como certo para a cadeira por ser considerado leal e de confiança do petista, superando outros nomes cotados, como o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. A preferência de Lula foi confirmada mesmo após reunião com Pacheco no último dia 17.

Se confirmado, Messias passará por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e, depois, no plenário. Com 45 anos, ele poderá permanecer na Corte até 2055, caso aprovado. Com esta escolha, Lula acumula 11 indicações ao STF, sendo três apenas no terceiro mandato.

A indicação de Messias é mais rápida do que em nomeações anteriores de Lula: ele levou 33 dias para oficializar a escolha, enquanto Cristiano Zanin e Flávio Dino demoraram 51 e 58 dias, respectivamente. O cenário reforça a estratégia do petista de manter aliados fiéis no comando da Suprema Corte.

 

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Mundo

Colômbia propõe saída “bonitinha” para Maduro e tenta segurar EUA

Foto: Bloomberg

A Colômbia defende que Nicolás Maduro entregue o poder a um governo de transição que organize novas eleições, em vez de enfrentar uma intervenção direta dos EUA. A ideia é evitar prisão do ditador venezuelano e impedir uma crise humanitária enquanto Donald Trump acumula navios de guerra no Caribe.

Segundo a ministra das Relações Exteriores da Colômbia, Rosa Villavicencio, Maduro poderia aceitar o plano se tivesse garantias de imunidade. “Ele poderia sair sem necessariamente acabar na prisão”, disse, sugerindo um acerto diplomático que blindaria o presidente venezuelano da Justiça.

A proposta circula nos bastidores de Washington e Caracas, mas enfrenta ceticismo: Maduro não se manifestou e não há sinais de que os EUA estejam dispostos a negociar. O plano ainda depende de apoio da oposição venezuelana, apontou Villavicencio, e de que Brasília e Bogotá consigam convencer a região de que “eleições legítimas” são possíveis depois de um pleito fraudulento em 2024.

Enquanto isso, o mercado reage: os títulos da Venezuela e da estatal petrolífera subiram, com algumas notas atingindo o maior valor em seis anos. Na prática, a proposta tenta criar uma saída “segura” para Maduro, mas esbarra na política, na diplomacia e na desconfiança regional.

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Judiciário

PGR barra redução de pena de ex-ajudante de Bolsonaro e deixa Cid na mira de Moraes

Foto: Reprodução

O Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, disse não à redução da pena de 2 anos em regime aberto do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A decisão foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, e reforça que medidas cautelares não contam como cumprimento antecipado da pena.

A defesa de Cid alegava que o militar já havia cumprido mais de 2 anos sob tornozeleira eletrônica, afastamento das funções e recolhimento domiciliar, conforme informações do Poder 360. Mesmo assim, Gonet destacou que “não se verifica hipótese de extinção da punibilidade do réu”, citando o entendimento do STF de que o artigo 42 do Código Penal não permite abater períodos de medidas cautelares do tempo da pena.

Cid já foi condenado pela 1ª Turma do STF, em setembro, pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa e outros, com validade de sua delação premiada reconhecida. Apesar de os ministros terem fixado a pena mínima, a Justiça mantém o militar sob restrições rigorosas, incluindo monitoramento eletrônico e recolhimento noturno, feriados e finais de semana.

Além disso, a PGR intimou a defesa sobre o pedido da Polícia Federal de incluir Cid e seus familiares no programa de proteção a testemunhas, devido às delações contra Bolsonaro e outros réus do chamado plano de ruptura institucional de 2022. A decisão final sobre essa proteção cabe ao ministro Moraes, mantendo o ex-ajudante de ordens na mira do STF.

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Política

PF mira ex-sócio do Master e expõe elo antigo e lucrativo com o PT da Bahia

Foto: Reprodução

O empresário Augusto Ferreira Lima, preso pela Polícia Federal na operação Compliance Zero, caiu direto no centro de um velho enredo baiano: suas ligações com o PT de Rui Costa, hoje ministro do presidente Lula. Lima entrou no mundo dos grandes negócios em 2018, quando comprou da gestão petista a Ebal — a estatal que controlava a rede Cesta do Povo e o cartão Credicesta. Levou tudo por R$ 15 milhões e ainda assumiu a dívida deixada para trás.

A partir daí, seu caminho se entrelaçou com figuras do PT baiano, como Rui Costa e o senador Jaques Wagner. Em 2019, já com Rui no comando do Estado, servidores públicos passaram a receber automaticamente o cartão Credcesta — sem nem pedir. Bastava “ativar”. O benefício? Expansão acelerada do negócio de Lima, que passou a lucrar oferecendo empréstimo consignado para funcionários do governo, segundo informações do Poder 360.

Apesar da proximidade com petistas históricos, Lima também circulava bem na oposição baiana, incluindo ACM Neto. E sua vida política ganhou outro capítulo quando se casou, em 2024, com Flávia Arruda — ex-deputada do DF, ex-ministra de Bolsonaro e nome forte do PL. Um pé lá, outro cá. Brasília conhece esse tipo de equilíbrio.

A PF agora tenta entender como o ex-sócio do Master se beneficiou dessas relações políticas enquanto expandia seus negócios. Rui Costa, Wagner e ACM Neto foram procurados, mas ninguém quis comentar. O silêncio, como sempre, fala mais alto.

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Política

PT tenta dar palanque a Bolsonaro na CPMI do INSS e virar contra ele esquema de corrupção

Foto: Reprodução

Silenciado há mais de cem dias por ordem judicial do STF, Jair Bolsonaro pode ganhar um microfone aberto na CPMI do INSS — graças ao próprio PT. A estratégia dos petistas é convocar o ex-presidente para tentar vinculá-lo a medidas que permitiram a criação de entidades fantasmas, usadas para desviar dinheiro de aposentados e pensionistas, segundo informações do Metrópoles.

A ideia partiu do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que também quer chamar o ex-ministro da Fazenda Paulo Guedes. Oficialmente, a convocação é para ouvir sobre o INSS, mas nos bastidores o microfone da CPMI estará livre para Bolsonaro mandar recados ao eleitorado e falar sobre qualquer assunto.

Mesmo proibido por Moraes de se manifestar publicamente nas redes sociais, Bolsonaro poderá se posicionar diante das câmeras, transformando a convocação em palanque político. O episódio reforça a tensão entre petistas e bolsonaristas: cada lado acusa o outro de ser responsável pelo esquema de desvio que já levou à prisão a cúpula do INSS e ex-dirigentes indicados pelo governo Bolsonaro.

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Política

Líder do PT diz que apoiar Tarcísio é o ‘beijo da morte’ de Bolsonaro

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, não poupou Jair Bolsonaro: segundo ele, uma candidatura de Tarcísio de Freitas à Presidência em 2026 seria o “beijo da morte” para o ex-presidente. Para Farias, Bolsonaro já vem sendo abandonado por aliados e corre risco de ser esquecido, especialmente se acabar no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

Farias acredita que a tentativa de emplacar um dos filhos de Bolsonaro – Eduardo ou Flávio – seria apenas para manter o nome da família vivo na política, segundo informações do Metrópoles. “Se Bolsonaro apoiar o Tarcísio, ele vai enterrar o bolsonarismo e será esquecido lá na Papuda”, disse o deputado, sem rodeios.

O PT avalia ainda que uma escolha de candidato da direita sem o sobrenome Bolsonaro prejudicaria toda a base bolsonarista na Câmara e no Senado. “A força política dele se dissipa. Pararam de falar no Bolsonaro. Se passarem para o Tarcísio, é o beijo da morte”, afirmou Farias.

Para o líder petista, o Centrão aposta em Tarcísio para apagar o ex-presidente do mapa político. “Quem tem voto mesmo é Bolsonaro. Mas a turma do Centrão calcula: esquece o Bolsonaro, segue com o Tarcísio. É o fim da linha para ele e para os filhos”, concluiu.

Lindbergh vê Haddad “forte” em São Paulo

 O parlamentar disse ainda que o ministro Fernando Haddad é o principal nome da base governista para disputar o governo de São Paulo em 2026, embora a decisão ainda dependa de discussões internas. Segundo ele, a escolha deverá passar por uma avaliação do presidente Lula.

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