O próximo procurador-geral da República, Augusto Aras , vai reavaliar ações e manifestações apresentadas por sua antecessora, Raquel Dodge , contra pautas caras ao presidente Jair Bolsonaro e poderá mudar o entendimento expresso por ela junto ao Supremo Tribunal Federal ( STF ). Aras não terá poder para retirar as ações já remetidas à Corte, mas existe a possibilidade legal de que apresente novos entendimentos no curso dos processos, principalmente ao fim da instrução dos autos, segundo fontes da Procuradoria-Geral da República ( PGR ) ouvidas pelo GLOBO. Essa, inclusive, é uma preocupação da equipe que assessorou Dodge.
Nos últimos seis dias de seu mandato, a procuradora-geral disparou “flechadas” contra iniciativas do governo e ideias alimentadas pelo bolsonarismo, entre elas a chamada “Escola Sem Partido”, a ampliação do porte e da posse de armas, a redução de assentos em conselhos com poder de decisão e a vedação de novas demarcações de terras indígenas. As iniciativas geraram uma rejeição imediata entre procuradores conservadores convidados por Aras para integrar seu gabinete na PGR.
Iniciativas de Dodge
Nos últimos seis dias de seu mandato, a procuradora-geral apresentou ações ou se manifestou contra propostas defendidas pelo governo
Placa gerou controvérsia entre autoridades dos dois estados — Foto: Reprodução
Relatório de instituto cearense mostra, no ponto amarelo, onde estava a placa anterior, e em azul, onde deve ser instalada a nova — Foto: Reprodução
A instalação de uma placa entre as cidades de Tibau, no Rio Grande do Norte, e Icapuí, no Ceará, acendeu uma disputa por 181 metros de território entre os dois municípios que ficam na divisa entre os dois estados. A placa foi instalada pelo estado do Ceará e retirada pelo município potiguar.
A disputa se intensificou no dia 24 de abril, quando a equipe do governo do Ceará instalou a nova placa na rodovia estadual CE 261, que havia passado por uma revitalização.
Segundo a prefeitura de Tibau, a placa avança em cerca de 181 metros o verdadeiro limite entre os municípios. Já o governo do Ceará afirmou que a instalação foi baseada em um relatório técnico do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), que apontou havia um desvio de 181 metros em relação à divisa reconhecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A prefeitura de Tibau não aceitou a mudança e ordenou a retirada da placa. Em um decreto publicado na última sexta-feira (2), a prefeita Lidiane Marques autorizou a remoção imediata da placa, afirmando que a região sempre foi atendida pela administração municipal de Tibau, com serviços essenciais como saúde, educação e coleta de lixo.
Até a polícia foi acionada para acompanhar a remoção.
“Esse decreto, que estou assinando hoje, determina a retirada urgente dessa placa e reforça, que é o nosso compromisso com os moradores aqui da Nova Tibau. Que aqui é Tibau, sempre foi e sempre será, e a nossa resposta é clara: nenhum centímetro a menos.”
Já a prefeitura de Icapuí informou que o governo do Ceará vai mandar fazer novamente a marcacão da divisa.
Míssil Houthi atinge perímetro do Aeroporto de Tel Aviv — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Um míssil caiu dentro do perímetro do Aeroporto Internacional Ben Gurion, o principal de Israel, neste domingo, ferindo seis pessoas, interrompendo voos e abrindo uma ampla cratera em uma via de acesso próxima a um dos terminais, em um ataque reivindicado pelos rebeldes Houthis, do Iêmen. Companhias aéreas internacionais cancelaram voos para o aeroporto pelos próximos dias, enquanto Israel prometeu retaliação e convocou uma reunião do Gabinete de Segurança para a tarde.
O Exército israelense afirmou que “várias tentativas foram feitas para interceptar” o míssil lançado do Iêmen, um raro ataque lançado pelo grupo rebelde aliado ao Irã que penetrou as defesas aéreas de Israel. Um vídeo divulgado pela polícia israelense mostrou policiais parados na borda de uma cratera profunda, com a torre de controle visível à distância atrás deles. Não foram relatados danos aos prédios ou pistas do aeroporto.
A polícia relatou um “impacto de míssil” no aeroporto, que é a principal porta de entrada internacional de Israel. Um fotógrafo da AFP disse que o míssil atingiu perto dos estacionamentos do Terminal 3, o maior do aeroporto, com a cratera a menos de um quilômetro da pista mais próxima.
— Vocês podem ver a área logo atrás de nós: uma cratera se formou aqui, com várias dezenas de metros de largura e várias dezenas de metros de profundidade — disse o chefe da polícia central de Israel, Yair Hezroni, no vídeo compartilhado pela força policial.
Não ficou imediatamente claro se o impacto foi causado pelo míssil iemenita ou por um interceptador. O ataque foi reivindicado pelos Houthis, que afirmam atuar em apoio aos palestinos na Faixa de Gaza devastada pela guerra.
“A força de mísseis das Forças Armadas do Iêmen realizou uma operação militar visando o aeroporto Ben Gurion” com um “míssil balístico hipersônico”, disseram os Houthis em um comunicado, referindo-se às suas próprias forças.
O serviço de emergência israelense Magen David Adom informou ter atendido pelo menos seis pessoas com ferimentos leves a moderados.
Um jornalista da AFP dentro do aeroporto no momento do ataque disse ter ouvido um “estrondo forte” por volta das 9h35 (03h35 em Brasília), acrescentando que a “reverberação foi muito forte”.
— A equipe de segurança imediatamente pediu a centenas de passageiros que se abrigassem, alguns em bunkers — disse o jornalista da AFP. — Muitos passageiros agora aguardam a decolagem de seus voos e outros tentam encontrar voos alternativos”.
Um voo da Air India que chegava foi desviado para Abu Dhabi, informou um funcionário do aeroporto à AFP. A companhia indiana, bem como a alemã Lufthansa, anunciaram o cancelamento de todos os voos a Tel Aviv até 6 de maio.
Um passageiro disse que o ataque, ocorrido logo após sirenes de ataque aéreo soarem em partes do país, causou pânico.
— É loucura dizer isso, mas desde 7 de outubro estamos acostumados com isso — disse o passageiro, que não quis ser identificado, referindo-se ao ataque do Hamas contra Israel em 2023, que desencadeou a guerra em Gaza. — Um míssil pode chegar a qualquer momento e a vida para por um tempo. Hoje, no aeroporto, houve pânico e até eu fiquei com medo, porque a explosão foi forte.
Promessa de retaliação
A autoridade aeroportuária de Israel afirmou que “as partidas e chegadas foram retomadas” no Ben Gurion, pouco tempo após terem sido interrompidas devido aos disparos de mísseis. O aeroporto “está aberto e operacional”, afirmou a autoridade de aviação em um comunicado.
— Quem nos atacar, nós o atingiremos com sete vezes mais força — disse o ministro da Defesa, Israel Katz, em uma ameaça direta após a explosão.
O gabinete de segurança se reunirá às 16h00 (13h em Brasília), indicou à AFP um funcionário do governo. Meios de comunicação israelenses divulgaram no sábado que o gabinete de segurança se reuniria para aprovar um plano para ampliar a ofensiva militar na Faixa de Gaza, com ordens de convocação para dezenas de milhares de reservistas.
Os rebeldes Houthis, apoiados pelo Irã, que controlam partes do Iêmen, lançaram mísseis e drones contra Israel e navios do Mar Vermelho durante a guerra de Gaza, afirmando estarem agindo em solidariedade aos palestinos.
– Depois de 3 semanas, alta prevista para hoje, domingo, às 10h. Obrigado meu Deus por mais esse milagre (12 horas de cirurgia),
– Obrigado Dr Cláudio Birolini e equipe. Volto para casa renovado. Meu próximo desafio: acompanhar A Marcha Pacífica da Anistia Humanitária na próxima… pic.twitter.com/nmBNaOgacl
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em uma rede social que terá alta neste domingo (4), às 10h, três semanas após passar por uma cirurgia para desobstruir o intestino.
Bolsonaro está desde a noite de 12 de abril internado no DF Star, um hospital particular em Brasília. No dia seguinte, ele foi submetido a uma cirurgia, que teve 12 horas de duração.
O ex-presidente ficou duas semanas em uma unidade de tratamento intensivo (UTI) e voltou a se alimentar via oral.
Bolsonaro seguiu rotina diária de fisioterapia motora e recebeu medidas de prevenção de trombose venosa.
Três associações citadas pela Polícia Federal (PF) na investigação que apura um esquema bilionário de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) têm assento no Conselho Nacional de Previdência, o CNPS.
As instituições citadas são a Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos (Cobap), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e o Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Força Sindical (Sindinapi).
O assento do Sindinapi é representado pelo sindicalista Milton Baptista Souza Filho. Os do Contag, por Evandro José Morello e Edjane Rodrigues Silva, e o da Cobap por Obede Muniz Teodoro.
As entidades aparecem em uma investigação conjunta entre a PF e a Controladoria-Geral da União (CGU) que apura descontos não autorizados em mensalidades de aposentados e pensionistas do INSS.
Estima-se que R$ 6,3 bilhões teriam sido descontados indevidamente entre 2019 e 2024.
As informações foram verificadas com base nos dados atuais de composição do conselho divulgados pela página de acesso à informação do Ministério da Previdência Social.
As três instituições citadas são investigadas pela Polícia Federal e constam no relatório da PF apresentado à 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal.
Responsável por apreciar e aprovar os planos e programas da Previdência Social, definindo metas, prazos e mecanismos de controle para avaliação de sua execução, o CNPS também atua nas seguintes frentes:
acompanhar e verificar os trabalhos de manutenção do Cadastro Nacional de Informações Sociais;
acompanhar e estabelecer mecanismos de controle do pagamento dos benefícios
apreciar e aprovar as propostas orçamentárias da Previdência Social, antes de sua consolidação na proposta orçamentária da Seguridade Social
Foi em uma reunião do CNPS que o ex-ministro Carlos Lupi (PDT) foi alertado sobre as denúncias de fraude no INSS. A conselheira Tonia Galleti pediu discussão sobre indícios de irregularidades nos descontos de aposentados, que só aconteceu cerca de dez meses depois.
Presidido pelo ministro da Previdência e Assistência Social, atualmente o recém-empossado Wolney Queiroz — que já atuava como conselheiro no colegiado — o Conselho conta com 15 membros titulares.
Seis deles pertencem ao governo federal e a maior parte das cadeiras (nove) é destinada à sociedade civil.
As vagas fora do governo são divididas entre três representantes dos “trabalhadores em atividade”, três representantes dos “empregadores” e três dos aposentados e pensionistas, sendo esses últimos pertencentes aos sindicatos e associações.
De acordo com o regimento interno do CNPS, os membros são nomeados pelo ministro da Previdência a partir de indicações dos dirigentes das três classes.
A próxima reunião do Conselho está prevista para acontecer em 27 de maio.
A CNN entrou em contato com o Ministério da Previdência, responsável pelo conselho, para checar se as associações investigadas permanecerão com as vagas, e, até o momento, não obteve retorno. O espaço segue aberto.
“Falta de requisitos” e descontos indevidos
Tanto a COBAP como o Sindinapi foram apontados como associações que não teriam atendido aos requisitos necessários para continuarem recebendo os descontos.
Um ofício de 2024 emitido pela companhia estatal de dados previdenciários DataPrev, responsável pela implementação das exigências técnicas da área, atesta que as entidades não haviam validado plenamente a biometria facial dos beneficiários.
O instrumento é necessário para garantir a autorização devida os descontos.
O que dizem as associações
Em nota, a Contag afirma que “não praticou nenhuma irregularidade em relação ao processamento de descontos de mensalidades associativas nos benefícios previdenciários concedidos” e que chegou a denunciar duas vezes “práticas abusivas contra aposentados e pensionistas rurais”.
A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou que as “maiores vítimas” dos descontos indevidos foram aposentados da zona rural, representando 67%.
Em comunicado à imprensa, o Sindinapi, por sua vez, também negou as acusações da investigação e e afirma que o sindicato adotou a biometria facial por iniciativa própria antes mesmo da obrigatoriedade exigida pelo INSS.
“Quando o INSS, em julho de 2024, estabeleceu a exigência de biometria facial usando o modelo Dataprev, nosso sindicato já utilizava um método semelhante de validação”, diz o texto.
Apesar das citações relacionadas à descontos irregulares no relatório da Polícia Federal, o Sindinapi nega que tenha estado na condição de investigado.
“Não recebemos qualquer intimação nesse sentido e apoiamos totalmente as investigações em curso para o esclarecimento das irregularidades cometidas”, afirma nota encaminhada à CNN.
“O Sindnapi tem assento no Conselho Nacional da Previdência Social e assim permanecerá. Não há motivo para ser diferente. O fato de ser citado no inquérito da Polícia Federal não significa que o Sindnapi esteja envolvido na investigação”, complementa. A CNN tenta contato com a Cobap para comentar o caso.
A Zenaide Maia votou para aprovar a indicação do debochado Flávio Dino para o STF e agora é contra a CPI para investigar o roubo dos aposentados. Lembremos disso nas próximas próximas eleições
O novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT-PE), afirmou neste sábado, 3, que está “animado” e com “muita energia” para assumir o cargo, após a saída de Carlos Lupi em meio ao escândalo dos descontos indevidos em benefícios do INSS. A declaração foi feita em vídeo publicado nas redes sociais.
“Eu quero dizer a vocês que eu tô animado, com muita energia, sei que a tarefa é árdua, mas eu vou honrar a confiança do presidente Lula, do PDT e, principalmente, dos aposentados. Das pessoas que trabalharam a vida inteira e merecem ter sua velhice amparada”, disse Queiroz.
No vídeo, o novo ministro diz estar trabalhando no sábado para se “inteirar” das questões do ministério, do qual foi secretário-executivo.
Ele também afirmou ter conversado com o novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, e com o ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, para se atualizar das reuniões sobre a devolução de valores nos casos de descontos indevidos.
Queiroz ainda citou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em 2014, dizendo que sua animação para assumir o cargo vem da lembrança de uma frase do político: “[Ele] dizia que o sujeito desanimado não vai a lugar algum.”
Líder do PL pede afastamento do ministro
O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), protocolou neste sábado, 3, um pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR) para o afastamento cautelar do novo ministro da Previdência Social.
Wolney Queiroz, como mostramos, participou da reunião do Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) em que foi feito um alerta formal sobre o aumento de denúncias de descontos irregulares em benefícios do INSS.
No documento, Cavalcante também solicita a abertura de investigação por suposta omissão, violação aos princípios da administração pública e inidoneidade moral.
“O agente público tinha conhecimento e dever funcional de agir. Sua omissão deliberada caracteriza, em tese, conduta dolosa e grave negligência”, diz o requerimento encaminhado à PGR.
O deputado argumenta ainda que a nomeação de Queiroz compromete a apuração dos fatos e representa um “atentado à moralidade administrativa”.
Sóstenes acusa o ministro de possível prevaricação, improbidade administrativa e desvio de finalidade, ao assumir o comando da pasta sobre a qual teria se omitido.
Além do pedido à PGR, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), como mostramos, entrou com uma ação popular na Justiça Federal do Distrito Federal para anular a nomeação de Wolney.
A arrecadação de impostos do governo federal já ultrapassou a marca de R$ 1,3 trilhão no ano de 2025. As informações são do impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Dados foram coletados por Oeste na noite da última sexta-feira, 2. Veja o valor detalhado a seguir:
Foto: Reprodução/Revista Oeste
A associação paulista leva em consideração inúmeros impostos federais para montar o impostômetro. O painel do índice está disponível fisicamente no Centro Histórico de São Paulo. Veja a lista:
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide);
Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins);
Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF);
Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL);
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);
Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização (Fundaf);
Imposto de Exportação (IE);
Imposto de Importação (II);
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF);
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
Imposto de Renda (IR);
Imposto Territorial Rural (ITR);
Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep);
Previdência;
Taxas; e
Outros.
No ano de 2024, o cidadão brasileiro precisou trabalhar, em média, 150 dias para pagar todos os seus impostos. Esse tempo corresponde, aproximadamente, a mais de 40% de um ano. São Paulo é a unidade federativa que mais contribui para os cofres públicos, com 37,3% do total. Na sequência, aparecem Rio de Janeiro (13,7%) e Minas Gerais (7%).
Com o dinheiro recolhido pelo governo federal até o momento, seria possível comprar 3,1 bilhões de cestas básicas. Além disso, a cifraria renderia 50 salários mínimos por mês durante 2,4 milhões de ano. Os recursos equivalem ao preço de 44 milhões de unidades do carro Fiat Mobi 1.0.
Saiba como funciona o a contagem de impostos da ACSP
A base de dados utilizada pela ACSP é da Receita Federal do Brasil, da Secretaria do Tesouro Nacional, da Caixa Econômica Federal, do Tribunal de Contas da União e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Esperando este dinheiro se tornar melhorias em: Saúde, Segurança, Educação, Segurança Alimentar, Infraestrutura…. Só vejo se transformar em mordomias e corrupção.
Ministro da Casa Civil no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), José Dirceu não assumiu publicamente, mas quer retornar à Câmara dos Deputados em 2027, de onde está afastado há 20 anos, cassado por conta do mensalão. A candidatura conta com o incentivo do próprio Lula, mas desperta dúvidas entre petistas. Além de dar munição a opositores pela imagem relacionada às condenações, ponderam alguns, há o diagnóstico em parte do partido de que a postulação seria mais uma reverência interna do que uma estratégia eleitoral eficaz, porque falaria a um nicho ideológico, mas sem trazer mais votos para o partido.
Dirceu, que foi deputado federal de 1999 a 2005, disputaria eleitores contra seus próprios correligionários. Sobretudo os que, como ele, têm uma base mais dispersa no território paulista. Um parlamentar do PT menciona, sob condição de anonimato, o risco de o ex-ministro afetar candidaturas como a do deputado federal Rui Falcão, que aceitou a briga pela presidência do PT contra Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP), o nome preferido de Lula.
Oriundo do movimento estudantil na ditadura, como Dirceu, e uma das lideranças do partido na década de 1980, Falcão já exerceu a presidência do partido por seis anos e foi um dos responsáveis por trazer de volta à legenda Marta Suplicy, além de indicá-la como vice na chapa derrotada de Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pela prefeitura de São Paulo no ano passado. O deputado diz que a candidatura do ex-ministro não causa desconforto na bancada federal e que ele tem o “direito de ir às urnas”. Dirceu não atendeu aos pedidos de entrevista.
Na bancada paulista do PT, políticos como Alencar Santana, de Guarulhos (SP), Luiz Marinho, atual ministro do Trabalho, e Kiko Celeguim, ex-prefeito de Franco da Rocha (SP), apresentam um voto mais regionalizado, em tese mais imune ao apelo do “comandante”, como Dirceu é conhecido. Já Arlindo Chinaglia, deputado federal de sete mandatos, e Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário, têm um mapa de eleitores que se assemelha mais à situação de Falcão e entrariam na disputa direta com José Dirceu.
Articuladores do partido dizem que Dirceu tem respaldo para buscar a vaga de deputado, o que já foi explicitado por Lula em reunião interna sobre a sucessão da ministra Gleisi Hoffmann no comando do PT. A justificativa é que ele nunca se afastou da sigla e da construção política ao longo dos anos, continua respeitado e está apto perante à Lei da Ficha Limpa para retornar ao Congresso.
Na comemoração de seus 79 anos ao lado de apoiadores e militantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), em março, em São Paulo, Dirceu confirmou o pedido de Lula para que , além de trabalhar pela eleição de Edinho à presidência do PT, estudasse a possibilidade de se candidatar a deputado federal.
Nos bastidores, há quem defenda que Dirceu tente o Senado. Seria uma estratégia arriscada, uma vez que o partido não elege um senador no estado desde 2010, com Marta Suplicy.
Encontros políticos
Enquanto não há uma decisão formal sobre a candidatura, Dirceu promove encontros com políticos e aliados e busca reorganizar as bases do PT no estado. Em um evento do Prerrogativas, grupo de advogados próximo a Lula liderado por Marco Aurélio de Carvalho, realizado no início de abril na PUC-SP em alusão aos 61 anos do golpe militar, o ex-ministro afirmou que a direita “sabe o que quer”, mas a esquerda não.
Segundo o deputado estadual Mário Maurici (PT), que se encontrou com Dirceu em março, ele está mais preocupado com o partido no interior. Para o ex-ministro, enquanto igrejas evangélicas e movimentos como o Rotary Club, de viés mais conservador, têm grande capilaridade, faltam organizações sociais e alinhadas com a esquerda.
O apresentador José Luiz Datena, 67, pediu demissão do SBT, onde apresentava o programa Tá Na Hora. A emissora confirmou a informação em nota enviada à CNN neste sábado (3).
“O apresentador José Luiz Datena entregou ao SBT um pedido de rescisão contratual, após ser comunicado de que haverá mudanças na grade”, disse a assessoria da televisão.
“Na próxima semana, a emissora apresentaria novos projetos para o âncora, que tomou uma decisão antes mesmo da oficialização. O SBT tem enorme respeito por Datena e deseja a ele sucesso nas próximas jornadas”, finalizaram a nota.
A assessoria do SBT também disse à CNN que ainda está verificando se a emissora liberará o apresentador ou se ele terá de cumprir 30 dias de aviso prévio.
O jornalista se despediu do programa ao vivo, na sexta-feira (2), e levantou suspeitas de demissão. Na ocasião, a reportagem entrou em contato com o SBT, que negou a saída de Datena da emissora.
“Ele continua no quadro dos funcionários… Até o momento, ele continua contratado. Se tiver novidade, informaremos”, disse a assessoria da televisão na sexta-feira (2).
Datena foi para o SBT em dezembro do ano passado para comandar o programa Tá Na Hora, um telejornal brasileiro transmitido de segunda a sábado, a partir das 16h45. O programa deste sábado (3) será apresentado por Dani Brandi. Relembre a passagem de Datena por outras emissoras.
A CNN também tentou contato com Datena antes e depois da confirmação da saída do apresentador do SBT. A reportagem questionou se ele já tem contrato com outra emissora e o que ele achou do comunicado, mas ainda não teve retorno.
Esse infeliz n fará falta a nenhuma emissora, desprezível e patético, e sensacionalista, prepotente
Tudo resultado de uma vaidade exacerbada, jornalista, radialista, profissional de televisão ou qualquer outro órgão de comunicação se não for de propriedade dos profissionais acima citados, serão vulneráveis nas mãos dos empresários da comunicação, pode ser o melhor dos melhores, não tem efetividade no cargo ou função, ou seja, apenas estar no cargo, mais não é seu o cargo.
Que Datena sirva de espelho para muitos!
Vaidade é o pior dos venenos para o homem.
O anúncio do presidente da República de que é “candidatíssimo” à reeleição no ano que vem, feito em jantar com deputados no último dia 23, soou a congressistas como uma tentativa de afastar a sensação de um fim antecipado da era Lula (PT), mas os prognósticos na sua base de apoio continuam com viés negativo.
Os cinco partidos de centro e de direita que compõem sua coalizão —União Brasil, PSD, MDB, PP e Republicanos— são fontes constantes de instabilidade, não asseguram apoio à possível tentativa do petista de tentar um quarto mandato e, mais do que isso, são entusiastas da possível candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A Folha ouviu congressistas e dirigentes das cinco legendas, que somam quase metade do tamanho da Câmara —240 deputados.
Uma situação simboliza o grau de dificuldades: o fato de a prometida reforma ministerial se arrastar há seis meses sem sair do papel.
Em 2024, aliados de Lula pregavam a necessidade de dança de cadeiras após as eleições municipais, cotejando a força demonstrada por cada um e privilegiando os que se comprometessem a cerrar fileiras na campanha do PT em outubro de 2026.
Passados seis meses, só peças do próprio PT foram trocadas, além de duas que não têm relação com acomodação da base: Carlos Lupi (Previdência), do PDT, pelo escândalo do INSS, e Juscelino Filho (Comunicações), do União Brasil, pela denúncia contra ele da Procuradoria-Geral da República.
Essa última se deu ainda em meio a um bate-cabeça adicional. O líder da bancada na Câmara, Pedro Lucas Fernandes (MA), foi escolhido pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), se reuniu-se com o governo, recebeu o convite, aceitou e foi anunciado pela ministra Gleisi Hoffmann, responsável pela articulação política do Palácio do Planalto.
Dias depois, recuou devido à artilharia interna contra o governo, um sintoma, de resto, que em maior ou menor grau está em todos os outros quatro partidos da aliança.
Até para alguns dos mais próximos ao Planalto há a avaliação de que a reforma ministerial não saiu ainda porque não há perspectiva de bons resultados para o governo.
As cinco legendas têm 11 ministérios, mas nenhum dirigente, líder ou deputado ouvido pela Folha assegurou adesão à possível candidatura de Lula.
Tão preocupante quanto para o governo é o fato, também disseminado entre essas legendas, de que uma possível candidatura de Tarcísio teria o condão de unir as forças políticas fora da esquerda.
O que é dito abertamente pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, figura simbólica dessa “base infiel”, já que comanda legenda com três ministérios ao mesmo tempo em que é secretário e entusiasta do governador de São Paulo.
Apesar do aparente paradoxo, deputados dizem não esperar mexidas relevantes no tabuleiro governamental no futuro próximo.
A cantora Lady Gaga, 39, superou a Rainha do Pop Madonna, 66, e é a artista mulher com maior público da história. O recorde foi batido pelo show realizado pela mother moster (apelido carinhoso dado pelos fãs) em Copacabana, Rio de Janeiro, na noite de sábado (3).
Segundo informações oficiais da Prefeitura do Rio, Lady Gaga alcançou um público de 2,1 milhões de pessoas na praia carioca. O recorde anterior era de 1,6 milhões pelo show feito por Madonna também em Copacabana, em maio de 2024.
O show de maior público da história, inclusive, é de Copacabana. Segundo o Guiness Book, mais de 4,2 milhões de pessoas compareceram ao show da estrela do rock Rod Stewart no Réveillon de 1994 para 1995.
O artista francês pioneiro na música eletrônica, Jean-Michel Jarre, conquistou o segundo lugar após reunir mais de 3,5 milhões de pessoas em um show aberto em Moscow, na Rússia, em 1997.
O terceiro lugar pertence ao brasileiro Jorge Ben Jor, que se apresentou na virada do ano de 1993 para 1994, também na praia de Copacabana.
O ícone da MPB reuniu cerca de 3 milhões de pessoas.
Jean-Michel Jarre aparece novamente no quarto lugar da lista, em um show aberto ao público em Paris, na França, em 1990. O evento reuniu cerca de 2,5 milhões.
Palco maior que o de Madonna
O palco projetado para a voz de “Bad Romance” teve 1.260 m². No ano passado, Madonna se apresentou sobre uma estrutura de 812 m².
“Para facilitar a visão de quem estiver na praia, o palco estará a 2,20 metros de altura da base na areia. Ao fundo, como parte do show, um mega painel de LED de última geração. Ao longo da praia, teremos também 10 telões de LED reproduzindo as imagens da apresentação da artista”, disse Luiz Guilherme Niemeyer, sócio da Bonus Track, em comunicado à imprensa.
O único show de Lady Gaga no Brasil ocorreu em 2012. Cinco anos depois, em 2017, ela cancelou de última hora a apresentação que faria no Rock in Rio 2017 devido a fortes dores na coluna causadas por fibromialgia.
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