Política

AGRESSIVO OU FIRME? confira elogios e críticas do discurso de Bolsonaro na ONU

Foto: Reprodução

O ANTAGONISTA – ANÁLISE: Goste-se ou não, Bolsonaro fez um discurso de estadista

O discurso de Jair Bolsonaro foi forte: disse que o Brasil se encontrava ameaçado pelo socialismo, atacou a corrupção que assolava o país nos governos petistas, com elogio explícito a Sergio Moro, e a criminalidade que vicejou nos governos anteriores e que começa a diminuir no seu primeiro ano de mandato. Partiu para cima do regime venezuelano, do Foro de São Paulo, da ação cubana na América do Sul e do ambientalismo manipulado por uma visão colonialista.

O presidente afirmou que a Amazônia não está em chamas, ao contrário do que diz a mídia internacional “sensacionalista”, e criticou a tentativa de tolher a soberania brasileira na região, sem citar o francês Emmanuel Macron. Atacou o cacique Raoni, queridinho na Europa, dizendo que ele não é o único representante dos povos indígenas, e leu uma carta assinada por representantes de 52 tribos que pediam desenvolvimento econômico nas reservas e legitimavam a índia Ysani Kalapalo, que integra a comitiva brasileira como representante dos indígenas brasileiros. Bolsonaro também reforçou o compromisso do Brasil com o livre-comércio e o respeito a acordos internacionais, que disse pretender multiplicar. Ele defendeu a democracia de expressão e informação, apesar de ter atacado a mídia.

Na última parte, agradeceu a Deus por estar vivo depois de ser esfaqueado por um militante de esquerda, criticou a perseguição de caráter religioso e foi “terrivelmente evangélico”, ao atacar transversalmente a chamada ideologia de gênero.

Goste-se ou não (boa parte da imprensa não gostará), Bolsonaro finalmente fez um discurso de estadista — sem deixar de ser Bolsonaro, claro.

FOLHA DE SÃO PAULO – ANÁLISE: Bolsonaro joga para a plateia e dobra aposta contra críticos na ONU

Com um discurso autocentrado e coerente com sua fase de radicalização, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) deixou a pé aqueles que apostavam na oportunidade de ver o brasileiro apresentar-se como um líder mais racional e conciliador na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).

Ao contrário, Bolsonaro novamente dobrou sua aposta contra os críticos. E o fez no melhor estilo que o consagrou nas urnas, trazendo a exótica amálgama moldada pelos discípulos do escritor Olavo de Carvalho em seu governo, o filho Eduardo Bolsonaro e o chanceler Ernesto Araújo à frente.

Como sugeriam as postagens no Twitter de Eduardo, que age como chanceler de fato enquanto espera sua indicação formal à embaixada brasileira em Washington, o presidente resolveu falar o que considera sua versão da verdade. Neste ponto, Bolsonaro pode ser acusado de várias coisas, menos de incoerência.

Repetiu todo o discurso da ameaça de um suposto socialismo globalista, ou globalismo socialista, algo assim. Trouxe na parte final de sua longa fala, cujos 32 minutos superaram até o vago discurso de estreia de Dilma Rousseff (PT) em 2011 naquela tribuna, elementos como o combate ao politicamente correto e à ideologia de gênero.

Apanharam Cuba, Venezuela e o Foro de São Paulo, e só faltaram as famosas mamadeiras atribuídas ao PT na campanha eleitoral. Itens caros ao olavismo, como a crítica ao “materialismo ideológico”, estiveram presentes. A única sugestão de inserção internacional colocada veio na forma da defesa de cristãos e outros religiosos perseguidos pelo mundo, de resto uma realidade com exposição limitada de seu escopo.

Também houve a admoestação da ONU em si, que não estaria cumprindo seu papel de fórum de iguais. Donald Trump não falaria melhor. Usualmente, discursos de presidentes brasileiros na abertura da Assembleia Geral são pontuados por defesas de políticas internas, mas num contexto maior.

Em sua fala, Bolsonaro foi de dentro para fora, falando de um suposto “novo Brasil” que representa e até da facada que levou na campanha, não sem os acenos diversos a seu núcleo de apoio evangélico, com referência à Bíblia e a Deus.

Seu discurso só se tornou internacional, tomando aí o centro de toda a fala, quando defendeu as posições brasileiras ante as críticas feitas por diversos países à sua política de manejo da Amazônia, foco dos maiores embates externos de sua gestão.

A temática ambiental só faz crescer nesses fóruns: em 2003, em seu discurso de estreia na ONU, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mal o citou, enquanto Dilma fez uma referência algo maior, para vermos então Michel Temer (MDB) em 2016 falar mais amplamente.

Bolosonaro operou um grande “outro lado” com o olhar acusatório, grande agressividade contra um não nomeado Emmanuel Macron e loas ao seu ídolo, Trump.

Pegou Raoni para Cristo, dizendo que o cacique é instrumento ingênuo de políticos gringos. Não é uma crítica totalmente vazia no conteúdo, bastando lembrar o apadrinhamento do indígena por gerações de idealistas como o músico Sting ou por ecologistas de ocasião, como o atual presidente francês.

Mas o próprio Bolsonaro tratou de trazer o seu próprio totem “nativo”, para ficar em suas palavras, a índia Ysani Kalapalo. Desde que Sacheen Littlefeather subiu à tribuna do Oscar para rejeitar a estatueta de melhor ator em nome de Marlon Brando pelo “Poderoso Chefão” em 1973, não se via uma terceirização dessas para uma audiência global.

A barragem contra a hipocrisia dos países desenvolvidos é em boa parte justificável, mas o tom dificilmente ganhará aliados à causa bolsonarista. A ideia de internacionalização da Amazônia é algo bastante arraigado em países europeus.

Bolsonaro prometeu conservar a floresta, mas ninguém irá acreditar, não menos pelos seus repetidos ataques à estrutura de monitoramento e combate à devastação amazônica. A paranoia acerca de interesses no precioso nióbio e outros bens, esteio da ideologia militar sobre o tema, não terá ressonância fora. De resto, a mídia, nacional e internacional, foi largamente acusada de repetir mentiras ambientais.

A claque bolsonarista vai vibrar, e o presidente mantém assim a trajetória de radicalização de discurso e isolamento que adotou após a aprovação da reforma da Previdência pela Câmara. A menção elogiosa a Sergio Moro é parte da dinâmica morde-e-assopra que estabeleceu com seu ministro estrela, e um recado para o Supremo Tribunal Federal, que analisará nesta quarta (25) entendimentos capazes de reverter sentenças da Operação Lava Jato.

O belicismo também obscureceu a parte econômica do discurso, ao falar sobre acordos comerciais e liberalização interna. Previsivelmente, defesa de democracia, direitos humanos e liberdade de imprensa foram reduzidos a uma citação, enquanto a ditadura de 1964 ganhou um elogio inédito em tal palanque.

Em resumo, Bolsonaro foi Bolsonaro. Isso pega bem junto aos seus 12% de fiéis ainda irredutíveis, segundo o Datafolha, e também para algumas fatias do eleitorado que o apoiou em 2018. Para investidores estrangeiros e governos preocupados com a sua imagem ao negociar com países liderados por figuras abrasivas, a reação tende a ser outra.

Opinião dos leitores

  1. O discurso na ONU machucou o ego de muita gente, a gritaria foi imediata, o que era esperado.
    Se ficar calado a esquerda critica por omissão, se falar a esquerda critica pelo tom, se fizer ou não vai ser criticado pela turma do "quanto pior melhor". Então mete a boca no trombone Bolsonaro.
    Não tem 01 crítico querendo o bem do Brasil e sim salvar o próprio bolso.
    Fale, abra o verbo, continue usando a verdade como sua maior arma, a oposição vai gritar, não interessa o que você faça, eles vão criticar.
    Se hoje você elogiar Haddad, amanhã eles vão criticar Haddad.
    Então vá em frente, faça, aconteça e deixe que esperneiem, eles não tem nada a construir, só sabem se apropriar do Estado e gastar os recursos que o povo é confiscado em forma de impostos. Melhor ter o apoio de Tramp que de Maduro e da família Castro.

  2. O Presidente Bolsonaro falou bonito. Discurso realista e articulado. E para completar ainda reconheceu a grandeza do Dr. Sérgio Moro. Discurso de Estadista, sim senhor. Só não reconhece a qualidade do texto presidencial que os seguidores do PeTralhismo e respectiva caterva.

  3. Se o PT odiou, significa que foi o melhor discurso de todos os tempos. Enquanto isso o PT faz discurso de estocar vento…

  4. Excelente, parabéns Presidente, o discurso firme que atinge todos os objetivos.
    Agora sim temos um Presidente que nos orgulha.

  5. Teve um burro que ficou debochando que o povo aplaudiu em um discurso depois dele mentir que 100 milhões de crianças passavam fome no Brasil.

  6. Prefiro um maluco q faz um discurso longe do "policamente correto", botando o dedo na ferida dos colonialistas internacionais e desagradando um monte de almofadinha, q um presidente diplomático, falando bonito p/platéia internacional, porém, qnd retorna pro Brasil, saqueia bilhões e joga o país num recessão que visa nos manter, permanetemente, em nossa condição de atraso e subdesenvolvimento…Discursos bonitos, e hospitais sucateados com paciente morrendo à míngua, nós já temos até demais…

    1. O discurso foi burro! A maioria dos dirigentes que lá discursam falam para a plateia, o que os outros precisam ouvir. Foi agressivo como se tivesse bala na agulha (País só aguenta uma hora de guerra). Só faltou elogiar Ustra pra desgraça ser complete. Isso terá consequencias, principalmente economicas. Aguardem.

    2. Olha a tradução do mimimi, uiuiui nas palavras de Rivanaldo. Ele prefere escutar mentiras e receber o bolsa esmola que saber da verdade. Ele prefere abraçar Maduro e mandar nossos recursos aos ditadores que receber o apoio do presidente americano.
      Rivanaldo apoia a Bolívia ter tomado a refinaria brasileira a 10 anos atrás e não que ver Bolsonaro defender a Amazônia. Tá ruim para você Rivanaldo? A Venezuela te espera de braços abertos.

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Geral

VÍDEO: Bandido rouba bicicleta e capacetes em prédio tradicional em Areia Preta

Como diz o famosa frase: “não tá fácil pra ninguém”.

Um ladrão conseguiu entrar no estacionamento do edifício Aldebaran, em Areia Preta.

O camarada entra tranquilo, sem ser incomodado e vai até o seu alvo: uma bicicleta de alto valor e dois capacetes.

A ação foi toda filmada pelo sistema de câmeras.

Está cada dia mais complicado.

Blog do Gustavo Negreiros

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Geral

Tornado que atingiu Paraná é classificado como EF3, com ventos que chegaram a 250 km/h

Foto: Reprodução/Redes sociais

O tornado que atingiu Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do Paraná, na tarde de sexta-feira (7) atingiu o índice EF3, com ventos de 250 km/h, segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). Na cidade, ao menos quatro pessoas morreram e mais de 130 ficaram feridas. segundo a Defesa Civil. O órgão também informou que uma pessoa morreu em Guarapuava, na região central do estado.

Conforme o Simepar, o nível atingido pelo tornado é medido pela “escala Fujita”, que avalia a intensidade dos ventos. O meteorologista Samuel Braun explicou que foi possível confirmar a classificação do tornado, a partir de análises dos radares meteorológicos, imagens aéreas e de estragos na cidade.

O especialista explica que a principal diferença do tornado para uma tempestade comum é a rotação do vento. Outros fatores também colaboraram para a formação do tornado:

“O ambiente atmosférico estava muito úmido, aquecido. Há também outros fatores, por exemplo, como a diferença dos ventos entre a superfície e os níveis mais elevados da atmosfera. Nós chamamos na meteorologia de cisalhamento. Então esse cisalhamento estava extremamente elevado. São vários fatores que contribuíram para a formação dessas tempestades […] e no caso o tornado, nessa cidade”, explicou o meteorologista.

Braun afirma que em 23 anos como meteorologista, esse foi o evento mais forte que ele presenciou. “Esse foi bastante devastador. Até mesmo por categorias. Não me recordo de chegarmos ao EF3”, completou.

g1

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Geral

Prepare o apetite: o rodízio de pizzas do Cicchetti Natal começa neste domingo

O Cicchetti Natal, no Midway Mall, lança neste domingo (9) seu rodízio de pizzas. O restaurante servirá as redondas das 16h às 22h, por R$ 69 por pessoa. O formato é volante: as pizzas saem do forno e chegam à mesa em fatias individuais.

O cardápio traz clássicos e criações exclusivas com massas leves e ingredientes frescos. A Pizza Frita é crocante, envolta em presunto de Parma. A Pollo Parmegiana mistura frango defumado, mozzarella Fior di Latte parmesão e manjericão. A Pepperoni aposta no salame importado com molho pomodoro artesanal e mozzarella Fior di Latte , enquanto a Marguerita celebra o trio de queijo, tomate e manjericão.

Entre as especiais, a Pugliesi combina presunto de Parma, rúcula e queijo opcional, e a Borda Alta traz mortadella, mozzarella e pesto fresco. Para quem gosta de sabores intensos, a Cogumelos mistura molho trufado, parmesão, cogumelos e pó de trufas. Já a Mediterrânea , de massa fina, une mozzarella, azeitonas, cebola roxa e manjericão.

Rodizío de pizzas do Cicchetti Natal, uma experiência para quem gosta de reunir amigos, conversar sem pressa e provar um sabor diferente a cada fatia.

Serviço:
Rodízio de pizzas Cicchetti Natal l @cicchettinatal
Midway Mall – domingos, das 16h às 22h
R$ 69 por pessoa

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Geral

Trump acusa JBS e outros frigoríficos de formação de cartel e pede investigação

Foto: Patrick T. Fallon/Bloomberg

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) abriu, nesta sexta-feira (7/11), uma investigação contra as maiores processadoras de carne bovina do país. Entre elas está a brasileira JBS, além de Cargill, Tyson Foods e National Beef.

Segundo o governo americano, essas quatro empresas controlam 85% do mercado de carne bovina nos EUA — em 1980, eram 36%.

A investigação busca apurar se as companhias manipularam preços e limitaram a oferta de forma coordenada, prática que violaria as leis antitruste.

Em comunicado, a Casa Branca afirmou que o objetivo é “reprimir cartéis estrangeiros e restaurar a concorrência justa”. O DOJ reforçou que, se houver conluio, os responsáveis serão punidos.

O presidente Donald Trump também se manifestou, acusando as empresas de elevar artificialmente o preço da carne enquanto o valor do gado segue em queda.

“Algo suspeito está acontecendo. Se houver crime, os responsáveis pagarão um preço alto”, disse Trump nas redes sociais.

A JBS é citada como a maior processadora de carne do mundo. A empresa foi procurada pela reportagem do Metrópoles para comentar o caso e ainda não respondeu.

Opinião dos leitores

  1. Os irmãos Batistas pensaram que os Estados Unidos da América era igual ao Brasil, lá descumpriu a Lei o couro come.
    Peia Neles!

  2. Isso é a JBS sendo JBS, no Brasil, com o apoio de Lula ela conseguiu dominar o mercado, nos Estados Unidos da América o buraco é mais embaixo. Cabeças na JBS vão rolar!

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Geral

Entre debates do clima, Belém ainda corre para entregar estrutura da COP30

Foto: Rafa Neddermeyer/COP30 Brasil Amazônia/PR

A realização da COP30 em Belém segue marcada por atrasos e ajustes de última hora. Enquanto líderes de mais de 140 países participavam da abertura com apresentação do Bumba meu Boi, na quinta-feira (6), trabalhadores ainda corriam para contornar pendências do evento. Na área de circulação de delegações e imprensa, o cenário incluía marteladas, cheiro de madeira recém-cortada, banheiros sem água e pontos de alimentação fechados. Houve também relatos de internet falhando e instalações incompletas.

O secretário da COP-30, Valter Correia, admitiu que ainda há intervenções em andamento na Zona Azul, onde ocorre a cúpula, mas afirmou que os ajustes eram “previstos” e não comprometem a estrutura central. Segundo ele, apesar do atraso, tudo estará concluído até segunda-feira (10). “Sempre há um pequeno atraso, mas, para a cúpula dos líderes, está tudo funcionando”, garantiu.

Mesmo com os contratempos, o governo avaliou como positivo o resultado da Cúpula de Líderes encerrada na sexta (7). Um dos principais destaques foi o avanço do Tropical Forests Forever Fund (TFFF), fundo brasileiro voltado à preservação de florestas tropicais. Os compromissos de aporte já superam US$ 5,5 bilhões, e a meta é atingir US$ 10 bilhões até o fim do ano. Segundo negociadores, há expectativa de novos anúncios de países como Alemanha, China, Reino Unido, Espanha e Noruega.

Ao final do encontro, 43 nações aderiram a uma declaração conjunta que liga ação climática ao combate à fome e à pobreza. O texto alerta para os efeitos desiguais das mudanças do clima e cobra mais prioridade para adaptação. O Brasil também apresentou uma proposta de fundo para a transição energética, baseado no lucro de combustíveis fósseis. A ideia, lançada por Lula, deve começar no âmbito nacional e servir de modelo futuramente para debates internacionais na COP.

Com informações do R7

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Política

Plano de Sidônio para segurança pública encontra resistência dentro do governo Lula

Foto: KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo

O plano apresentado pelo ministro da Secom, Sidônio Palmeira, para reposicionar o governo federal no debate sobre segurança pública tem dividido auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A proposta, chamada de “Aliança Contra o Crime pela Paz”, foi detalhada ao presidente na última terça-feira (4), em Belém, durante a COP30, mas não empolgou parte da equipe.

Conforme revelado pela colunista Mônica Bergamo e confirmado por Igor Gadelha, do Metrópoles, o projeto prevê ações como reforço na apreensão de drogas, criação de centros integrados de segurança e intensificação de investigações contra facções criminosas. Porém, integrantes do governo veem resistências, principalmente pela sugestão de que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, coordene a iniciativa — movimento considerado enfraquecedor para o titular da Justiça, Ricardo Lewandowski.

Além disso, há o entendimento de que Rui deve deixar o cargo em abril de 2026 para disputar as eleições na Bahia, o que comprometeria a continuidade da coordenação. Outros auxiliares também alertam que assumir protagonismo no tema poderia transferir para Lula a responsabilidade sobre a segurança pública, área majoritariamente estadual, em pleno ano eleitoral.

Lula ouviu a apresentação, mas não deu encaminhamentos. A expectativa é de que o tema só volte à pauta após a participação do presidente na COP30.

Com informações do Metrópoles

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Geral

Enem 2025: veja os horários e regras para o 1º dia de prova deste domingo (9)

Foto: Divulgação/MEC

Quase 5 milhões de estudantes encaram neste domingo (9) o primeiro dia do Enem 2025. Para evitar imprevistos, é fundamental se organizar com antecedência e ficar atento aos horários oficiais de abertura e fechamento dos portões, que seguem o horário de Brasília para todo o país. Nesta etapa, os candidatos farão a redação e responderão a 90 questões objetivas — 45 de linguagens e 45 de ciências humanas.

Os portões abrem às 12h e fecham às 13h, sem tolerância para atrasos. As provas começam às 13h30 e se estendem até 19h. Candidatos com tempo adicional podem permanecer até 20h, enquanto participantes da videoprova em Libras têm até 21h para concluir a avaliação.

Os estudantes devem levar caneta preta transparente e documento de identificação válido. Água, lanches, medicamentos e itens religiosos são permitidos após vistoria. Celulares e demais eletrônicos precisam ser desligados e guardados no envelope porta-objetos. Armas (exceto nas situações legalmente autorizadas), bebidas alcoólicas e drogas ilícitas são proibidos.

A prova do primeiro dia inclui 45 questões de linguagens, 45 de ciências humanas e a redação.

Com informações da CNN

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Política

Gleisi diz que escolha de Derrite como relator do PL Antifacção “contamina o debate”

Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto — Reprodução

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou a escolha do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) para relatar o projeto de lei Antifacção enviado pelo governo ao Congresso. Segundo ela, a presença do ex-secretário de Segurança de São Paulo na relatoria politiza a discussão e interfere no objetivo central do texto.

Gleisi afirmou que o governo pretende promover um debate “consequente” sobre o enfrentamento ao crime organizado, mas que a indicação feita pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), contamina o processo com interesses eleitorais do campo político ligado ao governador Tarcísio de Freitas. Motta, porém, disse que a escolha busca uma tramitação técnica e com diálogo amplo entre as bancadas.

O PL Antifacção, enviado com urgência constitucional em 31 de outubro, cria o crime de organização criminosa qualificada e aumenta penas para integrantes de facções. Paralelamente, a Câmara analisa outro projeto que equipara facções a organizações terroristas — tema que a oposição pressiona para unificar, enquanto a base do governo rejeita a ideia.

Em resposta às críticas, Derrite afirmou nas redes sociais que assume a relatoria “com muita responsabilidade” e antecipou que apresentará um substitutivo. Ele disse que pretende manter pontos enviados pelo governo, mas incluir mudanças que, segundo ele, são essenciais para criar um novo marco de combate ao crime organizado, como penas de 20 a 40 anos — com aumento para líderes — para crimes associados a facções, como o domínio de cidades, ataques coordenados e ações de “novo cangaço”.

Com informações do Metrópoles

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Política

Aliados pedem que Lula adote tom moderado em cúpula na Colômbia para evitar atritos com Trump

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendem que ele use um discurso mais moderado na cúpula Celac-União Europeia, que acontece neste domingo (9) e segunda-feira (10) em Santa Marta, na Colômbia. A orientação é evitar falas que possam gerar ruídos com os Estados Unidos, em meio ao esforço do governo brasileiro para melhorar a relação com Donald Trump.

A informação é da coluna do William Waack, da CNN. Nos bastidores, integrantes da base admitem ser difícil conter o tom ideológico de Lula, mas avaliam que críticas diretas aos EUA ou uma defesa explícita da Venezuela de Nicolás Maduro — em meio à tensão militar com Washington — poderiam prejudicar avanços diplomáticos e comerciais. O Itamaraty tenta reverter tarifas impostas pelos americanos, e há expectativa de um encontro entre Mauro Vieira e o secretário de Estado Marco Rubio na reunião do G7, no Canadá.

Além do impacto externo, aliados lembram que um discurso mais alinhado a Maduro poderia afastar eleitores de centro às vésperas da corrida presidencial de 2026. O cenário também contraria posições de Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai e Equador, que enviam representantes de menor escalão ao encontro e não apoiam manifestações em defesa da Venezuela.

A cúpula deve tratar de comércio e combate ao crime organizado, mas o governo brasileiro pretende abordar a crise entre EUA e Venezuela. Celso Amorim afirma que o tema é natural por envolver a região sul-americana. Enquanto isso, países seguem divididos: Trump aumentou a presença militar no Caribe, Petro enfrenta sanções de Washington e líderes preferem evitar desgastes diplomáticos — inclusive com a ausência esperada de Ursula von der Leyen.

Com informações da CNN

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Geral

VÍDEO: Tornado causa destruição no Paraná, deixa 5 mortos e mais de 400 feridos, diz Defesa Civil

 

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Vídeo: Reprodução @/metsulmeteorologia

Um tornado de grande intensidade atingiu Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do Paraná, na tarde desta sexta-feira (7), deixando cinco mortos e mais de 430 feridos, segundo a Defesa Civil. A passagem do fenômeno provocou destruição em até 80% do município, com casas destelhadas, postes caídos e colapso de estruturas. Moradores relataram ventos extremos acompanhados de chuva forte e granizo.

O número de mortes chegou a oscilar durante a madrugada, após a confirmação de que uma das vítimas havia sido contada duas vezes entre Rio Bonito do Iguaçu e Laranjeiras do Sul. Na manhã deste sábado (8), uma nova morte foi registrada em Guarapuava. Há suspeita de pessoas soterradas, e um hospital de campanha foi montado para atender a grande demanda de feridos. Mais de 3 mil imóveis seguem sem luz, e o abastecimento de água também foi afetado.

O Corpo de Bombeiros descreveu o cenário como “uma situação de guerra”, mobilizando equipes de todo o estado, inclusive de Curitiba. Ambulâncias e aeronaves foram enviadas para auxiliar no resgate. O tornado foi classificado preliminarmente como F2, com ventos que podem ter chegado a 250 km/h. Técnicos avaliam se partes da cidade registraram rajadas ainda mais fortes, o que elevaria a classificação para F3. Outras cidades, como Candói, Laranjeiras do Sul e Guarapuava, também registraram estragos.

O governador Ratinho Junior afirmou que a Defesa Civil e as forças de segurança estão em alerta e totalmente mobilizadas. Ele deve visitar a região ainda neste sábado. O governo federal acompanha os trabalhos de resgate. Em várias áreas do Paraná, rajadas acima de 60 km/h e acumulados de chuva superiores a 40 mm foram registrados, ampliando os estragos em diferentes municípios.

Com informações do G1

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